Veja Importância financeira
O que é bolsa de Valores?
As bolsas de valores são
instituições administradoras de mercados. No caso brasileiro, a
Bovespa é a principal bolsa de valores, administrando os mercados de
Bolsa e de Balcão Organizado. A diferença entre esses mercados está
nas regras de negociação estabelecidas para os ativos registrados em
cada um deles.
As bolsas de valores são também os centros de negociação de valores
mobiliários, que utilizam sistemas eletrônicos de negociação para
efetuar compras e vendas desses valores. No Brasil, atualmente, as
bolsas são organizadas sob a forma de sociedade por ações (S/A),
reguladas e fiscalizadas pela CVM. As bolsas têm ampla autonomia
para exercer seus poderes de auto-regulamentação sobre as corretoras
de valores que nela operam. Todas as corretoras são registradas no
Banco Central do Brasil e na CVM.
A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um
ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios
com valores mobiliários. Somente através das corretoras, os
investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efetuarem
suas transações de compra e venda desses valores.
Após o recente processo de desmutualização das bolsas de valores no
Brasil, o direito de transacionar valores mobiliários em uma bolsa
foi desvinculado da propriedade de ações. Anteriormente, apenas as
corretoras proprietárias de títulos patrimoniais podiam negociar em
Bolsa.
As companhias que têm ações negociadas nas bolsas são chamadas
companhias "listadas". Para ter ações em bolsas, uma companhia deve
ser aberta ou pública, o que não significa que pertença ao governo,
e sim que o público em geral detém suas ações. A companhia deve,
ainda, atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Lei
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976) e pelas instruções da CVM, além
de obedecer a uma série de normas e regras estabelecidas pelas
próprias bolsas.
No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores, mas
atualmente as duas principais são a Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A BOVESPA é a
maior bolsa de valores da América Latina e uma das maiores do mundo.
Nela são negociadas ações das companhias abertas e títulos privados
de renda fixa, entre outros valores mobiliários. A BM&F se destaca
entre as maiores bolsas de mercadorias e futuros do mundo e nela são
negociados contratos derivativos agropecuários (commodities) e
derivativos financeiros.
Funções das Bolsas de Valores
Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde existem
bolsas de valores bem estruturadas, transparentes e líquidas. Para
que elas desempenhem suas funções, o ambiente de negócios do país
tem que ser livre e as regras claras. Nestes contextos, as bolsas
podem beneficiar todos os indivíduos da sociedade e não somente
aqueles que detêm ações de companhias abertas. Veja, a seguir, quais
são os benefícios gerados pelas bolsas de valores para a economia e
a sociedade como um todo:
Levantando capital para negócios - As bolsas de valores fornecem um
excelente ambiente para as companhias levantarem capital para
expansão de suas atividades através da venda de ações, e outros
valores mobiliários, ao público investidor.
Mobilizando poupanças em investimentos - Quando as pessoas investem
suas poupanças em ações de companhias abertas, isto leva a uma
alocação mais racional dos recursos da economia, porque os recursos
- que, de outra forma, poderiam ter sido utilizados no consumo de
bens e serviços ou mantidos em contas bancárias - são mobilizados e
redirecionados para promover atividades que geram novos negócios,
beneficiando vários setores da economia, tais como, agricultura,
comércio e indústria, resultando num crescimento econômico mais
forte e no aumento do nível de produtividade.
Facilitando o crescimento de companhias - Para uma companhia, as
aquisições e/ou fusões de outras empresas são vistas como
oportunidades de expansão da linha de produtos, aumento dos canais
de distribuição, aumento de sua participação no mercado etc. As
bolsas servem como um canal que as companhias utilizam para aumentar
seus ativos e seu valor de mercado através da oferta de compra de
ações de uma companhia por outra companhia. Esta é a forma mais
simples e comum de uma companhia crescer através das aquisições ou
fusões. Quando feitas em bolsas, as aquisições e fusões são mais
transparentes e permitem uma maior valorização da companhia, pois as
informações são mais divulgadas e há uma maior interação dos agentes
envolvidos, tanto compradores quanto vendedores.
Redistribuindo a renda - Ao dar a oportunidade para uma grande
variedade de pessoas adquirir ações de companhias abertas e,
conseqüentemente, de torná-las sócias de negócios lucrativos, o
mercado de capitais ajuda a reduzir a desigualdade da distribuição
da renda de um país. Ambos os investidores - casuais e profissionais
- , através do aumento de preço das ações e da distribuição de
dividendos, têm a oportunidade de compartilhar os lucros nos
negócios bem sucedidos feitos pelos administradores das companhias.
Aprimorando a Governança Corporativa - A demanda cada vez maior de
novos acionistas, as regras cada vez mais rígidas do governo e das
bolsas de valores têm levado as companhias a melhorar cada vez mais
seus padrões de administração e eficiência. Conseqüentemente, é
comum dizer que as companhias abertas são mais bem administradas que
as companhias fechadas (companhias cujas ações não são negociadas
publicamente e que geralmente pertencem aos fundadores, familiares
ou herdeiros ou a um grupo pequeno de investidores). Os princípios
de governança corporativa estão, cada vez mais, sendo aceitos e
aprimorados.
Criando oportunidades de investimento para pequenos investidores -
Diferentemente de outros empreendimentos que necessitam de grandes
somas de capital, o investimento em ações é aberto para quaisquer
indivíduos, sejam eles grandes ou pequenos investidores. Um pequeno
investidor pode adquirir a quantidade de ações que est������ de acordo
com sua capacidade financeira, tornando-se sócio minoritário (mesmo
tendo participação percentual ínfima no capital da companhia), sem
que tenha que ficar excluído do mercado de capitais apenas por ser
pequeno. Desta forma, a bolsa de valores abre a possibilidade de uma
fonte de renda adicional para pequenos poupadores.
Atuando como Termômetro da Economia - Na bolsa de valores, os preços
das ações oscilam dependendo amplamente das forças do mercado e
tendem a acompanhar o ritmo da economia, refletindo seus momentos de
retração, estabilidade ou crescimento. Uma recessão, depressão, ou
crise financeira pode eventualmente levar a uma queda (ou até mesmo
uma quebra) do mercado. Desta forma, o movimento dos preços das
ações das companhias e, de forma ampla, os índices de ações são um
bom indicador das tendências da economia.
Ajudando no financiamento de projetos sociais - Os governos federal,
estadual ou municipal podem contar com as bolsas de valores ao
emprestar dinheiro para a iniciativa privada para financiar grandes
projetos de infra-estrutura, tais como estradas, portos, saneamento
básico ou empreendimentos imobiliários para camadas mais pobres da
população. Geralmente, esses tipos de projetos necessitam de grande
volume de recursos financeiros, que as empresas ou investidores não
teriam condições de levantar sozinhas sem contar com a participação
governamental. Os governos, para levantarem recursos, utilizam-se da
emissão de títulos públicos. Esses títulos podem ser negociados nas
bolsas de valores. O levantamento de recursos privados, por meio da
emissão de títulos, elimina a necessidade (pelo menos no curto
prazo) dos governos sobretaxarem seus cidadãos e, desta maneira, as
bolsas de valores estão ajudando indiretamente no financiamento do
desenvolvimento.
História da Bovespa
A Bovespa foi fundada em 23 de agosto de 1890 por Emilio Pestana.
Até as reformas do sistema financeiro e do mercado de capitais,
implementadas pelo governo no biênio 1965-1966, as bolsas de valores
brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às
secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por
corretores nomeados pelo poder público.
Após as reformas, as bolsas assumiram a característica institucional
que mantêm até hoje, transformando-se em associações civis sem fins
lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
A antiga figura individual do corretor de fundos públicos foi
substituída pela da sociedade corretora, empresa constituída sob a
forma de sociedade por ações nominativas ou por cotas de
responsabilidade limitada.
Desde então, a Bovespa vem crescendo e se modernizando, sempre em
sintonia com as novas tecnologias e tendências. Até pouco tempo
atrás, grande parte dos negócios ainda era realizada através do
pregão viva-voz mas, atualmente, todos os negócios com ações e
opções são realizados através do sistema Mega Bolsa, implantado em
1997. Em março de 1999, a Bovespa lançou o sistema Home Broker, que
permitia que investidores pudessem comprar e/ou vender ações e
opções em suas casas através da Internet. Esse sistema foi
interligado ao Mega Bolsa e oferecido por uma ampla variedade de
corretoras, cada qual com um serviço distinto. O sucesso do Home
Broker no Brasil foi total e, em pouco tempo, os pequenos
investidores passaram a ter uma maior participação no número e no
volume de negócios da Bovespa, tendência que vem crescendo nos
últimos anos.
Em 28 de agosto de 2007, a BOVESPA deixou de ser uma instituição sem
fins lucrativos e se tornou uma sociedade por ações: a BOVESPA
Holding S/A. A BOVESPA Holding possui como subsidiárias integrais a
Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) - responsável pelas operações
dos mercados de bolsa e de balcão organizado - e a Companhia
Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que presta serviços de
liquidação, compensação e custódia.
História da BM&F
Empresários paulistas ligados à exportação, ao comércio e à
agricultura criaram, em 26 de outubro de 1917, a Bolsa de
Mercadorias de São Paulo, a BMSP. Primeira no Brasil a introduzir
operações a termo, ela alcançou, ao longo dos anos, rica tradição na
negociação de contratos agropecuários, particularmente café, boi
gordo e algodão.
Em julho de 1985, surge a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus
pregões começam a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco
tempo, ela conquista posição invejável entre as principais
commodities exchanges do mundo, negociando contratos futuros, de
opções, a termo e a vista, referenciados em índices de ações, ouro,
taxas de juros e taxas de câmbio.
Em 9 de maio de 1991, BM&F e BMSP resolvem fundir suas atividades,
aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surge então a Bolsa
de Mercadorias & Futuros - também com a sigla BM&F - cujo objetivo é
desenvolver mercados futuros de ativos financeiros, agropecuários e
outros.
Em 2007, a BM&F iniciou seu processo de desmutualização e, a partir
de 1º de outubro de 2007, a BM&F se tornou uma sociedade por ações
com fins lucrativos. Por meio da desmutualização, os direitos
patrimoniais dos antigos associados da Companhia foram desvinculados
dos Direitos de Acesso, e convertidos em participações acionárias.
As bolsas de valores são instituições administradoras de mercados.
No caso brasileiro, a BOVESPA é a principal bolsa de valores,
administrando os mercados de Bolsa e de Balcão Organizado. A
diferença entre esses mercados está nas regras de negociação
estabelecidas para os ativos registrados em cada um deles.
As bolsas de valores são também os centros de negociação de valores
mobiliários, que utilizam sistemas eletrônicos de negociação para
efetuar compras e vendas desses valores. No Brasil, atualmente, as
bolsas são organizadas sob a forma de sociedade por ações (S/A),
reguladas e fiscalizadas pela CVM. As bolsas têm ampla autonomia
para exercer seus poderes de auto-regulamentação sobre as corretoras
de valores que nela operam. Todas as corretoras são registradas no
Banco Central do Brasil e na CVM.
A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um
ambiente transparente e líquido, adequado à realização de negócios
com valores mobiliários. Somente através das corretoras, os
investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efetuarem
suas transações de compra e venda desses valores.
Após o recente processo de desmutualização das bolsas de valores no
Brasil, o direito de transacionar valores mobiliários em uma bolsa
foi desvinculado da propriedade de ações. Anteriormente, apenas as
corretoras proprietárias de títulos patrimoniais podiam negociar em
Bolsa.
As companhias que têm ações negociadas nas bolsas são chamadas
companhias "listadas". Para ter ações em bolsas, uma companhia deve
ser aberta ou pública, o que não significa que pertença ao governo,
e sim que o público em geral detém suas ações. A companhia deve,
ainda, atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. (Lei
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976) e pelas instruções da CVM, além
de obedecer a uma série de normas e regras estabelecidas pelas
próprias bolsas.
No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores, mas
atualmente as duas principais são a Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A BOVESPA é a
maior bolsa de valores da América Latina e uma das maiores do mundo.
Nela são negociadas ações das companhias abertas e títulos privados
de renda fixa, entre outros valores mobiliários. A BM&F se destaca
entre as maiores bolsas de mercadorias e futuros do mundo e nela são
negociados contratos derivativos agropecuários (commodities) e
derivativos financeiros.
Funções das Bolsas de Valores
Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde existem
bolsas de valores bem estruturadas, transparentes e líquidas. Para
que elas desempenhem suas funções, o ambiente de negócios do país
tem que ser livre e as regras claras. Nestes contextos, as bolsas
podem beneficiar todos os indivíduos da sociedade e não somente
aqueles que detêm ações de companhias abertas. Veja, a seguir, quais
são os benefícios gerados pelas bolsas de valores para a economia e
a sociedade como um todo:
Levantando capital para negócios - As bolsas de valores fornecem um
excelente ambiente para as companhias levantarem capital para
expansão de suas atividades através da venda de ações, e outros
valores mobiliários, ao público investidor. Para entender como
funciona o processo de capitalização de uma empresa através da
distribuição pública de ações clique aqui.
Mobilizando poupanças em investimentos - Quando as pessoas investem
suas poupanças em ações de companhias abertas, isto leva a uma
alocação mais racional dos recursos da economia, porque os recursos
- que, de outra forma, poderiam ter sido utilizados no consumo de
bens e serviços ou mantidos em contas bancárias - são mobilizados e
redirecionados para promover atividades que geram novos negócios,
beneficiando vários setores da economia, tais como, agricultura,
comércio e indústria, resultando num crescimento econômico mais
forte e no aumento do nível de produtividade.
Facilitando o crescimento de companhias - Para uma companhia, as
aquisições e/ou fusões de outras empresas são vistas como
oportunidades de expansão da linha de produtos, aumento dos canais
de distribuição, aumento de sua participação no mercado etc. As
bolsas servem como um canal que as companhias utilizam para aumentar
seus ativos e seu valor de mercado através da oferta de compra de
ações de uma companhia por outra companhia. Esta é a forma mais
simples e comum de uma companhia crescer através das aquisições ou
fusões. Quando feitas em bolsas, as aquisições e fusões são mais
transparentes e permitem uma maior valorização da companhia, pois as
informações são mais divulgadas e há uma maior interação dos agentes
envolvidos, tanto compradores quanto vendedores.
Redistribuindo a renda - Ao dar a oportunidade para uma grande
variedade de pessoas adquirir ações de companhias abertas e,
conseqüentemente, de torná-las sócias de negócios lucrativos, o
mercado de capitais ajuda a reduzir a desigualdade da distribuição
da renda de um país. Ambos os investidores - casuais e profissionais
- , através do aumento de preço das ações e da distribuição de
dividendos, têm a oportunidade de compartilhar os lucros nos
negócios bem sucedidos feitos pelos administradores das companhias.
Aprimorando a Governança Corporativa - A demanda cada vez maior de
novos acionistas, as regras cada vez mais rígidas do governo e das
bolsas de valores têm levado as companhias a melhorar cada vez mais
seus padrões de administração e eficiência. Conseqüentemente, é
comum dizer que as companhias abertas são mais bem administradas que
as companhias fechadas (companhias cujas ações não são negociadas
publicamente e que geralmente pertencem aos fundadores, familiares
ou herdeiros ou a um grupo pequeno de investidores). Os princípios
de governança corporativa estão, cada vez mais, sendo aceitos e
aprimorados.
Criando oportunidades de investimento para pequenos investidores -
Diferentemente de outros empreendimentos que necessitam de grandes
somas de capital, o investimento em ações é aberto para quaisquer
indivíduos, sejam eles grandes ou pequenos investidores. Um pequeno
investidor pode adquirir a quantidade de ações que está de acordo
com sua capacidade financeira, tornando-se sócio minoritário (mesmo
tendo participação percentual ínfima no capital da companhia), sem
que tenha que ficar excluído do mercado de capitais apenas por ser
pequeno. Desta forma, a bolsa de valores abre a possibilidade de uma
fonte de renda adicional para pequenos poupadores.
Atuando como Termômetro da Economia - Na bolsa de valores, os preços
das ações oscilam dependendo amplamente das forças do mercado e
tendem a acompanhar o ritmo da economia, refletindo seus momentos de
retração, estabilidade ou crescimento. Uma recessão, depressão, ou
crise financeira pode eventualmente levar a uma queda (ou até mesmo
uma quebra) do mercado. Desta forma, o movimento dos preços das
ações das companhias e, de forma ampla, os índices de ações são um
bom indicador das tendências da economia.
Ajudando no financiamento de projetos sociais - Os governos federal,
estadual ou municipal podem contar com as bolsas de valores ao
emprestar dinheiro para a iniciativa privada para financiar grandes
projetos de infra-estrutura, tais como estradas, portos, saneamento
básico ou empreendimentos imobiliários para camadas mais pobres da
população. Geralmente, esses tipos de projetos necessitam de grande
volume de recursos financeiros, que as empresas ou investidores não
teriam condições de levantar sozinhas sem contar com a participação
governamental. Os governos, para levantarem recursos, utilizam-se da
emissão de títulos públicos. Esses títulos podem ser negociados nas
bolsas de valores. O levantamento de recursos privados, por meio da
emissão de títulos, elimina a necessidade (pelo menos no curto
prazo) dos governos sobretaxarem seus cidadãos e, desta maneira, as
bolsas de valores estão ajudando indiretamente no financiamento do
desenvolvimento.
História da Bovespa
A Bovespa foi fundada em 23 de agosto de 1890 por Emilio Pestana.
Até as reformas do sistema financeiro e do mercado de capitais,
implementadas pelo governo no biênio 1965-1966, as bolsas de valores
brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às
secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por
corretores nomeados pelo poder público.
Após as reformas, as bolsas assumiram a característica institucional
que mantêm até hoje, transformando-se em associações civis sem fins
lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
A antiga figura individual do corretor de fundos públicos foi
substituída pela da sociedade corretora, empresa constituída sob a
forma de sociedade por ações nominativas ou por cotas de
responsabilidade limitada.
Desde então, a Bovespa vem crescendo e se modernizando, sempre em
sintonia com as novas tecnologias e tendências. Até pouco tempo
atrás, grande parte dos negócios ainda era realizada através do
pregão viva-voz mas, atualmente, todos os negócios com ações e
opções são realizados através do sistema Mega Bolsa, implantado em
1997. Em março de 1999, a Bovespa lançou o sistema Home Broker, que
permitia que investidores pudessem comprar e/ou vender ações e
opções em suas casas através da Internet. Esse sistema foi
interligado ao Mega Bolsa e oferecido por uma ampla variedade de
corretoras, cada qual com um serviço distinto. O sucesso do Home
Broker no Brasil foi total e, em pouco tempo, os pequenos
investidores passaram a ter uma maior participação no número e no
volume de negócios da Bovespa, tendência que vem crescendo nos
últimos anos.
Em 28 de agosto de 2007, a BOVESPA deixou de ser uma instituição sem
fins lucrativos e se tornou uma sociedade por ações: a BOVESPA
Holding S/A. A BOVESPA Holding possui como subsidiárias integrais a
Bolsa de Valores de São Paulo (BVSP) - responsável pelas operações
dos mercados de bolsa e de balcão organizado - e a Companhia
Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), que presta serviços de
liquidação, compensação e custódia.
História da BM&F
Empresários paulistas ligados à exportação, ao comércio e à
agricultura criaram, em 26 de outubro de 1917, a Bolsa de
Mercadorias de São Paulo, a BMSP. Primeira no Brasil a introduzir
operações a termo, ela alcançou, ao longo dos anos, rica tradição na
negociação de contratos agropecuários, particularmente café, boi
gordo e algodão.
Em julho de 1985, surge a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus
pregões começam a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco
tempo, ela conquista posição invejável entre as principais
commodities exchanges do mundo, negociando contratos futuros, de
opções, a termo e a vista, referenciados em índices de ações, ouro,
taxas de juros e taxas de câmbio.
Em 9 de maio de 1991, BM&F e BMSP resolvem fundir suas atividades,
aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surge então a Bolsa
de Mercadorias & Futuros - também com a sigla BM&F - cujo objetivo é
desenvolver mercados futuros de ativos financeiros, agropecuários e
outros.
Em 2007, a BM&F iniciou seu processo de desmutualização e, a partir
de 1º de outubro de 2007, a BM&F se tornou uma sociedade por ações
com fins lucrativos. Por meio da desmutualização, os direitos
patrimoniais dos antigos associados da Companhia foram desvinculados
dos Direitos de Acesso, e convertidos em participações acionárias. |