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HISTORIA  DE RIO BRANCO
 
 
 

Originariamente, onde hoje é o Rio Branco, localizava-se, no século XIX, uma das “Colônias africanas” que existiam em Porto Alegre. Abrigando escravos alforriados e, mais tarde, os libertos pela Lei Áurea, a região, longe de ser o bairro agradável que encontramos hoje, não era muito bem vista pela população da cidade, talvez por causa da pouca urbanização no local, que misturava casas e ruas a matos e macegas.

Diferenciando da maioria dos bairros da cidade, o Rio Branco não se desenvolveu ao redor de uma igreja, apesar ter uma capela, a de Nossa Senhora da Piedade, desde 1890. Isso deve-se, principalmente, pela população caracterizar-se por escravos, de origem africana, que costumavam praticar cultos trazidos de sua terra natal.

Beirando o Caminho do Meio (atual Protásio Alves), a área se limitava a meia dúzia de ruas, que se chamavam na época: rua Boa Vista (Cabral ), rua Casemiro de Abreu, rua Castro Alves, rua Venâncio Aires (Vasco da Gama), rua Liberdade e, mais tarde, rua Esperança (Miguel Tostes). Estas poucas ruas, nas noites quentes do verão, atraiam, misteriosamente, “a malandragem da bacia do Mont’Serrat, do outro lado, e sitiava a praça para melhor farrear.” (1)

A rua Esperança foi a que primeiro contribuiu para o desenvolvimento do Rio Branco. Provavelmente, a rua deve o seu nome à maior proprietária de terras dali, que aos poucos foi estruturando o bairro a medida que ia loteando suas terras. A este tempo, o local começa a se transformar, deixando de ser Colônia africana, abrindo espaço para novos moradores e se estendendo, cobrindo quase toda a região que hoje lhe pertence. Entre esses novos moradores vieram os judeus, que espalhados também pelo Bom Fim, construíram Sinagogas na região, dando assim uma característica marcante aos dois bairros vizinhos.

É então que vê-se necessária a mudança do nome, surge assim a idéia de homenagear o Barão do Rio Branco, chanceler da República, pela sua morte em 1912 . A partir deste momento se desenvolvendo como área residencial. Hoje é um bairro de comércio próspero, bom para se morar mas também para se divertir. Tem uma das noites mais agitadas da cidade.

1 Sanhudo, Ary Veiga. Porto Alegre: Crônicas da minha cidade. p.114.

Historiadora Renata Ferreira Rios.