No entanto, já na década
de 1940 iniciaram-se vários movimentos emancipacionistas e os distritos
foram tornando-se municípios. Em 1945 foi a vez de São Bernardo do Campo,
em 1949 São Caetano do Sul e em 1953 Mauá e Ribeirão Pires. A partir de
então Santo André passou a ter uma área de 174,38 quilômetros quadrados,
contando com os seguintes distritos: Sede, Capuava e Paranapiacaba
Na década de 1950, além
dessas mudanças, outras puderam ser sentidas no que se refere à tipologia
das indústrias da região. Com os investimentos estatais e o capital
estrangeiro ocorreu um crescimento no setor automobilístico, mecânico,
metalúrgico e de material elétrico. Santo André passou a abrigar várias
indústrias de auto-peças.
A indústria foi, então,
delineando um outro perfil. A mão de obra tornou-se mais especializada e
as máquinas mais produtivas. Neste momento a mão de obra deixou de ser
determinante para o aumento da produção.
Na década de 1970 houve
um momento de expansão e concentração da indústria na Grande São Paulo.
Foi o período denominado de "milagre econômico". Na década seguinte o
ritmo de crescimento sofreu um decréscimo, culminando com a recessão dos
anos 80.
Nos anos 90 a produção
industrial continuou desacelerada, com os incentivos fiscais voltados para
outras áreas do estado de São Paulo, além das dificuldades de transporte e
o custo de mão de obra. O ABC e, em especial Santo André, perdeu várias
indústrias. Hoje em dia, há um grande esforço do setor público e da
sociedade para a manutenção das indústrias existentes. Além disso, tem-se
observado um aumento de atividades nos setores de serviços e no comércio.
O desafio do início deste século 21 está relacionado à criação de novas
alternativas para a cidade que vai se transformando, garantindo melhores
condições de vida a seus moradores.
Vista de centro de
Santo André, 1998. Foto: Beta Garavello. Col: PMSA, acervo: Museu de Santo
André.
(2) Tratado de Tordesilhas
- foi celebrado em 1494 em Tordesilhas, município da província de
Valladolid, na Espanha. Era um acordo entre os Reis Católicos da Espanha
Fernando e Isabel e o rei de Portugal, D. João II, que repartia entre os
dois reinos a posse das terras descobertas e a descobrir. Delimitava as
esferas de ação de Portugal e Espanha nos descobrimentos marítimos,
traçando uma linha imaginária a 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde, no
Oceano Atlântico. As terras a leste pertenceriam a Portugal e à oeste
seriam da Espanha. Esse tratado vigorou até 1750 quando foi revogado.
(3) Martim Afonso de Souza
- nasceu em Vila Viçosa, Portugal em 1500 e morreu em Lisboa a 21 de julho
de 1564.Era filho do fidalgo Lopo de Sousa e de D. Brites de Albuquerque.
Foi militar e administrador colonial da Coroa Portuguesa.
Foi nomeado pelo rei de
Portugal, D. João III, capitão-mor da armada contra os franceses na costa
do Brasil. A armada partiu de Lisboa no dia 03 de dezembro de 1530 e em
1531 percorreu toda a costa brasileira, aportando no litoral paulista. Em
22 de janeiro de 1532 criou a Vila de São Vicente primeira vila do Brasil.
Aqui no Brasil, Martim
Afonso tinha plenos poderes, inclusive sobre a vida e a morte das pessoas,
além de distribuir terras em sesmarias, nomear oficiais de justiça, etc.
Retornou a Portugal em 1533, recebendo o título de capitão-mor do Mar das
Índias e em 1534 foi nomeado donatário da Capitania de São Vicente no
Brasil e governador da Índia de 1541 a 1545. Está sepultado no Convento de
São Francisco em Lisboa.
(4) João Ramalho -
era português, filho de João Velho
Maldonado e de Catarina Afonso de Balbode, nasceu aproximadamente em 1470
em Vouzela , distrito de Viseu, Portugal. Era casado com Catarina
Fernandes das Vacas. Foi degredado para o Brasil por delitos cometidos
enquanto era escudeiro da rainha. Não se sabe exatamente o ano em que João
Ramalho foi deixado na costa brasileira - supõe-se que tenha sido entre
1510 e 1530.
No Brasil uniu-se à índia
Bartira, posteriormente batizada como Isabel Dias. Ela era filha do
Cacique Tibiriçá, da tribo Guaianazes.
Após a fundação da vila
de Santo André da Borda do Campo, exerceu vários cargos nesta vila como:
guarda-mor, capitão, alcaide e vereador. Faleceu em 1580, sendo
provavelmente sepultado na Igreja do Colégio de São Paulo de Piratininga.
(5) Vila - Para se fundar uma vila e doar
suas terras era necessário possuir uma carta de poderes do Rei de
Portugal. A vila possuía um ordenamento jurídico-administrativo semelhante
às cidades atuais. Tinha Câmara Municipal com vereadores, almotacéis
vereadores que serviram a Câmara no ano anterior juiz, procurador,
tesoureiro, escrivão, alcaide-mor - espécie de prefeito, além do
guarda-mor - que cuidava da segurança da vila. Possuíam também um
Pelourinho.