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Protozoários

 


Protozoários são microorganismos cuja classificação é feita com base nas estruturas de locomoção que eles apresentam e devido a isso foram agrupados no Reino Protista junto às algas unicelulares crisófitas, euglenófitas e pirrófitas de acordo com suas semelhanças mais evidentes. Todos são seres eucariontes ou seja, possuem núcleo celular organizado dentro de uma carioteca, a maioria são heterótrofos e comem diversos alimentos embora alguns sejam autótrofos produzem clorofila e com ela fazem a fotossíntese e assim conseguem produzir seus próprios alimentos.

A locomoção desses micro-organismos no meio aquático é feita através do batimento de cílios os (Ciliados) ou batimento de flagelos nos (Flagelados) que são estruturas mais adaptadas para a natação; outros protozoários os (Rizópodos) rastejam com movimento amebóide um tipo de locomoção onde os micro-organismos vão mudando a forma do seu corpo pela emissão de pseudópodes (do grego, "pseudo", em português falso ou falsos) e (do grego "podo", em português pé ou pés) portanto literalmente "pseudópodos" significam "falsos pés"; outros protozoários não possuem organelas locomotoras nem vacúolos contrácteis são os chamados (Esporozoários), microorganismos parasitas que se disseminam pelo ambiente através da produção de muitos esporos que são levados pela água, pelo ar ou são levados através de animais vetores (moscas, mosquitos, carrapatos etc.) que se contaminam com esses protozoários patogênicos, ficam doentes e transmitem essas doenças para outros animais.

A maioria dos protozoários são de vida livre e aquática podendo ser encontrados na água doce, salobra ou água salgada, levam vida livre também em lugares úmidos rastejando pelo solo ou sobre matéria orgânica em decomposição no entanto algumas espécies levam vida parasitária nos organismos de diversos hospedeiros e assim passam a maior parte da vida parasitando diversas espécies de seres vivos e dessa forma lhes causando muitas doenças. A reprodução dos protozoários geralmente é assexual acontecendo por divisão múltipla onde o microorganismo apenas se divide em cópias dele mesmo, alguns produzem esporos para se disseminarem pelo ambiente, às vezes alguns também apresentam reprodução sexual havendo nítida troca de material genético entre um micro-organismo e outro.

A disciplina que estuda os protozoários denomina-se Protozoologia.
 

Filos de protozoários

Filo A. Plasmodroma;
Filo B. Ciliophora.
Filo A. Plasmodroma
Classe 1. Mastigophora
Subclasse 1. Phytomastigina
Ordem 1. Chrysomonadina
Ordem 2. Cryptomonadina
Ordem 3. Phytomonadina
Ordem 4. Euglenoidina
Ordem 5. Chloromonadina
Ordem 6. Dinoflagellata
Subclasse 2. Zoomastigina
Ordem 1. Choanoflagellina
Ordem 2. Rhizomastigina
Ordem 3. Protomonadina
Ordem 4. Retortamonadina
Ordem 5. Diplomonadina
Ordem 6. Oxymonadina
Ordem 7. Trichomonadina
Ordem 8. Hypermastigina
Classe 2. Opalinata (Protociliata)
Ordem 1. Opalinida
Classe 3. Sarcodina (Rhizopoda)
Subclasse 1. Rhizopoda

Ordem 1: Amoebina
Ordem 2: Testacea
Ordem 3: Gromiina
Ordem 4: Foraminifera
Ordem 5: Mycetozoa
Ordem 6: Labyrinthulina
Subclasse 2. Piroplasmea

Ordem 1: Piroplasmida
Subclasse 3 Actinopoda
Ordem 1: Radiolaria
Ordem 2: Acantharia
Ordem 3: Heliozona
Ordem 4: Proteomyxa
Classe 4. Sporozoa
Subclasse 1. Telosporidia
Ordem 1. Gregarinida
Ordem 2. Coccidia
Ordem 3. Haemosporidia
Subclasse 2. Acnidosporidia
Ordem 1. Haplosporidia
Ordem 2. Sarcosporidia
Subclasse 3. Cnidosporidia
Ordem 1. Myxosporidia
Ordem 2. Actinomyxidia
Ordem 3. Microsporidia
Ordem 4. Helicosporidia
Filo B. Ciliophora

Balanditium, protozoário ciliado.Classe Ciliata
1255 1gerson 1022045 1gerson


Ordem 2: Trichostomatida
Ordem 3: Chonotrichida
Ordem 4: Suctorida
Ordem 5: Apostomatida
Ordem 6: Astomatida
Ordem 7: Hymenostomatida
Ordem 8: Thigmotrichida
Ordem 9: Peritrichida
Subclasse 2: Spirotricha

Ordem 1: Heterotrichida
Ordem 2: Oligotrichida
Ordem 3: Tintinnida
Ordem 4: Entodinomorphida
Ordem 5: Odontostomatida
Ordem 6: Hypotrichida


Classificação


Protozoários são seres unicelulares, na maioria heterotróficos, mas com formas autotróficas e com mobilidade especializada sendo este o principal critério utilizado para definir sua classificação na taxonomia.

A maioria deles é minúscula, medindo de 0,01 mm a 0,05 mm aproximadamente, sendo que algumas exceções podem medir até 0,5 mm como, por exemplo, os foraminíferos.
Nutrição:
Os autótrofos fazem fotossíntese e se alimentam como se fossem plantas, outros são heterótrofos e se alimentam comendo diversos alimentos principalmente matéria orgânica em decomposição, folhas mortas, animais mortos, fezes etc. Sua forma de nutrição é muito diferenciada, pois podem ser predadores ou filtradores, herbívoros ou carnívoros, parasitas ou mutualistas mas, a principal forma de alimentação deles é a nutrição saprófita. A digestão é intracelular, por meio de vacúolos digestivos, sendo que o alimento é ingerido ou entra na célula por meio de uma "boca", o citóstoma. A célula desses micro-organismos unicelulares é muito especializada, e cada organela tem uma função vital.

O sistema locomotor é bem primitivo com o uso de flagelos, cílios, membranas ondulantes, cirros ou pseudópodes. Há um sistema hidrostático, constituído de vacúolos pulsáteis que eliminam o excesso de água que entra na célula por osmose nos protozoários dulcícolas, estabelecendo assim o equilíbrio osmótico. O citoesqueleto também é especializado para manter a forma da célula, emissão de pseudópodes, locomoção, movimentação de vacúolos digestivos, entre outras funções necessárias. Esporozoítas não possuem estruturas locomotoras, são levados pelas correntezas de água, pelo vento mas são levados principalmente através de animais vetores (pulgas, mosquitos, moscas, baratas, carrapatos etc.) que se contaminam com esses protozoários parasitas e os disseminam a outros diversos seres vivos hospedeiros que adoecem quando são atacados por esses parasitas.

Algumas espécies possuem endoesqueleto enquanto outras possuem exoesqueleto geralmente são carapaças de diversas formas.
Patogenias:
Estes micro-organismos de vida livre estão presentes em muitos ambientes mas alguns levam vida parasitária causando doenças em animais, febre, cistos muito dolorosos e outros males em seus hospedeiros. Muitos protozoários causam doenças nos seres humanos e a outros animais vertebrados. O Trypanosoma cruzi, por exemplo, é um protozoário flagelado causador da doença de Chagas. Entre as outras doenças provocadas por protozoários destacam-se a amebíase (pela Entamoeba histolytica), a giardíase (pela Giardia lamblia), a malária causada pelos Plasmódios, leishmaniose visceral.


Os protozoários servem como indicadores da qualidade do ambiente, sendo que em águas poluídas por resíduos industriais normalmente não aparecem muitos protozoários enquanto que em águas e solos onde exista matéria orgânica em decomposição eles aparecem em abundância fazendo a decomposição de fezes e qualquer matéria orgânica morta e com isso colaborando com a limpeza do meio ambiente, a presença de muitos protozoários indica que aquele ambiente está ecológicamente saudável.

História dos protozoários
Antigamente referia-se ao Filo dos Protozoários. Atualmente o termo protozoário tem sido empregado como uma designação coletiva, sem valor taxonômico. Os antigos Subfilos passaram a ser os atuais Filos.

Os Protozoários foram classificados por Goldfuss em 1818 como um filo, Filo Protozoa pertencente ao Reino Animal. Goldfuss descreveu os protozoários como sendo micro-organismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais, o antigo Reino Protozoa (do grego Proto que em português significa primeiro) e (Zoa ouzoo que em português significa animal ou animais) portanto o termo protozoário "em português" significa literalmente "os primeiros animais". Com a nova classificação dos protozoários os antigos Subfilos: Subfilo Plasmodroma e o Subfilo Ciliophora, passaram a ser os atuais Filos dos protozoários que agora estão classificados dentro do Reino Protista. A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de locomoção que apresentam e devido a muitas semelhanças com as algas unicelulares que antigamente estavam classificadas em "Divisões da Botânica" mas que atualmente também passaram a ser divisões de algas unicelulares incluídas no Reino Protista junto aos filos dos protozoários. Esses micro-organismos apresentam características mistas tanto de animais quanto de vegetais e por isso foram todos eles reunidos e incluídos no Reino Protista. Mantemos o uso dos termos "Filos para protozoários" e "Divisões para algas unicelulares" da mesma forma como estavam classificados antes, na botânica e na zoologia.
Evidências obtidas com microscopia eletrônica, estudos do ciclo de vida, genética, bioquímica e biologia molecular mostraram que este grupo abrangia pelo menos sete filos, segundo a Sociedade dos Protozoologistas que, em 1980, publicou uma nova classificação para os protozoários. Este novo agrupamento, que é parafilético, reúne, além dos antigos membros do Reino Protista junto com as algas unicelulares como por exemplo as 'Euglenas que Linnaeus havia incluído no Reino Vegetal.

Thomas Cavalier-Smith propôs o Reino Chromista, uma filosofia científica, entretanto ainda não esclareceu muitas linhas diferentes de protistas cujas relações não são compreendidas por este sistema de classificação que ele sugeriu. Os cladistas consideram os vários clades de Protistas como subgrupos diretos dos Eukaryotes, com a admissão de que não conhecem ainda o suficiente sobre eles para arranjá-los em uma hierarquia. Estes vários clades são listados na árvore evolucionária nessa tabela abaixo, denominada classificação Eukaryota.

 



 

 

 

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