Coelenterata, frequentemente aportuguesado para celenterados, é a denominação de um grupo
taxonômico atualmente obsoleto, mas que embora sem uso nas classificações modernas continue a ser
frequentemente utilizado na linguagem corrente.
O táxon inicialmente compreendia os grupos Cnidários e
Ctenophora, que se consideravam diblásticos e radiados. Depois, os Ctenophora foram separados e o
termo passou a utilizar-se como sinónimo de Cnidária, mas nas classificações modernas o termo foi
abandonado em favor de Cnidária. O nome procede do grego koilos, "oco", referindo-se à sua
cavidade interna, e de enteron, "intestino". Esta cavidade interna é o celêntero ou cavidade
gastrovascular.
Filogenética
A partir de 1866 foi proposto que Cnidário e Ctenophora
estavam mais relacionados entre si que com os animais bilaterais (Bilatéria) e formou-se com eles
o grupo dos Coelenterata. Em 1881 foi proposto que Ctenophora e Bilatéria eram grupos próximos,
mas as análises recentes não confirmam essa ideia e pelo contrário indicam que é a Cnidária os que
estavam mais próximos aos bilaterais.
A estrutura diblástica e a presença de uma única abertura corporal e cavidade levou a acreditar
que os cnidários e os ctenóforos estavam relacionados. Sabe-se agora que a estrutura embrionária
de ctenóforos e cnidários não está relacionada e não existem outros dados que demostrem que ambos
os grupos partilham um antepassado comum único.
O consenso atual explica as óbvias semelhanças entre
Ctenophora e Cnidária (a forma medusoide) por convergência evolutiva resultante da adaptação dos
dois grupos à vida pelágica. Os ctenóforos bentônicos não apresentam qualquer semelhança com os
pólipos. Os ctenóforos não apresentam o ciclo de vida mutagênico nem os cnidoblastos
característicos dos cnidários, mas têm colo blastos. Em face de essas diferenças, as análises
filogenéticas indicam que Ctenophora e Cnidária são grupos separados.
Por outro lado, a posição dos Ctenophora dentro do reino
animal foi debatida durante longo tempo e ainda não está de todo clara, tendo sido proposto que
são um ramo paralelo à Bilatéria e à Cnidária, paralelo à Cnidária, Placozoa e Bilatéria ou
paralelo a todos os restantes filos animais.
Em consequência, Cnidária e Ctenophora consideram-se filos
separados, e o termo Coelenterata englobando ambos considera-se parafilético e taxonomicamente
inválido. Celenterado como sinónimo de cnidário ainda continua a ser utilizado na literatura, mas
como termo taxonômico deve usar-se exclusivamente Cnidário.
Para complicar esta questão, um trabalho de 1997 de Lynn
Margulis (revendo um modelo prévio de Thomas Cavalier-Smith) situa Cnidário e Ctenophora isolados
no ramo dos Radiata do sub-reino Eumetazoa. Os Eumetazoa incluem todos os animais exceto a
Porífera (esponjas), Trichoplax e os ainda pouco compreendidos Mesozoa. Nenhum agrupamento é
universalmente aceite para estes animais.
Referencia:
Wikip��������dia
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