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História Centralina MG

 

 

O fundador da cidade foi Nicolau Antônio, natural da Sir-Eldânia, Síria, que nasceu em 2 de Fevereiro de 1902 e faleceu em 22 de Abril de 1948, aos 46 anos de idade.

Relato possivelmente de um morador:

"Nicolau veio para o Brasil aos 17 anos de idade, com destino a cidade de Monte Alegre de Minas, onde já vivia parte de sua família. No ano de 1930, comprou uma fazenda à beira da auto-via “Auto Viação Mineira” (atual BR153) que era estrada batida ligando Uberlândia a Goiás. O lugar era saudável e muito bom. As terras sempre férteis e o solo rico, onde abundava um manancial de águas puras. Não bastasse a proximidade do Rio Paranaíba banhando e adubando a terra, uma série de córregos e ribeirões, além de famosas lagoas, faziam parte do aludido cenário, tanto que o motivo alegado para que o senhor Nicolau Antônio comprasse terras na região foi o de que as elas eram consideradas as melhores do planeta. O Sr. Nicolau era um homem simples, humilde, bondoso e inteligente, porém quase analfabeto. Era despido da ganância e interesse, que postavam a maioria dos estrangeiros que se dispunham a viver em nosso país. O Sr. Nicolau não tinha grandes pretensões materialistas, mas mantinha aceso o grande ideal de fazer deste lugarejo, uma cidade grande e conhecida: “A Princesinha do Triângulo Mineiro”. Assim, quando aqui chegavam as pessoas, ele doava terrenos (à época doou 6 alqueires) para que construíssem suas casas e ainda lhes arrumava terras para que pudessem trabalhar. Incentivava o trabalhador rural, doando as terras no regime de plantação a meia, arrendamento ou cultivo experimental. Foi também um dos que mais casas construiu na cidade: cerca de 50 domicílios. Outro que também construiu cerca de 60 casas foi José dos Santos, todas em ótimas condições. Ele muito se preocupou com a educação, tanto que construiu a primeira escola e ofereceu condições para que de Monte Alegre de Minas viessem as primeiras professoras para alfabetizarem crianças e adultos. O Sr. Nicolau veio a falecer em 22 de Abril de 1948, com 46 anos de idade, sendo que menos de 30 anos aqui em nossa região, mas foi o suficiente para impulsionar o crescimento do vilarejo que até então nascia. O Sr. Nicolau não se casou, talvez por ter abraçado com demasiado ardor a terra que o acolheu com muito carinho."

Origem do nome da cidade

1º nome: O povoado, primeiramente, foi denominado de “Lagoa Seca”. O nome se devia ao fato da existência de três lagoas que, em épocas chuvosas, eram palco de atividades ligadas ao lazer. Serviam para a prática da pesca, natação e passeios de canoa, mas em épocas de estiagem secavam completamente. A localização de uma delas, a que deu origem ao povoado, é onde hoje encontra-se o Centralina Clube e todo o bairro Nossa Senhora da Abadia, da Centralina atual.

2º nome: Para o segundo nome “Vendinha”, existem duas versões: a primeira conta que quando Nicolau veio para esta região, já existia um pequeno negócio de propriedade do Sr. Alfredo José de Faria, nas terras de Evaristo Ferreira Faria, conhecido como “Neném Brechó”. Lá se vendia o açúcar, o café, sal, querosene, etc... Era comum as pessoas dizerem: - Vou à vendinha! Já na segunda versão, a Vendinha seria uma venda que o próprio fundador, Nicolau, abriu para servir a região e todos que por ali passavam. Diz-se, ainda, que o proprietário da tal “vendinha” à época era Otávio Batista, que mantinha no prédio o comércio e sua residência. Vendinha designava qualquer estabelecimento de comércio, e a comunidade, vendo que o povoado crescera e as vendas aumentavam, buscava um outro nome, um nome que fosse bonito e assentasse. No linguajar do povo, um nome que "enchesse a boca".

3º nome (atual): Curiosamente, foi um fato ligado a uma loja de tecidos de propriedade de Sr. João Elias Pereira, de Uberlândia, que originou o nome de “CENTRALINA”. Tornou-se documento, a carta que João Elias Pereira, antigo proprietário da "vendinha", escreveu para a Srª. Elvira, a pedido do seu filho Jurandir. Através da carta, ele esclarece a procedência do nome Centralina e conta que na época já procuravam um nome para o crescente povoado e que, faltando mercadoria (tecidos) para a vendinha, ele foi à cidade de Uberlândia renovar o seu estoque. Procurou a Loja Central, famosa e considerada bem sortida de propriedade de Abibo Mansur. No relato: "Este senhor tratou afavelmente João Elias, vendeu no crediário e ainda levou-o a passeio pela cidade para conhecer um prédio em construção e mais algumas novidades que a cidade oferecia. Grato pela consideração dispensada pelo Sr. Abibo Mansur e por sua funcionária, a Srta. Lina, que o atendeu na Loja Central, João Elias voltou à Vendinha. Diga-se de passagem que João Elias voltou deveras impressionado com a Lina, moça bonita e educada a qual já nos referimos. Pensou, pensou, e por fim associando Central (da loja) e Lina, (da bela vendedora) chegou, enfim, ao nome CENTRALINA, atual denominação. Centralina “A Princesinha do Triângulo”, foi o nome que sucedeu à "Vendinha" e passou a denominar o povoado que foi vendido ao Sr. Nicolau Antônio." Centralina, que assim passou a ser denominada em 1935, contava à época com apenas 6 casas. Em 1940 com ocasião do recenseamento geral contava com 38; em 1945 com 105; em 1949 com 231 construções; e, em 1952, foram registrados 252 domicílios. Hoje, mercê do trabalho de seus filhos, a cidade conta com aproximadamente 4.000 moradias e um total de 10.500 habitantes, registrados na zona rural e urbana do município.