Os principais fatores
que levaram à diminuição das populações das emas foram a destruição do
habitat natural (cedendo lugar para a agropecuária); a caça para
alimentação e para a proteção das plantações, e os atropelamentos.
Os agricultores não
vêem a ema com bons olhos; ela gosta de se alimentar dos tenros brotos
e das sementes enterradas; ao lado do Parque Nacional das Emas, GO, é
comum vê-las (junto com os veados) saírem da área protegida para se
alimentarem nas plantações contaminadas com agrotóxicos que,
ingeridos, comprometem a saúde do animal e a de sua prole. Por outro
lado, os pecuaristas consideram esta ave útil por se alimentarem de
pequenas serpentes além de carrapatos e moscas que parasitam o gado.
São animais onívoros e
sua dieta é composta de gramíneas, leguminosas e pequenos animais como
cobras, ratos, lagartos e insetos.
São aves rústicas que
sobrevivem à seca; por outro lado, não suportam grandes períodos de
chuvas pois suas penas não são impermeáveis e o excesso de umidade
pode ser fatal para os filhotes. Em algumas regiões, as emas são
capturadas e têm suas penas arrancadas para a fabricação de adornos,
espanadores e adereços para fantasias de carnaval; a coleta das penas
ocorre a cada 10 meses.
Na fase reprodutiva, com a
elevação da taxa de hormônios, os machos se separam dos grandes bandos e
sofrem transformações morfológicas e comportamentais. Nesta fase, ocorre a
formação dos haréns que podem ser compostos por até 9 fêmeas. Na disputa
entre os machos destacam-se as vocalizações, os saltos, as exibições das
asas e do pescoço, ataques e expulsões.
Muitas vezes o território
do harém é diferente do território do ninho, os quais são defendidos pelo
macho. É ele quem prepara o único ninho onde todas as suas fêmeas botam os
ovos; após a postura, enquanto o macho fica chocando os ovos, as fêmeas
deslocam-se para se agruparem e passarem por mais uma fase de formação de
harém, com outro macho e botarem noutro ninho. As fêmeas se acasalam com
três machos diferentes e colocam em cada ninho de 4 a 5 ovos. Este sistema
de acasalamento chama-se poligínico poliândrico.
Alguns ovos ficam gorados e
exalam forte cheiro quando rompida a sua casca. O odor atrai grande
quantidade de insetos que formam a primeira fonte de nutrientes para os
filhotes. Estes já nascem com a agilidade necessária para ficar distante
da mãe, pouco carinhosa e que pode matá-los. Com duas semanas de idade, as
eminhas alcançam meio metro de altura, sem contar o pescoço. |