Entre os ambientes
medidos estão o Bosque dos Jequitibás (área densa e antiga no centro
de Campinas), que ofereceu 99% de redução da radiação solar, o Parque
dos Guarantãs, mais recente, que atenuou a radiação em 88,9%, e o
Bosque dos Artistas, ainda mais jovem, com atenuação de 88,24%, estes
dois últimos também em Campinas. Além da sibipiruna, foi medido o
potencial de redução da radiação das espécies chuva-de-ouro (redução
de 87,3%), jatobá (87,2%), magnólia (82,4%), e ipê-roxo (75,6%).
O trabalho contou com
o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp).
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Sibipiruna (Caesalpinia
peltophoroides)
Bosques e árvores com copas largas fazem
bem à saúde. A radiação solar some quase totalmente (99%) no ambiente
de um bosque. Árvores isoladas de outras vegetações, com apenas grama
em volta, também produzem uma sombra protetora: uma sibipiruna
(semelhante ao pau-brasil), por exemplo, reduz a radiação solar em sua
sombra em 88,5%. É o que conclui um estudo realizado junto a diversos
bosques e a árvores isoladas intitulado Conforto Térmico em Cidades:
Efeito da Arborização no Controle da Radiação Solar, realizado pela
física Lucila Chebel Labaki, chefe do Departamento de Arquitetura e
Construção da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp),
e pela bióloga Rozely Ferreira dos Santos, professora do Departamento
de Saneamento e Ambiente da Unicamp. O trabalho também se tornou tese
de mestrado da arquiteta Larissa Fonseca de Castro, da Faculdade de
Engenharia Civil da universidade e foi divulgado pela revista
Pesquisa Fapesp.
Ao colocar medidores
de intensidade de radiação e de temperatura sob a copa de árvores
(sempre a de 1,30 metro de altura), as pesquisadoras queriam mais do
que comprovar que a sombra reduz os efeitos nocivos do sol. Elas
traçaram uma metodologia para se avaliar ambientes urbanos onde se
poderia planejar uma vegetação que evite a propagação da radiação
solar e térmica, que são extremamente sensíveis a variáveis ambientais
como cobertura do solo, temperatura ambiente, umidade e velocidade do
ar. Conhecer o comportamento de diversos ambientes e de espécies
vegetais e sua interação com os raios solares é um primeiro passo para
isso.
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