América
do Sul é um subcontinente que
compreende a porção meridional da América. Sua extensão
é de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície
terrestre e 6% da população mundial. Une-se à América
Central, ao norte, pelo istmo do Panamá e separa-se da
Antártica pelo estreito de Drake.
Tem uma extensão de
7.500 km desde o mar do Caribe até o cabo Horn, ponto
extremo sul do continente. Os outros pontos extremos da
América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na
Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas, no Brasil, e a
oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus limites naturais
são: ao norte com o mar do Caribe; a leste, nordeste e
sudeste com o oceano Atlântico; e a oeste com o oceano
Pacífico.
No século XIX, o continente recebeu cerca de 15 milhões
de imigrantes provenientes da Europa, e sofreu
influências culturais e ideológicas tanto dos Estados
Unidos quanto da Europa. A rápida urbanização superou a
oferta de emprego e moradia.
Como esforço para estimular o comércio, a produção e a
integração sul-americana como um todo, firmaram-se
acordos e organizações econômicos como o Pacto do ABC em
1915, a Comunidade Andina de Nações (CAN) em 1969, a
Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em
1960, que foi substituída pela Associação
Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI)
em 1981, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1995.[6] E
em 23 de maio de 2008, foi assinado o Tratado
Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL)
na cidade de Brasília, onde foi estruturada e
oficializada a União estabelecendo oficialmente a
integração econômica entre os Estados soberanos do
subcontinente em meio à III Cúpula de Chefas e Chefes de
Estado e de Governo da América do Sul.
A América do Sul possui vastos recursos naturais e
graves problemas econômicos e sociais. Em razão do alto
endividamento externo e interno, vários países
sul-americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário
Internacional (FMI), que comprimem as contas públicas
mas não eliminam as crises.
A indústria está concentrada no beneficiamento de
produtos agrícolas e na produção de bens de consumo, com
destaque para a indústria automobilística. No Brasil e
na Argentina encontra-se mais diversificada, abrangendo
setores como extração, refino de petróleo e siderurgia.
O Brasil é responsável por cerca de três quintos da
produção industrial sul-americana. A mineração inclui a
extração de petróleo (com destaque para a Venezuela),
cobre, estanho, manganês, ferro e outros. A agricultura
é intensiva nas áreas tropicais, onde há culturas
voltadas para a exportação (café, cacau, banana,
cana-de-açúcar, cereais). A pecuária é praticada em
larga escala no sul e no centro.
História da América do Sul
Mapa das primeiras migrações humanas, de acordo com
análises efectuadas ao DNA mitocondrial (unidades:
milénios até ao presente).A História da América do Sul é
marcada por uma tendência de ascensão e declínio de
impérios e dominações estrangeiras, desde a derrocada
dos Incas, colonização e as guerras de independência,
até mais recentemente, por sucessivas ondas de ditaduras
e redemocratização. Apesar disso, embora muitas vezes se
tratem os países do subcontinente como bastante
similares e politicamente ligados, estes processos
políticos não ocorreram de forma homogênea em todos os
países — dos quais são exceções notáveis, ao longo dos
séculos, o Brasil e as Guianas.
Início
As pinturas rupestres de Cueva de las Manos.A América do
Sul foi provavelmente a última parte do planeta a ser
habitado por humanos, à exceção da Antártida. As
primeiras evidências de ocupação humana datam de
quatorze mil anos,[8] por vestígios de agricultura. Por
volta do ano 1000, mais de dez milhões de pessoas
habitavam o local, concentrados principalmente na
Cordilheira dos Andes e no litoral norte, banhado pelo
Mar do Caribe. As demais regiões eram de povoamento mais
esparso e nômade.
Civilizações pré-colombianas
Pré-colombiano
Os chibchas ou muiscas foram uma das principais
civilizações indígenas pré-incaicas, concentrados na
atual Colômbia. Junto com os quíchua nos Andes e os
aimarás no Altiplano, formavam os três grupos
sedentários mais importantes do subcontinente. A cultura
chavín, no atual Peru, estabeleceu uma rede comercial e
agricultura desenvolvida a partir de 900 a.C.. Além
destes e antes dos incas, houve outras civilizações
(povos organizados em cidades, não em tribos e aldeias)
sul-americanas e também outros povos que não chegaram a
ser civilizações.
Originalmente, os incas eram um clã específico entre o
povo quíchua (ou quéchua), que habitava os Andes. Embora
sem conhecerem a escrita nem a roda, os incas e os povos
subjugados construíram um Estado altamente avançado. Em
1530, o Império Inca estava em seu auge, com o imperador
Huayna Capac. Este, no entanto, ao morrer deixou como
herança um império partilhado entre seus filhos, o que
ocasionou uma guerra civil entre os dois irmãos. Foi
nesse contexto que os conquistadores espanhóis chegaram.
Panorama de Machu Picchu, cidade inca em meio às cadeias
de montanhas peruanas.Colonização europeia História da colonização da América
Mapa da América do Sul, de 1575.De acordo com registros
não-oficiais, o primeiro registro visual do
subcontinente por europeus aconteceu em 1498, pelo
navegador português Duarte Pacheco Pereira. Nos anos
seguintes, outros navegadores fizeram explorações no
litoral sul-americano. Em 1494, face ao achamento do
Novo Mundo por Colombo, Portugal e Castela se apressaram
em negociar a partilha das novas terras. A divisão do
planeta em dois hemisférios foi oficializada no Tratado
de Tordesilhas.
Os espanhóis, estimulados pelo sucesso de Cortés no
México (contra os astecas), descem pelo Panamá e
desembarcaram na costa do Império Inca. A conquista
resultou num violento decréscimo demográfico, reduzindo
drasticamente a população do subcontinente.
Mapa da América do Sul em 1750.A América do Sul ficou
dividida praticamente entre os dois reinos ibéricos, com
áreas de colonização litorânea ocidental-pacífica para
Castela e a oriental-atlântica para Portugal. Espanhóis
se instalaram no Prata, no Caribe e nos Andes. Já os
portugueses investiram principalmente no extrativismo de
pau-brasil e, mais tarde, na plantação de
cana-de-açúcar. A colonização ibérica também trouxe o
proselitismo religioso, com a fundação de missões
católicas para conversão dos nativos, sendo o trabalho
conduzido especialmente pelos jesuítas.
A União Ibérica, formada a partir de 1580, extingue na
prática as fronteiras das zonas de colonização na
América do Sul. A principal mudança da União Ibérica é
que Portugal passa a ser inimiga dos adversários da
Espanha, como Inglaterra e as recém-emancipadas
Províncias Unidas dos Países Baixos. Com isso, potências
como Inglaterra, França e Holanda invadiram e ocuparam
áreas de dominação dos reinos ibéricos.
Cusco, no Peru. A maior parte da cidade permanece
inalterada desde os tempos coloniais.Aos poucos, surgiu
uma nova classe social e étnica, a partir da
miscigenação entre colonos ibéricos e os índios: os
mestiços ou gentio (na América Portuguesa) e os mestizos
ou criollos (na América Hispânica). Nas áreas de
escravidão, ocorreu o mesmo entre europeus e africanos,
dando origem aos mulatos, cafuzos e mamelucos.
O século XVIII viu as revoltas de Tupac Amaru, no Peru,
e de Felipe dos Santos e a Inconfidência Mineira, no
Brasil, contra as injustiças cometidas pelo governo
colonial. As revoltas foram uma reação à política do
despotismo esclarecido que, a partir da Europa, tentava
maximizar os lucros obtidos com a exploração em suas
colônias, especialmente na área mineral (ouro, prata e
diamantes). Os tratados de Utrecht, em 1713, e de Madri,
em 1750, procuram delimitar as novas fronteiras da
divisão do subcontinente entre as duas monarquias
ibéricas.
Independência e conflitos internos
Simón Bolívar, libertador de seis países
latino-americanos: Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá,
Peru e Venezuela.As Guerras Napoleônicas submeteram
Portugal e Espanha à ocupação (e, no caso desta última,
ao domínio político) por parte da França, então em
guerra contra a Inglaterra. Isto levou ingleses a
atacarem terras sul-americanas sob controle espanhol.
Com a restauração das monarquias soberanas, entre 1811 e
1814, os colonizadores tentaram restaurar o sistema
rígido colonial, o que provocou revoltas.
O bacharel Simón Bolívar, o platino José de San Martín,
e Bernardo O'Higgins do Chile, se encarregam de
organizar os exércitos coloniais e pouco a pouco,
libertam e conquistam, militarmente, a independência dos
vários vice-reinados e capitanias sul-americanos, que
passam a ser repúblicas. No Brasil, a independência foi
batalhada entre 1817 e 1825 (ano do reconhecimento por
Portugal) por representantes das elites nativas, mas
acabou só sendo efetivada por iniciativa do próprio
herdeiro do trono colonizador, o então príncipe-regente
Pedro de Alcântara que se coroou imperador Dom Pedro I
em 1822. As Guianas inglesa, holandesa e francesa
continuaram sob suas metrópoles. As duas primeiras só
ficariam independentes na segunda metade do século XX
(Guiana em 1966 e Suriname em 1975), enquanto a terceira
ainda é um departamento ultramarino da França.
Formação dos estados sul-americanos desde 1700.Durante
as lutas pela independência, a intenção dos libertadores
era unificar toda a América Hispânica sob uma mesma
república (pan-americanismo). O plano de Bolívar para a
unificação da América fracassa logo em seguida ao
Congresso do Panamá, para desgosto do Libertador. A
América Portuguesa, por outro lado, se mantém íntegra —
exceto pelo extremo sul. O Império Brasileiro se firma
como potência regional. Internamente, o país sofre com
as revoltas do período regencial e com a Guerra dos
Farrapos.
A Guerra do Paraguai transformou em aliados, os até
então inimigos Brasil, Argentina e Uruguai com o
objetivo de travar as ambições territoriais do General
Solano Lopez e seu relativamente poderoso Paraguai. A
guerra termina com uma catástrofe para a nação paraguaia
que perde uma parte de seu território, e tem um custo
muito elevado em termos de vidas e bens materiais.
O Chile enfrenta a aliança de Peru e Bolívia na Guerra do Pacífico (1879-1884), derrotando-os e ocupando
um território rico em guano. Nesse conflito, a Bolívia deixou de ter a seu acesso ao Oceano Pacífico. O
país também perde território para o Brasil com a
anexação do Acre, em 1903.
História recente
Ruínas de São Miguel das Missões.A partir da década de
1870, o local viveu uma onda de governos autoritários e
nacionalistas, liderados por figuras típicas da política
latino-americana chamados de "caudilhos". Houve
caudilhos tanto de caráter reformista quanto
conservador. De forma geral, a onda autoritária durou
até a ascensão da burguesia industrial, na década de
1930.
Os anos 1930 na América do Sul começaram sob o forte
impacto da Grande Depressão ou crise de 1929 que se
seguiu nos Estados Unidos.[30] A suspeita de aproximação
e o receio de alinhamento de alguns ditadores com as
potências do Eixo, levam o governo dos EUA (sob Franklin
Roosevelt e Harry Truman) a criarem e implementarem a
Política da Boa Vizinhança para o lugar, destinada a
aumentar a influência econômica e cultural
norte-americana sobre a América do Sul.
De 1954 a 1976, praticamente toda região mergulhou em
regimes militares. Vários dos governos sul-americanos
colaboraram na Operação Condor. As ditaduras foram
enfrentadas por movimentos guerrilheiros de esquerda.
O primeiro ciclo de redemocratização, a partir da metade
da década de 1980, foi liderado por Raúl Alfonsín na
Argentina, Patricio Aylwin no Chile, Alan García no Peru
e Tancredo Neves no Brasil. Num segundo momento, seus
sucessores implementam reformas neoliberais seguindo as
orientações do Fundo Monetário Internacional e do
Consenso de Washington. A proposta de integração
latino-americana é retomada no campo econômico, com a
abolição gradual de barreiras alfandegárias e propostas
para uniões monetárias.
A partir do final dos anos 1990, com as crises
econômicas e sociais resultantes das experiências
neoliberais, os governos de direita vão perdendo
popularidade e começa uma sequência de eleições de
governos populistas ou de centro-esquerda. O fenômeno é
chamado de "Guinada à Esquerda" da América do Sul e
inclui tanto lideranças que se notabilizam pelo
radicalismo no enfrentamento antielitista e
anti-imperialista.
Política
Bandeira do Mercosul.
Bandeira da União de Nações Sul-Americanas.Durante a
primeira década do século XXI, os governos
sul-americanos têm impulsionado a política de esquerda,
com líderes socialistas que são eleitos como no Chile,
Uruguai, Brasil, Argentina, Equador, Bolívia, Paraguai e
Venezuela. Apesar do movimento de esquerda, a América do
Sul em sua maioria ainda abraça a política de mercado
livre, e ela está tomando um caminho ativo em direção à
maior integração continental.
Recentemente, uma entidade intergovernamental tem sido
formada para fundir duas uniões aduaneiras existentes: o
Mercosul e a Comunidade Andina, formando assim o
terceiro bloco político-comercial no mundo. Esta nova
organização política conhecida como a União de Nações
Sul-Americanas procura estabelecer o movimento livre de
pessoas, desenvolvimento econômico, uma política de
defesa comum e a eliminação de tarifas.
Subdivisões
País ou dependência Area km² População Capital
Antilhas Holandesas * 766 km² 160 226 Willemstad
Argentina 2 791 810 km² 39 745 613 Buenos Aires
Aruba ** 193 km² 102 695 Oranjestad
Bolívia 1 098 581 km² 9 627 269 La Paz e Sucre
Brasil 8 514 877 km² 191 480 630 Brasília
Chile 756 950 km² 16 598 074 Santiago
Colômbia 1 138 914 km² 44 379 598 Bogotá
Equador 256 370 km² 13 810 000 Quito
Guiana 214 970 km² 751 000 Georgetown
Guiana Francesa ** 86 504 km² 209 000 Caiena
Ilhas Malvinas ** 12 200 km² 3 060 Port Stanley
Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul ** 4 057 km² 100
Ponto Rei Eduardo Paraguai 406 750 km² 6 100 000 Assunção
Peru 1 285 220 km² 28 674 757 Lima
Suriname 163 270 km² 470 000 Paramaribo
Trinidad e Tobago 5 130 km² 1 305 000 Porto Espanha
Uruguai 176 220 km² 3 399 237 Montevidéo
Venezuela 916 445 km² 27 934 783 Caracas
Notas * Apenas as ilhas de Bonaire e Curaçao das Antilhas
Holandesas fazem parte da América do Sul ** Territórios dependentes ou autônomos
Regiões
O subcontinente é subdividido ainda em regiões
geográficas e políticas determinadas por aspectos de
relevo, vegetação e cultura:
Lago Nahuel Huapi na região da Patagônia.Amazônia - todo
o norte do Brasil, mais sul da Venezuela e Colômbia, e
norte do Peru e Bolívia.
Complexo do Pantanal - oeste do Brasil, Paraguai e
Bolívia Guianas - Guiana, Suriname e Guiana Francesa Sul do Caribe - norte da Colômbia e da Venezuela,
Trindade e Tobago Planalto Central - centro do Brasil Sertão - nordeste do Brasil Mata Atlântica - costa oriental do Brasil Região Andina - sudoeste da Colômbia, Equador inteiro,
Peru, oeste da Bolívia, norte da Argentina e Chile
inteiro Região Platina - norte da Argentina, Paraguai e Uruguai
Altiplano - leste da Bolívia Chaco - sudeste da Bolívia, norte do Paraguai e da
Argentina Cone Sul - Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e sul do
Brasil Pampas - nordeste da Argentina, Uruguai e extremo sul do
Brasil Patagônia - sul do Chile e da Argentina
Geografia da América do Sul
A América do Sul ocupa uma área de 17.819.100 km²,
localiza-se a 60º00'00" de longitude oeste do Meridiano
de Greenwich e a 20º00'00" de latitude sul da Linha do
Equador e com fusos horários -6, -5, -4, -3 e -2 horas
em relação a hora mundial GMT. Quatro quintos do
continente ficam abaixo da Linha do Equador. No planeta
Terra, o continente faz parte do continente
pan-americano. É banhado pelo mar do Caribe, oceano
Atlântico e oceano Pacífico. O continente é cortado por
dois círculos imaginários: A linha do Equador que passa
pelo país homônimo, Peru, Colômbia e Brasil e o Trópico
de Capricórnio, que corta Chile, Argentina, Paraguai e
Brasil.
No continente, existem tipos bem diversos de ambiente. A
oeste fica a extensa cadeia montanhosa dos Andes, que
atinge até 6.700m de altitude em alguns pontos. O norte
é quase completamente tomado pela densa e úmida Floresta
Amazônica. Na região central do continente predomina
áreas alagadas que incluem o Pantanal brasileiro e Chaco
boliviano. Mais para o sul há planícies e cerrados. Na
costa leste, a floresta costeira original cedeu lugar à
ocupação industrial e agrícola.
Geologia e relevo
Imagem de satélite da América do Sul[34][35]
Primitivamente ligada à África, com a qual compunha o
continente da Gonduana, a América do Sul era
representada, basicamente, por três massas cristalinas:
o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o escudo
Patagônico. Os escudos Brasileiro e Guiano apresentam
traços de dobramentos antigos, pré-cambrianos e
pré-devonianos, o mesmo se verificando no Cretáceo com o
escudo Patagônico. No Cretáceo, quando parece ter-se
iniciado o desligamento do bloco africano do brasileiro,
dobraram-se as camadas sedimentares acumuladas, dando
origem à cordilheira dos Andes, já no Terciário. Uma vez
formada, ocorreu quase simultaneamente a regressão dos
mares que cobriam as partes mais baixas dos escudos ou
entre estes e os Andes.
Com relação à bacia Amazônica, o levantamento do bloco
andino barrou o escoamento das águas para oeste e, com o
aumento da sedimentação, a bacia adquiriu um aspecto
lagunar. A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco
não teve seqüência muito diferente da bacia Amazônica.
A Cordilheira dos Andes na fronteira do Chile com a
Argentina.Quanto à planície do Pampa, pois, ao que
parece, a sedimentação, até o final do Mesozóico,
ocorreu em ambiente marinho ou em conjunto de grandes
lagunas. Mas no Terciário, com a formação dos Andes, o
braço de mar que separava o escudo Patagônico do
Brasileiro regrediu. De outro lado, no Mesozóico e
Paleozóico, os sedimentos provieram das áreas
cristalinas das áreas soerguidas do norte (planalto
Brasileiro) ou do sul (escudo Patagônico), enquanto no
Terciário a planície começou também a receber os
sedimentos dos Andes. O relevo dessa área possui
características próprias. A planície Amazônica é um
imenso funil que desce suavemente em direção ao
Atlântico a partir dos sopés andinos. Na planície
Amazônica, encontra-se a maior rede hidrográfica do
mundo, com uma área de cerca de 7.000.000 km².
Ao norte da planície Amazônica, estendendo-se por quase
500.000 km², surge a bacia do Orinoco. A planície do
Orinoco é continuada para o sul através de lhanos do
Beni, de Mojos, Guarayos e de Chiquitos. Ao sul da
Bolívia, inicia-se o Chaco. Ao sul do Chaco, estendem-se
os pampas, onde formaram bacias sem escoamento para o
mar. A noroeste da província de Buenos Aires, erguem-se
as serras pampianas. A serra de Famatina (cerca de 6.000
metros) é a mais alta desse conjunto, onde também se
destacam outras serras.
O Salar de Talar no Deserto do Atacama, próximo a San
Pedro de Atacama.Diferente é o aspecto morfológico geral
da região situada a leste das referidas planícies,
formando a segunda importante faixa de relevo da América
do Sul. Trata-se do planalto Brasileiro e seu
prolongamento para o norte, o planalto das Guianas. Este
último, estende-se pela fronteira brasileira com as
Guianas e com a Venezuela. A escarpa do planalto, do
lado sul, desce abruptamente. Para o norte, em direção à
planície do Orinoco, suas vertentes são mais suaves.
Depois da interrupção produzida pela planície a área
planaltina prossegue para o sul, constituindo-se no
planalto Brasileiro, com cerca de 5.000.000 km².
Interrompidas mais o sul pelos depósitos pampianos, as
formas planaltinas reaparecem ao sul do rio Colorado
(Argentina), constituindo o planalto da Patagônia.
Apesar do domínio das formações continentais, há sinais
de transgressão marinha na costa. A superfície atual
parece corresponder a um peneplano, cuja formação data
do fim do Plioceno. Movimentos posteriores de
soerguimento aprofundaram os vales na massa sedimentar.
Os vales patagônicos, que em regra se caracterizam por
uma grafia semi-desértica, possuem perfis
longitudinais com forte inclinação, largos talvegues
cercados por altas vertentes. Como os soerguimentos
pós-pliocênicos não se fizeram uniformemente, restaram
áreas deprimidas.
Parque Nacional Torres del Paine no Chile.O oeste da
América do Sul é ocupado pela terceira grande faixa
morfo-estrutural e que constitui a extensa cordilheira
dos Andes. A par dessas três áreas morfo-estruturais,
observa-se um grande contraste morfológico entre o
litoral do Atlântico (16 mil quilômetros de extensão) e
o do Pacífico (nove mil quilômetros). O litoral
atlântico é, em geral, baixo, de fraco declive, arenoso
ou constituído de depósitos fluviais e ostenta uma larga
plataforma continental. Os rios desempenharam papel
importante na configuração do litoral, de grande parte
das ilhas da foz do Amazonas e do delta do Paraná. Mas
tiveram importância também a erosão marinha e os
movimentos epirogênicos.
As grandes altitudes das costas do Pacífico se opõem
imensas profundidades submarinas, quase não existindo
plataforma continental. A única área mais acidentada é a
situada ao sul, onde aparecem ilhas e arquipélagos, como
o de Chonos, Madre de Díos, Reina Adelaide, além da ilha
da Terra do Fogo, separada do continente pelo estreito
de Magalhães.
Solos
Milhares de quilômetros quadrados de solo escuro, de
origem eólica e aluvial, ocorrem nos pampas da Argentina
e Uruguai, onde se encontram algumas das melhores terras
do mundo. Pequenas áreas de bons solos aparecem também
nos vales andinos e da costa ocidental, especialmente no
vale longitudinal do Chile, na planície equatoriana de
Guayas, e no vale colombiano do Cauca. Excelentes também
são as terras roxas da bacia do Paraná no Brasil,
originadas da desagregação dos afloramentos basálticos e
atualmente propícias à cultura cafeeira, somente
encontrando rival nos solos vulcânicos dos Andes
colombianos.
As terras da bacia Amazônica em geral são pobres;
existem solos férteis em pequenas áreas de terras
aluviais, porém sujeitas a inundações. A infertilidade e
a elevada acidez fazem com que a maior parte das terras
da planície tropical sejam ruins para a agricultura.
Clima descontrolado, devido ao desmatamento
A distribuição das temperaturas médias na região
apresentava uma regularidade constante a partir dos 30º de
latitude sul, quando as isotermas tendem, cada vez mais,
a se confundir com os graus de latitude.
Nas latitudes temperadas, os invernos são mais amenos e
os verões mais quentes do que na América do Norte. Pelo
fato de sua parte mais extensa do continente
localizar-se na zona equatorial, a região possui mais
áreas de planícies tropicais do que qualquer outro
continente.
Mapa climático da América do Sul de acordo com a
classificação climática de Köppen-Geiger.As temperaturas
médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27
°C, com pequenas variações estacionais. Entre o lago de
Maracaibo e a foz do Orinoco, predomina um clima
tropical do tipo senegalês, que engloba também partes do
território brasileiro.
O centro-leste do planalto Brasileiro possui clima
tropical úmido e quente. As partes norte e leste do
pampa argentino possuem clima temperado oceânico,
enquanto as faixas oeste e leste tem clima temperado.
Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são
mais frios do tipo norueguês. Nos planaltos andinos,
predomina o clima quente, embora amenizado pela
altitude, enquanto na faixa costeira, registra-se um
clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o
norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente,
climas mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão
e, já na Terra do Fogo, clima frio do tipo siberiano.
A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos
ventos e das massas de ar. Na maior parte da região
tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do
nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico,
provocando abundante precipitação pluviométrica. Nos
lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as
precipitações vão de moderadas a elevadas. O litoral
colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões
bastante chuvosas. O deserto de Atacama, ao longo desse
trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo.
Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a
ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é
desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai e Sul do
Brasil a pluviosidade é moderada, com chuvas bem
distribuídas durante o ano. As condições moderadamente
secas do Chaco opõem-se a intensa pluviosidade da região
oriental do Paraguai. Na costa do semiárido Nordeste
brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de
monções.
Fatores importantes na determinação dos climas são as
correntes marítimas, como as de corrente de Humboldt e
das Malvinas. A corrente equatorial do Atlântico Sul
esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas
outras: a corrente do Brasil e uma corrente costeira que
flui para o noroeste rumo às Antilhas.
Hidrografia
As Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu.Os
mais importantes sistemas hidrográficos da América do
Sul — o do Amazonas (o mais vasto), do Orinoco e do
Paraná-rio da Prata — têm a maior parte de suas bacias
de drenagem na planície. Os três sistemas, em conjunto,
drenam uma área de cerca de 9.583.000 km².
A maior parte dos lagos da América do Sul localiza-se
nos Andes ou ao longo de seu sopé. Entre os lagos
andinos, destacam-se o Titicaca e o Poopó. A mais
importante formação lacustre do norte é o lago de
Maracaibo, na Venezuela, e na costa oriental salienta-se
a lagoa dos Patos, no Brasil.
Vegetação em perigo de extinção
A Floresta Amazônica era a mais rica e biodiversa floresta tropical do mundo, esta prestes a virar sertão
com o maior desmatamento feito pelo partido comunista (PT). A cobertura vegetal era complexa,
especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica. As
florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrinam a bacia
Amazônica.
Uma zona semicircular de florestas temperadas de
araucária reveste parte do planalto Meridional
Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os
Andes centro-meridionais chilenos, e florestas tropicais
descontínuas compreendem a região do Chaco.
Existem vastas áreas de campos e savanas. No Nordeste
brasileiro, sob um clima semiárido, aparece a caatinga
e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os
cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação
estépica de altitude, cobrem amplas porções dos
planaltos interandinos do Equador e do Peru
setentrional, enquanto os pampas apresentam a mesma
vegetação. E a vegetação desértica das punas, predomina
em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru
centro-meridional, norte do Chile e nordeste da
Argentina.
Fauna
Lhama, animal típico dos andes.Os animais nativos da
América do Sul pertencem, em sua maioria, ao chamado
domínio neotrópico da zoogeografia. A fauna das
florestas tropicais carateriza-se pela abundância de
macacos, antas, roedores e répteis. Os mais
característicos membros da fauna amazônica são o
peixe-boi, mamífero aquático e vegetariano, e a piranha.
A região dos Andes, as estepes frias e desertos da
Patagônia possuem uma fauna peculiaríssima, como os
quatro membros do ramo americano de camelídeos: guanaco,
lhama, alpaca e vicunha.
A pradarias situadas no sul do Amazonas possuem uma
fauna caracteristicamente transicional. Nessa área
ocorrem espécies tropicais, ao mesmo tempo que animais
das regiões mais frias.
Grupos étnicos
Meninas brasileiras descendentes de africanos.Para a
formação étnica da população sul-americana predominaram
três etnias: índios, brancos e negros. Em muitos países
predominam os mestiços de espanhóis com indígenas, como
é o caso da Colômbia, Equador, Paraguai e Venezuela. Em
apenas dois países os povos indígenas são maioria: no
Peru e na Bolívia. Grandes populações de ascendência
africana são encontradas no Brasil, na Colômbia e na
Venezuela.
Os países de forte ascendência europeia são a Argentina,
o Uruguai, o Chile, e o Brasil. Os dois primeiros países
tem sua população derivada de imigrantes espanhóis e
italianos e, no caso do Sul e sudeste meridional do
Brasil (principalmente São Paulo), derivada de
imigrantes portugueses, italianos, alemães e espanhóis.
O Chile recebeu uma grande onda de imigrantes europeus,
principalmente no norte, sul e costa. Ao longo do século
XVIII e início do século XX. Os imigrantes europeus que
chegaram no Chile são maioritariamente espanhóis,
alemães, ingleses (incluindo o escocês e irlandês),
italianos, franceses, austríacos, holandeses, suíços,
escandinavos, portugueses, gregos e croatas.
O maior grupo étnico que compõe a população chilena veio
da Espanha e do País Basco, ao sul da França. As
estimativas de descendentes de bascos no Chile variam de
10% (1.600.000) até 27% (4.500.000). 1848 foi um ano de
grande imigração de alemães e franceses, a imigração de
alemães foi patrocinada pelo governo chileno para fins
de colonização para as regiões meridionais do país.
Esses alemães (também suíços e austríacos),
significativamente atraídos pela composição natural das
províncias do Valdivia, Osorno e Llanquihue foram
colocados em terras dadas pelo governo chileno para
povoar a região. Porque o sul do Chile era praticamente
desabitado, a influência desta imigração alemã foi muito
forte, comparável à América Latina apenas com a
imigração alemã do sul do Brasil. Há também um grande
número de alemães que chegaram ao Chile, após a Primeira
e Segunda Guerra Mundial, especialmente no sul (Punta
Arenas, Puerto Varas, Frutillar, Puerto Montt, Temuco,
etc.) A embaixada alemã no Chile estima que entre
500,000 a 600,000 chilenos são de origem alemã. Além
disso, estima-se que cerca de 5% da população chilena é
descendente de imigrantes de origem asiática,
principalmente do Oriente Médio (ou seja, palestinos,
sírios, libaneses e armênios), são cerca de 800.000
pessoas. É importante ressaltar que os israelitas, tanto
judeus como não-cidadãos judeus da nação de Israel podem
ser incluídos. Chile abriga uma grande população de
imigrantes, principalmente cristã, do Oriente Médio.
Acredita-se que cerca de 500.000 descedentes de
palestinos residem no Chile. Outros grupos de imigrantes
historicamente significativos são: os croatas, cujo
número de descendentes é estimado em 380.000 pessoas, o
equivalente a 2,4% da população. No entanto, outras
fontes dizem que 4,6% da população do Chile podem ter
alguma ascendência croata. Além disso, mais de 700.000
chilenos de origem britânica (Inglaterra, País de Gales
e Escócia), o que corresponde a 4,5% da população. Os
chilenos de ascendência grega são estimados entre 90.000
e 120.000 pessoas, a maioria deles vive no Santiago ou
Antofagasta, Chile é um dos 5 países com mais
descendentes de gregos no mundo. Os descendentes de
suíços somam o número 90.000, também estimo-se que cerca
de 5% da população chilena tem alguma ascendência
francesa. Os descendentes de italianos estão entre
600.000 e 800.000 pessoas.
Presidente Lula e membros da comunidade ítalo-brasilera
durante a Festa da Uva.A imigração alemã no Brasil foi o
movimento migratório ocorrido nos séculos XIX e XX de
alemães para várias regiões do Brasil. As causas deste
processo podem ser encontradas nos freqüentes problemas
sociais que ocorriam na Europa e a fartura de terras no
Brasil. Atualmente, estima-se que dezoito milhões ou 10%
dos brasileiros têm ao menos um antepassado alemão. O
Brasil abriga hoje a maior comunidade ucraniana da
América Latina, contando com 1 milhão de pessoas
Mulher peruana e seu filho de ascendência
indígena.Grandes minorias étnicas incluem os árabes e
japoneses no Brasil, chineses (cantoneses) no Peru e os
indianos na Guiana.
Evolução étnica
Índios guarani.As populações primitivas da América do
Sul, os ameríndios, de caracteres antropológicos
mongoloides, distribuíam-se, no período colonial, em
grupos. Os métodos de redução e conquista variaram, de
acordo com o estágio de civilização dos nativos.
Na região dominada pelos portugueses, os colonizadores
escravizaram os índios espalhados pelo interior, levando
às terras propícias para fazer a colonização. Com esse
objetivo, foram organizadas expedições de busca aos
escravos índios, como bandeiras. Essa obra de conquista,
foi acompanhada pelas missões religiosas, que também
procuravam "reduzir" os gentios e fazê-los produzir, mas
através de outros métodos e com o objetivo de
cristianização.
Com essa obra de conquista veio juntar-se ao indígena um
outro contingente, o branco, ibérico principalmente. Na
primeira fase, o conquistador interessou pelo ameríndio,
sobretudo como mão-de-obra. Não tardou, porém, que os
europeus, especialmente os portugueses, se desiludissem
quanto à eficiência do ameríndio escravizado. Como o
indígena não se adaptasse bem a agricultura, os
colonizadores começaram a importação, como os escravos,
de negros africanos, que vieram a constituir o terceiro
elemento importante na formação étnica das populações
sul-americanas.
É a partir do final do século XIX, todavia, que se
assiste a entrada em massa de imigrantes europeus em
diversos países latino-americanos. Essa imigração se
concentrou sobretudo na Argentina, no Chile, no Uruguai
e no Brasil. São os italianos que chegam em maior
número, superando inclusive espanhóis e portugueses.
Composição da população
A população branca predomina na região, mas é
considerável a porcentagem de mestiços, enquanto os
indígenas constituem minoria. Na Colômbia, 75% da
população correspondem a mestiços e 1% aos ameríndios.
Na Venezuela, 2% dos habitantes são ameríndios, 21%
europeus ibéricos, 10% afro-americanos e 67%
eurameríndios. A população brasileira é formada
principalmente por descendentes de povos indígenas,
colonos portugueses, escravos africanos e de imigrantes
europeus.
No Brasil, são considerados pardos (caboclos, cafuzos e
mulatos), mas o número de mestiços deve ser maior,
estando diluídos nos 49,7% considerados brancos. 95% do
contingente populacional do Paraguai, compõem-se de
índios e mestiços, enquanto o Uruguai é país
predominante branco (88%), correspondendo os mestiços e
negros a 8% e 4% respectivamente. A população chilena é
principalmente Branca de origem europeia, 95% da
população. Uma descrição pormenorizada da etnia mostra
que 52,7% (8.8 milhões) - 90% (15 milhões) da população
são descendentes de europeus. Outro estudo que analisou
o genótipo mostrou que 30% da população é classificada
como caucasica descendentes directos dos europeus e 65%
(brancos-mestiços), com um fenótipo branco, e na
Argentina, onde foi maior o aniquilamento de indígenas e
onde o escravo negro não penetrou, a população é quase
inteiramente branca (90%). No entanto, outros estudos
mostram que 56% da população da Argentina, tem
ancestralidade ameríndia. Nos países andinos e
caribenhos, entretanto, os índices de ameríndios e
mestiços são consideráveis:
Equador: índios (25%), mestiços (65%), negros (3%) e
brancos (7%); Peru: índios (45%), mestiços (37%), brancos (15%) e
negros, orientais e outros (3%); Bolívia: ameríndios (55%), mestiços (30%), brancos
(15%); Guiana: hindus (50)%, negros (36%), índios (7%),
brancos, chineses e outros (7)%; Guiana Francesa: crioulos (80%); Suriname: 37% indianos, 31% crioulos, 15% indonésios,
10% negros, 7% índios, chineses e europeus. População Ver página anexa: Lista das maiores cidades da América
do Sul
A população da América do Sul não se distribui
uniformemente, havendo áreas rarefeitas, ao lado de
outras de densidade relativamente elevada. Alguns
fatores de ordem física e humana contribuem para isso.
Entre as causas de rarefação demográfica, salientam-se:
A existência de regiões desérticas, como a Patagônia, o
pampa seco, o Atacama e a Sechura; As zonas de florestas equatoriais, como a Amazônia; As áreas de campos, onde a criação extensiva de gado
contribui para a escassez demográfica. Quanto aos fatores que têm determinado maiores
concentrações de população destacam-se:
As faixas litorâneas bem abrigadas e dotadas de portos
naturais; As costas de clima relativamente benigno; Os vales de alguns rios navegáveis, como o Amazonas,
Orinoco, Cauca, Paraná; E as regiões naturalmente férteis, onde se desenvolveu
uma atividade agrícola apropriada, como o eixo Rio-São
Paulo, no Brasil, a província de Buenos Aires, na
Argentina, e o vale central do Chile. A população da América do Sul teve o maior índice de
crescimento no mundo entre 1920 e 1960. O declínio da
mortalidade, determinado em grande parte pela elevação
dos padrões de higiene pública, foi a causa fundamental
dessa expansão demográfica. Outro fator que contribuiu
para esse aumento foi a imigração. Desde 1800, cerca de
12 milhões de imigrantes chegaram à região. Desse total,
cerca de 4 milhões vieram da Espanha, 4 milhões da
Itália, 2 milhões de Portugal e o restante da Alemanha,
Polônia, Síria, Japão, China e outros países.
Línguas europeias na América do Sul.O português e o
espanhol são as línguas mais faladas na América do
Sul,[82] região geográfica que é parte da grande região
cultural, chamada América Latina.
O português é a língua oficial do Brasil, que possui
quase o 50% da população sul-americana. O espanhol é a
língua oficial da maioria dos países do continente.
Também há a presença de outras línguas, como o holandês
(língua oficial do Suriname), o inglês (língua oficial
da Guiana) e outras línguas, como alguns dialetos
indígenas.
As línguas indígenas da América do Sul incluem o
quíchua, no Equador, Peru e Bolívia;[85] guarani no
Paraguai e um pouco na Bolívia; aimará, na Bolívia e
Peru; e o Mapudungun é falado em certas regiões do sul
do Chile, e mais raramente, na Argentina.[88] No mínimo,
três dessas línguas indígenas (quíchua, aimará e
guarani) são reconhecidas junto com o espanhol como
línguas oficiais em seus países.
Outras línguas encontradas na América do Sul incluem
hindi e indonésio no Suriname; italiano na Argentina,
Brasil, Uruguai, Venezuela e Chile; e alemão em algumas
regiões de Argentina, Chile, Venezuela e Paraguai. O
alemão também é falado em muitas regiões do sul
brasileiro, Hunsrückisch é o dialeto alemão mais falado
no país. Entre outros dialetos alemães, uma forma
brasileira do pomerano também é representada.
Na maior parte dos países do continente, as classes
superiores são constituídas por pessoas instruídas;
regularmente estudam inglês, francês, alemão ou
italiano. Nestas áreas onde o turismo é significante, o
inglês e outras línguas europeias são faladas. Há
pequenas áreas localizadas no extremo sul do Brasil que
falam espanhol, devido a proximidade com o Uruguai.
Economia da América do Sul
A América do Sul experimentou, a partir de 1930, um
notável crescimento e diversificação na maioria dos
setores econômicos. Grande parte dos produtos agrícolas
e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado
interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas
é fundamental para o equilíbrio da balança comercial da
maioria dos países.
Centro financeiro em San Isidro, Lima, Peru.Os
principais cultivos agrários são justamente os de
exportação, como a soja e o trigo. A produção de
alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o
feijão é grande, mas voltada para o consumo interno. A
criação de gado destinada à exportação de carne é
importante na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e na
Colômbia. Nas regiões tropicais os cultivos mais
importantes são o café, o cacau e as bananas,
principalmente no Brasil, na Colômbia e no Equador. Por
tradição, os países produtores de açúcar para a
exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no
Brasil, a cana-de-açúcar também é utilizada para a
fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru,
noroeste e sul do Brasil cultiva-se o algodão.
América do Sul
História da América do Sul
América Latina
América do Norte
América Central
Mercosul
Iniciativa para Integração da Infraestrutura
Sul-Americana
União de Nações Sul-Americanas
Lista de animais que vivem na América do Sul
Lista de países da América do Sul por população
Lista das aglomerações urbanas da América do Sul com
mais de 1 milhão de habitantes
Lista de bandeiras da América do Sul
Bibliografia
"América do Sul". Nova enciclopédia ilustrada Folha.
(1996). São Paulo: Folha de São Paulo. 42-43.
CIVITA, Victor. Almanaque Abril: Geografia: Mundo:
Continentes: América do Sul. 33ª ed. São Paulo: Abril,
2007. pp. 362.
TIRICO, José Domingos (1994). "América do Sul".
Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopædia Britannica
do Brasil Publicações. 358-370.
Governo do Brasil (em português) Governo do Uruguai (em castelhano) Governo da Argentina (em castelhano) Presidência da República do Paraguai (em castelhano) Governo da Bolívia (em castelhano) Governo do Chile (em castelhano) Governo do Peru (em castelhano) Presidência da República do Equador (em castelhano) Governo da Colômbia (em castelhano) Governo da Venezuela (em castelhano) Presidência da República Cooperativa da Guiana (em
inglês) Presidência da República do Suriname (em neerlandês) Governo da Guiana Francesa (em francês)
Centro financeiro de Santiago, Chile.Cinquenta por cento
da superfície sul-americana está coberta por florestas,
mas as indústrias madeireiras são pequenas e
direcionadas para os mercados internos. Nos últimos
anos, no entanto, empresas transnacionais vêm se
instalando na Amazônia para explorar madeiras nobres
destinadas à exportação.
As águas costeiras do Pacífico da América do Sul, são as
mais importantes para a pesca comercial. A captura de
anchova chega a milhares de toneladas, e também é
abundante o atum, dos quais o Peru é um grande
exportador. A captura de crustáceos é notável,
particularmente no nordeste do Brasil e no Chile.
Apenas Brasil e Argentina fazem parte do G20 (países
industriais), enquanto que somente o Brasil integra o
G8+5 (as nações mais poderosas e com maior influência do
planeta).
No setor de turismo, se iniciaram em 2005 uma série de
negociações com objetivo de promover o turismo e
aumentar as conexões aéreas dentro da região.[93] Punta
del Este, Florianópolis e Mar del Plata se encontram
entre os principais balneários da América do Sul.
A maioria dos sul-americanos vive nas proximidades do
litoral e por isso grande parte das áreas em que se faz
uso intensivo da terra localiza-se nessa faixa
periférica. Menos de 5% das terras da região são
cultivadas, 19% destinam-se a pastagens e 47% são
ocupadas por florestas. A proporção de terra cultivada
varia desde 12% no Uruguai até 1% no Paraguai e a 0,03%
na Guiana Francesa.
Cachos de banana.
Grãos de Coffea arabica torradosApesar dos esforços que
têm sido feitos no sentido da industrialização, a
América do Sul ainda é uma região onde as atividades
agrícolas desempenham papel fundamental. O mais
importante produto da região é o café, cultivado
sobretudo nas terras roxas dos estados brasileiros de
São Paulo e Paraná e na cordilheira Ocidental da
Colômbia, constituindo grande fonte de divisas desses
países. As principais áreas de cultura do milho se
encontram no interior do planalto Brasileiro, sobretudo
na sua porção sul-oriental, e nas terras que bordejam na
faixa tritícola dos pampas argentinos. A banana é
intensamente cultivada em torno do golfo de Guayaquil e
callejón do Equador (primeiro exportador da América do
Sul), na região do baixo rio Magdalena e nas baixadas
quentes e úmidas do Sul do Brasil. A produção de trigo
concentra-se quase toda nas grandes áreas do pampa úmido
e no Sul do Brasil; a Argentina é um dos principais
países tritícolas do mundo, ao lado da Rússia, Estados
Unidos da América e Canadá. A cultura do cacau assume
grande importância no callejón equatoriano, em torno do
lago de Maracaibo, na Venezuela, e, principalmente, no
sul do estado da Bahia, Brasil, que é primeiro produtor
sul-americano e segundo produtor e exportador mundial.
Fato a destacar na agricultura brasileira na década de
1970 foi a enorme expansão da soja, que passou a ser um
principais produtores de exportação do país.
Raízes de mandioca após colheita.
Canavial em Avaré, São Paulo, Brasil.A fibras
comerciais, como o sisal e a juta, encontram-se na
América do Sul alguns grandes produtores, como a
Colômbia, o Equador e o Brasil, com suas plantações na
Amazônia e no Nordeste. O Brasil é também o principal
produtor de algodão, graças às suas vastas plantações do
Nordeste e do estado de São Paulo, bem como de mamona,
amendoim e mandioca. Cabe ainda ao Brasil a primazia no
cultivo da cana-de-açúcar, com suas imensas plantações
no Nordeste, estado de São Paulo e do Rio de Janeiro,
embora outros países, como o Peru, possuam grandes
canaviais. Se bem que alguns países do norte do
continente cultivem fumo em grande escala, é no Brasil
que se encontram as maiores áreas fumageiras,
notadamente nos estados da Bahia, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Minas Gerais. Os babaçuais e carnaubais
são também plantas industrializáveis, bem aproveitadas
pelo Brasil, que tem como principais áreas produtoras os
estados do Nordeste. Por fim, as frutas têm seu lugar na
economia agrícola dos países sul-americanos; a Argentina
é grande produtora de peras, uvas e maçãs, e o Brasil
possui extensos laranjais.
A agricultura sul-americana, entretanto, não emprega
sistemas ou técnicas unformes para um mesmo produto. A
produtividade não apenas varia de país para país mas
também apresentava enormes diferenças regionais dentro
de cada país. Até aproximadamente 1930, as técnicas e os
métodos de plantio apresentavam alto índice de arcaísmo,
caracterizado pela ausência de mecanização e adubação,
preparo inadequado dos solos, ineficiência no combate às
pragas, etc. Assim, somente a partir de 1930 tem-se
tratado desses problemas, tentando-se, inclusive, a
recuperação de terras esgotadas em virtude do uso
predatório.
Pecuária É também do campo que provém uma fonte de riqueza de
alguns países sul-americanos: a pecuária. Em razão de
uma série de fatores, tais como o relevo acidentado e a
exiguidade de espaço útil, os países andinos não se
destacam por seus rebanhos; em geral, apenas existe a
criação de animais de pequeno porte (suínos, caprinos e
ovinos) ou de espécies que melhor se adaptam às
condições geográficas, como o caso da alpaca e do lhama.
Os maiores rebanhos bovinos pertencem ao Brasil, Uruguai
e Argentina, onde também se concentram grandes criações
de ovinos, suínos e equinos. Igualmente importantes são
os rebanhos brasileiros de caprinos e muares.
Mineração
Carvão.O subsolo sul-americano é rico em petróleo. Cerca
de 25% da área total da região contém bacias
sedimentares em que podem ocorrer estratos petrolíferos.
Mas, até 1965, a maioria dos campos produtores
localizavam-se nas bacias estruturais flanqueadas pela
cordilheira dos Andes. A Venezuela, com uma reserva
estimada em 17 bilhões de barris, possui a mais rica
área petrolífera da América do Sul, a segunda do
hemisfério ocidental e a sétima do mundo, somente
ultrapassada pelos Estados Unidos, Rússia, Iraque, Irã,
Arábia Saudita e Kuwait. Outros países sul-americanos
que dispõem de grandes reservas são Argentina, Colômbia,
Peru, Bolívia e Brasil.
A produção de gás natural é comumente associada à do
petróleo, mas sua utilização comercial tem sido limitada
pela distância dos campos produtores em relação aos
grandes centros de consumo.
Refinaria da Petrobras em Cochabamba, Bolívia.Ao
contrário do que ocorre na América do Norte, são
escassos os recursos carboníferos sul-americanos. Embora
existam depósitos em diversas áreas dos Andes, bem como
no Sul do Brasil, somente três países — Colômbia, Chile
e Brasil — apresentam produção razoável. O carvão
brasileiro contém elevado teor de cinza, necessitando,
pois, de adição de carvão importado a fim de ser
convenientemente utilizado na indústria.
A América do Sul é rica em minério de ferro, que ocorre
em imensa quantidade, sobretudo no planalto das Guianas
e no escudo Brasileiro. Numerosos e extensos depósitos
têm sido descobertos quase à flor da terra, e podem ser
minerados diretamente e a baixos custos. Os principais
detritos ferríferos venezuelanos localizam-se próximo ao
rio Caroni, afluente meridional do Orinoco, e o
desenvolvimento de sua exploração tem sido facilitado
pela existência de meios de transportes fluviais
baratos. Já no Brasil, que possui uma das maiores
reservas de minério de ferro do mundo, as condições de
exploração são menos favoráveis, uma vez que a maior
parte das minas situa-se no interior do estado de Minas
Gerais, de onde o minério é transportado por ferrovias
para os portos de escoamento do litoral.
Cobre.Outro recurso mineral importante da América do Sul
é o cobre, que se encontra principalmente nas terras
geologicamente recentes dos Andes centrais, no Chile e
no Peru. Somente as minas de cobre da América do Norte e
da África Central rivalizam com as do Chile.
A maior parte das reservas de estanho do hemisfério
ocidental encontra-se no território boliviano. As minas
localizam-se a grandes altitudes, nos Andes, e algumas
delas são antigas jazidas de prata exauridas nos tempos
coloniais. Estima-se que os depósitos dos Andes
bolivianos contém um terço de todo o estanho existente
no mundo.
O Brasil possui imensas reservas de manganês, e uma das
maiores jazidas do mundo localiza-se a sudoeste do
estado de Mato Grosso. Um depósito menor, porém mais
acessível, é explorado no estado do Amapá.
Entre outros minérios abundantes na América do Sul,
destacam-se a bauxita (sul da Guiana Francesa, Suriname
e extremo norte do Brasil), platina (Colômbia), prata
(Peru e Bolívia), nitrato (Chile), chumbo, zinco,
bismuto e antimônio (Bolívia), vanádio e chumbo (Peru),
iodo e enxofre (Chile), sal marinho, amianto,
tungstênio, titânio e nióbio no (Brasil).
Extrativismo vegetal
O pinheiro-do-paraná só é encontrado na América do Sul.A
atividade extrativa vegetal compreende o aproveitamento
das áreas florestais do Sul do Brasil, onde as
plantações de eucalipto e de araucária nativa produzem
grande quantidade de madeiras, bem como a exploração do
mogno e outras árvores em regiões dispersas desse país.
A extração de madeiras apresenta-se também como
atividade econômica importante em certas regiões do
Paraguai, Chile e Bolívia. Nesse setor há ainda que
salientar o aproveitamento de plantas medicinais e
oleaginosas pelo processo da coleta.
Setor secundário Indústria
Embraer E-190, jato desenvolvido pela empresa brasileira
Embraer.Os países mais industrializados da América do
Sul são Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e
Uruguai respectivamente. Esses países sozinhos respondem
por mais de 75% da economia da região e somam um PIB
maior que US$ 2,9 trilhões.
As industrias na América do Sul começaram a tomar peso
sobre as economias da região a partir de 1930, quando a
Grande Depressão nos Estados Unidos e outros países do
mundo impulsionaram a produção industrial do
subcontinente. A partir desse período a região deixou a
face agrícola para trás e passou a obter altas taxas de
crescimento econômico que se mantiveram até o início da
década de 1990 quando se desaceleraram devido a
instabilidades políticas, crises econômicas e políticas
neoliberais.
Sede da Petrobras no centro do Rio de Janeiro,
Brasil.Desde o fim da crise econômica de Brasil e
Argentina, que ocorreram no período de 1998 à 2002 e que
provocou recessão econômica, aumento do desemprego e
queda da renda da população, os setores industriais e de
serviços vem se recuperando rapidamente, principalmente
no Chile, na Argentina, e no Brasil que crescem a uma
média de 5% ao ano. Toda a América do Sul após esse
período vem se recuperando rápido e demonstrando bons
sinais de estabilidade econômica, com inflação e taxa de
câmbio controlados, crescimento contínuo, diminuição da
desigualdade social e do desemprego, fatores que
favorecem a indústria.
As principais industrias são: eletroeletrônica, têxtil,
alimentícia, automobilística, metalúrgica, aérea, naval,
vestuário, bebida, siderúrgica, tabaco, madeireira,
química, etc.
As exportações chegam a quase US$ 400 bilhões de dólares
anuais, sendo o Brasil responsável por metade desta.
Energia
Usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo.Em
virtude da diversidade da grafia e das condições de
precipitação pluviométrica, os recursos hidráulicas da
região variam enormemente nas diferentes áreas. Nos
Andes, as possibilidades de navegação são limitadas,
exceto no rio Magdalena, no lago Titicaca e nos lagos
das regiões meridionais do Chile e da Argentina. A
irrigação é fator importante para a agricultura desde o
noroeste do Peru até a Patagônia. Menos de 10% do
potencial elétrico conhecido dos Andes haviam sido
aproveitados até meados da década de 1960.
O escudo Brasileiro tem um potencial hidrelétrico muito
superior ao da região andina e suas possibilidades de
aproveitamento são maiores devido à existência de
diversos grandes rios com margens elevadas e à
ocorrência de grandes desníveis, formando imensas
cataratas, como as de Paulo Afonso, Iguaçu e outras
menores. O sistema do rio Amazonas tem cerca de 13.000
km de vias navegáveis, mas as suas possibilidades de
aproveitamento hidrelétrico ainda são desconhecidas.
Setor terciário Transportes
Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos, o
aeroporto internacional mais movimentado do Brasil e
principal hub da América do Sul, localizado na Região
Metropolitana de São Paulo.Os sistemas de transportes da
América do Sul ainda são deficientes, apresentando
baixas densidades quilométricas. A região dispõe de
cerca de 1.700.000 km de rodovias e 100.000 km de
ferrovias, que se acham concentradas na faixa litorânea,
continuando o interior desprovido de comunicação.
Apenas duas ferrovias são continentais: a Transandina,
que liga Buenos Aires, na Argentina a Valparaíso, no
Chile, e a Estrada de Ferro Brasil-Bolívia, que a faz a
conexão entre o porto de Santos, no Brasil e a cidade de
Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Além disso, existe
a rodovia Panamericana, que atravessa os países andinos
de norte a sul, embora alguns trechos estejam
inacabados.
Trecho da Rodovia Pan-americana em Buenos Aires.Duas
áreas de maior densidade ocorrem no setor ferroviário: a
rede platina, que se desenvolve em torno do estuário do
Prata, em grande parte pertencente à Argentina, com mais
de 45.000 km de extensão; e a rede do Sudeste do Brasil,
que serve principalmente ao estado de São Paulo
(ver:Sistema rodoviário do estado de São Paulo), estado
do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São ainda o Brasil e a
Argentina que se destacam no setor rodoviário. Além das
modernas estradas que estendem pelo norte da Argentina e
pelo sudeste e sul do Brasil, um vasto complexo
rodoviário visa a articular Brasília, a capital federal,
às regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil.
A América do Sul possui um dos maiores feixes de vias
fluviais navegáveis do mundo, representadas
principalmente pelas bacias Amazônica, do Prata, do São
Francisco e do Orinoco, cabendo ao Brasil cerca de
54.000 km navegáveis, enquanto a Argentina tem 6.500 km
e a Venezuela, 1.200 km.
As duas principais frotas mercantes também pertencem ao
Brasil e Argentina. Segue-se as do Chile, Venezuela,
Peru e Colômbia. Os maiores portos em movimento
comercial são os de Buenos Aires, Santos, Rio de
Janeiro, Bahía Blanca, Rosário, Valparaíso, Salvador,
Montevidéu, Paranaguá, Rio Grande, Fortaleza, Belém e
Maracaibo.
A aviação comercial encontrou na América do Sul um
magnífico campo de expansão, que possui uma das maiores
linhas em densidade de tráfego do mundo, a do Rio de
Janeiro-São Paulo, e grandes aeroportos, como Congonhas,
Internacional de São Paulo/Guarulhos e Viracopos (São
Paulo), Internacional do Rio de Janeiro e Santos Dumont
(Rio de Janeiro), Ezeiza (Buenos Aires), Aeroporto
Internacional de Confins (Belo Horizonte), Brasília,
Caracas, Montevidéu, Lima, Bogotá,Salvador, Porto
Alegre, Fortaleza, Manaus e Belém.
Turismo
Rio de Janeiro, um dos principais polos turísticos do
continente. Turismo na América do Sul O turismo na América do Sul é uma das áreas que mais
cresce na economia sul-americana. Com a maior floresta
tropical do mundo (Amazônia), o maior rio do mundo
(Amazonas), a segunda maior cadeia de montanhas (Andes),
ilhas oceânicas isoladas (Galápagos, Ilha de Páscoa e
Fernando de Noronha), praias paradisíacas (litoral do
Nordeste Brasileiro), desertos (Atacama), paisagens
glaciais (Patagônia e Terra do Fogo), a mais alta
cachoeira do mundo (Salto Angel, com 979 metros de
queda, na Venezuela) e as quedas com o maior volume de
água (Cataratas do Iguaçu), dentre muitos outros
monumentos naturais e criados pelo homem que atraem
turistas de todo o mundo.
Cultura
Tango, estilo musical típico da Argentina.Os
sul-americanos são culturalmente ricos, devido a
histórica conexão com a Europa, especialmente Espanha e
Portugal, e o impacto da cultura popular dos Estados
Unidos da América.
As diferenças culturais são consideráveis e a divisão do
subcontinente na época colonial fez com que existissem
duas línguas dominantes, o espanhol e o português. A
cultura indígena de origem pré-colombiana teve forte
influência no Peru, Bolívia e algumas regiões da
Amazônia.
Devido às diferenças culturais dentro das fronteiras
nacionais, é possível encontrar maior semelhança
cultural entre os habitantes de áreas fronteiriças do
que entre estes mesmos e os do interior de cada país.
Isto se deve, em parte, a divisão pós-colonial que
acompanhou a formação dos estados independentes durante
o século XIX.
Arte
Gabriel García Márquez (no centro), concedendo
autógrafos.A cultura sul-americana está presente de
diversas maneiras a nível mundial. Assim, por exemplo, o
artesanato andino desfruta de considerável demanda em
diferentes mercados, como o europeu.
As nações sul-americanas tem uma grande variedade na
música. Alguns dos géneros mais famosos incluem a cumbia
da Colômbia, samba e bossa nova do Brasil, e o tango, de
Argentina e Uruguai. Na primeira metade do século XX, o
tango teve grande exito na Europa e na Colômbia. Esta
música era interpretada em castelhano, porém não foi um
obstáculo para sua difusão no exterior. Na América do
Sul se desenvolveram estilos musicais não-exclusivos do
subcontinente, como a salsa, que tem sua "capital" em
Santiago de Cali, Colômbia.
A literatura da América do Sul tem atraído crítica
considerável e aprovação popular, com autores como
Gabriel García Márquez, Pablo Neruda e Jorge Luis
Borges.
Por causa da ampla mistura étnica na América do Sul, a
culinária tem influências africanas, asiáticas e
europeias. O estado brasileiro da Bahia é especialmente
conhecido pela influência da culinária da África
Ocidental. Argentinos, chilenos e uruguaios consomem
grande quantidade de vinho.
Esporte
Maradona (Argentina) e Pelé (Brasil), os "Futebolistas
do século", segundo a FIFA.
Na América do Sul, se pratica uma considerável
quantidade de modalidades esportivas. O esporte mais
popular é o futebol, representado pela CONMEBOL. O
torneio mais importante a nível de seleções é a Copa
América, enquanto que a nível de clubes é a Copa
Libertadores da América. Em relação a Copa do Mundo de
Futebol, sua primeira edição foi realizada no Uruguai em
1930, e os países da região venceram 9 das 18 edições
disputadas até 2006: Brasil (5), Uruguai (2) e Argentina
(2).
Outros esportes como o basquetebol, natação e voleibol
também são populares. Independentemente do nível de
popularidade, alguns países definiram uma modalidade
como esporte nacional por lei. É o caso de Argentina
(pato), Colômbia (tejo) e Chile (rodeio do Chile).
No futebol, a América do Sul de destaca de modo geral.
Já em outros esportes, alguns países sul-americanos se
destacam a nível mundial, mas de maneira individual. Por
exemplo, Argentina é uma potência no rugby, pólo e
hóquei; Brasil no automobilismo, voleibol, natação, judô
e vela, e Colômbia no ciclismo. A prática do ténis é
estendida a Argentina, Chile e Brasil; que tiveram
campeões de torneios de Grand Slam.
Curiosidades
O continente sul-americano possui formato triangular,
mais precisamente de um cacho de uva, situando-se sua
parte mais larga na zona equatorial enquanto a mais
estreita volta-se para o Pólo Sul. Seu comprimento na
direção leste-oeste é da ordem de cerca de 5.000 km,
desde a Ponta do Seixas, no Brasil até a Punta Pariñas,
no Peru. O Brasil era a única monarquia da América do Sul,
durante o século XIX. O ponto central da América do Sul fica na cidade de
Cuiabá (Brasil), com um marco conhecido como Centro
Geodésico da América do Sul. Por ser politicamente uma Região Ultramarina, a Guiana
Francesa é administrada por um presidente regional
eleito e pelos 31 membros do Conselho Regional. O lema Ordem e Progresso, tal como aparece na bandeira
do Brasil, tem suas origens nos ideais do filósofo
francês Auguste Comte; os adeptos da bandeira do Brasil
e de seu lema positivista estão espalhados pelo mundo
inteiro, principalmente nos Estados Unidos da América e
na França, e em outros países da Europa, como Alemanha e
Itália. A América do Sul já foi sede das Copas do Mundo de 1930
(Uruguai), 1950 (Brasil), 1962 (Chile) e 1978
(Argentina), e será, futuramente, sede da Copa do Mundo
de 2014 (Brasil). A América do Sul, mais especificamente o Brasil, sediará
seus primeiros Jogos Olímpicos em 2016. O Brasil já conquistou uma copa do mundo na América do
Sul, mais precisamente no Chile, em 1962. No Brasil se encontram as duas maiores florestas urbanas
do mundo: o Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de
Janeiro, e o Parque da Cantareira, em São Paulo,
respectivamente.
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Século XIX 120. Ponto central da América do Sul 121. Editorial do préfet Jean-Pierre Laflaquière no site
da Préfecture de la Guyane 122. Conselho Regional da Guiana Francesa 123. Origem do lema Ordem e Progresso 124. Sedes das Copas do Mundo 125. Parque Estadual da Pedra Branca – A maior floresta
urbana do mundo 126. Revista Terra da Gente – Água para os ecossitemas
Março de 2005
Não
solte fogos,
eles causam câncer e atacam o
sistema neurológico e psicológico
das crianças, matam, maltratam e
adoece animais e humanos.
Não frequente zoológico, não compre
animais adote (1).
Não estamos sozinhos,
é vital dividirmos espaço com outras criaturas ou
seremos também eliminados do planeta. Proteger
as árvores, os animais, rios e mares são dever
cívico de cada cidadão. Seremos
todos responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo
a natureza.
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o Ache
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o portal
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diversidade de informações úteis
ao seu dispor. Seja bem
vindo, gostamos de
suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
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