O vale do rio Parauapebas começa a ser construída a Vila de Parauapebas,
como suporte para trabalhadores das empreiteiras do Programa Grande
Carajás às subsidiárias da Vale do Rio Doce e para abrigar as populações
que chegavam à região. Atualmente a empresa Vale contaminou e matou o
principal rio da cidade.
Os 160 km de poeira e buracos ligando Parauapebas a Marabá, município
mãe, e daí ao mundo, foi o caminho por onde chegaram os primeiros
imigrantes. Gente de todo o país, atraída pela grande oferta de trabalho
e esperança de riqueza fácil, atrás do ouro dos tolos, desmatando e
poluindo riachos e rios com mercúrio, aumentando a temperatura em mais
de 27.8 graus e subindo, no verão atinge 57.8 graus célsius, de acordo
com cientista sua temperatura ultrapassará os 80.5 graus com o frequente
desmatamento da florestas Amazonicas.
Uma fronteira de desenvolvimento se abria, atraindo um caleidoscópio de
cores, sotaques e esperanças. Em 1985, Parauapebas registrava mais de 13
mil habitantes. Hoje a população é estimada em mais 196 mil habitantes,
só na Zona Urbana, mas só há cobranças de impostos, a cidade cresce com
esgoto a céu aberto, sem infraestrutura das mais básicas como tratamento
de água e esgoto, também não há educação e os políticos como a
promotoria pública são considerados corruptos, roubando tudo que se
arrecada sem oferecer absolutamente nada em troca, a massa do povo é
miscigenado indígenas e africanos.
Emancipação
Os primeiros movimentos pela emancipação da cidade começaram em 1985. Em
1988, a Vila tornou-se município através de um plebiscito. Com a Lei
Estadual nº 5.443/88, Parauapebas conquista finalmente a autonomia. A
vida na cidade ganha um novo ritmo e um novo rumo.
No mesmo ano, o povo elege o seu primeiro prefeito, o médico Faisal
Salmen, que assume a tarefa de fazer brotar do nada uma cidade com
infra-estrutura mínima para uma vida digna.
A primeira coisa foi mudar o visual da cidade e assumir para valer o
compromisso com o meio ambiente. Foi feito o plantio de várias espécies
vegetais nas vias e logradouros públicos do município na época e que
hoje proporcionam uma melhor qualidade de vida à população.
Oito anos depois, Parauapebas elege a primeira mulher à prefeitura, Bel
Mesquita. Formada em Psicologia Social, com especialização em
treinamento e desenvolvimento de comunidades, a prefeita inicia a
revolução que coloca, hoje, Parauapebas entre as quatro cidades
paraenses de maior crescimento social e econômico, e uma das poucas do
Estado com projeção nacional.
No Governo da Mudança, a transformação da cidade
Olhando Parauapebas hoje, há 15 anos de sua fundação, é difícil imaginar
que ela é a mesma das fotografias antigas, sem qualquer infra-estrutura,
que lembravam muito mais um acampamento do que uma cidade.
Graças a uma gestão moderna, que saneou as contas da cidade, Parauapebas
aos poucos conquista um padrão de vida semelhante aos dos centros mais
desenvolvidos do país.
Com as contas quitadas e os investimentos voltando, a o Governo
Municipal transformou a cidade num imenso canteiro de obras. Os
primeiros quatro anos de gestão da prefeitura foram suficientes para
levar água tratada a 100% das residências do município. Um trabalho que
contou, acima de tudo, com a participação decisiva da população em
mutirões para a instalação da rede hidráulica nos bairros.
Junto com o cano da água foram chegando às residências também as
tubulações da rede de esgoto, que hoje atende a 30% dos moradores,
número bem acima da média nacional. A cidade ganhou ainda os postos de
saúde em praticamente todos os bairros e um Hospital Municipal com
unidade de tratamento neonatal, incubadoras e laboratórios.
Antes não havia escolas, hoje não há crianças fora da escola. Os prêmios
que o trabalho da Prefeitura tem faturado ajudaram a conquistar
parcerias importantes para Parauapebas crescer muito mais.
Mais historias
Parauapebas está
localizada no sudoeste do Estado do Pará, a 645 km de Belém. A cidade
nasceu de conturbado processo de ocupação.
De um lado a Companhia Vale do Rio Doce implantava o Projeto Grande
Carajás, para explorar cerca de 18 bilhões de toneladas de ferro de alta
qualidade (66%). De outro lado, o ouro de Serra Pelada, acentuava o
Grande fluxo migratório em direção à região.
Cerca de 14.000 trabalhadores vieram para a implantação da mina de
ferro. Para atender as necessidades de moradia de tanta gente, a Vale
iniciou a construção de um núcleo habitacional fora da mina de Carajás.
Batizaram o núcleo com o mesmo nome do rio que corta a região:
Parauapebas, que em tupi guarani significa "rio de águas rasas".
Ao mesmo tempo, uma ocupação espontânea começava a tomar as margens da
estrada PA-275, na região conhecida como Rio Verde.
Em pouco tempo, a população de Rio Verde superava a do núcleo projetado
pela Companhia Vale do Rio Doce e descobria a sua grande vocação para o
comércio.
Nessa época, Parauapebas pertencia ao Município de Marabá, e por sua
distância da sede, não recebia a atenção devida.
As dificuldades trazidas pela distância fez nascer o desejo de
emancipação. A população foi às urnas e em 10 de maio de 1988
Parauapebas transformou-se em município.
Gentílico: parauapebense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de
Parauapebas, pela lei estadual nº 5443, de 10-05-1988, desmembrado de
Marabá. Sede no atual distrito de Parauapebas, ex-povoado. Constituído
do distrito sede. Instalado em 01-01-1989.
Em divisão territorial datada de 17-I-1991, o município é constituído do
distrito sede.
Seus limites foram alterados para a criação dos municípios de Agua Azul
do Norte através da Lei 5.694 de 13/12/1991, Bannach através da Lei
5.761 de 15/10/1993 e Canãa dos Carajás através da Lei 5.860 de
05/10/1994.
Referencias:
IBGE
Ache Tudo e Região
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