Ciência refere-se
Investigação racional ou estudo da natureza, direcionada à descoberta da
verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método
científico– um processo de avaliar o conhecimento empírico;
O corpo organizado de conhecimento adquirido por tal pesquisa.
A Ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades
gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do
método científico. O conhecimento científico depende muito da lógica.
As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões:
Pura (o desenvolvimento de teorias) versus Aplicada (a aplicação de teorias às
necessidades humanas); ou
Natural (o estudo do mundo natural) versus Social (o estudo do comportamento
humano e da sociedade).
Menos formalmente, a palavra ciência geralmente abrange qualquer campo
sistemático de estudo ou o conhecimento obtido desse. Esse artigo concentra-se
na definição mais específica.
Empirismo
De acordo com o empirismo, as teorias científicas são objetivas, empiricamente
testáveis e preditivas — elas predizem resultados empíricos que podem ser
verificados e possivelmente contraditos.
Mesmo na tradição empírica, há que criar o devido cuidado para compreender que
"predição" refere-se ao surgimento de um experimento ou estudo, mais do que
literalmente predizer o futuro. Por exemplo, dizer "um paleontólogo pode fazer
predições a respeito do achado de um determinado tipo de dinossauro" é
consistente com o uso empírico da predição. Por outro lado, as ciências como a
geologia ou meteorologia não precisam ser capazes de fazer predições acuradas
sobre terremotos ou sobre o clima para serem qualificadas como ciência. O
filósofo empírico, Karl Popper também argumentou que determinada verificação é
impossível e que a hipótese científica pode ser apenas falsificada
(falsificação).
O Positivismo, uma forma de empirismo, defende a utilização da ciência, tal como
é definida pelo empirismo, a fim de governar as relações humanas. Em
conseqüência à sua afiliação próxima, os termos "positivismo" e "empirismo" são
geralmente usados intercambialmente. Ambos têm sido objetos de críticas.
Realismo científico
Em contraste, o realismo científico define ciência em termos da ontologia: a
ciência se esforça em identificar fenômenos e entidades no meio, seus poderes
causais, os mecanismos através dos quais eles exercem esses poderes e as fontes
de tais poderes em termos da estrutura das coisas ou natureza interna.
W. V. Quine demonstrou a impossibilidade de existir uma linguagem de observação
independente da teoria, o que torna o conceito de testar teorias com fatos num
problema.
As observações são sempre carregadas de teorias. Thomas Kuhn argumentou que a
ciência sempre envolve "paradigmas," grupos de regras, práticas e premissas
(geralmente sem corpo) e tais transições, de um paradigma para outro, geralmente
não envolvem verificação ou falsificação de teorias científicas. Além disso, ele
argumentou que a ciência não procedeu historicamente com a acumulação constante
de fatos, como o modelo empirista expressa.
Método científico
Os termos "modelo", "hipótese", "teoria" e "lei" têm significados diferentes em
ciência e na linguagem coloquial. Os cientistas usam o termo modelo significando
a descrição de algo, especificamente algo que possa ser usado para fazer
predições que possam ser testadas por experimento ou observação. Uma hipótese é
uma contenção que (ainda) não foi bem embasada nem provada através de
experimento. Uma lei física ou uma lei da natureza é uma generalização
científica baseada em observações empíricas.
A palavra teoria é mal entendida particularmente pelos não profissionais. O uso
comum da palavra "teoria" refere-se a idéias que não possuem provas firmes ou
base; diferentemente, os cientistas geralmente usam essa palavra para
referirem-se aos corpos de idéias que fazem predições específicas. Dizer "a maçã
caiu" é narrar um fato, enquanto que a teoria da gravitação universal de Newton
é um corpo de idéias que permite que o cientista explique por que a maçã caiu e
faz predições sobre outros objetos que caem.
Uma teoria especialmente frutífera que tem sobrevivido ao teste do tempo e tem
uma grande quantidade de evidências apoiando-na é considerada como "provada" no
sentido científico. Alguns modelos universalmente aceitos tais como a teoria
heliocêntrica e a teoria atômica estão tão bem estabelecidas que é impossível
imaginá-las como sendo falsas. Outras, tais como a relatividade, o
eletromagnetismo e a evolução biológica têm sobrevivido a testes empíricos
rigorosos sem serem contraditos, mas não há garantia de que elas não serão um
dia suplantadas. Teorias mais recentes tais como a teoria da rede podem fornecer
idéias promissoras, mas ainda não receberam o mesmo nível de exame.
Os cientistas nunca falam em conhecimento absoluto. Diferentemente da prova
matemática, uma teoria científica "provada" está sempre aberta à falsificação se
novas evidências forem apresentadas. Até as teorias mais básicas e fundamentais
podem tornar-se imperfeitas se novas observações estiverem inconsistentes a
elas.
A lei da gravitação de Newton é um famoso exemplo de uma lei a qual não pôde ser
sustentada em experimentos envolvendo movimentos em velocidades próximas à da
luz ou em proximidade a campos gravitacionais fortes. Fora dessas condições, as
Leis de Newton continuam sendo um excelente modelo de movimento e gravidade. Por
causa das bases da relatividade geral para todos os fenômenos das Leis de Newton
e outros, a relatividade geral é agora vista como a melhor teoria.
Filosofia da ciência
Artigo principal: Filosofia da ciência
A eficácia da Ciência a tornou assunto de questionamento filosófico. A filosofia
da ciência busca entender a natureza, a justificação do conhecimento científico
e suas implicações éticas. Tem sido difícil fornecer uma explicação do método
científico que possa servir para distinguir a ciência da não-ciência.
Matemática e o método científico
A Matemática é essencial para muitas ciências. A função mais importante da
matemática na ciência é o papel que ela possui na expressão de modelos
científicos. Medidas de coleta e observação, bem como hipotetizar e prever,
geralmente requerem modelos matemáticos e um extensivo uso da matemática. Os
ramos da matemática mais utilizados na ciência incluem o cálculo e a
estatística, apesar de virtualmente cada ramo da matemática ter aplicações,
mesmo "áreas" puras tais como a teoria numérica e a logia. A matemática
prevalece mais na Física, e menos em química e algumas ciências sociais.
Alguns pensadores vêem os matemáticos como cientistas, considerando os
experimentos físicos como não essenciais ou as provas matemáticas como
equivalentes a experimentos. Outros não vêem a matemática como ciência, já que
ela não requer teste experimental de suas teorias e hipóteses. Em qualquer caso,
o fato de que a matemática é uma ferramenta útil na descrição do universo é uma
questão da Filosofia da Matemática.
Veja: Eugene Wigner, The Unreasonable Effectiveness of Mathematics in the
Natural Sciences.
Richard Feynman disse "A Matemática não é real, mas se sente real. Onde é esse
lugar?", enquanto que a definição favorita de Bertrand Russell sobre a
matemática é "o assunto no qual nunca sabemos do que estamos falando nem se o
que estamos dizendo está certo." *
Objetivos da ciência
Apesar das impressões populares sobre a ciência, não é o objetivo da ciência
responder todas as questões. O objetivo das ciências físicas é responder apenas
aquelas pertinentes à realidade física. Além disso, a ciência não pode
possivelmente falar a todas as questões possíveis, então a escolha de qual
questões serão respondidas torna-se importante. A ciência não pode e não produz
uma verdade absoluta e inquestionável. Ao contrário, a ciência física
freqüentemente testa hipóteses sobre algum aspecto do mundo físico, e quando
necessário a revisa ou substitui à luz de novas observaçòes ou dados.
De acordo com o empirismo, a ciência não faz nenhuma declaração sobre como a
natureza realmente "é a ciência pode somente tirar conclusões a respeito de
nossas observações da natureza. Tanto os cientistas quanto as pessoas que
aceitam a ciência, e mais importante, que agem como se a natureza "fosse"
realmente como a ciência diz. Ainda, isso é apenas um problema se aceitarmos a
noção empirista da ciência.
A ciência não é uma fonte de julgamentos de valores subjetivos, apesar de poder
certamente tratar de casos de ética e política pública ao enfatizar as prováveis
conseqüências das ações. O que alguém projeta a partir de hipóteses científicas
atuais mais racionais, adentrando outros reinos de interesse, não é um tópico
científico e o método científico não oferece qualquer assistência para quem
deseja fazê-lo dessa maneira. A justificativa científica (ou refutação) para
muitas coisas é, ao contrário, freqüentemente exigida. Claro que o valor dos
julgamentos são intrínsecos à ciência. Por exemplo, os valores verdadeiros e o
conhecimento da ciência.
O objetivo subjacente ou propósito da ciência para a sociedade e indivíduos é o
de produzir modelos úteis da realidade. Tem-se dito que é virtualmente
impossível fazer inferências dos sentidos humanos que realmente descrevem o que
"é". Por outro lado, como dito, a ciência pode fazer predições baseadas em
observações. Essas predições geralmente beneficiam a sociedade ou indivíduos
humanos que fazem uso delas, por exemplo, a física Newtoniana, e em casos mais
extremos a relatividade, nos permite predizer qualquer coisa do efeito de um
movimento que uma bola de bilhar terá em outras até coisas como trajetórias de
sondas espaciais e satélites. As ciências sociais nos permite predizer (com
acurácia limitada até agora) coisas como a turbulência econômica e também para
melhor entender o comportamento humano a fim de produzir modelos úteis da
sociedade e trabalhar mais empiricamente com políticas governamentais. A Química
e a Biologia juntas têm transformado nossa habilidade em usar e predizer reações
e cenários químicos e biológicos. Nos tempos modernos, essas disciplinas
científicas segregadas (notavelmente as duas últimas) estão sendo mais
utilizadas conjuntamente a fim de produzir modelos e ferramentas mais complexas.
Em resumo, a ciência produz modelos úteis os quais nos permitem fazer predições
mais úteis. A ciência tenta descrever o que é, mas evita tentar determinar o que
é (o que é impossível para razões práticas). A ciência é uma ferramenta útil… é
um corpo crescente de entendimento que nos permite identificarmo-nos mais
eficazmente com o meio ao nosso redor e a melhor forma de adaptarmo-nos e
evoluirmos como um todo social assim como independentemente.
O individualismo é uma suposição tácita subjacente a muitas bases empíricas da
ciência que trata a ciência como se ela fosse puramente uma forma de um único
indivíduo confrontar a natureza, testando e predizendo hipóteses. De fato, a
ciência é sempre uma atividade coletiva conduzida por uma comunidade científica.
Isso pode ser demonstrado de várias maneiras, talvez o resultado mais
fundamental e trivial proveniente da ciência seja comunicada com a linguagem.
Então, os valores das comunidades científicas permeiam a ciência que elas
produzem.
Locais da ciência
A ciência é praticada em universidades e outros institutos científicos assim
como no campo; por si só é uma vocação sólida na academia, mas também é
praticada por amadores, que tipicalmente engajam-se na parte de observação da
ciência.
Trabalhadores de laboratórios de pesquisa corporativos também praticam ciência,
apesar de seus resultados serem geralmente considerados segredo de mercado e não
são publicados em jornais públicos. Cientistas corporativos e universitários
geralmente cooperam, com os últimos concentrando-se em pesquisas básicas e os
primeiros aplicando seus achados em uma tecnologia específica de interesse da
companhia.
Indivíduos envolvidos no campo da educação da ciência argumentam que o processo
da ciência é realizado por todos os indivíduos quando aprendem sobre seu mundo.
Os métodos da ciência são também praticados em muitos lugares para atingir metas
específicas. Por exemplo:
Controle de qualidade em fábricas de manufatura (por exemplo, um microbiólogo em
uma fábrica de queijo assegura que as culturas contêm as espécies apropriadas de
bactérias).
Obtenção e processamento de evidências da cena do crime (forense).
Monitoramento conforme às leis ambientais.
Realização de testes médicos para ajudar os médicos a avaliar a saúde de seus
pacientes.
Investigação de causas de um desastre (tais como um colapso em uma ponte ou
acidente aéreo).
Campos da ciência
Ciências da Saúde
Biomedicina
Enfermagem
Fonoaudiologia
Medicina
Anatomia
Dermatologia
Farmacologia
Fisiologia
Ginecologia
Imunologia
Medicina Interna
Neurologia
Oftalmologia
Patologia
Patopsicologia
Pediatria
Psiquiatria
Radiologia
Toxicologia
Medicina da Conservação
Medicina Veterinária
Nutrição
Odontologia
Ciências naturais
Astronomia
Física
Acústica
Astrodinâmica
Astrofísica
Biofísica
Cosmologia
Criogenia
Dinâmica
Dinâmica de fluidos
Dinâmica de veículos
Estática
Estado sólido
Física atômica, molecular e óptica
Física computational
Física da matéria condensada
Física de partículas (ou Física de Alta Energia)
Física de polímeros
Física do plasma
Física dos materiais
Física matemática
Física nuclear
Mecânica
Óptica
Química
Bioquímica
Eletroquímica
Espectroscopia
Estereoquímica
Ciência dos materiais
Química analítica
Química computacional
Química física
Química inorgânica
Química orgânica
Química quântica
Termoquímica
Ciências da Terra
Climatologia
Geodesia
Geofísica
Geografia
Geologia
Geomorfologia
Geoquímica
Glaciologia
Hidrologia
Hidrogeologia
Limnologia
Meteorologia
Mineralogia
Oceanografia
Paleontologia
Petrologia
Sismologia
Vulcanologia
Biologia
Análise comportamental
Anatomia
Antropologia Física
Astrobiologia
Biofisica
Bioinformática
Biologia Celular
Biologia do Desenvolvimento
Biologia Estrutural
Biologia evolutiva do desenvolvimento ("Evo-devo" ou Evolução do
Desenvolvimento)
Biologia Marinha
Biologia Molecular
Bioquímica
Botânica
Citologia
Cladística
Ecologia
Entomologia
Epidemiologia
Evolução (Biologia Evolutiva)
Ficologia (Algologia)
Filogenia
Fisiologia
Genética (Genética de populações, Genômica, Proteômica)
Histologia
Imunologia
Limnologia
Microbiologia
Morfologia
Neurociência
Ontogenia
Psicobiologia
Taxonomia
Toxicologia
Virologia
Zoologia
Ciências Sociais
História
Antropologia
Antropologia Física
Arqueologia
Antropolgia cultural
Antropologia visual
Administração
Biblioteconomia
Contabilidade
Direito
Economia
Geografia
Linguística
Fonética
Fonologia
Morfologia
Semântica
Sintaxe
Filosofia
Ciência Política
Pedagogia
Educação Física (prática pedagógica)
Psicologia
Análise comportamental
Neuropsicologia
Ontopsicologia
Psicobiologia
Psicofísica
Psicopedagogia
Psicologia Clínica
Psicologia Cognitiva
Psicologia da Personalidade
Psicologia da Religião
Psicologia da Saúde
Psicologia da Sensação e percepção
Psicologia do Desenvolvimento
Psicologia Educacional
Psicologia Experimental
Psicologia Forense
Psicologia Humanística
Psicologia Industrial e Oganizacional
Psicologia Social
Psicometria
Sociologia
Ciências holísticas, interdisciplinares e aplicadas
Ciências Cognitivas
Neurociência Cognitiva
Neuropsicologia
Psicolinguística
Psicologia Cognitiva
Ciências da Computação e da Informação
Biblioteconomia
Cibernética
Ciência da Computação
Ciência da Informação
Linguística Computational
Sistêmica
Ciência Militar
Ciência Planetária
Engenharia
Ciência da Agricultura
Engenharia Biomédica
Engenharia Cartográfica
Engenharia Civil
Engenharia da Agricultura
Engenharia da Computação
Engenharia de Linguagem
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Ciências Ambientais
Ciência Ambiental
Química Ambiental
Etimologia
A imagem do cientista muitas vezes foi associada como a de uma pessoa bastante
incomum.A palavra ciência vem da palavra latina scientia, que significa
conhecimento; assim a frase scientia potentia est: conhecimento é poder.
Até o Iluminismo, a palavra ciência (ou seu cognato latino) significava qualquer
conhecimento gravado, sistemático ou exato. Ciência, conseqüentemente, teve o
mesmo tipo de significado tão amplo quanto a filosofia tinha naquele tempo.
Havia uma distinção entre, por exemplo, "ciência natural" e "ciência moral", a
qual a última incluía o que chamamos de filosofia, e isso espelhou uma distinção
entre a "filosofia natural" e a "filosofia moral". Mais recentemente, a
"ciência" mostrou-se restrita ao que costumava ser chamado de "ciência natural"
ou filosofia natural. A ciência natural pode ser ainda dividida em ciências
físicas e ciências biológicas. A ciência social é geralmente incluída no campo
da ciência também.
Os campos de estudo são geralmente distinguidos em "ciências hard" e "ciências
soft", e esses termos (às vezes considerados de pouco valor) são sinônimos dos
termos ciência natural e social (respectivamente). Física, Química, Biologia e
Geologia são todas formas de "ciências hard". Estudos de antropologia, história,
psicologia, e sociologia são às vezes chamadas de "ciências soft". Os
proponentes dessa divisão argumentam que as "ciências soft" não usam o método
científico, admitem evidências anedotais ou não são matemáticas, todas somando
uma "falta de rigor" em seus métodos. Os oponentes dessa divisão das ciências
respondem que as "ciências sociais" geralmente fazem sistemáticos estudos
estatísticos em ambientes estritamente controlados, ou que essas condições são
aderidas nem pelas ciências naturais (por exemplo, a biologia comportamental
depende do trabalho de campo em ambientes não controlados, a astronomia não pode
realizar experimentos, apenas observar condições limitadas). Os oponentes dessa
divisão também enfatizam que cada uma das atuais "ciências hard" sofreram uma
similar "falta de rigor" em seus primórdios.
O termo "ciência" é às vezes usadas de forma não usual para campos novos e
interdisciplinares que fazem uso de métodos científicos ao menos em parte, e que
em qualquer caso aspiram ser explorações cuidadosas e sistemáticas de seus
assuntos, incluindo a ciência da computação, a ciência da informação e a ciência
ambiental.
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