Química da Água Subterrânea
As características
químicas das águas subterrâneas refletem os meios por onde percolam,
guardando uma estreita relação com os tipos de rochas drenados e com os
produtos das atividades humanas adquiridos ao longo de seu trajeto. Em
áreas industrializadas encontra-se uma forte marca das atividades humanas
na qualidade química das águas. Esta relação é em particular marcante onde
predominam os aqüíferos do tipo fissural, passíveis de serem facilmente
influenciados pelas atividades humanas. Nas proximidades dos grandes
centros urbanos temos problemas associados às seguintes descargas de
poluentes: efluentes líquidos industriais e domésticos, vazamentos de
depósitos de combustíveis, chorumes provenientes de depósitos de lixo
doméstico, descargas gasosas e de material particulado lançado na
atmosfera pelas indústrias e veículos. Nas áreas onde se desenvolve algum
tipo de agricultura, a química da água pode estar fortemente influenciada
pelos produtos químicos utilizados: inseticidas, herbicidas, adubos
químicos, cálcario, entre outros.
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Água e Saúde
Existem padrões muito bem
conhecidos de relacionamento entre a incidência de moléstias no homem e
nos animais, com a abundância ou deficiência de elementos maiores, menores
e traços no meio ambiente, particularmente nas águas. Exemplos são: a
relação entre o bócio (hipertrofia da tireóide) e a deficiência em iodo;
anemias severas, nanismo e hiperpigmentação da pele e a deficiência em
zinco; fluorose esqueletal e dentária e excesso de flúor; maior incidência
de cáries dentárias e deficiência em flúor; anencefalia e mercúrio;
inapetência e selênio. Outras correlações com aceitação controversa
ocorrem, como por exemplo, entre a dureza da água e algumas moléstias
cardiovasculares; entre o chumbo e a esclerose múltipla, entre o cádmio e
a hipertensão e arteriosclerose; entre uma gama ampla de elementos e
diversos tipos de câncer. Contudo estes relacionamentos são possíveis
quando as manifestações clínicas são evidentes por estarmos diante de
exposições anormais a produtos resultantes de atividades humanas. Muitas
vezes o desequilíbrio em elementos traços se manifesta em debilitações
subclínicas, sendo de difícil diagnose.
Contudo, os
relacionamentos entre o teor dos elementos e substâncias químicas, e a
saúde do homem e dos animais podem ser dificultados por questões relativas
à mobilidade e à dispersão destes elementos e substâncias, governadas
pelos princípios da geoquímica e da dinâmica das águas superficiais e
subterrâneas. Fatores como o pH, tipo e abundância de argilo-minerais,
teor de matéria orgânica, hidróxidos de ferro, manganês e alumínio,
reatividade química, gradientes hidráulicos, porosidade e permeabilidade
necessitam ser considerados nestes tipos de estudo. Muitas vezes os
efeitos tóxicos de uma substância se manifestam distante de sua introdução
no meio ambiente, podendo se dar em áreas pontuais ou ao longo de
estruturas geológicas lineares, como falhas. Em alguns casos, o produto da
degradação de uma substância é mais tóxico e mais persistentes no solo do
que a substância original.
Na medida em que hoje
tem-se como ideal a ser atingido o uso auto sustentado do meio ambiente,
torna-se extremamente importante que um grande número de perguntas tenham
respostas satisfatórias, o que só se conseguirá com investimentos em
pesquisas técnicas e científicas.
É de se salientar que,
neste particular, muito do conhecimento desenvolvido em países ricos não
se aplica diretamente ao nosso caso, em virtude de diversas diferenças de
climas, solos e coberturas vegetais.
Devido à sua estrutura
molecular dipolar a água é um forte solvente (solvente universal). Nas
águas naturais este poder de dissolução é muito aumentado pela presença de
ácido carbônico, formado pelo gás carbônico dissolvido, e ácidos
orgânicos, principalmente húmicos, produzidos pela atividade dos seres
vivos ao nível do solo. Num país tropical como o Brasil a abundância de
água (umidade) e seu conteúdo em ácidos se coloca como o principal
responsável pelo intemperismo das rochas, dando origem a mantos de
decomposição (regolito) com espessura de dezenas de metros. Todas as águas
naturais possuem, em graus distintos, um conjunto de sais em solução,
sendo que as águas subterrâneas possuem, em geral, teores mais elevados
dos que as águas superficiais, por estarem intimamente expostas aos
materiais solúveis presentes no solo e nas rochas. A quantidade e tipo de
sais presentes na água subterrânea dependerá do meio percolado, do tipo e
velocidade do fluxo subterrâneo, da fonte de recarga do aqüífero e do
clima da região. Em áreas com alto índice pluviométrico a recarga
constante dos aqüíferos permite uma maior renovação das águas
subterrâneas, com a conseqüente diluição dos sais em solução.
Diferentemente, em climas áridos a pequena precipitação leva a uma
salinização na superfície do solo através da evaporação da água que sobe
por capilaridade. Por ocasião das chuvas mais intensas os sais mais
solúveis são carreados para as partes mais profundas do aqüífero
aumentando sua salinidade. Isto é o que acontece no Nordeste Brasileiro,
onde , em muitas áreas, o problema consiste muito mais na salinização
excessiva da água do que na inexistência da mesma.
Propriedades Físicas
Temperatura:
As águas subterrâneas têm
uma amplitude térmica pequena, isto é, sua temperatura não é influenciada
pelas mudanças da temperatura atmosférica. Exceções são os aqüíferos
freáticos pouco profundos. Em profundidades maiores a temperatura da água
é influenciada pelo grau geotérmico local ( em média 1ºC a cada 30 m). No
aqüífero Botucatu (Guarani) são comuns temperaturas de 40 a 50ºC em sua
partes mais profundas. Em regiões vulcânicas ou de falhamentos profundos
águas aquecidas podem aflorar na superfície dando origem às fontes
termais.
Cor da água
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A cor de uma água é
conseqüência de substâncias dissolvidas. Quando pura, e em grandes
volumes, a água é azulada. Quando rica em ferro, é arroxeada. Quando rica
em manganês, é negra e, quando rica em ácidos húmicos, é amarelada. A
medida da cor de uma água é feita pela comparação com soluções conhecidas
de platina-cobalto ou com discos de vidro corados calibrados com a solução
de platina-cobalto. Uma unidade de cor corresponde àquela produzida por
1mg/L de platina, na forma de íon cloroplatinado. Especial cuidado deve
ser tomado na anotação do pH em que foi realizada a medida, pois sua
intensidade aumenta com o pH. Da mesma forma a cor é influenciada por
matérias sólidas em suspensão (turbidez), que devem ser eliminadas antes
da medida. Para águas relativamente límpidas a determinação pode ser feita
sem a preocupação com a turbidez. Neste caso a cor obtida é referida como
sendo aparente. |
Em geral as águas
subterrâneas apresentam valores de cor inferiores a 5mg de platina.
Para ser potável uma água
não deve apresentar nenhuma cor de considerável intensidade. Segundo a OMS
o índice máximo permitido deve ser 20mg Pt/L.
Odor e sabor
Odor e sabor são duas
sensações que se manifestam conjuntamente, o que torna difícil sua
separação. O odor e o sabor de uma água dependem dos sais e gases
dissolvidos. Como o paladar humano tem sensibilidade distinta para os
diversos sais, poucos miligramas por litro de alguns sais ( ferro e cobre
por exemplo) é detectável, enquanto que várias centenas de miligramas de
cloreto de sódio não é apercebida. Em geral as águas subterrâneas são
desprovidas de odor. Algumas fontes termais podem exalar cheiro de ovo
podre devido ao seu conteúdo de H2S (gás sulfídrico). Da mesma
maneira águas que percolam matérias orgânicas em decomposição (turfa por
exemplo) podem apresentar H2S.
Cloreto de sódio (NaCl) |
Salgado
|
Sulfato de Sódio (
Na2 SO4) |
Ligeiramente
salgado |
Bicarbonato de
Sódio (Na H CO3) |
Ligeiramente
salgado a doce |
Carbonato de Sódio
(Na2 CO3) |
Amargo e salgado
|
Cloreto de Cálcio (Ca
Cl2) |
Fortemente amargo
|
Sulfato de Cálcio (Ca
SO4) |
Ligeiramente amargo
|
Sulfato de Magnésio
(Mg SO4) |
Ligeiramente amargo
em saturação |
Cloreto de Magnésio
(MgCl2) |
Amargo e doce
|
Gás Carbônico (CO2)
|
Adstringente,
picante |
Turbidez
É a medida da dificuldade
de um feixe de luz atravessar uma certa quantidade de água. A turbidez é
causada por matérias sólidas em suspensão (silte, argila, colóides,
matéria orgânica, etc.). A turbidez é medida através do turbidímetro,
comparando-se o espalhamento de um feixe de luz ao passar pela amostra com
o espalhamento de um feixe de igual intensidade ao passar por uma
suspensão padrão. Quanto maior o espalhamento maior será a turbidez. Os
valores são expressos em Unidade Nefelométrica de Turbidez (UNT). A cor da
água interfere negativamente na medida da turbidez devido à sua
propriedade de absorver luz . Segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde), o limite máximo de turbidez em água potável deve ser 5 UNT. As
águas subterrâneas normalmente não apresentam problemas devido ao excesso
de turbidez. Em alguns casos, águas ricas em íons Fe, podem apresentar uma
elevação de sua turbidez quando entram em contato com o oxigênio do ar.
Sólidos em Suspensão:
Corresponde à carga
sólida em suspensão e que pode ser separada por simples filtração ou mesmo
decantação. As águas subterrâneas em geral não possuem sólidos em
suspensão e quando um poço está produzindo água com significativo teor de
sólidos em suspensão é geralmente como conseqüência de mal dimensionamento
do filtro ou do pré-filtro ou completação insuficiente do aqüífero ao
redor do filtro. Em aqüíferos cársticos e fissurais as aberturas das
fendas podem permitir a passagem das partículas mais finas (argila, silte)
aumentando assim o conteúdo em sólidos em suspensão.
Condutividade Elétrica
Os sais dissolvidos e
ionizados presentes na água transformam-na num eletrólito capaz de
conduzir a corrente elétrica. Como há uma relação de proporcionalidade
entre o teor de sais dissolvidos e a condutividade elétrica, podemos
estimar o teor de sais pela medida de condutividade de uma água. A medida
é feita através de condutivímetro e a unidade usada é o MHO (inverso de
OHM, unidade de resistência). Como a condutividade aumenta com a
temperatura, usa-se 25ºC como temperatura padrão, sendo necessário fazer a
correção da medida em função da temperatura se o condutivímetro não o
fizer automaticamente. Para as águas subterrâneas as medidas de
condutividade são dadas em microMHO/cm.
OBS: No Sistema
Internacional de Unidades, adotado pelo Brasil, a unidade de condutância é
siemens, abreviando-se S (maiúsculo). Para as águas subterrâneas o correto
seria nos referirmos a microsiemens por centímetro (μS/cm).
Dureza
A dureza é definida como
a dificuldade de uma água em dissolver (fazer espuma) sabão pelo efeito do
cálcio, magnésio e outros elementos como Fe, Mn, Cu, Ba etc. Águas duras
são inconvenientes porque o sabão não limpa eficientemente, aumentando seu
consumo, e deixando uma película insolúvel sobre a pele, pias, banheiras e
azulejos do banheiro. A dureza pode ser expressa como dureza temporária,
permanente e total.
Dureza temporária ou de
carbonatos: É devida aos íons de cálcio e de magnésio que sob aquecimento
se combinam com íons bicarbonato e carbonatos, podendo ser eliminada por
fervura. Em caldeiras e tubulações por onde passa água quente (chuveiro
elétrico por exemplo) os sais formados devido à dureza temporária se
precipitam formando crostas e criando uma série de problemas, como o
entupimento.
Dureza permanente:
É devida aos íons de
cálcio e magnésio que se combinam com sulfato, cloretos, nitratos e
outros, dando origem a compostos solúveis que não podem ser retirados pelo
aquecimento.
Dureza total:
É a soma da dureza
temporária com a permanente. A dureza é expressa em miligrama por litro
(mg/L) ou miliequivalente por litro (meq/L) de CaCO3 (carbonato
de cálcio) independentemente dos íons que a estejam causando.
Alcalinidade:
É a medida total das
substâncias presentes numa água, capazes de neutralizarem ácidos. Em
outras palavras, é a quantidade de substâncias presentes numa água e que
atuam como tampão. Se numa água quimicamente pura (pH=7) for adicionada
pequena quantidade de um ácido fraco seu pH mudará instantaneamente. Numa
água com certa alcalinidade a adição de uma pequena quantidade de ácido
fraco não provocará a elevação de seu pH, porque os íons presentes irão
neutralizar o ácido. Em águas subterrâneas a alcalinidade é devida
principalmente aos carbonatos e bicarbonatos e, secundariamente, aos íons
hidróxidos, silicatos, boratos, fosfatos e amônia.
Alcalinidade total é a
soma da alcalinidade produzida por todos estes íons presentes numa água.
Águas que percolam rochas calcárias (calcita = CaCO3)
geralmente possuem alcalinidade elevada. Granitos e gnaisses, rochas
comuns em muitos estados brasileiros, possuem poucos minerais que
contribuem para a alcalinidade das água subterrâneas. A alcalinidade total
de uma água é expressa em mg/L de CaCO3.
pH:
É a medida da
concentração de íons H+ na água. O balanço dos íons hidrogênio
e hidróxido (OH-) determina quão ácida ou básica ela é. Na água
quimicamente pura os íons H+ estão em equilíbrio com os íons OH-
e seu pH é neutro, ou seja, igual a 7. Os principais fatores que
determinam o pH da água são o gás carbônico dissolvido e a alcalinidade. O
pH das águas subterrâneas varia geralmente entre 5,5 e 8,5.
Sólidos Totais
Dissolvidos (STD):
É a soma dos teores de
todos os constituintes minerais presentes na água. Como dito
anteriormente, a medida de Condutividade elétrica, multiplicada por um
fator que varia entre 0,55 e 0,75, fornece uma boa estimativa do STD de
uma água subterrânea. Segundo o padrão de potabilidade da OMS, o limite
máximo permissível de STD na água é de 1000 mg/L.
Principais Constituintes
Iônicos:
Como já foi dito, as
águas subterrâneas tendem a ser mais ricas em sais dissolvidos do que as
águas superficiais. As quantidades presentes refletem não somente os
substratos rochosos percolados mas variam também em função do
comportamento geoquímico dos compostos químicos envolvidos. Como há
sensíveis variações nas composições químicas das rochas, é de se esperar
uma certa relação entre sua composição da água e das rochas preponderantes
na área. É necessário, contudo, frisar que o comportamento geoquímico dos
compostos e elementos é o fator preponderante na sua distribuição nas
águas. Desta forma o sódio e o potássio, dois elementos que ocorrem com
concentrações muito próximas na crosta continental (vide tabela)
participam em quantidades sensivelmente diferentes nas águas subterrâneas.
Composição Média da
Crosta Continental
SiO2
|
61,9 % |
Bário (Ba)
|
425mg/L
|
TiO2
|
0,8 % |
Estrôncio (Sr)
|
375mg/L
|
Al2O3
|
15,6 % |
Zircônio (Zr)
|
165mg/L
|
Fe2O3
|
2,6 % |
Cobre (Cu)
|
55mg/L |
FeO |
3,9 % |
Escândio (Sc)
|
22mg/L |
MnO |
0,1 % |
Chumbo (Pb)
|
12,5mg/L
|
MgO |
3,1 % |
Urânio (U)
|
2,7mg/L
|
CaO |
5,7 % |
Mercúrio (Hg)
|
0,08mg/L
|
Na2O
|
3,1 % |
Prata (Ag)
|
0,07mg/L
|
K2O
|
2,9 % |
Ouro (Au)
|
0,004mg/L
|
P2O5
|
0,3 % |
|
|
Bário (Ba)
O Bário é um elemento raro
nas águas naturais, em teores de 0,0007 a 0,9 mg/L. As principais fontes
naturais são: Intemperismo e erosão de depósitos naturais, normalmente
veios, onde ocorre na forma de barita (Ba SO4), ou feldspatos ricos em
Ba. Entre as atividades humanas que introduzem bário no meio ambiente,
podemos citar: Perfuração de poços, onde é empregado em lamas de
perfuração; produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e
defensivos agrícolas. Pela resolução 20 do CONAMA, o limite permitido de
Ba em águas de abastecimento, é de 1,0 mg/L. É um elemento muito tóxico
acima deste teor. Sua ingestão provoca elevação da pressão sanguínea,
por vasoconstrição e bloqueio do sistema nervoso.
Cádmio (Ca)
Normalmente está presente
nas águas naturais em pequenas concentrações, geralmente inferiores a
0,001 mg/L. As principais fontes humanas de liberação de cádmio são:
Combustíveis fósseis, pigmentos, baterias, soldas, equipamentos
eletrônicos, lubrificantes, acessórios fotográficos, defensivos
químicos, corrosão de tubos galvanizados e refinarias de minérios. É um
metal de elevado potencial tóxico, que se acumula em organismos
aquáticos, o que possibilita sua entrada na cadeia alimentar, podendo
chegar ao homem. Sua ingestão provoca disfunção renal, hipertensão,
arterosclerose, inibição no crescimento, doenças crônicas em idosos e
câncer. Segundo a Resolução 20 do CONAMA, o teor máximo permitido é
0,001mg/L.
Cálcio (Ca+)
O teor de cálcio nas
águas subterrâneas varia, de uma forma geral, de 10 a 100mg/L. As
principais fontes de cálcio são os plagioclásios cálcicos, calcita,
dolomita, apatita, entre outros. O carbonato de cálcio é muito pouco
solúvel em água pura. O cálcio ocorre nas águas na forma de bicarbonato e
sua solubilidade está em função da quantidade de gás carbônico dissolvido.
A quantidade de CO2 dissolvida depende da temperatura e da
pressão, que são, portanto, fatores que vão determinar a solubilidade do
bicarbonato de cálcio.
A reação resultante
é a seguinte: Ca CO3 + CO2 + H2O → Ca (CO3)2
H2
Toda variação de
temperatura e de pressão que levam à modificação do CO2
dissolvido na água refletirá sobre seu conteúdo em Ca. No caso das águas
subterrâneas estas variações ora levam à solubilização do carbonato de
cálcio, ora levam à sua precipitação. A incrustação de um filtro de poço
por Ca CO3 é uma das conseqüências deste processo.O cálcio é o
principal elemento responsável pela dureza de uma água.
Chumbo (Pb)
Apesar de não ser um
elemento comum nas águas naturais, o chumbo tem sido responsável por
sérios problemas de intoxicação, devido ao fato de que é introduzido
facilmente no meio ambiente a partir de uma série de processos e produtos
humanos, tais como: encamentos e soldas, plásticos, tintas, pigmentos,
metalurgia. Em países em que o chumbo tetraetila é adicionado à gasolina,
esta é uma das principais fontes de poluição por este elemento. No Brasil,
seu uso na gasolina foi substituído por álcool etílico. Recentemente a
imprensa noticiou a presença de chumbo na água de abastencimento do bairro
de Copacabana, oriundo de antigos encanamentos de chumbo.
É um metal que tem efeito
cumulativo no organismo, provocando uma doença crônica chamada saturnismo,
hoje mais comum em trabalhadores que estão muito expostos à contaminação.
No passado a taxa de intoxicação era muito elevada devido ao uso de
canecas e vasilhames de chumbo. Os efeitos da intoxicação por chumbo são:
tontura, irritabilidade, dor de cabeça, perda de memória. A intoxicação
aguda caracteriza-se pela sede intensa, sabor metálico na boca, inflamação
gastro-intestinal, vômitos e diarréias. Em crianças, o chumbo provoca
retardamento físico e mental, perda da concentração e diminuição da
capacidade cognitiva. Em adultos são comuns problemas nos rins e aumento
da pressão arterial.
Análises realizadas em
amostras de cabelo de Beethoven, o grande compositor alemão, detectaram
chumbo em níveis 60 vezes superiores ao comum. Alguns pesquisadores
acreditam que uma intoxicação aguda por chumbo pode explicar muitas das
dores que Beethoven sentia e do seu comportamento irritadiço e solitário.
No sul do Estado de São
Paulo e norte do Estado do Paraná, na região do Vale do Rio Ribeira, foi
detectada intoxicação, em larga escala, da população e dos animais
aquáticos. A poluição é proveniente de rejeitos da mineração de chumbo,
ouro e prata, que ali existiu até 1996. As áreas onde estão os rejeitos
foram adquiridas pela empresa CBA, que ali pretende construir uma
barragem. O problema de saúde pública na região já se configura como sério
e poderá piorar se a CBA não tomar as medidas necessárias, antes de
construir a represa.
Segundo a Resolução 20 do
CONAMA, o teor máximo de chumbo na água de abastecimento deve ser 0,05
mg/L.
Cloretos (Cl-)
O cloro está presente em
teores inferiores a 100mg/L. Forma compostos muito solúveis e tende a se
enriquecer , junto com o sódio, a partir das zonas de recarga das águas
subterrâneas. Teores anômalos são indicadores de contaminação por água do
mar, e por aterros sanitários.
Cobre (Cu)
O cobre é um elemento que
ocorre, em geral, em baixas concentrações na água subterrânea, devido sua
pequena solubilidade. Nas águas superficiais são, normalmente, bem menores
que 0,020 mg/L e nas águas subterrâneas é inferior a 1µg/L. A injestão de
altas doses pode acarretar, no homem, irritação e corrosão da mucosa,
problemas hepáticos, renais, irritação do sistema nervoso e depressão. Os
portadores da Doença de Wilson podem ser seriamente afetados pela presença
de cobre na água. As atividades humanas responsáveis pela introdução de
cobre na água são: corrosão de tubos de cobre e de latão por águas ácidas,
algicidas, fungicidas usados na preservação da madeira e indústria de
mineração, fundição, galvanoplastia e refino. Segundo a Resolução 20 do
CONAMA, o teor máximo permitido em águas de abastecimento público é 0,5
mg/L. Para os portadores da Doença de Wilson, este teor tem
substancialmente menor, porque eles não conseguem eliminar o cobre do
organismo, que tem, pois, um efeito cumulativo nestes pacientes.
Observação: No capítulo
"FAQ" há mais sobre Doença de Wilson.
Ferro (Fe-)
É um elemento
persistentemente presente em quase todas as águas subterrâneas em teores
abaixo de 0,3mg/L. Suas fontes são minerais escuros (máficos) portadores
de Fe: magnetita, biotita, pirita, piroxênios, anfibólios. Em virtude de
afinidades geoquímicas quase sempre é acompanhado pelo Manganês. O ferro
no estado ferroso (Fe²+) forma compostos solúveis,
principalmente hidróxidos. Em ambientes oxidantes o Fe²+ passa
a Fe³+ dando origem ao hidróxido férrico, que é insolúvel e se
precipita, tingindo fortemente a água. Desta forma, águas com alto
conteúdo de Fe, ao saírem do poço são incolores, mas ao entrarem em
contato com o oxigênio do ar ficam amarelada, o que lhes confere uma
aparência nada agradável. Apesar do organismo humano necessitar de até
19mg de ferro por dia, os padrões de potabilidade exigem que uma água de
abastecimento público não ultrapasse os 0,3mg/L. Este limite é
estabelecido em função de problemas estéticos relacionados à presença do
ferro na água e do sabor ruim que o ferro lhe confere. O ferro, assim como
o manganês, ao se oxidarem se precipitam sobre as louças sanitárias,
azulejos, roupas, manchando-as. Águas ferruginosas são aeradas antes da
filtração para eliminar o ferro. Outra forma de evitar os inconvenientes
da precipitação de sais deste elemento químico é usar substâncias
complexantes, à base de fosfato, que encapsulam as moléculas dos sais de
Fe e Mn, formando compostos estáveis, não oxidáveis nem através de forte
cloração, e desta forma mantendo-as permanentemente em solução. O
inconveniente deste processo é que ele não elimina o ferro e o manganês
presentes na água, e ainda adiciona mais produto químico (fosfatos) à
mesma. Estas substâncias complexantes são também usadas para evitar a
precipitação de sais de Ca e Mg em águas duras, evitando as indesejáveis
incrustações, e diminuindo o consumo de sabão.
A precipitação de ferro
presente nas águas é a principal responsável pela perda da capacidade
específica de poços profundos. Estas incrustações são produtos da
atividade das ferro-bactérias. O uso de substâncias orgânicas
emulsificantes e polifosfatos nos processos de perfuração e
desenvolvimento dos poços criam condições para que as ferro-bactérias,
naturalmente ocorrente nos aqüíferos, proliferem com mais facilidade,
fazendo-se necessário uma boa limpeza no processo de completação do poço.
Flúor (F-)
O flúor é um elemento que
ocorre naturalmente e em pequenas quantidades nas águas naturais (0,1 a
2,0mg/L). É produto do intemperismo de minerais no qual é elemento
principal ou secundário: fluorita, apatita, flúor-apatita, turmalina,
topázio e mica. O flúor liberado pelo intemperismo destes minerais passa
para as soluções aquosas supergênicas na forma do íon fluoreto, de alta
mobilidade. Diversamente de outros halogênios ele pode formar complexos
estáveis com elementos como Al, Fe, B e Ca. Desta forma no ciclo
geoquímico o flúor pode ser removido das águas pela coprecitação com
óxidos secundários de Fe, podendo também ser complexado tanto com o Fe
como com o Al na forma de fosfatos. Como produto da ação humana o flúor é
originado de atividades industriais: siderurgia, fundições, fabricação do
alumínio, de louças e esmaltados, vidro, teflon, entre outras. Estas
atividades são responsáveis pela sua introdução no ciclo hidrológico pelo
lançamento na atmosfera ou em corpos hídricos superficiais. Na forma de
clorofluorcarbono (CFC) o flúor foi amplamente utilizado como propelente
de aerossóis. Este uso está em declínio devido a restrições legais, pois o
CFC agride e destrói a camada de ozônio que circunda a Terra. É sabido que
o flúor, em pequenas quantidades, é benéfico à saúde humana,
principalmente em crianças, promovendo o endurecimento da matriz mineral
dos dentes e esqueleto e tem se mostrado como o agente químico mais
eficiente na prevenção da cárie dentária, daí sua adição nos sistemas de
abastecimentos públicos de água ser uma prática muito difundida. Contudo,
acima de certos teores, passa a ser prejudicial, causando fluorose dental
e esquelética, tanto em seres humanos como em animais. A fluorose se
caracteriza pelo escurecimento dos dentes e a perda de resistência dos
dentes e ossos. Os teores máximos permitidos são estabelecidos em função
da idade do consumidor e da quantidade de água ingerida diariamente. Nos
países tropicais, onde a ingestão diária de água é maior, admite-se que se
deva ser mais rigoroso no controle de flúor nas águas de abastecimento
público. Segundo a Organização Mundial da Saúde o teor de flúor
estabelecido como ótimo na água potável varia entre 0,7 a 1,2mg/L, segundo
as médias de temperaturas anuais (18 ° C=1,2mg/L, 19-26 ° C=0,9mg/L, 27 °
C=07mg/L).
Magnésio (Mg²+)
O magnésio é um elemento
cujo comportamento geoquímico é muito parecido com o do cálcio e, em
linhas gerais, acompanha este elemento. Diferentemente do cálcio, contudo,
forma sais mais solúveis. Os minerais mais comuns fornecedores de magnésio
para as águas subterrâneas são: biotita, anfibólios e piroxênios. Estes
minerais são mais estáveis diante do intemperismo químico, do que os
minerais fornecedores de cálcio, por isso seu teor nas águas subterrâneas
é significativamente menor do que aquele. Em região de rochas
carbonáticas, o mineral dolomita é um importante fornecedor de Mg. Nas
águas subterrâneas ocorre com teores entre 1 e 40mg/L. O magnésio, depois
do cálcio, é o principal responsável pela dureza das águas.
Na água do mar o magnésio
ocorre em teores de cerca 1400 mg/L, bem acima do teor de cálcio (cerca de
480mg/L). Em águas subterrâneas de regiões litorâneas, a relação Mg/Ca é
um elemento caracterizador da contaminação por água marinha.
Manganês (Mn+)
É um elemento que
acompanha o ferro em virtude de seu comportamento geoquímico. Ocorre em
teores abaixo de 0,2mg/L, quase sempre como óxido de manganês bivalente,
que se oxida em presença do ar, dando origem a precipitados negros.
Níquel (Ni)
O teor de níquel nas
águas está ao redor de o,1 mg/L. Concentrações superiores a 11,0 mg/L
podem ser encontradas em áreas de mineração. As principais fontes
antropomórficas de níquel são: queima de combustíveis fósseis, fundição e
ligas, galvanoplastia. No ser humano, altas doses levam à intoxicação,
afetando nervos, coração e sistema respiratório. Pode causar dermatites em
pessoas sensíveis. Segundo a Resolução 20 do CONAMA, o teor máximo
permitido em águas de abastecimento é 0,025 mg/L.
Nitrato (NO3-
)
O nitrogênio perfaz cerca
de 80 por cento do ar que respiramos. Como um componente essencial das
proteínas ele é encontrado nas células de todos os organismos vivos.
Nitrogênio inorgânico pode existir no estado livre como gás, nitrito,
nitrato e amônia. Com exceção de algumas ocorrências como sais
evaporíticos, o nitrogênio e seus compostos não são encontrados nas rochas
da crosta terrestre. O nitrogênio é continuamente reciclado pelas plantas
e animais. Nas águas subterrâneas os nitratos ocorrem em teores em geral
abaixo de 5mg/L. Nitritos e amônia são ausentes, pois são rapidamente
convertidos a nitrato pelas bactérias. Pequeno teor de nitrito e amônia é
sinal de poluição orgânica recente. Segundo o padrão de potabilidade da
OMS, uma água não deve ter mais do que 10mg/L de NO3-.
No sistema digestivo o
nitrato é transformado em nitrosaminas, que são substâncias carcinógenas.
Crianças com menos de três meses de idade possuem, em seu aparelho
digestivo, bactérias que reduzem o nitrato a nitrito. Este se liga muito
fortemente a moléculas de hemoglobina, impedindo-as de transportarem
oxigênio para as células do organismo. A deficiência em oxigênio leva a
danos neurológicos permanentes, dificuldade de respiração (falta de ar) e
em casos mais sérios à morte por asfixia. Aos seis meses de idade a
concentração de ácido hidroclórico aumenta no estômago, matando as
bactérias redutoras de nitrato.
Pesquisa realizada pela
USEPA ( U. S. Environmental Protection Agency) no decorrer do ano de 1992,
em todo território norte-americano, constatou que cerca de 75 000 crianças
com menos de dez meses de idade estavam expostas ao consumo de água com
mais de 10 mg/L de nitrato. No Brasil, não se tem idéia da extensão do
problema. Aparentemente, aqui o problema está mais associado a poços
poluídos por esgotos domésticos do que ao uso intensivo de fertilizante.
Potássio (K+)
O potássio é um elemento
químico abundante na crosta terrestre, mas ocorre em pequena quantidade
nas águas subterrâneas, pois é facilmente fixado pelas argilas e
intensivamente consumido pelos vegetais. Seus principais minerais fontes
são: feldspato potássico, mica moscovita e biotita, pouco resistentes aos
intemperismo físico e químico. Nas águas subterrâneas seu teor médio é
inferior a 10mg/L, sendo mais freqüente valores entre 1 e 5mg/L.
Sódio (Na+)
O sódio é um elemento
químico quase sempre presente nas águas subterrâneas. Seus principais
minerais fonte (feldspatos plagioclásios) são pouco resistentes aos
processos intempéricos, principalmente os químicos. Os sais formados
nestes processos são muito solúveis. Nas águas subterrâneas o teor de
sódio varia entre 0,1 e 100mg/L, sendo que há um enriquecimento gradativo
deste metal a partir das zonas de recarga. A quantidade de sódio presente
na água é um elemento limitante de seu uso na agricultura. Em aqüíferos
litorâneos, a presença de sódio na água poderá estar relacionada à
intrusão da água do mar. Segundo a OMS, o valor máximo recomendável de
sódio na água potável é 200mg/L
Bário (Ba)
O Bário é um elemento raro
nas águas naturais, em teores de 0,0007 a 0,9 mg/L. As principais fontes
naturais são: Intemperismo e erosão de depósitos naturais, normalmente
veios, onde ocorre na forma de barita (Ba SO4), ou feldspatos ricos em Ba.
Entre as atividades humanas que introduzem bário no meio ambiente, podemos
citar: Perfuração de poços, onde é empregado em lamas de perfuração;
produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e defensivos agrícolas.
Pela resolução 20 do CONAMA, o limite permitido de Ba em águas de
abastecimento, é de 1,0 mg/L. É um elemento muito tóxico acima deste teor.
Sua ingestão provoca elevação da pressão sanguínea, por vasoconstrição e
bloqueio do sistema nervoso.
Cádmio (Cd)
Normalmente está presente
nas águas naturais em pequenas concentrações, geralmente inferiores a
0,001 mg/L. As principais fontes humanas de liberação de cádmio são:
Combustíveis fósseis, pigmentos, baterias, soldas, equipamentos
eletrônicos, lubrificantes, acessórios fotográficos, defensivos químicos,
corrosão de tubos galvanizados e refinarias de minérios. É um metal de
elevado potencial tóxico, que se acumula em organismos aquáticos, o que
possibilita sua entrada na cadeia alimentar, podendo chegar ao homem. Sua
ingestão provoca disfunção renal, hipertensão, arterosclerose, inibição no
crescimento, doenças crônicas em idosos e câncer. Segundo a Resolução 20
do CONAMA, o teor máximo permitido é 0,001mg/L.
Chumbo (Pb)
Apesar de não ser um
elemento comum nas águas naturais, o chumbo tem sido responsável por
sérios problemas de intoxicação, devido ao fato de que é introduzido
facilmente no meio ambiente a partir de uma série de processos e produtos
humanos, tais como: encamentos e soldas, plásticos, tintas, pigmentos,
metalurgia. Em países em que o chumbo tetraetila é adicionado à gasolina,
esta é uma das principais fontes de poluição por este elemento. No Brasil,
seu uso na gasolina foi substituído por álcool etílico. Recentemente a
imprensa noticiou a presença de chumbo na água de abastencimento do bairro
de Copacabana, oriundo de antigos encanamentos de chumbo.
É um metal que tem efeito
cumulativo no organismo, provocando uma doença crônica chamada saturnismo,
hoje mais comum em trabalhadores que estão muito expostos à contaminação.
No passado a taxa de intoxicação era muito elevada devido ao uso de
canecas e vasilhames de chumbo. Os efeitos da intoxicação por chumbo são:
tontura, irritabilidade, dor de cabeça, perda de memória. A intoxicação
aguda caracteriza-se pela sede intensa, sabor metálico na boca, inflamação
gastro-intestinal, vômitos e diarréias. Em crianças, o chumbo provoca
retardamento físico e mental, perda da concentração e diminuição da
capacidade cognitiva. Em adultos são comuns problemas nos rins e aumento
da pressão arterial.
Análises realizadas em
amostras de cabelo de Beethoven, o grande compositor alemão, detectaram
chumbo em níveis 60 vezes superiores ao comum. Alguns pesquisadores
acreditam que uma intoxicação aguda por chumbo pode explicar muitas das
dores que Beethoven sentia e do seu comportamento irritadiço e solitário.
No sul do Estado de São
Paulo e norte do Estado do Paraná, na região do Vale do Rio Ribeira, foi
detectada intoxicação, em larga escala, da população e dos animais
aquáticos. A poluição é proveniente de rejeitos da mineração de chumbo,
ouro e prata, que ali existiu até 1996. As áreas onde estão os rejeitos
foram adquiridas pela empresa CBA, que ali pretende construir uma
barragem. O problema de saúde pública na região já se configura como sério
e poderá piorar se a CBA não tomar as medidas necessárias, antes de
construir a represa.
Segundo a Resolução 20 do
CONAMA, o teor máximo de chumbo na água de abastecimento deve ser 0,05
mg/L.
Cobre (Cu)
O cobre é um elemento que
ocorre, em geral, em baixas concentrações na água subterrânea, devido sua
pequena solubilidade. Nas águas superficiais são, normalmente, bem menores
que 0,020 mg/L e nas águas subterrâneas é inferior a 1µg/L. A injestão de
altas doses pode acarretar, no homem, irritação e corrosão da mucosa,
problemas hepáticos, renais, irritação do sistema nervoso e depressão. Os
portadores da Doença de Wilson podem ser seriamente afetados pela presença
de cobre na água. As atividades humanas responsáveis pela introdução de
cobre na água são: corrosão de tubos de cobre e de latão por águas ácidas,
algicidas, fungicidas usados na preservação da madeira e indústria de
mineração, fundição, galvanoplastia e refino. Segundo a Resolução 20 do
CONAMA, o teor máximo permitido em águas de abastecimento público é 0,5
mg/L. Para os portadores da Doença de Wilson, este teor tem
substancialmente menor, porque eles não conseguem eliminar o cobre do
organismo, que tem, pois, um efeito cumulativo nestes pacientes.
Observação: No capítulo
"FAQ" há mais sobre Doença de Wilson.
Níquel (Ni)
O teor de níquel nas
águas está ao redor de o,1 mg/L. Concentrações superiores a 11,0 mg/L
podem ser encontradas em áreas de mineração. As principais fontes
antropomórficas de níquel são: queima de combustíveis fósseis, fundição e
ligas, galvanoplastia. No ser humano, altas doses levam à intoxicação,
afetando nervos, coração e sistema respiratório. Pode causar dermatites em
pessoas sensíveis. Segundo a Resolução 20 do CONAMA, o teor máximo
permitido em águas de abastecimento é 0,025 mg/L.
Autor: Eurico Zimbres
Professor da Faculdade de Geologia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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