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Museus de Ribeirão Preto SP

 

O MUSEU HISTÓRICO E DE ORDEM GERAL "PLÍNIO TRAVASSOS DOS SANTOS", instalado na antiga sede da fazenda Monte Alegre, foi construído em 1870, sendo um dos poucos edifícios da época. A planta tem forma de "L". O Parque Botânico tem plantas raras como árvores do Amazônia e palmeiras imperiais. O Museu foi oficialmente fundado em 28 de março de 1950. Possui acervo variado, distribuído entre sala da República, numismática, etnografia, mineralogia, etnologia indígena, sala de artes, peças históricas de Ribeirão Preto e Região, botânica, zoologia, fotografias, pavilhão Duque de Caxias e história do café.

Av. do Café, s/nº - Campus da USP 
CEP: 14040-010 - Ribeirão Preto - SP
Fone: (16) 3633-1986
Horário de visitação:   terça/sexta: 10 às 16h30
  sábado: 12h30 às 16h30
  domingo: 9 às 16h30

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Historico

A FAZENDA MONTE ALEGRE

O edifício onde está instalado o Museu foi a sede da antiga Fazenda Monte Alegre (denominada anteriormente de Fazenda Laureano), cujo primeiro proprietário foi o Cel. João Franco de Moraes Octávio. A "casa grande" em forma de L foi construída possivelmente em 1870. Trata-se de um exemplar de arquitetura rural cafeeira da região de Ribeirão Preto: num assento de meia encosta com a fachada principal, assobradada, voltada para o córrego Laureano e face posterior, de um único pavimento, diretamente apoiada sobre a parte mais elevada do terreno. No ano de 1883 (03 de maio) esta casa entrou definitivamente para a história de Ribeirão Preto, como o primeiro local da cidade a utilizar iluminação elétrica, com energia produzida na própria fazenda (a iluminação pública em Ribeirão Preto foi inaugurada em 26 de julho de 1899).

Em 1890, Francisco Schmidt, associando-se a Artur Aguiar Diederichsen, adquiriu a Fazenda Monte Alegre. Esta transação comercial foi financiada pelo Banco Construtor e Agrícola de São Paulo (escritura lavrada em 08 de novembro de 1890). Após a legalização da compra Artur Aguiar Diederichsen vende a sua parte a Francisco Schmidt no dia 22 de novembro de 1890, que passa a ser o único proprietário da fazenda (esta compra foi financiada pela firma alemã Theodor Wille & CO).

À partir de 1890, Schmidt passa a residir na Fazenda Monte Alegre, onde empreende uma série de reformas na sede: acrescenta na casa as varandas circundantes sustentadas por grossas colunas, decorações no capitol, remodelação dos jardins com a construção de fontes e o Belvedere.

Francisco Schmidt esteve a frente da Empresa de Importação e Exportação Francisco Schmidt, residindo no Solar Schmidt na Fazenda Monte Alegre até 1918. Em 1924 vem a falecer na cidade de São Paulo, onde foi sepultado.

Após a morte do Cel. Schmidt, o seu filho Jacob Schmidt herda a Monte Alegre. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, uma crise sem precedentes se abate sobre a economia cafeeira, mudando o cenário da Monte Alegre: diminuição drástica do número de colonos e da área de plantio, desativação dos trilhos e vagões usados no transporte do café, etc.

No final da década de 30, o Governo Federal começou a empreender uma política de desenvolvimento de técnicas agrícolas, criando várias escolas práticas de agricultura. É neste contexto que o Governo Estadual desapropriou a Fazenda Monte Alegre (quando João Marchesi era o seu proprietário) e instalou ali em 1942 a Escola Prática de Agricultura <Getúlio Vargas>.

Em 24 de dezembro de 1952 foram doados à Universidade de São Paulo - USP, cerca de 240.000 alqueires da Fazenda Monte Alegre, para a instalação da Faculdade de Medicina (a Escola de Agricultura, nesta época já havia sido desativada). Desta área, aproximadamente 17.000 m2 correspondentes a às construções e cercanias da casa sede nâo foram incluídas, devido a sua anterior destinação: em 1950 o Governo do Estado emprestou à Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto com o objetivo de ali instalar o Museu Municipal.

O MUSEU

O Museu Histórico e de Ordem Geral "Plínio Travassos dos Santos" (denominado pela Lei Municipal n.º 1.750, de 06 de março de 1963), originou-se por iniciativa do seu patrono Plínio Travassos dos Santos no ano de 1938. Com o objetivo de criar um Museu em Ribeirão Preto Plínio começou a recolher elementos para a formação do acervo inicial. Nesse princípio, todo o material conseguido, a maioria por doação, era recolhido em sua residência. Mais tarde, por falta de espaço, distribuiu algumas peças, principalmente aquelas de caráter decorativo como pinturas, esculturas, desenhos e cerâmicas, pelas dependências da Prefeitura. Já com um considerável número de peças, este acervo foi transferido para uma sala no Bosque Municipal (à rua Tamandaré), onde permaneceu de 1948 a 1949.

A criação do Museu foi oficializada através da Lei Municipal n.º 97, de 01 de julho de 1949. O acervo foi transferido, provisoriamente, para um prédio existente na Praça Santo Antônio (sede do Departamento Municipal da Cultura)e aberto ao público em 28 de novembro de 1950.

Ainda em 1950, o Município recebeu por empréstimo a casa sede (antigo solar Schmidt) da Fazenda Monte Alegre. Este imóvel e a área circundante foram posteriormente doados (em regime de comodato) ao Município mediante autorização legal datada de 1956 e escritura lavrada em 05 de janeiro de 1957.

Em 28 de março (data em que se comemorava o aniversário da cidade) de 1951, instalado definitivamente no antigo Solar Schmidt, o Museu foi inaugurado, com as seções: Artes, Etnologia Indígena, Zoologia, Geologia e Numismática.