Historia
de Pirajuí SP
Pirajuí
(originalmente PIRAJUHY) deriva da língua tupi: PIRÁ
= peixe - JU = corruptela de juba, amarelo vivo, dourado - HY =
água corrente, rio, portanto, rio do peixe dourado, ou, por
extensão, rio dos peixes dourados.
Foi em 1888, à margem do córrego ainda hoje conhecido
com o nome de ‘’Água da Mangueira’’,
que se fez a primeira derrubada para a localização
do homem civilizado - nesta parte sertão da Zona Noroeste,
então em pleno domínio dos índios coroados.
Em 1889, João Justino da Silva, Coronel Joaquim de Toledo
Piza e Almeida, Adão Bonifácio Dias, Leão Cerqueira,
Inácio Vidal dos Santos Abreu, Luiz Wolf, Clementino Rodrigues
da Silva, Salvador da Costa Sarico e outros... vencendo as dificuldades,
atingiram terras deste Município, estabelecendo nas mesmas,
as primeiras lavouras de café, sendo que em 1891, o Cel.
Joaquim de Toledo Piza e Almeida, nos espigões dos rios Dourado
e Feio plantava setenta mil cafezais; Adão Bonifácio
da Silva abria a água da Congonha, formando uma lavoura de
cerca de cinco mil cafezais; João Justino da Silva, à
margem direita da água da Estiva, estabelecia uma lavoura
cafeeira com aproximadamente quatro mil pés. Foram estas,
as primeiras plantações de café de Pirajuí,
que futuramente iria ostentar o título de ‘’
O MAIOR MUNICÍPIO CAFEEIRO DO MUNDO’’, confirmado
pelos seus trinta e cinco milhões de cafezais.
Em 1895, João Justino da Silva, José Gregório
Vidal de Abreu, Manoel Francisco Ribeiro e outros, fizeram as tombar
primeiras árvores para se apropriarem-se dos terrenos onde
hoje se eleva, com suas magníficas residências e seus
lindos jardins, a cidade de Pirajuí.
Na indomável
fúria de conquistar mais terras dos coroados e caingangues,
Joaquim dos Santos, à frente de alguns homens, atingiram, em
1900, a ‘’Água da Corredeira’’, distante
vinte e seis quilômetros de seu arraial e onde hoje, sede de
Distrito de Paz da Corredeira.
Dia-a-dia
crescendo o número dos desbravadores, no núcleo de João
Justino da Silva e seus companheiros nasceu a idéia de estabelecer
ali, um patrimônio e, em 1902, fundava-se o povoado de São
Sebastião do Pouso Alegre - a antiga denominação
de Pirajuí.
Decorridos
dois anos após a fundação do povoado, por João
Justino da Silva, foram construído e reconhecido pela autoridade
diocesana, a capela de São Sebastião, onde, em 25 de
novembro de 1904, foi celebrada a primeira Missa pelo padre Francisco
Elias Vártolo.
Com o início da construção da Estrada de Ferro
da Noroeste do Brasil, o patrimônio de Pouso Alegre tomava mais
impulso.
Em 1907, com o crescimento do povoado Pouso Alegre, o Cel. Joaquim
de Toledo Piza, interessado no Congresso do Estado, junto ao Dr. Plínio
de Godoy, conseguiram na Lei Estadual
nº 1.105 de 2 de dezembro desse mesmo ano, que o povoado fosse
elevado a Distrito de Paz alterando o nome para PIRAJUHY, oriundo
do Rio do Peixe Dourado, que serpeia bucolicamente nas proximidades
da cidade. A instalação ocorreu apenas em 2 de abril
do ano seguinte.
Com uma lavoura
cafeeira já considerável e o desenvolvimento vertiginoso
da sede do Distrito de Paz de Pirajuí, a maioria de seus habitantes,
em reunião pública realizada no dia 10 de maio de 1914
deliberou nomear uma comissão para pleitear a criação
do Município. Essa comissão, conforme ata lavrada e
assinada pelos presentes, ficou constituída dos senhores: Dr.
Cândido Junqueira de Andrade, Domingos dos Santos Abreu, Cap.
João Antônio Loureiro, José Carlos de Oliveira
Garcez, Major Manoel Nogueira de Sá, João de Souza Meireles
Neto, Eliseu de Almeida Cárdia e Eloy de Almeida Cárdia.
Essa comissão entregou a causa aos coronéis Joaquim
de Toledo Piza e Antônio Carlos Ferraz Salles, se desincumbiram
de fazer com que tal projeto se concretizasse. Na Câmara, o
projeto foi defendido pelos Senhores Deputados Plínio de Godoy,
João Sampaio e Gabriel Rocha. No Senado, por Virgílio
Rodrigues Alves, Pádua Sales e Rubião Júnior.
Em 3 de dezembro
de 1914, pela Lei Estadual nº 1.408 era criado o Município
de Pirajuí, com território desmembrado de Bauru, e,
concedido à Sede Municipal foro de cidade. O município
foi solenemente instalado a 29 de março do ano seguinte.
Cinco anos após a criação do Município,
Pirajuí via aparecer na câmara Estadual, justificada
pelo Deputado Luiz de Toledo Piza Sobrinho, um projeto de Lei criando
a Comarca de Pirajuí. Projeto esse, que se transformou na Lei
n 1.630 de 19 de dezembro de 1919. Em 11 de março de 1920 instalava-se
a Comarca de Pirajuí.
De acordo com a Lei nº 2.456 de 30 de dezembro de 1953 posta
em execução em 1º de janeiro de 1954 estabelecia-se
a Divisão Territorial do Estado São Paulo, para o qüinqüênio
1954 - 1958, o Município conta com Distritos de Paz de Pirajuí,
Corredeira, Pradínia e Santo Antônio da Estiva.
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