A primeira ocorrência da palavra oceanografia é de 1584,
no francês oceanographie, porém teve vida curta.
Só em 1880 ela retorna no alemão oceanographie.
Nessa mesma época surgem os correlatos em outra línguas:
oceanography, no inglês; oceanografia, no
espanhol. Na língua portuguesa, a palavra oceanografia
aparece no final do século XIX.
A formação da palavra é
inspirada no vocábulo geografia. Sobre o modelo da palavra
geologia
encontra-se a oceanologia, registrada pela primeira vez na língua
inglesa - oceanology - em 1864. Embora alguns defendam a
definição mais completa por oceanologia, a forma que ganhou maior
popularidade foi a oceanografia.
Oceanografia é uma
ciência multi e inter-disciplinar que se dedica ao estudo dos oceanos,
dos fenômenos que neles ocorrem, assim como da sua interação com os
continentes e atmosfera. Está, basicamente, dividida em quatro grandes
áreas: Oceanografia Física, Oceanografia Biológica, Oceanografia Química
e Oceanografia Geológica.
Oceanografia Física
- investiga as propriedades físicas da água, as trocas de energia entre
o oceano e a atmosfera, além da atuação de forças internas e externas
nos oceanos e os movimentos resultantes: marés, correntes, ondas, por
exemplo.
Oceanografia
Biológica - Trata do estudo dos organismos vivos nos diversos
ecossistemas marinhos, estuarinos e transicionais, e suas relações com o
meio ambiente.
Oceanografia Química
- Tem como objetivo estudar as características químicas da água e os
processos químicos que nela ocorre, como resultado da interação entre a
água, os organismos, a atmosfera e o fundo.
Oceanografia
Geológica - Estuda a geologia das porções cobertas ou em contato com
os oceanos, bem como os processos resultantes de sua interação com as
variáveis físicas, biológicas e químicas.
Embora a busca do
entendimento científico do ambiente marinho remonte os tempos de
Aristóteles, a oceanografia é considerada como uma ciência recente. O
nascimento da oceanografia moderna foi marcado pela viagem do "H.M.S.
Challenger". Em 1872, esse veleiro inglês percorreu, durante 3 anos, 110
mil km por todos os oceanos, com o objetivo de investigar as condições
físicas do oceano, a composição química da água do mar, as
características química e física dos depósitos do fundo oceânico e, a
distribuição da vida no ambiente marinho. As informações coletadas
durante a viagem, resultaram em 50 volumes totalizando 29.000 páginas e
3.000 ilustrações, o que permitiu um grande avanço do conhecimento sobre
o oceano.
A partir de então, a
oceanografia progrediu através de novas expedições. Surgiram conselhos
internacionais e institutos oceanográficos na Europa e Estados Unidos.
Em 1961, a UNESCO cria seu escritório de oceanografia; e mais tarde
surge a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (IOC), com sede na
própria UNESCO, em Paris. Entre 1957 e 1958, realizou-se o Ano
Geofísico Internacional
- organizado pelo Comitê Científico sobre Pesquisa
Oceânica (SCOR) - com a participação de mais de 50 países, inclusive
Brasil, em estudos sobre o planeta e seu oceano.
No Brasil, os estudos
oceanográficos iniciaram-se a partir da criação do Instituto Paulista de
Oceanografia, no ano de 1946. Pouco depois, em 1951 este passava à
Universidade de São Paulo quando recebeu o nome de Instituto
Oceanográfico. Em 1948, a Diretoria de Navegação e Hidrografia (DHN)
incluía a oceanografia na formação dos oficiais hidrográficos. No ano de
1971 foi criado o primeiro curso de graduação em oceanologia, na
Universidade do Rio Grande, consolidando assim a ciência oceanográfica
no país.
Hoje o Brasil conta com
importantes centros de pesquisa na área de ciências costeiras e
marinhas, onde são oferecidos treinamento em nível de graduação e
pós-graduação.
As principais
instituições que oferecem cursos de Pós-Graduação em Oceanografia e
áreas afins.
-
FURG
- Fundação Universidade do Rio Grande
-
Mestrado e
Doutorado em Oceanografia Biológica
-
Mestrado em
Oceanografia Física, Química e Geológica
-
Mestrado em
Engenharia Oceânica
-
Mestrado em
Educação Ambiental
-
Especialização em
Ecologia Aquática Costeira
-
USP
-
Universidade de São Paulo
-
Mestrado e
Doutorado em Oceanografia Biológica
-
Mestrado e
Doutorado em Oceanografia Física
-
Mestrado em
Oceanografia Química e Geológica
-
Mestrado e
Doutorado em Geografia Física
-
Mestrado e
Doutorado em Ciências Biológicas
-
Mestrado em
Ciências Ambientais
-
Mestrado em
Engenharia Ambiental (EESC)
-
UFPE
- Universidade Federal de Pernambuco
-
Mestrado em
Oceanografia Biológica
|
-
UFBA
- Universidade Federal da Bahia
-
Mestrado e
Doutorado em Geologia
-
INPE
- Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais
Mestrado e Doutorado em Sensoriamento
Remoto
-
UFRGS -
Universidade Federal do R. G. do Sul
-
Mestrado e
Doutorado em Geologia Marinha
-
Mestrado em
Sensoriamento Remoto
-
UFSCar
- Universidade Federal de São Carlos
-
Mestrado e
Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais
-
UFSC
- Universidade Federal de Santa Catarina
-
Mestrado em
Geografia
-
Mestrado em
Engenharia Ambiental
-
UFF
-
Universidade Federal Fluminense
-
Mestrado e
Doutorado em Geoquímica Ambiental
-
Mestrado e
Doutorado em Geofísica Marinha
-
UFRJ
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
-
Mestrado e
Doutorado em Engenharia Oceânica
-
UFPR
-
Universidade Federal do Paraná
-
Mestrado e
Doutorado em Zoologia
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