A origem do bairro Petrópolis remonta
à década de 1920. Ocupado inicialmente por chácaras, cujas áreas eram
tomadas por laranjais, o bairro desenvolveu-se a partir do eixo viário
conhecido como Caminho do Meio: assim chamado por localizar-se entre duas
outras estradas rurais que saíam de Porto Alegre em direção aos atuais
municípios de Viamão e de Gravataí. Tal caminho, hoje, corresponde à
Avenida Protásio Alves. Uma característica do bairro são os nomes de vias públicas que homenageiam municípios gaúchos. Vale lembrar as ruas Carazinho, Bagé, Taquara, Montenegro, Lajeado, entre outras. Até o fim da década de 1930, também as mulheres eram homenageadas: ruas eram chamadas de Dona Marta, Dona Paula, Dona Inês, Dona Adélia e outras. Boa parte dos antigos nomes foi alterada, em 1939, substituindo-se as “donas” por generais, juristas e médicos. Os nomes femininos nas ruas, segundo Ary Veiga Sanhudo, representavam “a preponderância da presença da mulher na vida silenciosa das localidades perdidas e abandonadas” (2). Alguns nomes, no entanto, permaneceram: é o caso das ruas Dona Eugênia, Dona Alice e Dona Lúcia. A expansão do bairro foi concluída nas décadas de 1940 e 1950, quando o desenvolvimento urbanístico e o aumento populacional foram intensificados. Atualmente, Petrópolis é uma localidade independente do centro da cidade, com um comércio ativo e variado que se estende ao longo da Avenida Protásio Alves.
(1) Carlos Augusto Bissón (coord.), Sobre Porto
Alegre, p. 102. |