|
Procure por ordem alfabetica
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
K L
M N
O
P
Q
R
S
T
U
V X
Z
As aves
(latim científico: Aves) constituem uma classe de
seres vivos vertebrados, bípedes, endotérmicos,
ovíparos, caracterizados principalmente por
possuírem penas, apêndices locomotores anteriores
modificados em asas, bico córneo e ossos
pneumáticos. Habitam todos os ecossistemas do globo,
do Ártico à Antártica. As aves atuais variam muito
em tamanho, do Mellisuga helenae de 5 centímetros ao
avestruz de 2,75 metros.
O registro fóssil
indica que as aves evoluíram dos dinossauros
terópodes durante o período Jurássico, por volta de
150-200 milhões de anos atrás (Ma), e a primeira ave
conhecida é o Archaeopteryx do Jurássico Superior,
cerca de 150-145 Ma. A maioria dos paleontólogos
considera as aves como o único clado de dinossauros
a sobreviver ao evento de extinção
Cretáceo-Paleogeno, aproximadamente 65,5 Ma. São
reconhecidas aproximadamente 10 000 espécies de aves
no mundo.
Note que todos os pássaros são
aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os
pássaros estão incluídos na ordem Passeriformes,
constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior
número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo,
as ratitas não podem voar ou apresentam voo
limitado, uma característica considerada secundária,
ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de
ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras
espécies, particularmente as insulares, também
perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras
incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto
dodo. Aves não voadoras são especialmente
vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica
direta (destruição e fragmentação do habitat,
poluição etc.) ou indireta (introdução de
animais/plantas exóticas, mamíferos em particular).
A primeira classificação das aves foi
desenvolvida por Francis Willughby e John Ray, no
Ornithologiae de 1676. Carolus Linnaeus modificou a
demonização em 1758 para o sistema de classificação
taxonômica atual. As aves estão posicionadas na
classe Aves na taxonomia de Linnaeus, entretanto, na
taxonomia filogenética agrupam-se as aves junto aos
dinossauros terópodes. Aves e Crocodylia são os
únicos membros viventes do clado reptiliano
Archosauria. Na filogenética, o termo Aves é
comumente definido como sendo todos os descendentes
do mais recente ancestral das aves modernas e do
Archaeopteryx.
O Archaeopteryx, do Jurássico
Superior (entre 150–145 milhões de anos atrás), é a
ave mais antiga conhecida, dentro dessa definição.
Outro autor partidário ao Phylocode, como Jacques
Gauthier, tem definido Aves para incluir somente os
grupos de aves modernas, excluindo muitos grupos
conhecidos apenas pelo registro fóssil, e
assinalando-os ao clado Avialae, em parte para
evitar as incertezas sobre o posicionamento do
Archaeopteryx em relação aos animais
tradicionalmente conhecidos como dinossauros
terópodes.
Todas as aves modernas pertencem à
subclasse Neornithes, que está subdividida em:
Palaeognathae e Neognathae. Estas duas subdivisões
são frequentemente assinaladas à posição taxonômica
de superporem, embora Livezey e Zusi assinalaram-nas
como coorte.
Dependendo do ponto de vista
taxonômico, o número de espécies de aves existentes
conhecidas varia entre 9 8007 a 10 050.
Origem das aves
Evidências fósseis e análises
biológicas intensas tem demonstrado que as aves
descendem dos dinossauros terópodes. Mais
especificamente, elas são membros do clado
Maniraptora, um grupo de terópodes que inclui as
famílias Dromaeosauridae e Oviraptoridae. Com a
descoberta de mais terópodes não pertencentes ao
clado Avialae, à distinção entre terópodes e aves
ficou ofuscada. Recentes descobertas na província de
Liaoning no nordeste da China, que demonstraram que
muitos pequenos terópodes possuíram penas,
contribuíram para essa ambiguidade.
Evolução e diversificação das aves
As aves se
diversificaram numa grande variedade de formas
durante o período Cretáceo. Muitos grupos retiveram
características primitivas, como garras nas asas e
dentes, embora os dentes fossem perdidos
independentemente em vários grupos de aves. Enquanto
as formais primitivas como o Archaeopteryx e o
Jeholornis, retiveram os longos ossos da cauda dos
seus ancestrais, as caudas das aves mais avançadas
foram encurtadas com o advento do osso pigóstilo no
clado Pygostylia.
A primeira linhagem grande
e diversa de aves de cauda curta a evoluir foi a
Enantiornithes, nomeada em função da construção dos
ossos do ombro estar em posição contrária a das aves
modernas. Os Enantiornithes ocuparam uma grande
variedade de nichos ecológicos, de filtradores de
areia e piscívoros a trepadores e granívoros.
Algumas linhagens mais avançadas também se
especializaram em uma dieta a base de peixes, como a
classe Ichthyornithes. Uma ordem de aves marinhas do
Mesozoico, a Hesperornithiformes, tornou-se tão
adaptada ao ambiente aquático que perdeu a
capacidade de voar. Apesar dessas especializações
extremas, os Hesperornithiformes representam uma das
linhagens mais próximas às aves modernas.
A classificação tradicional segue o padrão de
Clements (também conhecido como as ordens de
Clements): Subclasse †Archaeornithes Gadow, 1893
- aves ancestrais Ordem †Archaeopterygiformes
Lambrecht, 1933 - arqueopterix. Ordem
†Confuciusornithiformes Hou et al., 1995.
Subclasse Neornithes Gadow, 1893 - aves modernas
Superordem Paleognathae Pycraft, 1900 - aves com
asas atrofiadas e osso esterno sem quilha Ordem
Apterygiformes Haeckel, 1866 - quivi. Ordem
†Dinornithiformes Gadow, 1893 - moa Ordem
Casuariiformes Sclater, 1880 - casuar Ordem
†Aepyornithiformes Newton, 1884 - ave-elefante
Ordem Struthioniformes Latham, 1790 - avestruz
Ordem Rheiformes Forbes, 1884 - ema Ordem
Tinamiformes Huxley, 1872 - macuco, inhambu
Superordem Neognathae Pycraft, 1900 - aves com asas
bem desenvolvidas e osso esterno com quilha Ordem
Sphenisciformes Bonaparte, 1831 - pinguim Ordem
Gaviiformes Wetmore & Miller, 1926 - mobelha
Ordem Podicipediformes Fürbringer, 1888 - mergulhão
Ordem Procellariiformes Fürbringer, 1888 - albatroz,
petrel Ordem Pelecaniformes Sharpe, 1891 -
pelicano, atobá, cormorão, rabo-de-palha Ordem
Ciconiiformes Bonaparte, 1854 - cegonha, garça,
urubu, íbis Ordem Anseriformes Wagler, 1831 -
pato, ganso, cisne Ordem Falconiformes Sharpe,
1874 - águia, gavião, falcão Ordem Galliformes
Temminck, 1820 - galo, peru, faisão, perdiz, pavão,
aracuã, jacu, mutum Ordem Gruiformes Bonaparte,
1854 - grou, saracura, jacamim, seriema Ordem
Charadriiformes Huxley, 1867 - batuíra, maçarico,
gaivota, jaçanã Ordem Columbiformes Latham, 1790
- pombo, dodô Ordem Psittaciformes Wagler, 1830 -
papagaio, arara, periquito, cacatua Ordem
Cuculiformes Wagler, 1830 - cuco, anu Ordem
Strigiformes Wagler, 1830 - coruja Ordem
Caprimulgiformes Ridgway, 1881 - bacurau, urutau
Ordem Apodiformes Peters, 1940 - andorinhão,
beija-flor Ordem Coliiformes Murie, 1872 -
rabo-de-junco Ordem Trogoniformes Wetmore &
Miller, 1926 - surucuá Ordem Coraciiformes
Forbes, 1884 - martim-pescador, rolieiro Ordem
Piciformes Meyer & Wolf, 1810 - pica-pau, tucano
Ordem Passeriformes Linnaeus, 1758 - pássaros
A classificação radicalmente diferente
de Sibley-Monroe (Taxonomia de Sibley-Ahlquist),
baseada em dados moleculares de hibridização
DNA-DNA, encontrou corroboração, por evidências
moleculares, fósseis e anatômicas, de algumas
modificações propostas, entre elas o apoio para o
clado Galloanserae.
Distribuição
geográfica e habitat
As aves estão
distribuídas em todos os continentes e por quase
todas as ilhas, e em todos os principais habitats de
cavernas a montanhas, de desertos a florestas
tropicais. Também são encontradas em todos os mares
e oceanos, inclusive na Antártida, onde a ave mais
austral, a Pagodroma nívea, cujas colônias
reprodutivas alcançam até 440 quilômetros no
interior.
A maior diversidade de aves ocorre
em regiões tropicais, sendo a Colômbia (1.897)17 o
país com o maior número de espécies, seguida do Peru
(1.842)18 e Brasil (1.832). Historicamente foi
determinada que esta alta diversidade fosse o
resultado de maiores taxas de especiação nos
trópicos, no entanto, um estudo encontrou maiores
taxas de especiação nas altas latitudes que foram
compensadas por maiores taxas de extinção do que nos
trópicos. Várias famílias de aves se adaptaram para
viver nos mares, com algumas espécies de aves
marinhas que vêm a terra apenas para procriar e
alguns pinguins com registros de mergulhos de até
300 metros de profundidade.
Muitas espécies
de aves têm se estabelecido em áreas onde foram
introduzidas pelo homem. Algumas dessas introduções
foram deliberadas, como no caso do
faisão-de-pescoço-anelado (Phasianus colchicus), que
foi introduzido em várias partes do mundo como uma
ave de caça.
Outras têm sido acidental, como
no caso da caturrita (Myiopsitta monachus) que se
espalhou em várias cidades norte-americanas depois
de escapar do cativeiro. Algumas espécies, incluindo
a garça-vaqueira (Bubulcus ibis), o caracará-branco
(Milvago chimachima)e a cacatua-galah (Eolophus
roseicapilla), se espalharam naturalmente, muito
além de suas distribuições originais, devido às
práticas agrícolas que criaram habitats adequados
para estas espécies.
Adaptações ao voo
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram
várias características essenciais que permitiram o
voo ao animal. Entre estas podemos citar:
1.Endotermia 2.Desenvolvimento das penas
3.Desenvolvimento de ossos pneumatizados 4.Perda,
atrofia ou fusão de ossos e órgãos
5.Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos
6.Postura de ovos 7.Asas 8.Presença de quilha,
expansão do osso esterno, na qual se prendem os
músculos que movimentam as asas 9.Ausência de
bexiga urinária 10.Ausência de dentes 11.Corpo
leve e aerodinâmico
As penas, consideradas
como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em
outros grupos de dinossauros, entre eles o próprio
Tyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das
penas se deu a partir de modificações das escamas
dos répteis, tornando-se cada vez mais
diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a
possibilitar os voos planado e batido.
Acredita-se que as penas teriam sido preservadas na
evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no
controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que
aponta para o surgimento da endotermia já em grupos
mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e
paralelamente com a aquisição da mesma
característica por répteis Sinapsida, que deram
origem aos mamíferos.
Os ossos pneumáticos
também são encontrados em outros grupos de répteis.
Apesar de serem ocos (sendo um termo melhor
"não-maciços"), os ossos das aves são muito
resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas
ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
Com relação a características ósseas
relacionadas à adaptação ao voo, podemos citar:
Diminuição do crânio, sendo este composto por ossos
completamente fusionados no estágio adulto;
Rostrum (mandíbula + maxilar) leve, podendo ser
"oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto
por uma camada córnea, a ranfoteca;
Forame
magno direcionado posteriormente, facilitando a
posição "horizontal" da ave (quando em voo);
Diminuição do número de vértebras, em especial no
sinsacrum (fusão de vértebras e outros ossos da
cintura pélvica) e pigóstilo (vértebras caudais
fusionadas);
Tarsos (mãos) com grande fusão
de ossos, sendo que atualmente só se observam três
dedos;
Fusão das clavículas formando a
fúrcula (conhecido popularmente como "osso da
sorte"), como adaptação ao fechamento dos órgãos
dentro de uma caixa óssea;
Costelas dotadas
de um processo uncinar (projeção óssea
posteriormente direcionada de modo a fixar uma
costela com a costela imediatamente atrás), também
uma adaptação ao fechamento;
Prolongamento do
osso esterno e desenvolvimento da carena ou quilha
esternal, sendo que, o primeiro também é uma
adaptação à formação da caixa óssea e o segundo uma
adaptação para a implantação dos músculos do voo,
necessariamente fortes.
Fusão de ossos nas
pernas (apêndices locomotores posteriores) formando
a tíbia-tarso e tarso-metatarso.
Quanto a
outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução
do peso total do animal) e as bexigas, e a grande
maioria dos grupos de aves perdeu o ovário direito.
O sistema de sacos aéreos funciona em conjunto com o
sistema respiratório (por isso a respiração em aves
é diferente dos outros grupos de tetrápodes). Ainda
tem função de diminuir a densidade do animal,
facilitando o voo e a natação (no caso de aves que
mergulham).
Todas essas características já
são observadas em outros grupos de répteis, em
especial nos Dinosauria, o que levou especialista a
classificar as aves não como um grupo à parte
(Classe Aves, como era conhecida antigamente), e sim
como um grupo especializado de dinossauros (veja
Ascendência das aves).
Morfologia
Do
ponto de vista morfológico, as aves constituem um
grupo um tanto particular e uniforme dentro dos
tetrápodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se
distinguem facilmente de outros grupos de animais
vivos e uniformes porque, apesar do grande número de
espécies e adaptações das mais variadas para
diferentes nichos ecológicos, o grupo como um todo
mantém sua morfologia bastante semelhante
(diferentemente, p. ex., dos mamíferos).
Entre as características morfológicas de grande
importância ecológica e evolutiva, estão o formato
do bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho
corporal.
Do ponto de vista sistemático, a
estrutura da siringe é de particular interesse,
tendo sido de fundamental importância na divisão da
ordem Passeriforme em Tyranni (Suboscines, ou “aves
gritadoras”) e Passeri (Oscines, ou "aves canoras,
que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da
siringe também tem sido usada para estudos
filogenéticos em grupos de aves não-Passeriformes
(p. ex. os Falconiformes).
Sistema
urinário
As aves são incapazes de urinar da
forma como os mamíferos, como elas não possuem
bexiga para armazenar a urina, ao ingerirem
líquidos, estes são depositados no intestino, onde
são absorvidos chegando aos rins, onde são
filtrados. As impurezas são formadas por uma
substância chamada urato, um derivado direto do
Ácido úrico, que se depositam com as fezes numa
parte do intestino denominada coprodeu localizado na
cloaca. A parte esbranquiçada observada nas fezes de
aves é o que conhecemos pelo urato.
Reprodução
As aves descendem de répteis
Diapsida Theropoda, ao passo que os mamíferos fazem
parte da linhagem Sinapsida.
O Archaeopteryx
é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de
aproximadamente 140 milhões de anos atrás, do
período Jurássico. Era um pouco maior que um pombo e
possuía cauda longa, percorrida pela coluna
vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos
individualizados com garras e, como característica
mais marcante, penas do corpo e penas de voo
assimétricas (indícios de que esse animal era capaz
de voar).
As aves pertencem ao mesmo grupo
dos dinossauros, sendo que já foram descobertas
penas (ou estruturas semelhantes, mais primitivas)
em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente
se aceita o grupo aves não como Classe (a exemplo de
Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e
atual de Dinosauria.
Há cerca de 65 milhões
de anos, com a extinção da maioria dos grandes
grupos de répteis ocorreu uma grande radiação
adaptativa e consequente diversificação das aves,
que passaram a povoar praticamente todos ambientes
terrestres.
A filogenia dos grupos atuais de
aves ainda está pouco elucidada, sendo difícil
afirmar quais os grupos ancestrais e quais os mais
derivados e de quem descendem.
Referencia:
Wikipedia Ache Tudo e Região
Não estamos sozinhos,
é vital dividirmos espaço com outras criaturas ou
seremos também eliminados do planeta. Proteger
as árvores, os animais, rios e mares são dever
cívico de cada cidadão. Seremos
todos responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo
a natureza.
Conheça
o
Ache
Tudo e Região
o portal
de todos Brasileiros. Cultive o hábito de ler, temos
diversidade de informações úteis
ao seu dispor.
Seja bem
vindo, gostamos de
suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
melhorar a cada ano.
|