Academia da Força Aérea
A Academia da Força Aérea - AFA,
localizada em Pirassununga, Estado de São Paulo, tem como finalidade
a formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da
FAB.
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A história das escolas de formação
de aviadores militares no Brasil remonta ao ano de 1913, quando a
Escola Brasileira de Aviação foi fundada, no Campo dos Afonsos,
Estado do Rio de Janeiro. Essa escola, cujo objetivo era dar
formação semelhante àquela disponível nas melhores escolas
européias, operava um conjunto de aviões "Blériot" e "Farman", de
fabricação francesa. Com o advento da Iª Guerra Mundial, no entanto,
a escola foi fechada.
À época, tanto o Exército
Brasileiro quanto a Marinha do Brasil operavam suas próprias armas
aéreas, a Aviação Militar e a Aviação Naval.
Hidroaviões Curtiss "F" foram adquiridos pela Marinha em maio de
1916 para equipar esta última e, em agosto do mesmo ano, foi criada
a Escola de Aviação Naval.
A Aviação Militar, no
entanto, só teve sua Escola de Aviação Militar criada após a
guerra, em 10 de julho de 1919. Entre os aviões que foram utilizados
para o treinamento de aviadores nessa escola, destacam-se os Sopwith
1A2, Bréguet 14A2 e Spad 7.
Até o início da década de 1940,
ambas as escolas continuaram as suas atividades. O governo
brasileiro, no entanto, atento ao desenrolar da guerra aérea na
Europa, optou por amalgamar sob um único comando as atividades
aeronáuticas militares, criando o Ministério da Aeronáutica a 20 de
janeiro de 1941 e extinguindo as aviações Militar e Naval, cujos
efetivos e equipamentos passaram a formar a Força Aérea
Brasileira. Por conseguinte, no dia 25 de março de 1941, ambas
escolas de formação de pilotos militares foram extintas, e criou-se
a Escola de Aeronáutica, localizada no Campo dos Afonsos,
cujos integrantes passaram a ser designados como Cadetes da
Aeronáutica a partir de 1943.
NA T-6 da AFA.
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Já em 1942, evidenciou-se a
necessidade de se transferir a Escola de Aeronáutica para um
local que apresentasse melhores condições climáticas e permitisse a
instrução aérea dos futuros pilotos com a menor interferência
possível. A cidade de Pirassununga foi a escolhida dentre tantas
outras que foram avaliadas, e no ano de 1952 iniciaram-se as obras
de construção da nova Escola. A partir de 1960, iniciou-se a
transferência das atividades da Escola, do Campo dos Afonsos para a
nova sede, a qual completou-se em 1971, tendo a instrução aérea dos
novos Cadetes sido transferida em 1964. No ano de 1969, a Escola
passou a ser denominada Academia da Força Aérea.
O lema da Academia é a expressão
latina
Macte Animo! Generose Puer,
sic itur ad astra
extraída do poema Thebaida,
de autoria do poeta latino Tatius. Essa exortação pode ser traduzida
por Coragem! É assim, nobre jovem, que se vai aos astros.
A instrução dos Cadetes da
Aeronáutica, cujo curso tem a duração de quatro anos, é centrada nas
palavras CORAGEM - LEALDADE - HONRA - DEVER - PÁTRIA;
aos futuros Oficiais são ministradas disciplinas de nível
universitário, como Cálculo Diferencial e Integral, Introdução à
Ciência dos Computadores, Mecânica e Línguas Portuguesa e Inglesa,
por professores civis, instrutores militares e monitores. A
instrução militar propriamente dita é dada diariamente, obedecendo a
rígidos padrões, onde os Cadetes são adestrados no pára-quedismo,
sobrevivência no mar e na selva, entre outras atividades.
Instrução aérea na Academia com aviões T-27 Tucano.
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De acordo com a especialização
escolhida, o Cadete receberá instrução diferenciada:
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Aviadores:
Instrução em manobras de precisão, acrobacias, vôos de formatura e
por instrumentos, com 75 horas de vôo no avião de treinamento
primário/básico T-25 Universal, iniciada no 2º semestre da 1º
série e completada na 3ª série, e 125 horas de vôo de treinamento
avançado em aviões T-27 Tucano.
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Intendentes:
Treinamento na ciência e tecnologia moderna da gestão
econômico-financeira e serviços de especializados de intendência e
suprimento técnico. Apenas esta especialização está aberta a
Cadetes do Patologia feminino.
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Infantaria da Aeronáutica:
Instrução em métodos de defesa e segurança de instalações
militares, emprego de defesa anti-aérea de aeródromos e sítios,
comando de frações de tropas e de equipes contra-incêndio,
legislação militar, emprego de armamento, serviço militar e
mobilização.
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Nas horas de lazer, os Cadetes
participam das atividades de sete clubes diferentes:
Aeromodelismo, Lliteratura, Informática, Tiro,
Centro de Tradições Gaúchas, Clube das Gerais e Vôo
a Vela. Os clubes são dirigidos pelos próprios cadetes, sob
orientação de oficiais da FAB.
Junto à AFA, estão sediados os
Esquadrões de Instrução Aérea, responsáveis pela instrução de
vôo dos futuros Oficiais Aviadores, bem como o Esquadrão de
Demonstração Aérea - "Esquadrilha da Fumaça".
Voar como as Águias!
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