Filogenia (ou filogênese) (grego: phylon =
tribo, raça e genetikos = relativo à gênese = origem) é o
termo comumente utilizado para hipóteses de relações
evolutivas (ou seja, relações filogenéticas) de um grupo de
organismos, isto é, determinar as relações ancestrais entre
espécies conhecidas (ambas as que vivem e as extintas).
Sistemática Filogenética, proposta por Willi Hennig, é o
estudo filogenético desses grupos, geralmente com a
finalidade de testar a validade de grupos e sua taxionomia.
De acordo com esta abordagem, somente são aceitos como
naturais os grupos comprovadamente monofiléticos. A
Sistemática Filogenética é uma base sobre a qual diversos
métodos foram desenvolvidos, dos quais o dominante
atualmente é a Cladística.
Comumente métodos usados para deduzir filogênese incluem
parcimônia, máxima verossimilhança, e Teoria de Bayes
baseada no MCMC (Monte Carlo em Cadeias de Markov). Métodos
baseados em distância constroem árvores baseadas em
semelhança global que é assumida freqüentemente e que
aproxima relações filogenéticas. Todos os métodos, com
exceção da parcimônia, dependem de um modelo matemático
implícito ou explícito que descreve a evolução dos caráters
observados nas espécies analisadas, e é normalmente usado
para filogenia molecular onde os nucleotídeos alinhados são
considerados caráters.
Na parte final do século XIX, a teoria da recapitulação, ou
a lei biogenética de Haeckel foi amplamente aceita. Esta
teoria foi expressa como a "ontogenia recapitula a
filogenia", isto é, o desenvolvimento de um organismo
reflete exatamente o desenvolvimento evolucionário das
espécies. Esta teoria perdeu apoiantes no início do século
XX por ser incompatível com a evolução e com a genética,
estabelecidas por Charles Darwin e Gregor Mendel,
respectivamente.
Filogenias Moleculares
Organismos podem herdar genes de dois modos: através de
transferência vertical, dos progenitores para a prole, ou
por transferência lateral, na qual genes migram para
organismos sem parentesco definido, um fenômeno comum em
Procariontes. Carl Woese propôs a teoria de três domínios de
vida (Eubacteria, Archaea e Eucariontes) baseado na
descoberta de que os genes que codificam RNAr são antigos e
se distribuíram em cima de todas as linhagens de vida com
pequenas ou nenhuma transferência lateral. Portanto, RNAr
são comumente usados como relógios moleculares para
reconstruir filogenias. Isto foi particularmente útil para a
filogenia de microorganismos para os quais o conceito de
espécies não se aplica e que são muito morfologicamente
simples ser classificado baseado em características
fenótipicas.
Provando o Táxon
Devido ao desenvolvimento de técnicas de biologia comparada,
incluindo a biologia molecular, ficou possível comparar
grandes quantidades de dados dados morfológicos, ecológicos
e comportamentais com a informação proveniente do DNA ou
sucessões de aminoácidos. Os caracteres observados são
codificados em uma matriz e, a partir de uma série de
premissas (a mais fundamental delas sendo que grupos que
compartilham características iguais devem possuir uma origem
evolutiva comum), são gerados diagramas por vezes chamados
de filogenias ou árvores filogenéticas (que na verdade são
representações gráficas de uma hipótese sobre as relações
evolutivas dos grupos analisados). Quando um grupo de
organismos (clado) apresenta uma origem em comum, é
considerado natural. Quando esse grupo representa um táxon
reconhecido, esse táxon é considerado válido ou natural.
Árvore Filogenética
Willi Hennig
Clado
Cladística
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