Quando começa a expansão do povoamento em
direção ao oeste da província de São Paulo em meados do século XVIII,
surge a Vila de São Carlos das Campinas. Ao redor da cidade vão surgindo
as sesmarias, depois as fazendas, depois os vilarejos.
O fator maior dessa
expansão foi o café que, em 1850, já era largamente produzido em Campinas
e nas fazendas vizinhas. Antes do café, e impulsionados por ele, estradas
e caminhos novos eram rasgados passando por Campinas rumo à Limeira, Rio
Claro, Santa Bárbara e Piracicaba.
Foi adotado então o nome Sumaré que é o nome de
uma espécie de orquídea de nome científico Cyrdium puntactum, comum na
região.
Utilizada como parada de tropeiros e viajantes, Sumaré tem sua origem
unida à concessão de sesmarias em finais do século XVIII. Já com fazendas
e povoado formados, no dia 26 de julho de 1868 foi o marco da fundação ,
quando a cidade começo a se desenvolver.
Com a inauguração da estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro,
em 1875, o povoado progrediu rapidamente.
Capítulo dessa expansão foi a construção da ferrovia Campinas-Rio Claro e
da Estação de Rebouças, em 1875, ao redor da qual nasceu o povoado. No
começo se chamava Estação de Rebouças, depois Bairro de Rebouças, depois
Rebouças e finalmente Sumaré.
Em 1920, já contava com energia elétrica, posto policial, iluminação
pública, cartório, escola, serviço telefônico, igreja matriz,
subprefeitura e pronto socorro. O serviço de abastecimento de água foi
inaugurado em 1934.
Sumaré, que fora Quilombo e até então era denominada Rebouças, recebeu o
seu atual nome em 1945, dez anos antes da emancipação de Campinas ocorrida
em 01 de janeiro de 1953, sendo elevada a condição de Comarca no ano de
1964.
A partir dessa década sua população cresceu rapidamente, chegando a
aumentar quase 400% nos anos setenta. O vertiginoso crescimento
populacional se deveu à rápida industrialização e à conseqüente vinda de
migrantes de todo o país.
O distrito de Nova Veneza foi criado em 1958, após a formação de um núcleo
de pequenos lotes originários da divisão da fazenda de Luiz Campo
Dall’Orto. Para possibilitar a sua criação foram desmembradas terras dos
distritos da Sede e Hortolândia.
IMIGRANTES E MIGRANTES
A história de Sumaré se divide nitidamente em duas partes: até
1950 sua população era basicamente formada por imigrantes italianos e
portugueses; depois de 1950, pela presença de migrantes de todos os
estados do Brasil. Os imigrantes vieram quando a onda verde do café chegou
a Campinas na Segunda metade do século XIX. O café avançava para o oeste
paulista deixando para trás as terras cansadas e as antigas fazendas
retalhadas em pequenos sítios, agora ocupadas pelos imigrantes. Eles
compravam terras, praticavam a agricultura nas imediações de Sumaré ou
abriram comércio na zona urbana.
O vilarejo crescia ao redor da Estação de
Rebouças, impulsionado pelo comércio, pela incipiente indústria de sabão,
de tijolos, de bebidas e pela atividade extrativa da madeira. Em 1907 o
povoado tinha perto de 300 habitantes, em 1912 pouco mais de 400, em 1940
o distrito tinha perto de 5.000 e em 1950 chegava a 6000.
Coincidido com a
industrialização do Sudeste, as indústrias alcançaram Sumaré nos anos 50 e
a partir de então o município teve a população dobrada e triplicada a cada
década, chegando a 226.000 habitantes em 1991, a grande maioria composta
de migrantes. Em 1943 veio a 3M, em seguida a Goodrich e a Tratores do
Brasil.
Nos anos seguintes Texcolor, Eletrometal, Minasa, Ultrafértil,
IBM, Sambra, Tema Terra, Buckman, Westfália, Cobrasma-Braseixos, Johnson,
Dow Corning, Polimec, Nativa, Jansen, Bendix e Bemaf. Em 1991 o distrito
de Hortolândia emancipou-se de Sumaré, levando consigo a maior parte essas
empresas. Apesar disso, Sumaré é considerado um município Industrial. Na
agricultura o seu forte é a produção de tomate, que exporta para os países
do Mercosul.
DENOMINAÇÃO
Sumaré tem seu nome atual em resultado de uma disposição governamental que
impedia a ocorrência de nomes iguais em duas ou mais localidades do país.
A cidade chamava-se Rebouças e existia homônima no Paraná, tal nome foi
adotado em homenagem ao Engenheiro Ferroviário Antonio Pereira Rebouças
Filho, que emprestou seu nome, também à estação ferroviária de Sumaré.
Em 1944, através do decreto 14.334 foi adotado o nome de Sumaré para o
município. Sumaré é uma orquídea outrora comum na região, empregada também
na medicina popular. Nova Veneza emprestou o nome de uma antiga fazenda
denominada Veneza, que se estendia pela atual área do distrito e deu
origem às demais fazendas que, por sua vez, acabou por formar o núcleo
inicial.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de
Rebouças, pela Lei Estadual n.º 1.187,
de 16-12-1909, subordinado ao município
de Campinas.
Em divisão administrativa referente ao
ano de 1911.
Assim em divisões territoriais datadas
de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito
de Rebouças, figura no município de
Campinas.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de
30-11-1944, o distrito de Rebouças
passou a denominar-se Sumaré.
No quadro fixado para vigorar no período
de 1944-1948, o distrito de Sumaré
(ex-Rebouças), figura no município de
Sumaré.
Elevado à categoria de município com a
denominação de Sumaré, pela Lei Estadual
n.º 2.456, de 30-12-1953, desmembrado de
Campinas. Sede no antigo distrito de
Sumaré. Constituído de 2 distritos:
Sumaré. Hortolândia, criado pela mesma
Lei que criou município acima citado.
Instalado em 01-01-1955.
Em divisão territorial datada de
1-VII-1955, o município é constituído de
2 distritos: Sumaré e Hortolândia.
Pela Lei Estadual n.º 5.285, de
18-02-1959, é criado o distrito de Nova
Veneza (ex-povoado), com terras
desmembradas do distrito de Hortolândia
e anexado ao município de Sumaré.
Em divisão territorial datada de
1-VII-1960, o município é constituído de
3 distritos: Sumaré, Hortolândia e Nova
Veneza.
Assim permanecendo em divisões
territoriais datadas de 1988.
Pela Lei Estadual n.º 7.644, de
30-12-1991, desmembra do município de
Sumaré o distrito de Hortolândia.
Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de
1-VII-1960, o município é constituído de
2 distritos: Sumaré e Nova Veneza.
Assim
permanecendo em divisão territorial
datada de 2007.
Biblioteca publica de
Sumaré
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