A seguir, apresentamos uma ilustração do
céu representado em nossa bandeira e também a identificação das estrelas
com as respectivas unidades da Federação.
CONSTELAÇÕES
Uma nomenclatura das estrelas, das mais
utilizadas, segue a seguinte regra: Em cada constelação a estrela mais
brilhante recebe o nome de Alfa; a segunda mais brilhante recebe o nome de
Beta; a terceira mais brilhante de Gama; e assim por todo o alfabeto grego.
Temos assim a Alfa, a Beta, a Gama, etc. do Cruzeiro do Sul; a Alfa, a Beta, a
Gama, etc. de Escorpião; e assim por diante.
Apresentamos a seguir, constelação por
constelação, a representação dos estados brasileiros em nossa bandeira.
Utilizamos a notação salientada acima, sendo que em alguns casos
(correspondentes a algumas das estrelas mais brilhantes) apresentamos também
os nomes mais tradicionais dessas estrelas.
AS ESTRELAS E OS ESTADOS
Podemos notar que de uma forma não rígida, a escolha da estrela representante
de cada estado procura seguir uma correspondência entre a localização do
estado no território brasileiro e a localização da estrela no céu. Assim é
que os estados "centrais" do Brasil, dentre eles Minas Gerais, estão
representados por estrelas do Cruzeiro do Sul; estados a oeste estão
representados por estrelas do Cão Maior; etc.
Ao contrário do que muitos pensam, Alfa da
Virgem, ou Spica, aquela estrela que aparece solitária sobre a faixa "Ordem e
Progresso", não representa o Distrito Federal. Spica, que no céu se encontra
bem ao norte, representa o estado do Pará. O Distrito Federal é representado
pela Sigma do Octante, a menos brilhante de todas as estrelas da nossa
bandeira. Essa estrela é tão pouco brilhante que está próxima ao limite de
visualização a olho nu. Ela contudo foi escolhida para representar o Distrito
Federal por estar bem próxima ao polo sul celeste. Sendo assim ela não apenas
está sempre no céu (em qualquer dia e qualquer horário) para nós do hemisfério
sul; como também vemos, durante uma noite, todas as estrelas girarem em torno
dela.
REPETIÇÃO
O diagrama a seguir nos ajuda a visualizar
que se uma determinada estrela está bem acima de nossas cabeças hoje à meia
noite, daqui a 3 meses ela estará bem acima de nossas cabeças às 6 da tarde.
Em um mês as estrelas se "adiantam" no céu por aproximadamente 2 horas e em um
dia por aproximadamente 4 minutos. Note que isso é verdadeiro apenas para as
estrelas. Devido à rotação da Lua em torno da Terra e dos planetas em torno do
Sol, vendo da Terra, eles se movimentam em relação às estrelas, que parecem
fixas umas em relação às outras, e não apresentam essa mesma periodicidade.
Apresentamos um mapa do céu como será
visto dia 5 de junho próximo às 19:20h a partir de Minas Gerais, onde marcamos
as estrelas da Bandeira Brasileira com traços amarelos. A identificação de
cada uma dessas estrelas pode ser feita com o auxílio das figuras acima. A
experiência tem nos mostrado ser a identificação dessas estrelas no céu uma
excelente prática para o conhecimento e memorização das constelações do
hemisfério sul.
- AMAZONAS - Procyon (alfa do
Cão Menor)
- MATO GROSSO DO SUL - Alfard
(alfa da Hydra Fêmea)
- RONDÔNIA - Gama do Cão Maior
- MATO GROSSO - Sirius (alfa do
Cão Maior)
- AMAPÁ - Beta do Cão Maior
- RORAIMA - Delta do Cão Maior
- TOCANTINS - Epsilon do Cão
Maior
- MINAS GERAIS - Delta do
Cruzeiro do Sul
- GOIÁS - Canopus (alfa de
Carina)
- ESPÍRITO SANTO - Epsilon do
Cruzeiro do Sul
- SÃO PAULO - Acrux (alfa do
Cruzeiro do Sul)
- DISTRITO FEDERAL - Sigma do
Oitante
- PARANÁ - Gama do Triângulo
Austral
- RIO GRANDE DO SUL - Alfa do
Triângulo Austral
- SANTA CATARINA - Beta do
Triângulo Austral
- SERGIPE - Iota do Escorpião
- ALAGOAS - Teta do Escorpião
- PERNAMBUCO - Mu do Escorpião
- PARAÍBA - Kappa do Escorpião
- RIO GRANDE DO NORTE - Lambda
do Escorpião
- CEARÁ - Epsilon do Escorpião
- PIAUÍ - Antares (alfa do
Escorpião)
- MARANHÃO - Beta do Escorpião
- RIO DE JANEIRO - Mimosa (beta
do Cruzeiro do Sul)
- BAHIA - Gacrux (gama do
Cruzeiro do Sul)
- ACRE- Gama da Hydra Fêmea
- PARÁ- Spica (alfa de Virgem)
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