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HISTORIA  DE PRAIA DE BELAS
 
 
 

Bairro atípico de Porto Alegre, o Praia de Belas foi planejado em todas as dimensões. Fruto da boa vontade do Guaíba, em outros tempos, quase toda sua extensão era o Rio. Mas a história do bairro inicia antes; começa por uma rua, que de tanto crescer e atrair moradores, pediu licença ao rio, apoio de alguns políticos e muita terra, para então transformar-se em bairro.

Lá por 1800, um senhor chamado Antônio Rodrigues Belas tinha como sua propriedade uma chácara à beira do Rio Guaíba. Como acesso ao centro da cidade, o morador construiu uma estrada e que aos poucos tornou-se de freqüente passagem em vistas do comércio de escravos que lá se desenvolveu, “...quando alguém tinha algum negócio ou precisava fazer qualquer referência sobre essa zona, logo dizia - fica lá na praia do Belas.” (1) Esta é uma das versões para a origem do nome, sendo a mais acolhida pelos historiadores locais. Contudo, o que sabemos é que a radial existe desde 1839 e dela o bairro herdou o nome.

A partir daí, começa a se configurar o interesse populacional em construir um bairro que usufruísse a beleza do rio. São construídas algumas casas ao longo da estrada, ainda mal traçada, mas que aos poucos toma formas mais definidas e vai se aproximando do que é hoje.

É com a construção de um cais de pedra, em 1870, que os olhos da cidade voltam-se para a região. Nesse momento, a população que reside na estrada Praia de Belas começou a crescer, tornando-se necessária a formação e sua expansão.
Finalmente, em 1960, se concluem as obras para o aterro do Rio Guaíba e dali nasce o bairro de nome agradável e uma das mais belas vistas da cidade, “...ali está o rio, magnífico e encantador, quer pela sua maravilhosa luminosidade nas manhãs outonais ou primaveris, quer pelo seu formoso e colorido entardecer.” (2)

Ainda em desenvolvimento, o Praia de Belas luta para se afirmar, se diferenciando dos arredores, assumindo sua identidade. Atualmente abriga muitos prédios públicos, que roubam do Guaíba a sua melhor imagem, parques e, como não falar, o Estádio Beira Rio e o Gigantinho, que em dias de futebol agita a torcida colorada do bairro ( e da cidade) e em noites de show sacode a juventude portoalegrense.

1 Sanhudo, Ary Veiga. Porto Alegre: Crônicas da minha cidade, p. 201.
2 Idem, p.202.

Historiadora Renata Ferreira Rios