A GUERRA DE CANUDOS - 1897
"Amanhã, desde as seis horas da manhã, toda a força estará de prontidão
e em forma, oculta pelos abrigos já existentes. Às 6 horas da manhã, a
artilharia romperá o fogo que só terminará com o toque de
comando-em-chefe. Infantaria avançar. - Durante a noite os batalhões 4º
e 39º irão se reunir ao 29º, que com a 3ª brigada partirão para a
Fazenda Velha e onde irão se colocar na retaguarda do 32º e 37º. Os
batalhões 9º, 22º e 34º irão render a 3ª brigada."
"Durante o assalto, as forças que estão nas linhas guardarão o maior
silêncio, e cada batalhão terá uma companhia pronta para, por ordem de
cada comandante, proteger os pontos precisos, o que fica a critério de
cada um deles. Terminando o assalto, todos retirar-se-ão aos seus
lugares, onde aguardarão ordens do comandante-em-chefe."
"Ao toque do comando em chefe - Infantaria, avançar! - as brigadas 3ª e
6ª dirigir-se-ão a marche-marche para as posições inimigas, que
procurarão conquistar a baionetas, fazendo o assalto pelos francas e
retaguarda da igreja nova, salvo se a conveniência de ocasião aconselhar
outra tática, que fica a critério dos comandantes das 3ª e 6ª brigadas.
Caso haja necessidade do emprego de fogo, só se fará em última análise,
somente pelas forças assaltantes; cumpre ter o maior cuidado em fazê-lo
sempre na direção Sul-Norte, a fim de não ofender aos camaradas."
"Ao toque de comando em chefe - Infantaria, avançar! - os batalhões 26º
e 5º da Bahia e ala direita da de de S. Paulo dirigir-se-ão pelo
Vaza-Barris, a tomar posição junto à margem esquerda, abrigada no
barranco esquerdo do mesmo rio, de modo que a extrema esquerda do 26º
toque a trincheira do 15º e ala direita da de S. Paulo a esquerda do
lugar que agora ocupa o 25º. Durante a noite os batalhões 1º e 2º do
Pará irão tomar posição na retaguarda da ala direita do de S. Paulo, 5º
de polícia e 26º de infantaria, de modo que, saindo estes dos seus
lugares, sejam imediatamente substituídos por aqueles."
Ao toque de avançar, todo o exército armará baioneta e ninguém fará fogo
sem ordem expressa do oficial que comandar; desde que a vitória tenha se
manifestado completamente para as nossas forças, os comandantes das
brigadas assaltantes mandarão tocar alvorada; todas as bandas de
cornetas e tambores repetirão o toque, as músicas tocarão o Hino
Nacional; mas ninguém abandonará as posições. Os batalhões 9º, 22º e 34º
ficarão sob o comando do comandante da 5ª brigada."
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