Em agricultura e geologia, solo
(crosta terrestre) é a camada que recobre as rochas, sendo constituído
de proporções e tipos variáveis de minerais (formados por intemperismo da
rocha subjacente, a (rocha-mãe) e de húmus (matéria orgânica decomposta
por ação de organismos do solo). Também se refere, de modo mais restrito
(especialmente na agricultura), à camada onde é possível desenvolver-se a
vida vegetal. O nome técnico para o solo, em geologia, é manto de
intemperismo, e ele se localiza logo acima da litosfera.
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Arando o solo para
plantio. Já para a Engenharia Civil "solo" é o manto que cobre a terra
e pode ser escavado com auxílio de pá e picareta. Sua espessura, nesse
caso, varia de poucos centímetros a algumas dezenas de metros. O solo
nesse ramo do conhecimento é analisado sob as perspectivas de servir
como material de construção ou como elemento de suporte das estruturas
ou edificações nele assentes. No primeiro caso o solo é usado para
construir barragens, aterros ou até mesmo para ser empregado no
concreto. No caso do solo servir como suporte de construções ele é
analisado quanto a sua resistência e quanto a sua compressibilidade
(deformação que fica submetido sob imposição de cargas). |
É no solo que se desenvolve a maior parte da vida terrestre, fluvial,
lacustre e marítima. Os seres vivos, bem como o vento e as águas, são os
agentes de formação e modificação do solo, que na maior parte têm entre 1
e 1,5 metro de profundidade.
Erosão do solo. O homem pode contribuir para a erosão do solo através da
remoção da vegetação e do uso de técnicas agrícolas inapropriadas.Os solos
são estudados, dentro da Geologia, por uma ciência chamada pedologia, que
classifica os solos da Terra pela composição e fertilidade. A composição
do solo determina seu pH, fator importante na fisiologia vegetal.
Ao analisar o solo, considera-se sua fisionomia física antes de estudar a
composição química. Nesta análise visual inicial, se distingue os
horizontes do solo, detectando-se a translocação de argilas e matéria
orgânica pela cor e consistência. Depois recolhe-se amostras que serão
analisadas para determinar a composição em areia (grossa e fina), argila e
silte. Essas partículas se distinguem primeiro pelo tamanho, mas suas
propriedades são diferentes, por exemplo, as argilas adsorvem partículas.
Durante décadas se supôs que a fertilidade do solo fosse fator de sua
composição química, exclusivamente. Atualmente se intensifica o estudo dos
microorganismos do solo, após o reconhecimento de sua importância para a
agricultura. Aproximadamente 95% da microfauna do solo é desconhecida por
nós.
A composição do solo
O solo é a camada mais superficial da crosta e é composto por sais
minerais dissolvidos na água intersticial e seres vivos e rochas em
decomposição.
Há muita variação de terreno a terreno dos elementos do solo, mas
basicamente existem quatro camadas principais:
A primeira camada é rica em húmus, detritos de origem orgânica. Essa
camada é chamada de camada fértil. Ela é a melhor para o plantio, e é
nessa camada que as plantas encontram alguns sais minerais e água para se
desenvolver.
A outra camada é a camada dos sais minerais. Ela é dividida em três
partes:
A primeira parte é a do calcário. Corresponde á 7 a 10% dessa camada.
A segunda parte é a da argila, formada geralmente por caolinita, caulim e
sedimentos de feldspato. Corresponde a 20 a 30% dessa camada.
A última parte é a da areia. Esta camada é muito permeável e existem
espaços entre as partículas da areia, permitindo que entre ar e água com
mais facilidade. Esta parte corresponde a 60 a 70% da camada.
A terceira camada é a das rochas parcialmente decompostas. Depois de se
decomporem totalmente, pela ação da erosão e agentes geológicos, essas
rochas podem virar sedimentos
A quarta camada é a de rochas que estão inicialmente começando a se
decompor. Essas rochas podem ser chamadas de rocha matriz.
Tipos de solo
Solos arenosos
Os solos arenosos têm boa aeração. Plantas e microorganismos vivem com
mais dificuldade, devido à pouca umidade. O solo arenoso possui teor de
areia superior a 70%.
Também possui argila e outros compostos em menor percentagem. Mas como tem
boa aeração não retém água. Esse solo é permeável, Também é conhecido com
neossolo.
Solos argilosos
Não são tão arejados, mas armazenam mais água. São menos permeáveis, a
água passando mais lentamente ficando então armazenada. Alguns solos
brasileiros mesmo tendo muita argila, apresentam grande permeabilidade.
Sua composição é de boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de
ferro (goethita e hematita).
Formam pequenos grãos semelhantes ao pó-de-café, isso lhe dá um similar ao
arenoso. Chamado de argilossolo.
Solos siltosos
Com grande quantidade de silte, geralmente são muito erodíveis. O silte
não se agrega como a argila e ao mesmo tempo suas partículas são muito
pequenas e leves.
Solo humífero
Esse solo apresenta uma quantidade maior de húmus em relação aos outros. É
um solo geralmente fértil, ou seja, um solo onde os vegetais encontram
melhores condições para se desenvolverem. Possui cerca de 10% de humo em
relação ao total de partículas sólidas. A presença de humo dá uma
coloração, em geral, escura, contribui para sua capacidade de reter água e
sais minerais e aumenta sua porosidade e aeração.
Solo calcário
A quantidade de calcário nesse tipo de solo é maior que em outros solos.
Desse tipo de solo é retirado um pó branco ou amarelado, que pode ser
utilizado na fertilização dos solos destinados à agricultura e à pecuária.
Esse solo também fornece a matéria-prima para a fabricação de cal e do
cimento.
Textura
A textura do solo depende da proporção de areia, do silte, ou argila na
sua composição.
Isso influencia na:
• taxa de infiltração da água
• armazenamento da água
• aeração
• facilidade de mecanização
• distribuição de determinados nutrientes (fertilidade do solo).
As percentagens de argila, silte e areia mudam bastante ao longo da
extensão de um terreno. A maneira em que esses diferentes tipos de grãos
se distribuem é de extrema importância na disseminação da água no solo. A
textura modifica o movimento da água.
No Brasil existe uma camada superficial que é arenosa e uma subsuperficial
argilosa o que resulta em uma diferença quanto à porosidade. A água acaba
penetrando com mais facilmente na parte de cima e lentamente na camada
inferior. Isso facilita a erosão em função do relevo e cobertura vegetal
ou prejudicar o desenvolvimento das raízes das plantas.