A cidade de Belo Horizonte pertence ao estado de Minas Gerais, Brasil. America do Sul.
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Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de
moldura natural e referência histórica, foi planejada e construída para
ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob influência
das ideias do positivismo, num momento de forte apelo da ideologia
republicana no país.
A cidade é uma mistura de tradição e
modernidade e destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos e
uma rica produção artística e cultural.
Belo Horizonte e atinge municípios, como
por exemplo, Contagem, Betim, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia
e Sabará, entre outras.
Os limites do município são com o
município de Vespasiano a norte, Santa Luzia a nordeste, Sabará a leste,
Nova Lima a sudeste, Brumadinho a sul e Ribeirão das Neves, Contagem e
Ibirité a oeste.
Também integram a região metropolitana os municípios de Baldim, Betim,
Caeté, Capim Branco, Confins, Esmeraldas, Florestal, Igarapé, Itaguara,
Itatiaiuçu, Jaboticatubas, Juatuba, Lagoa Santa, Mário Campos, Mateus
Leme, Matozinhos, Nova União, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das
Neves, Rio Acima, Rio Manso, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa,
Sarzedo e Taquaraçu de Minas.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte é constituída por 34
municípios, sendo a terceira maior aglomeração urbana do Brasil, com
4.939.053 habitantes.
Relevo
Região de contato entre séries geológicas diferentes do proterozoico,
compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens
diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como
cráton do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do
centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do
paleoproterozoico e margeando áreas que sofreram regeneração no
neoproterozoico.
Zoneamento altimétrico de Belo Horizonte.Predominam as rochas arqueanas
integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências supracrustais do
período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra
a unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que
representa cerca de 70% do território da capital mineira e tem sua área
de maior expressão ao norte da calha do Ribeirão Arrudas. O domínio das
sequências metassedimentares tem sua área de ocorrência a sul da calha
do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30% do território de Belo
Horizonte. As características deste domínio são as diversidades
litológicas e o relevo acidentado que encontra expressão máxima na Serra
do Curral, limite sul do município.
Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição variada,
representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos
diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste.
As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço
e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município
estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral. O
ponto culminante do município encontra-se na Serra do Curral, atingindo
1.538 metros.
Hidrografia
Macrodrenagem de Belo Horizonte e Bacias Elementares.Localizada na Bacia
do São Francisco, Belo Horizonte não é banhada por nenhum grande rio,
mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria
canalizados. A capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão
Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do Rio das Velhas. As duas
sub-bacias estão situadas na região do Alto Velhas e abrangem os
municípios de Belo Horizonte e Contagem, que somam uma área de 525,58
km² e localizadas na margem esquerda do Rio das Velhas. Trata-se da
região mais urbanizada da bacia, com uma população estimada em 2.776.543
milhões de pessoas, segundo dados do IBGE de 2000.
O Ribeirão Arrudas, atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao
norte, integrando a bacia do Onça corre o Ribeirão Pampulha, represado
para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e
lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de Sabará e o
Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas.
Os ribeirões Arrudas e da Onça são responsáveis pela drenagem da maior
parte dos esgotos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e sofrem
ainda com a diminuição das áreas de drenagem e ocupação desordenada de
encostas e fundos de vale, problemas causados pela intensa ocupação das
áreas dessas sub-bacias. Logo que esses cursos d’água despejam suas
águas no Rio das Velhas, é observada uma acentuada degradação da
qualidade do rio.
O Ribeirão Arrudas e a Serra do Curral, ao fundo.O processo de
urbanização do município procurou esconder os cursos d'água. A
canalização foi uma prática usual e seguia um certo ritual.
Inicialmente, os córregos serviam de drenagem dos esgotos e resíduos
industriais, o que provocava sua morte biológica. Consequentemente, ele
passava a ser foco de vetores e era canalizado. A orientação atual da
administração municipal é pela não canalização desses cursos d'água.
Nestes ribeirões, não são encontrados peixes na maior parte de sua
extensão. Contanto, em alguns afluentes em melhores condições, como por
exemplo nas drenagens do Parque das Mangabeiras, ainda podem ser
encontrados lambaris e pequenos cascudos. Na represa da Pampulha,
pertencente à sub-bacia do ribeirão da Onça, existem cerca de 20
espécies, algumas delas exóticas, como a tilápia, de origem africana.
A Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas (ETE Arrudas) foi a
primeira de Belo Horizonte, iniciando suas atividades em outubro de 2001
e está localizada no município de Sabará. A Estação de Tratamento de
Esgoto do Ribeirão da Onça (ETE Onça), localizada no bairro Ribeiro de
Abreu (região norte do município) foi inaugurada em 2006 e tem
capacidade para tratar 1,8 mil litros de esgoto por segundo, o que
corresponde a 155 milhões de litros diariamente. Com as duas ETEs em
funcionamento, Belo Horizonte e Contagem têm capacidade para tratar 100%
de seus efluentes.
Flora
Quaresmeira, árvore-símbolo da cidade.Apesar de sua área estar quase que
completamente urbanizada, a cidade possui vários parques urbanos e áreas
verdes que abrigam mananciais e várias espécies de vegetais e animais.
Também são uma alternativa para a prática de atividades recreativas e
culturais.
A cidade está situada em uma linha de
transição entre a mata atlântica e o cerrado. Assim, observa-se em suas
áreas verdes espécies dos dois biomas, como açoita-cavalo, angico,
aroeira, barbatimão, braúna, cabiúna, cambota, candeia, cássia, cedro,
cipó-de-são-joão, copaíba, coqueiro macaúba, embaúba, erva-de-bicho,
fedegosa, gabiroba, ingá, jacarandá, jatobá, vinhático, mangueira,
paineira, pau-brasil, pau-santo, pimenta-de-macaco, pau-ferro,
quaresmeira, salsaparrilha, sangue-de-drago, sucupira,
sucupira-do-cerrado e outras.
De julho a agosto, as ruas de Belo Horizonte ficam ornamentadas pelos
ipês-amarelos, rosas e roxos. Outras árvores encontradas facilmente
pelas ruas da cidade são os jacarandás-paulistas, com suas delicadas
flores lilás, as espatódeas, as bauinias e as paineiras.
Fauna em perigo
Saí-bico-fino (Dacnis cayana).Estima-se que habitam na cidade cerca de
100 espécies de aves. As espécies mais comuns são sabiá-laranjeira,
fi-fi-verdadeiro, tico-tico, saí-bico-fino, bem-te-vi e o beija-flor.
Habitam os parques gaviões, sanhaços, corujas, gambás, micos-estrela
(escolhido como mamífero-símbolo de Belo Horizonte), teiús, esquilos,
marias-pretas, tatus, calangos, bicos-de-lacre, almas-de-gato,
pássaros-pretos, jacus, inhambus, sapos, rãs, pererecas, caxinguelês e
coelhos.
Espécies inéditas de rãs e um girino foram descobertas no Parque das
Mangabeiras, na década de 80. O girino é uma espécie de leptodactilídeo
(Crossodactylus trachystomus). As outras espécies também
leptodactilídeas são do gênero Hylodes e do gênero Eleutherodactylus.
Todo o ecossistema de Minas Gerais corre perigo de extinção, a metade
dos municipios já em estado grave de desertificação. A causa é o
desmatamento.
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