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Política
O império
dos temas tabus
(Policiais fazem
desenho de foice e martelo) |
Se a economia vai
de vento em popa, a política da China é
uma oscilação só. Os períodos de
calmaria logo são interrompidos por
crises, como a revolta tibetana que
aconteceu no mês de março com distrbios
na capital, Lhasa, e repressão das
tropas de Pequim. Em 1989, foi a vez de
o exército reprimir os estudantes que
pediram por democracia na praça da Paz
Celestial, em Pequim. Além dos problemas
internos, a tensão também cresce quando
o Japão reverencia seus heróis na
Segunda Guerra Mundial (época em que
invadiu a China promovendo massacre) ou
quando Taiwan se movimenta para tentar
reconhecimento como país independente. |
O presidente e o premiê chineses governam com
mão de ferro nessas horas. Oficialmente, porém,
a mais alta esfera política é o Congresso
Nacional do Povo, com 2.988 delegados de todas
as províncias e que se reúne uma vez ao ano,
geralmente em março. Ali se decide os rumos do
país. Além disso, outra reunião pela mesma época
é o Conselho Consultivo Político do Povo Chinês,
reunidos no Grande Salão do Povo, em frente à
praça da Paz Celestial. São 2.000 pessoas, entre
elas, alguns esportistas como Liu Xiang (medalha
de ouro nos 110 metros com barreira), que
abdicou da cadeira porque tinha que treinar.
No poder desde 1949
O PCC (Partido Comunista Chinês) tem mais de 70
milhões de filiados. Por ano, são expulsos em
média 500 mil por falta de “qualificação” (entre
eles um prefeito de Pequim suspeito de corrupção
na construção de locais olímpicos), mas se
filiam mais de 2 milhões. Acredita-se que a
filiação poderia facilitar acesso a empregos,
imóveis ou empresas.
O homem da vez
O atual presidente é Hu Jintao, que substituiu
em 2004 Jiang Zemin e é considerado mais
repressivo que seu antecessor.
Economizando caixão
Mao está mumificado e recebe visitação em
mausoléu em Pequim, mas Deng Xiaoping e Zhou
Enlai foram cremados.
Made in Ciudad Del Este
Só 26 países reconhecem Taiwan como
independente. Além do Paraguai, seis da América
Central estão na lista.
Potência atômica
Com armas nucleares e o segundo maior orçamento
militar do mundo, a China atrai a desconfiança
dos vizinhos.
A muralha virtual
O país tem 150 milhões de internautas (só fica
atrás dos EUA), mas 30 mil censores monitorando
o conteúdo de canais, sites e blogs. Qualquer
referência a temas polêmicos (Taiwan, Tibete e
massacre em Tiananmen), a página sai do ar. Há
colaboração de grandes sites norte-americanos
para o controle de conteúdo exercido pelo
governo chinês.
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