|
|
É controvertido o
significado do topônimo dado ao rio Paraíba.
Para Elias Erckman, Paraíba significa rio mau,
porto ruim, ou mar corrompido. Varnhagen também
indica a tradução de rio mau e Teodoro Sampaio,
a de rio impraticável. Segundo Coriolano de
Medeiros, porém, o significado exato seria braço
de mar, pois os primeiros geógrafos que
estudaram o rio tomaram-no por um braço de mar,
sendo provável, assim, que o gentio da terra
como tal o tivesse considerado, dando-lhe o nome
com a precisão com que batizavam os acidentes do
terreno.
Toda a região do São
Domingos (primeiro nome dado ao Paraíba) era
habitada por índios, estes influenciados pelos
traficantes franceses de pau-brasil,
interessados em conservá-los hostis a
exploradores de outras nacionalidades. Assim é
que, em 1574, foram os índios levados a tomar
parte no ataque ao engenho de Diogo Dias, em
terras da Capitania de Itamaracá no qual se
verificou grande morticínio de brancos. Desde
essa época, sucederam-se tentativas de
colonização, pois o Rei de Portugal temia que os
franceses ali se estabelecessem definitivamente.
Foram construídos fortes na foz do rio e em
terra travaram-se diversas batalhas, de
resultados contrários aos portugueses.
Em março de 1585,
chegava à Paraíba Martim Leitão, Ouvidor Geral
da Bahia, chefiando uma expedição que deveria
restaurar os fortins da barra e desalojar os
franceses de diversas posições. Em 2 de agosto
do mesmo ano, nova tentativa, chefiada pelo
Capitão João Tavares, que se aproveitou das
desinteligências surgidas entre as duas tribos
que habitavam as margens do Paraíba e rios
próximos, conseguindo insinuar-se entre os
Tabajaras e firmar um pacto de amizade com o seu
morubixaba o índio Piragibe.
O acordo
verificou-se no dia 5, numa colina à direita do
rio Sanhauá, pequeno afluente do Paraíba. É
nesse local que hoje se situa a cidade de João
Pessoa.
Em homenagem ao santo
do dia, o lugar tomou o nome de Nossa Senhora
das Neves, até hoje padroeira da cidade. Em
honra ao rei da Espanha, que dominava Portugal,
a cidade recebeu o nome de Felipéia.
Em novembro do mesmo
ano, chegavam várias famílias, levadas pelo
Ouvidor-Geral Martim Leitão, que providenciou
também a construção de fortes, igrejas e casas
de moradia.
As lutas com os índios
prosseguiram ainda durante anos, ora contra os
Tapuias, que viviam no interior, ora contra os
Potiguares, que habitavam o norte.
Desenvolveu-se
lentamente a cidade, aonde depois veio a
radicar-se Duarte Gomes da Silveira, companheiro
de Martim Leitão, numa de suas expedições. A fim
de estimular o progresso da cidade, instituiu
prêmios para recompensar os habitantes que
levantassem casas de moradia tendo fundado (a 6
de dezembro de 1639) o Morgado Salvador do
Mundo, como patrimônio da Santa Casa de
Misericórdia da Paraíba.
A 24 de dezembro de
1634 foi a cidade ocupada pelos holandeses,
depois de ataques aos fortins da barra,
defendidos pelas tropas aquarteladas em
Cabedelo. Contava Felipéia 1.500 habitantes e em
suas imediações funcionavam 18 engenhos de
açúcar. Com a aproximação das forças batavas, o
povo abandonou a cidade, depois de incendiar os
prédios mais importantes. Comandados pelo
Coronel Segismund Von Schkoppe, 2.500 homens
invadiram a cidade, que tomou o nome de
Frederikstadt.
O povo paraibano não
se sujeitou ao jugo estrangeiro e seu espírito
de resistência teve como símbolo a figura de
André Vidal de Negreiros, organizador do
movimento de reação. E em 1654, vencidos os
invasores e obrigados a retirada para o seu
país, tomou posse do cargo de governador João
Fernandes Vieira.
A capital chamou-se
Paraíba do Norte até 4 de setembro de 1930,
quando teve seu nome mudado para João Pessoa, em
homenagem ao Presidente do Estado, assassinado
no Recife, em plena campanha política. Sua morte
foi uma das causas imediatas da Revolução de 3
de outubro daquele ano.
Formação
Administrativa
Distrito criado com a
denominação de Nossa Senhora das Neves, em 1586
por Alvará de 28-09-1813.
Elevado à condição de
cidade com a denominação de Felipea, em
05-08-1585.
Em 24-12-1634 a cidade
Filipea passou a denominar-se Frederícia.
Tomou a denominação de
Paraíba em 1654.
Em 1768 são criados os
distritos de Conde e Pitimbú e anexados ao
município de Paraíba.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911, o
município aparece constituído de 4 distritos:
Paraíba, Conde, Alhandra e Pitimbú.
Pela Lei Estadual n.º
676, de 20-11-1928, o município de Paraíba
adquiriu o município de Cabedelo, como distrito.
Pela Lei Estadual n.º
700, de 04-09-1930, o município de Paraíba
passou a denominar-se João Pessoa.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1933, o
município é constituído de 5 distritos: João
Pessoa ex-Paraíba, Alhandra, Cabedelo, Conde e
Pitimbú.
Assim permanecendo em
divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei
Estadual n.º 1.164, de 15-11-1938, o município
de João Pessoa adquiriu o território do extinto
distrito de Taquara do município do Espírito
Santo.
Pelo Ato Municipal
anterior a 02-03-1938 e pela Lei Estadual n.º
424, de 28-10-1915, é criado o distrito de
Tambaú e anexado ao município de João Pessoa.
No quadro fixado para
vigorar no período de 1939-1943, o município
aparece constituído de 6 distritos: João Pessoa,
Alhandra, Cabedelo, Conde, Pitimbú e Tambaú.
Pelo Decreto-lei
Estadual n.º 520, de 31-12-1943, é extinto o
distrito de Tambaú, sendo seu território anexado
ao distrito sede do município de João Pessoa,
como zona urbana. Sob o mesmo decreto o distrito
de vila Conde passou a denominar-se Jacoca.
No quadro fixado para
vigorar no período de 1944-1948, o município
aparece constituído de 5 distritos: João Pessoa,
Alhandra, Cabedelo, Jacoca ex-Conde e Pitimbú.
Pela Lei Estadual n.º
318, de 07-01-1949, o distrito de Jacoca voltou
a denominar-se Vila do Conde.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1950, o município é constituído
de 5 distritos: João Pessoa, Alhandra, Cabedelo,
Pitimbú e Vila do Conde ex-Jacoca.
Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Pela Lei Estadual n.º
1.631, de 12-12-1956, desmembra do município de
João Pessoa o distrito de Cabedelo. Elevado à
categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º
2.063, de 24-04-1959, desmembra do município de
João Pessoa o distrito de Alhandra. Elevado à
categoria de município.
Em divisão territorial
datada de 1-VII-1960, o município é constituído
de 3 distritos: João Pessoa, Pitimbú e Vila do
Conde.
Pela Lei Estadual n.º
2.638, de 20-12-1961, é criado o distrito de
Timbaú e anexado ao município de João Pessoa.
Pela Lei Estadual n.º
2.671, de 22-12-1961, desmembra do município de
João Pessoa o distrito de Pitumbú. Elevado à
categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º
3.107, de 18-11-1963, desmembra do município de
João Pessoa o distrito de Vila do Conde. Elevado
à categoria de município com a denominação de
Conde.
Em divisão territorial
datada de 3I-XII-1963, o município é constituído
de 2 distritos: João Pessoa e Timbaú.
Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 31-XII-1968.
Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 2007.
Referencias:
Prefeitura
IBGE
Ache Tudo e Região |
Não
solte fogos,
eles causam câncer e atacam o
sistema neurológico e psicológico
das crianças, matam, maltratam e
adoece animais e humanos.
Não frequente zoológico, não compre
animais adote (1).
|
|
Não estamos sozinhos,
é vital dividirmos espaço com outras criaturas ou
seremos também eliminados do planeta. Proteger
as árvores, os animais, rios e mares são dever
cívico de cada cidadão. Seremos
todos responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo
a natureza. |
|
|
Conheça
o
Ache
Tudo e Região
o portal
de todos Brasileiros. Cultive o hábito de ler, temos
diversidade de informações úteis
ao seu dispor. Seja bem
vindo, gostamos de
suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a
melhorar a cada ano.
Copyright © 1999 [Ache Tudo e Região] Todos os direitos reservado. Revisado em: 15 janeiro, 2019. Melhor visualizado em 1280x800 pixel |
|