Hubble capta "cabo-de-guerra gravitacional" entre
galáxias
Uma imagem divulgada nesta terça-feira pela ESA, agência
espacial européia, mostra três galáxias presas ao que os
especialistas chamaram de "cabo-de-guerra
gravitacional", que pode causar o eventual
desaparecimento de uma delas. Situadas a cerca de 100
milhões de anos-luz de distância da Terra, na
constelação de Piscis Austrinus (Peixe Austral), as
galáxias interagem em uma espécie de "toma lá, dá cá",
que pode resultar na transformação de uma única e enorme
entidade.

Interação entre as elípticas NGC 7173 (centro, à esq.) e
NGC 7176 (parte inferior, à dir.) e a espiral NCG 7174
(logo acima) poderia gerar uma única e enorme galáxia
As galáxias em questão são as elípticas NGC 7173 (centro
à esq.) e NGC 7176 (parte inferior, à dir.) e a espiral
NCG 7174centro. à dir.), que compõem o grupo compacto de
galáxias Hickson 90 - em homenagem ao astrônomo Paul
Hickson, que descobriu os objetos na década de 1980.
A circulação de gases durante a fusão de galáxia para
galáxia provoca uma forte onda gravitacional que arrasta
um número significativo de estrelas para fora do grupo.
Os astrônomos acreditam que os corpos celestes expulsos
pela NGC 7174 serão redistribuídos em uma grande "ilha
universal", centenas de vezes mais massiva que a Via
Láctea - a galáxia da Terra. Ao saírem dos seus
aglomerados, as estrelas se espalham pelos cantos,
formando um componente luminoso tênue.
Segundo os pesquisadores, a galáxia espiral não
conseguirá sobreviver sozinha porque é golpeada pelas
vizinhas elípticas, ficando em pedaços. A interação
entre os aglomerados estelares foi registrada pelo
telescópio espacial Hubble, em ação conjunta da ESA e da
Nasa, agência espacial americana.
Elíptica ou espiral
As galáxias elípticas apresentam forma esférica e
geralmente são compostas por pouco gás, poeira cósmica e
estrelas jovens. Já as espirais levam esse nome porque
possuem uma clara estrutura em espiral que se expande ao
redor de um núcleo. Elas são habitadas por estrelas
jovens e velhas
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