Para Portugal só restavam os caminhos do mar.
Somente vencendo a barreira do Atlântico poderia
expandir seu comércio.
A saída natural para o
avanço do comércio marítimo lusitano seria a
exploração da Costa Africana mais próxima, onde se
encontravam algumas cidades árabes de importância
comercial, entre as quais sobressai a cidade de
Ceuta, cidade do norte africano, em frente a
Gibraltar, seria o primeiro trampolim: abriria aos
portugueses as portas do Mediterrâneo.
Em 1415, Ceuta foi vencida, Tânger, Arzila e
Alcácer, novas conquistas portuguesa no litoral
africano. Sua importância comercial era o marfim,
ouro e escravo. Mas a África era apenas o começo. A
verdadeira riqueza estava nas Índias, de onde
vinham, além de ri-cas sedas e brocados, as
especiarias: pimenta, canela, cravo, gengibre,
noz-moscada, essenciais para o sabor e conservação
dos alimentos. Tudo isso rendia um bom dinheiro aos
mercadores árabes que as forneciam e às cidades
italianas que as negociavam com o resto da Europa.
Em 1453, os turcos penetram na Europa, tomam
Constantinopla, e avançam até Alexandria e bloqueiam
todo o comércio das especiarias, com o rompimento
das linhas de abastecimento, surgi a crise no
mercado europeu. Impõe-se, com urgência descobrir um
novo caminho para o Oriente.
Para
dominar esse rico mercado das especiarias e eliminar
os intermediários muçulmanos, passa a ser o grande
alvo da expansão marítima portuguesa. E o jeito era
descobrir um caminho direto para chegar as Índias.