Portugal,
oficialmente República Portuguesa, é um país
localizado no sudoeste da Europa, cujo território se
situa na zona ocidental da Península Ibérica e em
arquipélagos no Atlântico Norte. Possui uma área
total de 92.391 km², e é a nação mais ocidental do
continente europeu. O território português é
delimitado a Norte e a Leste por Espanha e a Sul e
Oeste pelo Oceano Atlântico, e compreende a parte
continental e as regiões autônomas: os arquipélagos
dos Açores e da Madeira.
Capital
Lisboa
38°42′N, 09°10′O
Cidade mais populosa Lisboa
Língua oficial Português
Governo Democracia parlamentaR
Formação 1093 d.C.
- Independência 1139
- Reconhecida 1143
Entrada na UE 1 de Janeiro de 1986
Área
- Total 92.391 km² (109º)
- Água (%) 0.48
Fronteira Espanha |
Indicadores sociais
- Esper. de vida 77.9 anos (39º)
- Alfabetização 94.6% (44º)
Moeda Euro (EUR)
Fuso horário (UTC0)
- Verão (DST) EST (UTC+1)
Clima Temperado Mediterrânico e Temperado
Oceânico
Org. internacionais UE, NATO, OCDE, União
Latina, CPLP
Cód. ISO PRT
Cód. Internet .pt
Cód. telef. +351
Website governamental www.portugal.gov.pt
|
Durante os séculos XV e XVI, Portugal foi uma
potência mundial económica, social e cultural,
constituindo-se o primeiro e o mais duradouro
império colonial de amplitude global.
Templo romano de Évora |
D. Afonso Henriques |
Bartolomeu Dias |
É hoje um país desenvolvido, economicamente
próspero, social e politicamente estável e com
Índice de Desenvolvimento Humano elevado.
Encontra-se entre os 20 países do mundo com melhor
qualidade de vida, apesar de o seu PIB per capita
ser o menor entre os países da Europa Ocidental.
É membro das Nações Unidas e da União Europeia (na
altura da sua adesão em 1986, CEE), e
membro-fundador da NATO, da OCDE, da Zona Euro (da
União Europeia) e da CPLP. Participa em diversas
missões de manutenção de paz das Nações Unidas.
Portugal é também um Estado-Membro do Espaço
Schengen.
Etimologia
O nome Portugal apareceu entre os anos 930 a 950 da
Era Cristã, sendo no final do século X que o nome
começou a usar-se com mais frequência. Fernando
Magno denominou oficialmente o território de
Portugal, quando em 1067 o deu ao seu filho D.
Garcia, que se intitulou rei do mesmo nome.
No século V, durante o reinado dos Suevos, Idácio de
Chaves já escrevia sobre um local chamado Portucale,
para onde fugiu Requiário: Rechiarius ad locum qui
Portucale appellatur, profugus regi Theudorico
captivus adducitur: quo in custodiam redacto,
caeteris qui de priore certamine superfuerant,
tradentibus se Suevis, aliquantis nihilominus
interfectis, regnum destructum et finitum est
Suevorum (Requiário fugitivo ao lugar ao qual chamam
Portucale, foi levado como prisioneiro ao rei
Teodorico. Foi posto sob custódia, enquanto o resto
dos suevos sobreviventes à anterior batalha se
renderam – apesar de alguns terem morrido –; desta
maneira o reino dos Suevos foi destruído e acabado).
Cale, a actual Vila Nova de Gaia, já era conhecida
por Portucale no tempo dos Godos.
Num diploma de 841, surge por incidente, a primeira
menção da província portugalense. Afonso II das
Astúrias, ampliando a jurisdição espiritual do Bispo
de Lugo, diz: Totius galleciae, seu Portugalensi
Provintiae summun suscipiat Praesulatum (Que ele
tome o governo supremo de toda a província da Galiza
e de Portugal). Mas há quem afirme que Portugal
deriva de Portogatelo, nome dado por um chefe
oriundo do Egipto chamado Catelo, ao desembarcar e
se estabelecer junto do actual Porto.
A primeira vez que o nome de Portugal aparece como
elemento de raiz heráldica, é numa carta de doação
da Igreja de São Bartolomeu de Campelo por D. Afonso
Henriques em 1129.
História
Primeiros povos
Templo romano de Évora.A pré-história de Portugal é
partilhada com a da Península Ibérica. A região foi
povoada por pré-celtas e celtas, dando origem a
povos como os Galaicos, Lusitanos, Celtas e Cinetes,
visitada pelos fenícios e cartagineses, e os romanos
incorporaram-na no seu Império (como Lusitânia,
depois de 45 a.C.), invadida posteriormente pelos
Suevos, Búrios e Visigodos, e conquistada pelos
mouros. Em 868, durante a Reconquista, foi formado o
Condado Portucalense.
Formação e consolidação do reino
D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal.Muito
antes de Portugal conseguir a sua independência, já
tinha havido algumas tentativas de alcançar uma
autonomia mais alargada, e até mesmo a
independência, por parte dos condes que governavam
as terras do Condado da Galiza e de Portucale. Para
terminar com esse clima independentista da nobreza
local em relação ao domínio leonês, o Rei Afonso VI
de Leão e Castela entregou o governo do Condado da
Galiza (que nessa altura incluía as terras de
Portucale) ao Conde Raimundo de Borgonha. Após
muitos fracassos militares de D. Raimundo contra os
mouros, Afonso VI decidiu dar em 1096 ao primo
deste, o Conde D. Henrique, o governo das terras
mais a sul do Condado da Galiza, fundando assim o
Condado Portucalense. Com o governo do Conde D.
Henrique, o Condado Portucalense conheceu não só uma
política militar mais eficaz na luta contra os
mouros, como também uma política independentista
mais activa, apesar de nunca ter conseguido alcançar
a independência. Só após a sua morte, quando o seu
filho D. Afonso Henriques subiu ao poder, Portugal
conseguiu a sua independência com a assinatura em
1143 do Tratado de Zamora, ao mesmo tempo que
conquistou localidades importantes como Santarém,
Lisboa, Palmela e Évora aos mouros.
Terminada a Reconquista do território português em
1249, a independência do novo reino viria a ser
posta em causa várias vezes por Castela. Primeiro,
na sequência da crise de sucessão de D. Fernando I,
que culminou na Batalha de Aljubarrota, em 1385.
Os descobrimentos e a Dinastia Filipina
Painel de Bartolomeu Dias com os seus marinheiros
numa tormenta, antes de chegar ao Cabo da Boa
Esperança.Com o fim da guerra, Portugal deu início
ao processo de exploração e expansão conhecido por
Descobrimentos, entre cujas figuras cimeiras
destacam o infante D. Henrique, o Navegador, e o Rei
D. João II. Ceuta foi conquistada em 1415. O cabo
Bojador foi dobrado por Gil Eanes em 1434, e a
exploração da costa africana prosseguiu até que
Bartolomeu Dias, já em 1488, comprovou a comunicação
entre os oceanos Atlântico e Índico dobrando o cabo
da Boa Esperança. Em rápida sucessão, descobriram-se
rotas e terras na América do Norte, na América do
Sul, e no Oriente, na sua maioria durante o reinado
de D. Manuel I, o Venturoso. Foi a expansão no
Oriente, sobretudo graças às conquistas de Afonso de
Albuquerque que, durante a primeira metade do século
XVI, concentrou quase todos os esforços dos
portugueses, muito embora já em 1530 D. João III
tivesse iniciado a colonização do Brasil.
O país teve o seu século de ouro durante este
período. Porém, na batalha de Alcácer-Quibir (1578),
o jovem rei D. Sebastião e parte da nobreza
portuguesa pereceram. Sobe ao trono o Rei-Cardeal D.
Henrique, que morre dois anos depois, abrindo a
Crise de sucessão de 1580: esta resolve-se com a
subida ao trono português de Filipe II de Espanha, o
primeiro de três reis espanhóis (Dinastia Filipina).
Esse domínio foi terminado a 1 de Dezembro de 1640
pela nobreza nacional que, após ter vencido a guarda
real num repentino golpe-de-estado, depôs a condessa
governadora de Portugal, coroando D. João IV como
Rei de Portugal.
Restauração, absolutismo e liberalismo
Aclamação de D. João IV, o Restaurador.Após a
restauração da independência de Portugal, seguiu-se
uma guerra com Espanha que terminaria apenas em
1668, com a assinatura de um tratado de paz em que
Espanha reconhecia em definitivo a restauração de
Portugal.
O final do século XVII e a primeira metade do século
XVIII assistiram ao florescimento da exploração
mineira do Brasil, onde se descobriram ouro e pedras
preciosas que fizeram da corte de D. João V uma das
mais opulentas da Europa. Estas riquezas serviam
frequentemente para pagar produtos importados,
maioritariamente de Inglaterra (por exemplo, quase
não existia indústria têxtil no reino e todos os
tecidos eram importados de Inglaterra). O comércio
externo baseava-se na indústria do vinho e o
desenvolvimento económico do reino foi impulsionado,
já no reinado de D. José, pelos esforços do Marquês
de Pombal, ministro entre 1750 e 1777, para inverter
a situação com grandes reformas mercantilistas. Foi
neste reinado que um violento sismo devastou Lisboa
e o Algarve, a 1 de Novembro de 1755.
Mapa anacrónico do Império Português (1415–1999).
Em vermelho - Possessões;
Em cor-de-rosa - Explorações, áreas de influência
económica sobre supremacia;
Em azul - Explorações marítimas, rotas e áreas de
influência.
Teoria da descoberta portuguesa da Austrália não
está assinalada.Por não quebrar a aliança com a
Inglaterra e recusar-se a aderir ao Bloqueio
Continental, Portugal foi invadido pelos exércitos
napoleónicos em 1807. A Corte e a família real
portuguesa refugiaram-se no Brasil, e a capital
deslocou-se para o Rio de Janeiro, onde permaneceria
até 1821, quando D. João VI, desde 1816 rei do Reino
Unido de Portugal, Brasil e Algarves, regressou a
Lisboa para jurar a primeira Constituição. No ano
seguinte, o seu filho D. Pedro IV era proclamado
imperador do Brasil, mantendo-se, no entanto o
Império do Brasil e o Reino de Portugal unidos
durante cerca de dez anos.
Portugal viveu, no restante século XIX, períodos de
enorme perturbação política e social (a guerra civil
e repetidas revoltas e pronunciamentos militares,
como a Revolução de Setembro, a Maria da Fonte, a
Patuleia, etc.) e só com o Acto Adicional à Carta,
de 1852, foi possível a acalmia política e o início
da política de fomento protagonizada por Fontes
Pereira de Melo. No final do século XIX, as ambições
coloniais portuguesas chocam com as inglesas, o que
está na origem do Ultimato de 1890. A cedência às
exigências britânicas e os crescentes problemas
económicos lançam a monarquia num descrédito
crescente, e D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís
Filipe são assassinados em 1 de Fevereiro de 1908. A
monarquia ainda esteve no poder durante mais dois
anos, chefiada por Manuel II, mas viria a ser
abolida em 5 de Outubro de 1910, implantando-se a
República.
República, Estado Novo e democracia
Hastear da bandeira portuguesa, durante a sua
participação na I Guerra Mundial.A República é pouco
depois instaurada, em 5 de Outubro de 1910, e o
jovem rei D. Manuel II parte para o exílio em
Inglaterra. Após vários anos de instabilidade
política, com lutas de trabalhadores, tumultos,
levantamentos, homicídios políticos e crises
financeiras (problemas que a participação na I
Guerra Mundial contribuiu para aprofundar), o
Exército tomou o poder, em 1926. O regime militar
nomeou ministro das Finanças António de Oliveira
Salazar (1928), professor da Universidade de
Coimbra, que pouco depois foi nomeado Presidente do
Conselho de Ministros (1932).
Soldados portugueses nas matas de Angola, durante a
Guerra Colonial Portuguesa.Ao mesmo tempo que
restaurou as finanças, instituiu o Estado Novo,
regime autoritário de corporativismo de Estado, com
partido único e sindicatos estatais, com afinidades
bem marcadas com o fascismo pelo menos até 1945. Em
1968, afastado do poder por doença, sucedeu-lhe
Marcelo Caetano.
A recusa do regime em descolonizar as províncias
ultramarinas resultou no início da guerra colonial,
primeiro em Angola (1961) e em seguida na
Guiné-Bissau (1963) e em Moçambique (1964). Apesar
das críticas de alguns dos mais antigos oficiais do
Exército, entre os quais o general António de
Spínola, o governo parecia determinado em continuar
esta política. Com o seu livro Portugal e o Futuro,
em que defendia a insustentabilidade de uma solução
militar nas guerras do Ultramar, Spínola seria
destituído, o que agravou o crescente mal-estar
entre os jovens oficiais do Exército, os quais, no
dia 25 Abril de 1974 desencadearam um golpe de
estado.
A este sucedeu-se um período de confronto político
muito aceso entre forças sociais e políticas,
designado como Processo Revolucionário em Curso, com
especial ênfase durante o Verão de 1975, a que se
chamou Verão Quente, no qual o país esteve prestes a
cair num novo período de ditadura, desta vez de
orientação comunista. Neste período Portugal concede
a independência de todas as suas antigas colónias em
África.
"Foto de Família" na cerimónia de assinatura do
Tratado de Lisboa.A 25 de Novembro de 1975 diversos
sectores da esquerda radical (essencialmente
pára-quedistas e polícia militar na Região Militar
de Lisboa), provocados pelas notícias, levam a cabo
uma tentativa de golpe de estado, que no entanto não
tem nenhuma liderança clara. O Grupo dos Nove reage
pondo em prática um plano militar de resposta,
liderado por António Ramalho Eanes. Este triunfa e
no ano seguinte consolida-se a democracia. O próprio
Ramalho Eanes é no ano seguinte o primeiro
Presidente da República eleito por sufrágio
universal. Aprova-se uma Constituição democrática e
estabelecem-se os poderes políticos locais
(autarquias) e governos autónomos regionais nos
Açores e Madeira.
Entre as décadas de 1940-60, Portugal foi membro
co-fundador da NATO, OCDE e EFTA, saindo desta
última em 1986, para aderir à União Europeia. Em
1999, Portugal aderiu à Zona Euro, e ainda nesse
ano, entregou a soberania de Macau à República
Popular da China. Desde a sua adesão à União
Europeia, o país presidiu o Conselho Europeu por
três vezes, a última das quais em 2007, recebendo a
cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa.
Soldados de
Portugal |
Hastear Bandeira |
Tratado de Lisboa |
Divisão administrativa
Ver artigo principal: Subdivisões de Portugal
As principais divisões administrativas de Portugal
são os 18 distritos no continente e as duas Regiões
Autónomas dos Açores e Madeira, que se subdividem em
308 concelhos e 4257 freguesias. Os distritos,
permanecem como a mais relevante subdivisão do país,
servindo de base para uma série de utilizações
administrativas, como por exemplo, os círculos
eleitorais.
Antes de 1976, os dois arquipélagos atlânticos
estavam também integrados na estrutura geral dos
distritos portugueses embora com uma estrutura
administrativa diferenciada, contida no Estatuto dos
Distritos Autónomos das Ilhas Adjacentes, que se
traduzia na existência de Juntas Gerais com
competências próprias. Havia três distritos
autónomos nos Açores e um na Madeira:
Açores — o Distrito de Angra do Heroísmo, o Distrito
da Horta e o Distrito de Ponta Delgada.
Madeira — o Distrito do Funchal.
Após 1976, os Açores e a Madeira passaram a ter o
estatuto de Região Autónoma, deixando de se
dividirem em distritos, passando a ter um estatuto
político-administrativo e órgãos de governo
próprios. Actualmente, a divisão administrativa
traduz-se na tabela seguinte.
Distritos
Distrito Área População Distrito Área População
1 Lisboa 2761 km² 2.124.426 10 Guarda 5518 km²
173.831
2 Leiria 3517 km² 477.967 11 Coimbra 3947 km²
436.056
3 Santarém 6747 km² 445.599 12 Aveiro 2808 km²
752.867
4 Setúbal 5064 km² 815.858 13 Viseu 5007 km² 394.844
5 Beja 10.225 km² 154.325 14 Bragança 6608 km²
148.808
6 Faro 4960 km² 421.528 15 Vila Real 4328 km²
218.935
7 Évora 7393 km² 170.535 16 Porto 2395 km² 1.867.986
8 Portalegre 6065 km² 119.543 17 Braga 2673 km²
879.918
9 Castelo Branco 6675 km² 208.069 18 Viana do
Castelo 2255 km² 252.011
Regiões Autónomas
Região autônoma Área População
Gentílico
Açores 2.333 km² 243.101 Açoriano
Madeira 801 km² 244.098 Madeirense
NUTS
Portugal também está dividido em três NUTS. Esta
divisão foi elaborada para fins estatísticos,
estando em vigor em todos os países da União
Europeia.
O primeiro (NUTS I) é composto por três grandes
regiões: Portugal Continental, Região Autónoma dos
Açores e Região Autónoma da Madeira.
Apesar de serem os distritos a divisão
administrativa de primeira ordem em Portugal
Continental, é outra a divisão técnica de primeira
ordem. Trata-se das cinco grandes regiões geridas
pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento
Regional (CCDRs), e que correspondem às subdivisões
NUTS II para Portugal. Os seus limites obedecem aos
limites dos municípios, mas não obedecem aos limites
dos distritos, que por vezes se espalham por mais do
que uma região.
As regiões de NUTS II subdividem-se em subregiões
estatísticas sem significado administrativo,
denominada NUTS III, cujo único objectivo é o de
servirem para agrupar municípios contíguos, com
problemas e desafios semelhantes, e obter assim
dados de conjunto destinados principalmente ao
planeamento económico.
Áreas urbanas
A próxima versão da divisão administrativa
portuguesa, que está actualmente em processo de
implantação (a diferentes velocidades consoante as
várias estruturas), gira em volta de "áreas
urbanas", definidas como unidades territoriais
contínuas constituídas por agrupamentos de
concelhos. Existem três tipos de áreas urbanas:
Grandes Áreas Metropolitanas (GAM) – área urbana
composta por nove ou mais concelhos, e com população
superior a 350 mil habitantes;
Comunidades Urbanas (ComUrb) – área urbana composta
por agrupamentos de 150 mil a 350 mil habitantes;
Política
Actual primeiro-ministro de Portugal, José
SócratesEm Portugal, a principal lei é a
Constituição, datada de 1976, e que regula todas as
outras. Outras leis relevantes são o Código Civil
(1966), o Código Penal (1982), o Código Comercial
(1888), o Código de Processo Civil (1961), o Código
de Processo Penal e o Código do Trabalho. Todas
estas leis têm sofrido revisões desde a sua
publicação original.
Existem quatro Órgãos de Soberania: o Presidente da
República (Chefe de Estado – poder moderador, com
algum poder executivo), a Assembleia da República
(Parlamento – poder legislativo), o Governo (poder
executivo) e os Tribunais (poder judicial). Vigora
no país um regime semipresidencialista, que ao longo
das várias revisões constitucionais vem retirando
poder ao Presidente da República.
O Presidente da República é o Chefe de Estado e é
eleito por sufrágio universal para um mandato de
cinco anos, exercendo uma tripla função: de
fiscalização, sobre a actividade do Governo, de
comando, como Comandante Supremo das Forças Armadas
(Exército, Armada, Força Aérea, Guarda Nacional
Republicana), e de representação formal do Estado
português no exterior. Reside oficialmente no
Palácio de Belém, em Lisboa.
Fachada do edifício da Assembleia da RepúblicaA
Assembleia da República, que reúne em Lisboa, no
Palácio de São Bento, é eleita para um mandato de
quatro anos. Neste momento conta com 230 deputados,
eleitos em 22 círculos plurinominais em listas de
partidos.
O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro, que é
por regra o líder do partido mais votado em cada
eleição legislativa, e é convidado, nessa forma,
pelo Presidente da República para formar governo. É
o Primeiro-Ministro quem nomeia os restantes
ministros. Reside oficialmente na Residência Oficial
do Primeiro-Ministro, próximo do Palácio de São
Bento, em Lisboa.
Aníbal Cavaco Silva, atual Presidente de Portugal.Os
Tribunais administram a justiça em nome do povo,
defendendo os direitos e interesses dos cidadãos,
impedindo a violação da legalidade democrática e
dirimindo os conflitos de interesses que ocorram
entre diversas entidades. Segundo a Constituição
existem as seguintes categorias de tribunais:
Tribunal Constitucional, que tem a competência
interpretar a Constituição e fiscalizar a
conformidade das leis com a mesma; o Supremo
Tribunal de Justiça e os tribunais judiciais de
primeira instância (Tribunais de Comarca) e de
segunda instância (Tribunais da Relação); o Supremo
Tribunal Administrativo e os tribunais
administrativos e fiscais de primeira e segunda
instância (Tribunais Centrais Administrativos); e o
Tribunal de Contas.
Desde 1975, o panorama político português tem sido
dominado por dois partidos: o Partido Socialista
(PS) e o Partido Social Democrata (PSD). Estes
partidos têm dividido as tarefas de governar e
administrar a maioria das autarquias, praticamente
desde a instauração da democracia. No entanto,
partidos como o Partido Comunista Português (PCP),
que detém ainda a presidência de autarquias e uma
grande influência junto do movimento sindical ou o
Partido Popular (CDS-PP) (que já governou o país em
coligação com o PS e com o PSD) são também
importantes no xadrez político. Para além destes,
têm assento no Parlamento o Bloco de Esquerda (BE),
o Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), o Partido
Popular Monárquico e o Movimento o Partido da Terra,
os dois últimos integrados até hoje na bancada do
PSD. Existe ainda uma deputada independente.
Ribeira de São Bento |
Ilha do Pico |
Praia da Marinha |
Relações externas
Em azul, os países com embaixadas portuguesas.A
política externa de Portugal está ligada ao seu
papel histórico como figura proeminente da Era dos
Descobrimentos e detentor do extinto Império
Português. Portugal é um membro fundador da NATO
(1949), OCDE (1961) e da EFTA (1960); deixando este
último em 1986 para aderir à União Europeia.[55] e
fundador da primeira Agência Internacional para as
Energias Renováveis (IRENA). Em 25 de Junho de 1992,
Portugal tornou-se um Estado-Membro do Espaço
Schengen, e em 1996, co-fundou a Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Portugal tem beneficiado significativamente da União
Europeia, e é um proponente da integração europeia.
Esteve na presidência do Conselho Europeu por três
vezes (em 1996, 2000 e 2007), tendo todas elas sido
bem sucedidas. Portugal aproveitou as suas
presidências para lançar um diálogo entre a UE e
África, tornar a economia europeia mais dinâmica e
competitiva e, na última presidência, constituir e
assinar, em conjunto com os restantes
Estados-membros, o Tratado Reformador.
Portugal foi um membro fundador da NATO; é um membro
activo da aliança ao, por exemplo, contribuir
proporcionalmente com grandes contingentes nas
forças da paz nos Balcãs. Portugal propôs a criação
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
para melhorar os seus laços com os outros países
falantes da língua portuguesa.[56] Adicionalmente,
tem participado, juntamente com a Espanha numa série
de cimeiras Ibero-Americanas. Portugal advogou
firmemente a independência de Timor-Leste, uma
antiga província ultramarina, enviando tropas e
dinheiro para Timor-Leste, em estreita colaboração
com os Estados Unidos, aliados asiáticos e a ONU.
Possui uma amizade e aliança através de um tratado
celebrado com o Brasil, além da História que une os
dois países. Portugal detém a aliança mais antiga do
mundo, que foi celebrada com o Reino Unido e se
mantém até aos dias de hoje.
O único litígio internacional diz respeito ao
município de Olivença. Português desde 1297, o
município de Olivença foi cedido à Espanha no âmbito
do Tratado de Badajoz, em 1801, após a Guerra das
Laranjas. Portugal alegou que lhe pertencia, em
1815, no âmbito do Tratado de Viena. No entanto, as
relações diplomáticas bilaterais entre os dois
países vizinhos são cordiais, bem como no âmbito da
União Europeia.
Forças militares e policiais
Chaimites em missão de paz pela ONU, na Bósnia e
Herzegovina.As forças armadas têm três ramos:
Exército, Marinha e Força Aérea. Os militares de
Portugal servem, sobretudo, como uma auto-defesa
vigorosa cuja missão é proteger a integridade
territorial do país, e fornecer assistência
humanitária e de segurança no país e no
estrangeiro.[61] Desde o início da década de 2000, o
serviço militar obrigatório já não é praticado. A
idade para o recrutamento voluntário é fixada nos 18
anos. No século XX, Portugal esteve envolvido em
duas grandes intervenções militares: a Primeira
Grande Guerra e a Guerra Colonial Portuguesa
(1961–1974).
Portugal tem participado em missões de manutenção da
paz em Timor-Leste, Bósnia e Herzegovina, Kosovo,
Afeganistão, Iraque (Nasiriyah), e no sul do Líbano.
Portugal possui uma Brigada de Reacção Rápida e
Tropa de Centro de Operações Especiais.
A segurança da população está a cargo da Guarda
Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança
Pública (PSP). Para além destas, Portugal possui a
Polícia Judiciária (PJ), que é o principal órgão
policial de investigação criminal do país,
vocacionado para o combate à grande criminalidade,
nomeadamente ao crime organizado, terrorismo,
tráfico de estupefacientes, corrupção e
criminalidade económica e financeira. A Polícia
Judiciária está integrada no Ministério da Justiça,
actuando sob orientação do Ministério Público.
Geografia
Ribeira de São Bento, Loriga, Guarda.Situado no
extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental faz
fronteira apenas com um outro país, a Espanha. O
território é dividido no continente pelo rio
principal, o Tejo. Ao norte, a paisagem é montanhosa
nas zonas do interior com planaltos, intercalados
por áreas que permitem o desenvolvimento da
agricultura. A sul, até ao Algarve, o relevo é
caracterizado por planícies, sendo as serras
esporádicas. Outros rios principais são o Douro, o
Minho e o Guadiana, que tal como o Tejo nascem em
Espanha. Outro rio importante, o Mondego, nasce na
Serra da Estrela (das mais altas montanhas de
Portugal Continental – 1993 m de altitude máxima).
As ilhas dos Açores estão localizadas no rift médio
do Oceano Atlântico; algumas das ilhas tiveram
actividade vulcânica recente: São Miguel em 1563, e
Capelinhos em 1957, que aumentou a área ocidental da
Ilha do Faial. O Banco D. João de Castro é um grande
vulcão submarino que se situa entre as ilhas
Terceira e São Miguel e está 14 m abaixo da
superfície do mar. Entrou em erupção em 1720 e
formou uma ilha, que permaneceu acima da tona de
água durante vários anos. Uma nova ilha poderá
surgir num futuro não muito distante. O ponto mais
alto de Portugal é o Monte Pico na Ilha do Pico, um
antigo vulcão que atinge 2351 m de altitude.
Ilha do Pico, Açores: o ponto mais alto de
Portugal.As ilhas da Madeira, ao contrário dos
Açores que se situam na área do rift médio do Oceano
Atlântico, estão situadas no interior da placa
africana e a sua formação deve-se à actividade de um
hot-spot não relacionado com a circulação tectónica.
Esta situação de estabilidade e localização no
interior da placa tectónica leva a que este seja o
território do país menos sujeito a sismos. A última
erupção vulcânica de que há evidência ocorreu há
cerca de 6000 anos, na ilha da Madeira,
manifestando-se actualmente o vulcanismo de forma
indirecta, através da libertação de gases vulcânicos
profundos e águas quentes e gaseificadas descobertas
aquando da abertura de túneis rodoviários e galerias
de captação de água no interior da ilha principal. O
ponto mais alto do território é o Pico Ruivo com
1862 m de altitude.
Praia da Marinha, Lagoa, Algarve.A costa portuguesa
é extensa: tem 1230 km em Portugal continental, 667
km nos Açores, 250 km na Madeira onde se incluem
também as Ilhas Desertas, as Ilhas Selvagens e a
Ilha do Porto Santo. A costa formou belas praias,
com variedade entre falésias e areais. Na Ilha do
Porto Santo uma formação de dunas de origem orgânica
(ao contrário da origem mineral da costa portuguesa
continental) com cerca de 9 km é um ponto turístico
muito apreciado internacionalmente. Uma
característica importante na costa portuguesa é a
Ria de Aveiro, estuário do rio Vouga, perto da
cidade de Aveiro, com 45 km de comprimento e um
máximo de 11 km de largura, rica em peixe e aves
marinhas. Existem quatro canais, e entre estes
várias ilhas e ilhotas, e é onde quatro rios
encontram o oceano. Com a formação de cordões
litorais definiu-se uma laguna, vista como um dos
elementos hidrográficos mais marcantes da costa
portuguesa. Portugal possuiu uma das maiores zonas
económicas exclusivas (ZEE) da Europa, cobrindo
cerca de 1 683 000 km².
Clima
Estância de esqui na Serra da Estrela.Em Portugal
continental, as temperaturas médias anuais são 13°C
no norte e 18°C no sul. As ilhas da Madeira e dos
Açores, devido à sua localização no Atlântico, são
mais húmidas e chuvosas, e com um intervalo de
temperaturas menor. Normalmente, os meses da
Primavera e Verão são ensolarados e as temperaturas
são altas durante os meses secos de Julho e Agosto,
podendo ocasionalmente passar dos 40°C em boa parte
do país, em dias extremos, e com maior frequência no
interior do Alentejo. Os Verões são amenos nas
terras altas do Norte do país e na região litorânea
do extremo norte e central. O Outono e o Inverno são
tipicamente ventosos, chuvosos e frescos, sendo mais
frios nos distritos do norte e central do país, nos
quais ocorrem temperaturas negativas durante os
meses mais frios. No entanto, nas cidades mais ao
sul de Portugal, as temperaturas só muito
ocasionalmente descem abaixo dos 0°C, ficando-se
pelos 5°C na maioria dos casos.
A neve ocorre regularmente em três distritos ao
Norte do país (Guarda, Bragança e Vila Real) e
diminui a sua ocorrência em direcção ao sul, até se
tornar inexistente na maior parte do Algarve. No
Inverno, temperaturas inferiores a -10°C e nevões
ocorrem com alguma frequência em pontos restritos,
tais como a Serra da Estrela, a Serra do Gerês e a
Serra de Montesinho, podendo nevar de Outubro a Maio
nestes locais.
Economia
Torres S. Rafael e S. Gabriel no Parque das
Nações.Desde 1985, o país entrou num processo de
modernização num ambiente bastante estável (1985 até
à actualidade) e juntou-se à União Europeia em 1986.
Os sucessivos governos fizeram várias reformas,
privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado
e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo
os sectores das telecomunicações e financeiros.
Portugal desenvolveu uma economia crescentemente
baseada em serviços e foi um dos onze membros
fundadores da moeda europeia – o Euro – em 1999.
Começou a circular a sua nova moeda em 1 de Janeiro
de 2002 com 11 outros estados membros da União
Europeia.
O crescimento económico português esteve acima da
média da União Europeia na maior parte da década de
1990. O PIB per capita ronda os 76% das maiores
economias ocidentais europeias. A lista ordenada
anual de competitividade de 2005 do Fórum Económico
Mundial (WEF – World Economic Forum), coloca
Portugal no 22º lugar, à frente de países como a
Espanha, Irlanda, França, Bélgica e da cidade de
Hong Kong. Esta classificação representa uma subida
de dois lugares face à posição de 2004. No contexto
tecnológico, Portugal aparece na 20ª posição da
lista e na rubrica das instituições públicas,
Portugal é 15ª melhor.
Em parte, com o recurso a fundos da União Europeia,
o país fez nas duas últimas décadas investimentos
avultados em várias infraestruturas, dispondo hoje
de uma extensa rede de auto-estradas e beneficiando
de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.
Maia na Grande Porto, um dos municípios mais
industrializados do país.Com um passado
predominantemente agrícola, actualmente e devido a
todo o desenvolvimento que o país registou, a
estrutura da economia baseia-se nos serviços e na
indústria, que representam 67,8% e 28,2% do VAB. A
agricultura portuguesa está bem adaptada devido ao
clima, relevo e solos favoráveis. Nas últimas
décadas, intensificou-se a modernização agrícola,
embora ainda cerca de 12% da população activa
trabalhe na agricultura. As oliveiras (4000 km²), os
vinhedos (3750 km²), o trigo (3000 km²) e o milho
(2680 km²) são produzidos em áreas bastante vastas.
Os vinhos (especialmente o Vinho do Porto e o Vinho
da Madeira) e azeites portugueses são bastante
apreciados devido à sua qualidade. Também, Portugal
é produtor de fruta de qualidade seleccionada,
nomeadamente as laranjas algarvias, a pêra-rocha da
região Oeste, a cereja da Gardunha e a banana da
Madeira. Outras produções são de horticultura ou
floricultura, como a beterraba doce, óleo de
girassol e tabaco.
A importância económica da pesca tem vindo a
diminuir, empregando menos de 1% da população
activa. A diminuição dos stocks de recursos
piscatórios reflectiu-se na redução da frota
pesqueira portuguesa que, embora tenha vindo a
modernizar-se, ainda tem dificuldade em competir com
outras frotas europeias. Apesar da reduzida extensão
da plataforma continental portuguesa, existe alguma
diversidade de espécies nas águas da ZEE de
Portugal, uma das maiores da Europa. A frota
portuguesa efectua captura em águas internacionais e
nas ZEE de outros países. No seu todo, as espécies
mais capturadas são a sardinha, o carapau, o polvo,
o peixe-espada-preto, a cavala e o atum. Os portos
com maior desembarque de pescado, em 2001, foram os
de Matosinhos, Peniche, Olhão e Sesimbra.
Zona Económica Exclusiva de Portugal.As maiores
indústrias transformadoras são os têxteis, calçado,
cabedal, mobiliário, mármores, cerâmica (de destacar
a Vista Alegre) e a cortiça. As indústrias modernas
desenvolveram-se significativamente: refinarias de
petróleo, petroquímica, produção de cimento,
indústrias do automóvel e navais, indústrias
eléctricas e electrónicas, maquinaria e indústrias
do papel. Portugal tem um dos maiores complexos de
indústrias petroquímicas europeus situado em Sines e
dotado de um porto. A indústria automóvel também é
relevante em Portugal e localiza-se em Palmela (a
maior infraestrutura é a Autoeuropa), Setúbal,
Porto, Aveiro, Braga, Santarém e Azambuja.
A cortiça tem uma produção bastante significativa:
Portugal produz 54% da cortiça produzida no mundo.
Os recursos minerais mais significativos em Portugal
são o cobre, o lítio (7), o volfrâmio (6) , o
estanho, o urânio, feldspatos (11), sal-gema, talco
e mármore Alguns dos recursos naturais, tais como os
bosques que cobrem cerca de 34% do país, são
nomeadamente: pinheiros (13500 km²), sobreiros (6800
km²), azinheiras (5340 km²) e eucaliptos (2430 km²).
A balança comercial de Portugal é, há muito,
deficitária, com o valor das exportações a cobrir
apenas 65% do valor das importações em 2006.[80] As
maiores exportações correspondem aos têxteis,
vestuário, máquinas, material eléctrico, veículos,
equipamentos de transporte, calçado, couro, madeira,
cortiça, papel, entre outras. O país importa
principalmente produtos vindos da União Europeia:
Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido.
Energia
Barragem do Alqueva, AlentejoPortugal é um país
altamente deficitário em termos energéticos,
importando actualmente a totalidade dos combustíveis
fósseis que consome. Tal facto implica que em 2005
Portugal importou 87,3 % da energia total que
consumiu (em teps).Relativamente à produção de
electricidade, Portugal produziu em 2005 85 % da
electricidade que consumiu (importando os restantes
15 %). A produção doméstica total nesse mesmo ano
foi 46 575 GWh repartida do seguinte modo em termos
das fontes utilizadas: não renováveis 80,8 % (carvão
32,7 %, gás natural 29,2 %, petróleo 18,9 %);
renováveis 19,2 % (hidroeléctrica 11 %, eólica 3,8
%, biomassa 3,0 %, outras 1,4 %).
Energias renováveis
Parque eólico em Vila Nova, Miranda do Corvo.O
governo de Portugal pretende que até 2010, 45 % da
electricidade produzida seja obtida a partir de
fontes renováveis. A Barragem do Alqueva, no
Alentejo — servindo a irrigação dos campos e gerando
energia hidroeléctrica, que criou o maior lago
artificial na região ocidental da Europa e foi um
dos maiores projectos de investimento do país.
Em 2007, foi inaugurada uma das maiores centrais de
energia solar fotovoltaica do mundo (11 MW), em
Brinches, concelho de Serpa e em fase de construção
encontra-se aquela que será a maior do mundo no seu
tipo (62 MW), situada em Amareleja, concelho de
Moura, cuja montagem deverá estar totalmente
concluída em 2010. Paralelamente a primeira
exploração comercial do mundo da energia das ondas
do mar entrou em funcionamento em Setembro de 2008,
5 km ao largo de Aguçadoura, concelho de Póvoa de
Varzim. Também a potência instalada em parques
eólicos será aumentada para 5100 MW em 2012 (contra
os 2000 MW instalados até meados de 2007) enquanto a
potência hidroeléctrica instalada deverá atingir os
7000 MW em 2020 (contra os cerca de 5000 MW de
2005). Os investimentos em energias renováveis em
Portugal poderão totalizar 12 mil milhões de euros
até 2012 e 120 mil milhões de euros até 2020.
Transportes
Ponte Vasco da Gama, sobre o Rio Tejo, a maior da
EuropaOs transportes foram encarados como uma
prioridade na década de 1990, sobretudo devido ao
aumento da utilização de veículos automóveis e à
industrialização.
Portugal foi um dos primeiros países do Mundo a ter
uma auto-estrada, inaugurada em 1944, ligando Lisboa
ao Estádio Nacional, a futura Auto-Estrada
Lisboa-Cascais (actual A5). No entanto, apesar de
terem sido posteriormente construídos alguns outros
troços nas décadas de 1960 e 1970, só no final da
década de 1980 foi iniciada a construção de
auto-estradas em grande escala. Hoje em dia a rede
de auto-estradas portuguesas é bastante desenvolvida
e percorre quase todo o território, ligando todo o
litoral e as principais cidades do interior, numa
extensão total de aproximadamente 3000 km.
Auto-Estrada A28, no Norte de Portugal.Há ainda os
Itinerários Principais (IP's) e os Itinerários
Complementares (IC's) que podem ser constituídos por
auto-estradas, vias rápidas (estrada destinada
apenas a tráfego motorizado, com cruzamentos
desnivelados e de acesso restrito a nós de ligação)
e estradas nacionais. O país tem 68.732 km de rede
de estradas, dos quais cerca de 2600 km fazem parte
de um sistema de auto-estradas. Destes, cerca de 900
km não requerem o pagamento de portagens. Até 2012,
a extensão da rede de auto-estradas deverá aumentar
até aos 3187 km.
As duas principais áreas metropolitanas têm sistemas
de metropolitano: o Metro de Lisboa e o Metro Sul do
Tejo na Área Metropolitana de Lisboa; e no Porto, o
Metro do Porto, cada uma com mais de 35 km de
linhas.
Estancia de esqui |
Torre de S'Rafael |
Maia na grande Porto |
O transporte ferroviário de passageiros e
mercadorias é feito utilizando os 2791 km de linhas
ferroviárias actualmente em serviço, dos quais 1430
encontram-se electrificados e aproximadamente 900
permitem velocidades de circulação superiores aos
120 km/h. A rede ferroviária é gerida pela REFER
enquanto que os transportes de passageiros e
mercadorias são da responsabilidade da Caminhos de
Ferro Portugueses (CP), ambas empresas públicas. Em
2006 a CP transportou 133 milhões de passageiros e
9,75 milhões de toneladas de mercadorias.
Estação de Santa Apolónia, uma das principais
estações de Portugal, situada em LisboaA fase de
concurso para a construção e exploração de uma rede
ferroviária de alta velocidade, com as ligações
Lisboa–Madrid, Lisboa–Porto e Porto–Vigo, terá
início em 2008 para a primeira, enquanto que os
concursos para as ligações Lisboa–Porto e Porto–Vigo
deverão ser lançados em 2009. A exploração deverá
começar em 2013 nas ligações Lisboa–Madrid e
Porto–Vigo e em 2015 na ligação Lisboa–Porto. O
investimento previsto para estas três ligações é de
7790 milhões de euros. Em estudo estão mais duas
linhas de alta velocidade: Aveiro–Salamanca e
Évora–Faro.
Lisboa tem uma posição geográfica que a torna num
ponto de escala para muitas companhias aéreas
estrangeiras nos aeroportos em todo o país. O
Governo está actualmente a estudar o projecto para a
construção de um novo Aeroporto Internacional em
Alcochete, para substituir o actual aeroporto da
Portela, em Lisboa. Actualmente, os aeroportos mais
importantes são os aeroportos de Lisboa (Portela),
Faro, Porto (Francisco Sá Carneiro), Funchal
(Madeira) e Ponta Delgada (João Paulo II - Açores).
Comunicações
Portugal tem uma das mais altas taxas de penetração
de telemóveis no mundo, sendo que o número de
aparelhos de comunicações móveis já ultrapassou o
número da população total (à data de 2007, o número
de utilizadores era de 13.413 milhões). Esta rede
também oferece conexões sem fio à Internet móvel, e
abrange todo o território. No final do primeiro
trimestre de 2008 existiam em Portugal cerca de
1,713 milhões de utilizadores com acesso à Internet
em banda larga móvel e cerca 1,58 milhões de acessos
à Internet fixa, dos quais aproximadamente 1,52
milhões em banda larga. Pela primeira vez, o número
de utilizadores de banda larga móvel ultrapassou o
número de clientes de banda larga fixa.
A maioria dos portugueses assiste à televisão
através de cabo. Tendo em conta os crescimentos em
ambas as tecnologias, no final do primeiro trimestre
de 2008, os assinantes dos serviços de TV por
subscrição suportados em redes de distribuição por
cabo ou satélite (DTH) representavam cerca de 36,2
por cento dos alojamentos, mais 1 ponto percentual
do que no trimestre anterior. A penetração destes
serviços continua a ser superior à média nas Regiões
Autónomas (que também verificaram crescimentos
significativos).[96]. Em 2006, surgiu um novo
serviço de televisão de subscrição baseado na
tecnologia IPTV, televisão por internet.
Portugal já tem o serviço de Televisão Digital
Terrestre (TDT) disponível apenas em 28 cidades,
estando previsto abranger todo o território nacional
em 2010, dois anos antes do que a União Europeia
exigiu, embora o "apagão analógico" apenas virá a
acontecer em 2012. A operadora, PT Comunicações
iniciou as simulações de emissões digitais baseadas
na tecnologia de transmissão vídeo digital terrestre
(DVB-T) em 2008, na área de Lisboa.
Ligações à Internet estão disponíveis em muitos
cafés, assim como em muitas estações de correios.
Pode-se também navegar na Internet em hotéis,
centros comerciais e centros de conferência, em que
zonas especiais estão reservadas para este fim. O
livre acesso à Internet também está disponível aos
residentes em Portugal em "Espaços de Internet",
espalhados pelo país mas com maior incidência nos
principais centros populacionais.
Rádio
Sede da Rádio e Televisão de Portugal em Lisboa.A
rádio apareceu em Portugal no segundo quartel do
século XX. As primeiras emissões, em Onda Média,
realizaram-se em 1932, pela então Emissora Nacional,
fundada oficialmente em 1935, mas existente desde
1930, aquando de um decreto que criou, na
dependência dos CTT, a Direcção dos Serviços Radio
eléctricos, autorizando, em simultâneo, a aquisição
dos primeiros emissores de Onda Média e Onda Curta
em Portugal. Em 1934, realizaram-se as primeiras
emissões em Onda Curta. A Emissora Nacional foi
essencialmente definida à imagem de congéneres
europeias.
Concebida num quadro político interno e externo em
que as rádios nacionais desempenhavam sobretudo um
papel de veículo dos interesses do Governo, esta
característica acentuou-se ainda mais no caso
português em função do regime totalitário que
vigorou até 1974. Após a queda do regime, as
estações radiofónicas são nacionalizadas e é criada
a RDP – Radiodifusão Portuguesa. A sua evolução
prosseguiu, com reorganizações internas e reformas,
e hoje é denominada de RTP – Rádio e Televisão de
Portugal. Actualmente, a RTP, empresa pública
estatal, tem três emissoras: Antena 1, Antena 2 e
Antena 3. Para além destas, existem emissoras
privadas, sendo as mais conhecidas e antigas, a
Rádio Renascença, a Rádio Comercial e o Rádio Clube
Português. Também existem cerca de uma centena de
rádios locais e regionais, sendo a Rádio Voz de
Alenquer, a Rádio Seixal e a Rádio Festival as que
se destacam pela grande aposta na música portuguesa.
Com a evolução tecnológica, é possível ouvir a
transmissão radiofónica pela Internet e por
telemóvel.
Água e saneamento
Ver artigo principal: Água e saneamento em Portugal
Portugal também modernizou o seu sistema de
abastecimento de água e saneamento — nomeadamente
através do aumento da taxa de águas residuais
tratadas com apoio de subsídios da UE — para 80%. O
país também criou um moderno quadro institucional e
jurídico para o sector da água e saneamento,
incluindo uma agência reguladora autónoma,
denominada Águas de Portugal, e um grande número de
multi-serviços públicos municipais. Esta substituiu
institucionalmente uma estrutura do sector, ao
abrigo do qual os 308 municípios do país — muitos
deles com representação populacional ou geográfica
comparativamente pequena — tinha competência
exclusiva para a água e o saneamento.
Os portugueses são, na sua origem, compostos por
Celtas e Iberos, Celtiberos e, maioritariamente,
pelos Lusitanos. Os Galaicos ou "gallaeci" são de
origem celta e germânica. Os Cónios e outras tribos
menos significativas constituem o resto da origem.
Outras influências importantes foram também os
Romanos (a Língua portuguesa deriva do Latim), os
Visigodos e os Suevos, todos os quais povoaram o que
é hoje território português. Influências menores
foram os Gregos e os Fenícios-Cartagineses (com
pequenas feitorias comerciais costeiras
semi-permanentes), os Vândalos (Silingos e
Asdingos), os Alanos (ambos expulsos ou parcialmente
integrados pelos Visigodos) e os Berberes do norte
de África.
A população portuguesa é composta por 16,4% com
idade compreendida entre os 0 e os 14 anos, 66,2%
entre os 15 e os 64 anos e 17,4% com mais de 65
anos. A esperança média de vida é de 78,04 anos. Em
termos de alfabetização, 93,3% sabem ler e escrever,
tendo a taxa de analfabetismo vindo a descer ao
longo dos anos. O crescimento populacional situa-se
nos 0,305%, nascendo 10,45 por cada mil habitantes e
falecendo 10,62 por cada mil habitantes, o que faz
com que a população não esteja a ser renovada,
contribuindo para este facto a taxa de fertilidade
que se situa nos 1,49. Portugal é um dos países com
mais baixa taxa de mortalidade infantil (5 por mil)
no mundo.
Apesar de Portugal ser um país desenvolvido, ainda
existe população sem acesso a água canalizada e
electricidade, embora em número bastante reduzido. O
saneamento básico ainda não abrange todo o
território, sendo a região do Alentejo e de Lisboa e
Vale do Tejo onde existe um maior número de
população com acesso. Actualmente, ainda existe um
grande número de habitações com fossa séptica,
apesar de algumas não terem qualquer saneamento. O
acesso à saúde é garantido a toda a população, sendo
o acesso aos medicamentos garantido a 95 – 100% da
população.
Vivem em Portugal perto de 550 mil imigrantes, o que
representa aproximadamente 5% da população
portuguesa, sendo a maioria oriunda do Brasil
(66.700), seguida da Ucrânia (65.800) e de Cabo
Verde (64.300), entre outros, tais como Moldávia,
Roménia, Guiné-Bissau, Angola, Timor-Leste,
Moçambique, São Tomé e Príncipe e Rússia.
Principais cidades
Lisboa – A maior cidade portuguesa e também a
capital de Portugal (vista do do Cristo Rei)
Porto – Segunda maior cidade portuguesaLisboa (cerca
de 500 000 habitantes – 3 milhões de habitantes na
Região de Lisboa) é a capital desde o século XII, a
maior cidade do país, principal pólo económico,
detendo o principal porto marítimo e aeroporto
portugueses e é a cidade mais rica de Portugal com
um PIB per capita superior ao da média da União
Europeia.
Outras cidades importantes são as do Porto, (cerca
de 240 000 habitantes – 1,5 milhões no Grande Porto)
a segunda maior cidade, Aveiro (considerada a Veneza
Portuguesa), Braga (Cidade dos Arcebispos), Chaves
(cidade histórica e milenar), Coimbra (com a mais
antiga universidade do país), Guimarães (Cidade
berço), Évora (Cidade-Museu), Setúbal (terceiro
maior porto), Faro e Viseu. Na área metropolitana de
Lisboa existem cidades com grande densidade
populacional como Agualva-Cacém e Queluz (concelho
de Sintra), Amadora , Almada, Amora, Seixal,
Barreiro, Montijo e Odivelas. Na área metropolitana
do Porto os concelhos mais povoados são Vila Nova de
Gaia, Maia, Matosinhos e Gondomar. Na Região
Autónoma da Madeira a principal cidade é o Funchal.
Na Região Autónoma dos Açores existem três cidades
principais – Ponta Delgada, na ilha de São Miguel,
Angra do Heroísmo na ilha Terceira e Horta na ilha
do Faial.
Línguas
Mundo LusófonoA língua oficial da República
Portuguesa é o português, que, com mais de 210
milhões de falantes nativos, é a quinta língua mais
falada no mundo e a terceira mais falada no mundo
ocidental. Idioma oficial de Portugal e do Brasil, e
idioma oficial, em conjunto com outros idiomas, de
Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo falada na
antiga Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e
Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na
União Europeia, na União de Nações Sul-Americanas e
na União Africana.
São ainda reconhecidas e protegidas oficialmente:
a língua gestual portuguesa
o mirandês, protegida oficialmente no concelho de
Miranda do Douro, com origem no asturo-leonês,
ensinada como segunda língua facultativa em escolas
do concelho de Miranda do Douro e parte do concelho
de Vimioso. O seu uso, no entanto, é bastante
restrito, estando em curso acções que garantam os
direitos linguísticos à sua comunidade falante.
A língua portuguesa é uma língua românica (do grupo
ibero-românico), tal como o castelhano, catalão,
italiano, francês, romeno e outros.
O português é conhecido como a língua de Camões (por
causa de Luís de Camões, autor de Os Lusíadas), a
última flor do Lácio, expressão usada no soneto
Língua Portuguesa de Olavo Bilac ou ainda a doce
língua por Miguel de Cervantes.
Educação
Universidade de Coimbra.O Sistema Educativo em
Portugal é regulado pelo estado através do Ministro
da Educação, e do Ministro da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior. O sistema de educação pública é o
mais usado e mais bem implementado, existindo também
escolas privadas em todos os níveis de educação.
Em Portugal a educação é iniciada obrigatoriamente
para todos os alunos aos 6 anos de idade. A
escolaridade obrigatória é de 9 anos, havendo
intenção de prolongamento até 12 anos. O primeiro
nível de ensino, o Ensino Básico, está dividido em
ciclos:
1.º ciclo (1.º ao 4.º ano);
2.º ciclo (5.º ao 6.º ano);
3.º ciclo (7.º ao 9.º ano).
No final de cada ciclo, os alunos realizam provas de
aferição (1.º e 2.º ciclos) e exames nacionais (3.º
ciclo), às disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática. As provas avaliam os alunos sobre a
matéria leccionada durante o ciclo correspondente.
O ciclo seguinte não é obrigatório, e é designado
por Ensino Secundário, abrangendo os 10.º, 11.º e
12.º anos. Tem um sistema de organização próprio,
diferente dos restantes ciclos. A mudança de ciclo
pode, em vários casos, ser marcada pela mudança de
escola, sendo, por exemplo, as escolas que abrangem
o 1.º ciclo mais pequenas que as restantes, tendo em
média cerca de 200 alunos, enquanto que as do 2.º e
3.º ciclos e as secundárias podem facilmente atingir
os 2000 alunos.
Torre Norte do Instituto Superior TécnicoExiste
ainda a possibilidade de qualquer estudante poder
frequentar Cursos de Formação e de Educação, que dão
equivalência ao 9.º ano, e Cursos Profissionais, que
dão equivalência ao 12.º, ao abrigo da Iniciativa
Novas Oportunidades[120]. Para além das habilitações
literárias, o estudante recebe ainda certificação
profissional. Assim, todos os estudantes podem
concluir o Ensino Secundário, em regime diurno ou
nocturno. Estes cursos estão disponíveis em escolas
profissionais ou mesmo em escolas comuns.
As universidades portuguesas existem desde 1290,
sendo a primeira a Universidade de Coimbra, no
entanto, estabeleceu-se primeiramente em Lisboa
antes de se fixar definitivamente em Coimbra. As
universidades são geralmente organizadas em
faculdades. institutos e escolas também são comuns
às denominações das subdivisões das instituições
autónomas do ensino superior, e são sempre
utilizadas no sistema politécnico. O seu ingresso é
feito através da média final que o aluno obteve no
Ensino Secundário, e após a realização dos exames
necessários. A Declaração de Bolonha foi adoptada
desde 2006 pelas universidades e institutos
politécnicos portugueses.
Em termos estatísticos, a taxa de alfabetização nos
adultos acima de 15 anos que podem ler e escrever
situa-se nos 93,3%, sendo a taxa dos homens 95,5% e
das mulheres em 91,3% (estimativas de 2003). As
matrículas para a escola primária estão próximas dos
100%. Apenas 20% da população portuguesa em idade de
frequentar um curso de ensino superior, frequenta as
instituições de ensino superior do país. Para além
de ser um dos principais destinos para os estudantes
internacionais, Portugal está também entre os
principais locais de origem de estudantes
internacionais. Todos os estudantes do ensino
superior, tanto a estudar no país como no
estrangeiro, totalizaram cerca de 380 mil alunos em
2005.
Barragem de Alqueva |
Parque Eólico |
Ponte Vasco da Gama |
Saúde
Hospital de São Teotónio, em Viseu.O sistema de
saúde português é caracterizado por três sistemas
coexistentes: o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os
regimes de seguro social de saúde especiais para
determinadas profissões (subsistemas de saúde) e
seguros de saúde de voluntariado privados. O SNS
oferece uma cobertura universal. Além disso, cerca
de 25% da população é coberto por subsistemas de
saúde, 10% em seguros privados e outros 7% em fundos
mútuos.
O Ministério da Saúde é responsável pelo
desenvolvimento da política da saúde, bem como de
gerir o SNS. Cinco administrações regionais de saúde
são responsáveis pela execução dos objectivos da
política nacional de saúde, desenvolvimento de
orientações e protocolos e supervisionar a prestação
de cuidados de saúde. Os esforços para a
descentralização têm se destinado a transferir a
responsabilidade financeira e de gestão a nível
regional. Na prática, porém, a autonomia das
administrações regionais de saúde sobre definição de
orçamento e das despesas foi limitada aos cuidados
primários. O SNS é predominantemente financiado
através de uma tributação geral. As contribuições
dos empregadores (incluindo o Estado) e dos
empregados representam as principais fontes de
financiamento dos subsistemas de saúde. Além disso,
os pagamentos directos pelo paciente e os prémios de
seguros voluntários de saúde representam uma grande
percentagem de financiamento.
Semelhante aos outros países da Eur-A, em Portugal a
maioria da população morre com doenças
não-transmissíveis. A mortalidade devido a doenças
cardiovasculares (DCV) é maior do que na Zona Euro,
mas as suas duas principais componentes, a doença
cardíaca e a doença cerebrovascular, mostram as
tendências em relação inversa com a Eur-A, com a
doença cerebrovascular sendo a maior causa de morte
em Portugal (17%). Doze por cento da população morre
de cancro com menos frequência do que na Eur-A, mas
não é diminui a taxa de mortalidade tão rapidamente
como na Eur-A. O cancro é mais frequente entre as
crianças, bem como entre as mulheres mais jovens,
com idade inferior a 44 anos. Embora o cancro do
pulmão (lentamente aumentando entre as mulheres) e o
cancro da mama (diminuindo rapidamente) não afectem
tanto, o cancro do colo do útero e da próstata são
mais frequentes. Portugal tem a mais alta taxa de
mortalidade por diabetes na Eur-A, com um aumento
acentuado desde os finais da década de 1980.
Em Portugal, a taxa de mortalidade infantil caiu
acentuadamente desde a década de 1980, quando 24 em
cada 1000 recém-nascidos morriam no primeiro ano de
vida. Agora, é cerca de 3 mortes por cada 1000
recém-nascidos. Esta melhoria deveu-se
principalmente à diminuição da mortalidade neonatal,
de 15,5 para 3,4 por cada 1000 nascidos vivos.
As pessoas são geralmente bem informadas sobre o seu
estado de saúde, os efeitos positivos e negativos
dos seus comportamentos em relação à sua saúde e a
sua utilização dos serviços de saúde. Mas as
percepções sobre a saúde podem diferir do que é
administrativo e na análise baseada em dados que
mostram os níveis de doença nas populações. Assim,
os resultados de inquéritos baseados em
auto-referência a nível do agregado familiar
complementar, outros dados sobre estado de saúde e à
utilização dos serviços. Apenas um terço dos adultos
classificaram a sua saúde como boa ou muito boa em
Portugal. Isto é menor do que nos países da Eur-A
que elaboraram estes relatórios e reflecte a
situação relativamente adversa do país em termos de
mortalidade e morbidade.
De acordo com o último Relatório de Desenvolvimento
Humano, a média de vida em 2006 foi de 77,9 anos.
Ciência e Tecnologia
Edifício da Reitoria da Universidade Nova de
Lisboa.As actividades de investigação científica e
tecnológica em Portugal são sobretudo conduzidas no
âmbito de uma rede de unidades de I&D pertencentes a
universidades públicas e estatais de gestão autónoma
de investigação, em instituições como o INETI –
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e
Inovação. O financiamento deste sistema de
investigação é conduzido principalmente sob a
autoridade do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior.
As maiores unidades de I&D das universidades
públicas, em número significativo de publicações,
que alcançou o reconhecimento internacional, incluem
instituições de investigação de biociências como o
Instituto de Medicina Molecular, o Centro de
Neurociências e Biologia Celular, o IPATIMUP, e o
Instituto de Biologia Molecular e Celular.
Dentre as universidades privadas, centros de
investigação notáveis incluem o Laboratório de
Expressão Facial da Emoção. Dos centros de
investigação notáveis apoiados pelo Estado, está o
Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia,
um esforço de investigação conjunta entre Portugal e
Espanha. Entre as maiores instituições não estatais
está o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Fundação
Champalimaud, que atribui anualmente um dos mais
elevados prémios monetários do mundo relacionado com
a ciência. Uma série de empresas nacionais e
multinacionais de alta tecnologia, são também
responsáveis por projectos de investigação e
desenvolvimento. Uma das mais antigas academias de
Portugal é a Academia das Ciências de Lisboa.
Portugal fez acordos com várias organizações
científicas europeias com vista à plena adesão.
Estas incluem a Agência Espacial Europeia (ESA), o
Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN),
o ITER, e o Observatório Europeu do Sul (ESO).
Portugal tem entrado em acordos de cooperação com o
MIT (E.U.A.) e outras instituições norte-americanas,
a fim de desenvolver e aumentar a eficácia do ensino
superior e de investigação em Portugal.
Universidade de Coimbra |
Instituto Superior Técnico |
Hospital Teotônio |
Cultura
Pavilhão Rosa Mota, Porto.A Arquitectura Popular
Portuguesa marcou a arquitectura portuguesa dos anos
50 que prevaleceu até ao final do Salazarismo.[131]
Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenómeno
complementar e inovador, a arquitectura
contemporânea, no âmbito da arquitectura portuguesa
que, contrapõe a, conceitos velhos e conservadores
de tradições e modos de operar, a uma intenção
afirmada, de inovar o espaço e construi-lo com
conceitos, materiais e técnicas que permitam viver
em pleno a contemporaneidade. A arquitectura
contemporânea cruza várias gerações em simultâneo
que marcaram e continuam a marcar arquitectura
portuguesa, desde meados do século XX até aos nossos
dias. Fernando Távora, Manuel Tainha, Álvaro Siza,
Vítor Figueiredo, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto
Moura, Filipe Oliveira Dias, Tomás Taveira e
Carrilho da Graça são os arquitectos que traduzem o
que de melhor se produz, de arquitectura, em
Portugal. No entanto, estes projectos totalizam uma
pequeníssima parte das construções efectuadas no
país.
Literatura
José Saramago, vencedor do Prémio Nobel da
Literatura, é considerado o responsável pelo efetivo
reconhecimento internacional da língua portuguesa.Na
literatura portuguesa, é eminente a poesia, estando
entre os maiores poetas portugueses de todos os
tempos Luís de Camões e Fernando Pessoa, aos quais
se pode acrescentar Eugénio de Andrade, Florbela
Espanca, Cesário Verde, António Ramos Rosa, Mário
Cesariny, Antero de Quental e Herberto Helder, entre
outros. Na prosa, Damião de Góis, o Padre António
Vieira, Almeida Garrett, Eça de Queirós, Camilo
Castelo Branco, Miguel Torga, Fernando Namora, José
Cardoso Pires, António Lobo Antunes, José Luís
Peixoto e José Saramago (Nobel de Literatura) são
nomes de grande relevo. No teatro, destaca-se a
figura maior de Gil Vicente, António José da Silva –
dito "o Judeu" – e Bernardo Santareno.
Música
Mariza em concerto no Pavilhão Atlântico.A música
tradicional portuguesa é variada e muito rica. Do
folclore fazem parte as danças do vira, do Minho,
dos Pauliteiros de Miranda, da zona mirandesa, do
Corridinho do Algarve ou do Bailinho, da Madeira.
Instrumentos típicos são o cavaquinho, a
gaita-de-foles, o acordeão, o violino, os tambores,
a guitarra portuguesa (instrumento característico do
fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e
percussão. Ainda na cultura popular existem as
bandas filarmónicas que representam cada localidade
e tocam vários estilos de música, desde a popular à
clássica, sendo as bandas portuguesas das que melhor
qualidade artística têm.
O mais conhecido estilo de música português é o
Fado, cuja intérprete mais célebre foi Amália
Rodrigues. Outros cantores como Alfredo Marceneiro,
Vicente da Câmara, Nuno da Câmara Pereira, Frei
Hermano da Câmara, António Pinto Basto e Hermínia
Silva também se distinguiram como fadistas. No
entanto, o Fado tem também nos últimos anos
assistido ao aparecimento de jovens cantores que
atingem grande êxito, como Camané, Mariza, Ana
Moura, Mafalda Arnauth e Mísia, entre outros, bem
como de jovens guitarristas como Bernardo Couto.
Recentemente, através dos Madredeus e de cantores
como Mariza ou Dulce Pontes, a música portuguesa tem
atingido um patamar de reconhecimento internacional
e tem ajudado a divulgar a língua portuguesa em todo
o mundo.
A nível de instrumentistas merece realce a carreira
e composições do guitarrista Carlos Paredes, o mais
conhecido mestre de guitarra portuguesa.
Vista exterior da Casa da Música, no
Porto.Referências da canção de finais do século XX
(principalmente do período pré e pós-revolucionário)
são Zeca Afonso, Sérgio Godinho, os Trovante entre
outros. Mesmo sendo ainda o fado o género mais
conhecido além fronteiras, a "nova" música
portuguesa também tem um papel importante,
demonstrando grande originalidade. Mafalda Veiga,
Sara Tavares, Cristina Branco, Lúcia Moniz, Jorge
Palma, Rui Veloso, Clã, GNR, Ornatos Violeta, Xutos
& Pontapés, Moonspell, Da Weasel, Tiago Bettencourt,
Fingertips e Primitive Reason são apenas alguns dos
nomes mais conhecidos, indo do rock, à
pop-electrónica e ao rap, entre outros estilos.
A música erudita portuguesa constitui um capítulo
importante da música ocidental. Ao longo dos
séculos, sobressaíram nomes de compositores e
intérpretes como os trovadores Martim Codax e D.
Dinis, os polifonistas Duarte Lobo, Filipe de
Magalhães, Manuel Cardoso e Pedro de Cristo, o
organista Manuel Rodrigues Coelho o compositor e
cravista Carlos Seixas, a cantora Luísa Todi, o
sinfonista e pianista João Domingos Bomtempo ou o
compositor e musicólogo Fernando Lopes Graça. O
período de ouro da música portuguesa coincidiu,
discutivelmente, com o apogeu da polifonia clássica
no século XVII (Escola de Évora, Santa Cruz de
Coimbra). Entre as grandes referências actuais,
pontificam os nomes dos pianistas Artur Pizarro,
Maria João Pires, Olga Prats e Sequeira Costa, da
violetista Anabela Chaves, do violinista Carlos
Damas, do compositor Emmanuel Nunes, do compositor e
maestro Álvaro Cassutto. As orquestras sinfónicas
mais importantes são a Orquestra da Fundação
Gulbenkian, a Orquestra Nacional do Porto e a
Orquestra Sinfónica Portuguesa. No que diz respeito
à ópera, o Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa é
o mais representativo.
Gastronomia
Um copo de vinho do Porto.A gastronomia é muito rica
em variedade e do agrado de nacionais e estrangeiros
em geral. Cada zona do país tem os seus pratos
típicos, incluindo os mais diversificados alimentos,
passando pelas carnes de gado, carneiro, porco e
aves, pelos variados enchidos, pelas diversas
espécies de peixe fresco e marisco (grande variedade
de pratos de bacalhau). Entre os queijos sobressaem
os da Serra da Estrela e de Azeitão, entre muitos
outros.
Portugal é um país fortemente vinícola, sendo
célebres os vinhos do Douro, do Alentejo e do Dão,
os vinhos verdes do Minho, e os licorosos do Porto e
da Madeira. Em doçaria, e por entre uma enorme
variedade de receitas tradicionais, são muito
famosos os chamados pastéis de Belém, mantendo-se o
segredo da sua confecção bem guardado, assim como os
ovos moles de Aveiro, o pastel de Tentúgal, a
sericaia ou o pão-de-ló de Ovar, a par de muitos
outros.
De entre os pratos típicos, são de destacar o cozido
à portuguesa, o bacalhau à Brás, à Gomes de Sá ou em
pastéis, as espetadas da Madeira, o cozido vulcânico
dos Açores (São Miguel), o leitão assado à moda da
Bairrada os rojões de Aveiro e do Minho, a chanfana
da Beira, a carne de porco à alentejana, os peixes
grelhados (em todo o país), as tripas (da região do
Porto), as pataniscas (da região de Lisboa) ou o
gaspacho (do Alentejo e Algarve). A cozinha
portuguesa influenciou também outras gastronomias,
tais como a japonesa, com a introdução da tempura.
Desporto
Cerimónia de abertura do Campeonato Europeu de
Futebol de 2004.O futebol é o mais conhecido, amado
e praticado desporto em Portugal. O lendário Eusébio
é ainda um grande símbolo da história do futebol
português e os mais recentes fenómenos de
popularidade Luís Figo, Vítor Baía, Rui Costa, João
Vieira Pinto e Cristiano Ronaldo estão entre os
numerosos exemplos de outros futebolistas de renome
mundial nascidos em Portugal.
Equipa Desporto Fundação Liga Estádio Capacidade
Treinador
Sport Lisboa e Benfica (SLB) Futebol 28 de Fevereiro
de 1904 Liga Portuguesa Estádio do Sport Lisboa e
Benfica (Estádio da Luz) 65.200 Quique Flores
Sporting Clube de Portugal (SCP) Futebol 1 de Julho
de 1906 Liga Portuguesa Estádio José Alvalade –
Século XXI 50.095 Paulo Bento
Futebol Clube do Porto (FCP) Futebol 28 de Setembro
de 1893 Liga Portuguesa Estádio do Dragão 52.202
Jesualdo Ferreira
As modalidades desportivas em que o país mais se
destaca a nível internacional são, além do futebol,
a vela, equitação, o judo, o ciclismo, a esgrima, o
hóquei em patins, o atletismo e o tiro. Portugal
participou em todos os Jogos Olímpicos de Verão
desde os Jogos de 1912, tendo tido 4 medalhas de
ouro em atletismo (Carlos Lopes nos Jogos de 1984,
Rosa Mota nos Jogos de 1988, Fernanda Ribeiro nos
Jogos de 1996 e Nelson Évora nos Jogos de 2008) e
numerosas medalhas de prata e bronze nos restantes
desportos.
Turismo
Praia próxima de Lagos, Algarve.O Algarve, no Sul de
Portugal, é por excelência um pólo turístico
internacional, de muitos nacionais e europeus,
sobretudo britânicos. O clima e a temperatura da
água são os principais factores que contribuem para
o grande crescimento do turismo nesta região.
Já Lisboa atrai muitos turistas pela história e pelo
recheio de monumentos (como o Aqueduto das Águas
Livres, a Sé Catedral, a Baixa Pombalina, a Torre de
Belém e o Mosteiro dos Jerónimos). Os seus grandes
pontos turísticos são os museus nacionais de Arte
Antiga, dos Coches e do Azulejo, a Fundação Calouste
Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém e o Teatro
Nacional de São Carlos. De destacar também o
Oceanário de Lisboa, a diversão nocturna e toda a
área envolvente ao recinto da Exposição Mundial de
1998.
A Península de Setúbal tem várias características
naturais e culturais destacando-se a Serra da
Arrábida, as praias de Almada e Sesimbra, a baía
natural do Seixal, as salinas de Alcochete, os
moinhos de maré, as embarcações típicas do Tejo e
Sado, as antigas vilas piscatórias e toda a fauna e
flora ribeirinha.
Região do Alto Douro VinhateiroNo norte, o Porto é
uma cidade que vem conquistando um lugar de relevo
no panorama cultural do país e da Europa. Foi
Capital Europeia da Cultura em 2001. A Fundação de
Serralves e a Casa da Música são de visita
obrigatória, bem como a Torre dos Clérigos
(ex-libris da cidade) e a Sé destacando-se também o
Teatro Nacional São João, os Jardins do Palácio de
Cristal e toda a zona do centro histórico.
A Madeira é também um pólo turístico internacional,
todo o ano, tanto pelo seu clima ameno e paisagens
exuberantes, como pelo seu réveillon com o maior
espectáculo de fogo-de-artifício do mundo, as suas
flores, o internacionalmente conhecido Vinho da
Madeira e a sua característica gastronomia.
Na lista do Património Mundial encontram-se os
centros históricos do Porto, Angra do Heroísmo,
Guimarães, Évora e Sintra. São também Património
Mundial o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém,
o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha, o
Convento de Cristo em Tomar, os sítios de arte
rupestre do Vale do Côa, a floresta laurissilva da
Ilha da Madeira, e as paisagens vitivinícolas da
Ilha do Pico e do Alto Douro Vinhateiro.
Vista sobre a Vila de Sintra.O Algarve e a Madeira
também são locais de eleição por turistas
estrangeiros e nacionais para a prática de golfe,
desporto para cuja prática o país apresenta
excelentes condições.
Portugal é também um pais onde se pratica, além de
muitos outros desportos, surf. Entre os melhores
spots estão o Guincho, Peniche, Ericeira,
Carcavelos, São Pedro e São João do Estoril, Costa
da Caparica e São Torpes.
Outras atracções importantes turísticas são as
cidades de Braga (Centro Histórico, Bom Jesus e
Bracalândia), Bragança (Centro Histórico, Castelo e
Teatro Municipal), Chaves (centro histórico e
termas), Coimbra (universidade, judiaria e Portugal
dos Pequenitos), Vila Real (Solar de Mateus e Teatro
Municipal), Covilhã e região envolvente (Serra da
Estrela), as Aldeias Históricas da Beira Baixa e
Beira Alta, Monsaraz e Marvão.
A floresta portuguesa potencia também a utilização
turística, sendo de destacar o único parque nacional
português (Parque Nacional da Peneda-Gerês).
Religião
Inscrevem-se católica, protestantes, evangélicos,
judaica, uma minoria islamica. A Constituição
Portuguesa garante liberdade religiosa total e a
igualdade entre religiões
Praia de lagos |
Região Alto Douro Vinhateiro |
Vila Sintra |
Feriados
Data Nome Observações
1 de Janeiro Ano Novo Passagem de ano, início do ano
novo. Este feriado celebra a Solenidade de Santa
Maria, mãe de Jesus, sendo a primeira grande festa
dos cristãos.
Terça-feira, festa móvel Carnaval Feriado
facultativo, sendo rara a sua não utilização na
prática. A data tem origem na tradição de antes de
se iniciar a Quaresma, haver uma época de maior
exagero e menos temperança. É também conhecido por
Entrudo.
Sexta-feira, festa móvel Sexta-Feira Santa Celebra a
Paixão e Morte de Jesus Cristo em Jerusalém.
Domingo, festa móvel Páscoa Sendo celebrado a um
Domingo, não é classificado como feriado oficial. As
tradições gastronómicas da Páscoa variam muito entre
as diversas regiões do país desde o pão-de-ló ao
folar. Em algumas regiões, a tracção do Compasso
ainda se mantém mesmo nas grandes cidades quando um
pequeno grupo visita cada casa com um crucifixo e
onde é feita uma pequena cerimónia de bênção da
casa. Também é altura da segunda visita tradicional
dos afilhados solteiros aos respectivos padrinhos
para receberem a prenda de Páscoa, tradicionalmente,
o Folar.
25 de Abril Dia da Liberdade Celebração da Revolução
dos Cravos que marcou o fim do regime ditatorial em
1974.
1 de Maio Dia do Trabalhador Este feriado celebra
todos os trabalhadores.
Quinta-feira, festa móvel Corpo de Deus Segunda
quinta-feira a seguir à Festa de Pentecostes
(Espírito Santo). Celebra o culto à Eucaristia, e
está arraigado desde a Idade Média.
10 de Junho Dia de Portugal Oficialmente Dia de
Portugal, de Camões, e das Comunidades Portuguesas.
A data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580
é utilizada para relembrar os feitos passados e
condecorar heróis.
15 de Agosto Assunção de Nossa Senhora Este feriado
celebra a Assunção da Virgem Maria ao Céu. É uma das
festas mais antigas da Cristandade, e na Península
Ibérica era chamada a Senhora de Agosto.
5 de Outubro Implantação da República Este feriado
celebra a Proclamação da República Portuguesa
1 de Novembro Todos os Santos Tradicionalmente
utilizado para recordar entes falecidos, celebra, no
entanto, todos os santos cristãos, já que os
defuntos se celebram no dia a seguir, 2 de Novembro.
1 de Dezembro Restauração da Independência Celebra a
restauração da nacionalidade, em 1640.
8 de Dezembro Imaculada Conceição Padroeira de
Portugal desde 1646. É uma das maiores festas
cristãs, e a festa mais querida dos portugueses, já
que, até há alguns anos, era também o chamado Dia da
Mãe.
25 de Dezembro Natal Celebra o nascimento de Jesus
Cristo, em Belém. A noite de 24 para 25, vulgarmente
chamada de Consoada, é marcada pela Missa do Galo. É
também marcada pela gastronomia típica desta época,
pelos jantares em família e pela troca de presentes,
que pode efectuar-se logo após o jantar, após a
meia-noite ou na manhã do dia 25.