Missa em Aparecida lembra 7º dia de morte de Zilda Arns
O Santuário Nacional de Aparecida (SP) realizou às 9h
desta segunda-feira uma missa em lembrança ao 7º dia de
morte da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns,
75 anos. Amanhã completa uma semana da morte da médica
pediatra, uma das 17 vítimas fatais brasileiras no
terremoto que devastou o Haiti.
Segundo a Pastoral da Criança, dioceses de São Paulo,
Rio Grande do Sul e Alagoas também têm cerimônias
programadas em homenagem a Zilda Arns para essa semana.
A cidade de Floresópolis (PR), onde a médica fundou a
instituição, vai realizar missa nesta terça-feira, na
igreja Matriz, celebrada pelo arcebispo de Londrina, d.
Orlando Brandes.
Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o
Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local
(19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital,
Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico
Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o
mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.
Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram
moradores sob escombros. Importantes edificações foram
atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo
do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano
falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já
enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente
americano.
Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da
Criança, Organismo de Ação Social da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o
diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade
civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, e
pelo menos 15 militares brasileiros da missão de paz da
ONU morreram durante o terremoto. Três militares estão
desaparecidos.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do
Exército chegaram na noite de quarta-feira à base
brasileira no país para liderar os trabalhos do
contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério
das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país
enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o
país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t
de alimentos e água para a população do país. A Força
Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de
transporte para ajudar as vítimas.
O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão
das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou
Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7
mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266
militares brasileiros servem na força. Ao todo, são
1.310 brasileiros no Haiti.
A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então
presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante
uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da
Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou
danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre
os funcionários brasileiros.