|
Historia do pão
O pão é um produto alimentício resultado do cozimento de farinha
com água e sal de cozinha. O pão foi produzido pela primeira vez
há 6000 anos.
Foto Pão timor leste
Surgimento do pão
Segundo os historiadores, o pão teria surgido juntamente com o
cultivo do trigo, na região da Mesopotâmia, onde atualmente está
situado o Iraque. Supõe-se que a princípio o trigo fosse apenas
mastigado.
Acredita-se que os primeiros pães fossem
feitos de farinha misturada ao fruto do carvalho (chamado bolota,
lande) ou nozes. Seriam alimentos achatados, duros, secos e que
também não poderiam ser comidos logo depois de prontos por serem
bastante amargos. Assim, talvez fosse necessário lavá-los em
água fervente por diversas vezes antes de se fazer as broas que
eram expostas ao sol para secar. Tais broas eram assadas da
mesma forma que os bolos, sobre pedras quentes ou embaixo de
cinzas.[carece de fontes]
A fermentação
A fermentação é o segredo do pão. O pão levedado foi inventado
no Egipto, onde, há cerca de 6 000 anos, seria descoberta a
fermentação.
O ar contém uma quantidade enorme de microrganismos,
nomeadamente esporos de fungos de levedura (Saccharomyces
cerevisiae), que encontram nas massas de pão as condições
adequadas para se alimentar do amido da farinha. Em consequência
da acção desses microrganismos, o amido divide-se em anidrido
carbónico (CO2) e álcool. As bolhas do gás carbónico não
conseguem escapar através da superfície e fazem inchar (crescer)
a massa, tornando-a fofa. Durante a cozedura, ácido carbónico e
álcool conseguem escapar, mas o seu efeito fica, na porosidade,
sabor e aroma do pão.
O primeiro pão fermentado teria sido descoberto por acaso. Se
uma massa (sem qualquer fermento adicionado) for deixada ao ar,
ela irá levedar. Em função das condições de temperatura e
humidade, o tempo necessário para a fermentação natural pode
variar de entre quatro a oito horas, mas a massa acabará por
levedar. Se antes de cozer a massa se retirar uma porção da
massa levedada, obtém-se o fermento para a próxima fornada. A
esta forma de fermentação chama-se fermentação natural ou "massa
velha".
O pão fermentado com massa velha fica com um sabor e aroma
característicos, às vezes com um ligeiro travo ácido ou
avinagrado. Em Portugal, ainda se produz muito "pão de massa
velha". O "pão alentejano" e muitas "broas minhotas" são
exemplos disso. Nas grandes superfícies comerciais e nas casas
de produtos naturais (saudáveis), também se encontra pão de "massa
velha" ou fermento natural.
No entanto, a industrialização trouxe formas mais rápidas de
produzir pão. O fermento de padeiro que, na grande maioria, é
utilizado para a fermentação do nosso pão, é um concentrado de
leveduras (Saccharomyces cerevisiae). Como concentrado que é,
torna a fermentação mais rápida e mais intensa. No entanto, os
mais atentos ao paladar do pão detetam a falta dos sabores e
aromas que o fermento de padeiro não consegue "imitar".
O Pão no Antigo Egito
O pão fermentado, semelhante ao que comemos hoje, já era
consumido pelos egípcios por volta de 4000 anos a.C. No Antigo
Egito, o pão pagava salários e os camponeses ganhavam três pães
e dois cântaros de cerveja por dia de trabalho.
O sistema de fabricação dos egípcios era muito simples: pedras
moíam o trigo que, adicionado à água, formava uma massa mole,
que era assada. Este sistema encontra-se ilustrado em pinturas
encontradas sobre tumbas de reis que viveram por volta de 2500
a.C.
Em Israel
As primeiras padarias surgiram em Jerusalém, após o contato com
os egípcios, com quem os hebreus aprenderam melhores técnicas de
fabricação e obtiveram a receita. Pouco tempo depois, já existia
na cidade uma famosa rua de padeiros.
Na Antiguidade Clássica
O pão também teve sua história na Grécia e em Roma. Na Grécia,
ocorreu na mesma época que no Egito. Já em Roma, foi bem mais
tarde (800 anos a.C.), porém com grande importância.
Foi em Roma, por volta de 500 a.C., que
foi criada a primeira escola para padeiros, tendo se tornado o
principal alimento daquela civilização preparado em padarias
públicas.
Pode-se dizer que, com a expansão do
Império Romano, o hábito de consumir pão foi difundido por
grande parte da Europa.
Na Idade Média
Com o início da Idade Média, por volta do ano 476 da era comum,
as padarias acabaram e a produção de pão voltou a ser caseira.
Assim, as pessoas voltaram a comer pão sem fermento.
Na Idade Moderna
No século XVII, a França torna-se um destaque mundial na
fabricação de pães, desenvolvendo técnicas aprimoradas de
panificação.
A industrialização do pão
O aparecimento da máquina ocorre somente no século XIX, com
amassadeiras (hidráulicas ou manuais), com um custo muito alto e
também com grande rejeição. Os consumidores mostraram-se “hostis”
com o pão feito mecanicamente. Pouco tempo depois surge o motor
elétrico e a reclamação passa a ser dos padeiros. Cada máquina
substituía dois padeiros.
Hoje, o trigo é tratado em moinhos, é
lavado, escorrido e passado por cilíndricos que separam o grão
da casca.
Tipos de pão
Pão árabe
Pão de forma
Pão ázimo
Pão francês
Pão integral
Pão de queijo
Pão de centeio
Pão integral
O pão integral é pão composto com farinhas integrais, ou seja,
com farinhas completas às quais não foram retirados quaisquer
constituintes. Durante o processo de moagem e em função do tipo
de peneiração e do grau de moagem (farinha mais ou menos fina)
obtêm-se farinhas mais ou menos completas. As farinhas obtidas
por processos de moagem menos agressivos e sem qualquer tipo de
peneiração são as verdadeiras farinhas integrais.
Existem no mercado falsos produtos
integrais, constituídos com farinha refinada à qual é
acrescentado farelo. Entretanto, este tipo de farinha não é
integral porque lhes faltam um conjunto de constituintes que se
perderam. Por exemplo, uma mistura de farinha de trigo refinada
com farelo, não contém gérmen de trigo, que é o elemento mais
rico do grão de trigo.
Consumo de pão
A Organização Mundial da Saúde recomenda que as pessoas comam 50
kg de pão em um ano. O país que mais come pão é Marrocos, sendo
que em média cada marroquino come 100 kg de pão por ano. O país
que mais se aproxima do ideal é o Uruguai, comendo em média 55
kg/pessoa/ano.
Pão é um alimento elaborado com farinha,
geralmente de trigo ou outro cereal, água e sal, formando uma
massa com uma consistência elástica que permite dar-lhe várias
formas. A esta mistura básica podem acrescentar-se vários
ingredientes, desde gordura a especiarias, passando por carne (geralmente
curada), frutas secas ou frutas cristalizadas, etc.
Existem dois tipos básicos de
pão:
1.O pão levedado, a que se acrescentou à massa levedura ou
fermento geralmente cozido (assado) num forno, produzindo pães
mais ou menos macios, em que a massa cozida tem espaços com ar.
2.O pão ázimo, não fermentado, que produz pães geralmente
achatados, mais consistentes; estes podem ser cozidos no forno
ou assados numa chapa (ou frigideira), ou mesmo fritos.
Referências
1.Ir para cima ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua
Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1986. p.1 258
2.↑ Ir para: a b Guia do Estudante - Aventuras na História: "Seis
mil anos de pão: a importância do pão para a humanidade".
Editora Abril (2009 Ache Tudo e Região
|
:
|
Conheça
o Ache
Tudo e Região o portal
de todos Brasileiros.
Cultive o hábito de ler, temos diversidade de informações
úteis
ao seu dispor. Seja bem vindo,
gostamos de suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
melhorar a cada ano. |
|
Faça parte desta comunidade, venha para o
Ache Tudo
e Região |
|
|
|
|