Odontologia é parte da medicina que
estuda o tratamento dos dentes.
Perguntas frequentes em
consultórios dentários
P - Para que servem as escovas duras e
médias? R - As escovas duras e médias, são
usadas para a escovação de próteses, nunca devem ser usadas nos dentes
naturais, ou na gengiva. Pois causarão um desgaste nos dentes e com
certeza machucarão a gengiva.
P - Quando fazemos uma refeição e não
temos uma escova de dente o que podemos fazer para higienizar a boca? R - Realize um vigoroso bochecho
com água, isto ajuda mas não substitui a boa e tradicional escovação.
P - Comer
alternadamente alimentos frios e quentes causam algum mal aos dentes? R - Evite ingerir alimentos muito
quentes, em seguida de alimentos muito frios, ou vice - versa , pois podem
ocasionar rachaduras no esmalte e danos à polpa dos dentes.
P
- Caso eu tenha perdido um dente em um acidente, é possível
reimplantá-lo? R - Sim. Recolha o dente, coloque-o em um copo de leite e
leve-o imediatamente ao dentista.
porém, isto se o
dente não sofreu algum traumatismo. Neste caso o dentista vai ver a
indicação do reimplante.
P
- Para a criança ficar bem alimentada é importante a mamadeira noturna? R - Não. Após os 6 meses a mamadeira noturna deve ser eliminada pois é
uma das causas de cárie.
P
- A alimentação fibrosa faz bem aos dentes? R - Sim, ela limpa os dentes raspando sua superfície e estimula a
salivação. A alimentação fibrosa faz bem para todo o organismo.
P - Existe
alguma característica física que predispõem as pessoas à osteoporose? R - Sim, as mulheres de pele clara,
baixas de ossos finos, são mais propensas ao desenvolvimento da doença,
principalmente se forem sedentárias.
P - Entre os
alimentos adoçados quais são os mais prejudiciais para os dentes? R - São aqueles que aderem aos
dentes e se mantém por longo tempo como exemplo o pé de moleque, o
quebra-queixo e outros, mas a bala por ser mais utilizada é um terror para
os dentes.
P -
Tomar antibióticos faz mal aos dentes? R - De modo geral tomar antibióticos previne a cárie, ao contrario do
que muita gente pensa, porém não é possível tomar antibióticos
constantemente pois eles possuem muitos efeitos indesejáveis ao nosso
organismo.
P - Chupar
balas ou mascar Chicletes evitam o mau hálito? R - Não, pois a principal causa do
mau hálito são as bactérias que se alimentam do açúcar contido nestes
produtos. A sensação de hálito agradável só ocorre durante o uso dos
mesmos.
P - Café
prejudica os dentes? R - Sim, porque normalmente é
adoçado com açúcar e, além disso, diminui a salivação e mancha
restaurações.
P - O que é
língua presa? R - Língua presa (freio lingual
curto) é uma alteração que já nasce com a pessoa, provoca dificuldade na
fala e má posição dos dentes. Há cura para este problema, é só procurar um
cirurgião dentista.
P -
Por que a resina não pode ser usada nas restaurações dos dentes
posteriores ? R - A resina (restauração da cor do dente) é um plástico e está
sujeito a desgastes . Se for usado nos dentes posteriores, pode
desgastar-se alterando a mordida. O correto é utilizarmos a amálgama da
cor de prata que resiste mais ao desgaste e apresenta menor índice de
contração.
P - Existem
alimentos que protegem nossos dentes a cárie ? R - Sim, o queijo e o amendoim
previnem a cárie e devem ser comidos após as refeições.
P - É normal
acumular alimentos entre os dentes ? R - Não. Os alimentos comprimem a
gengiva provocando sua inflamação. Caso isto esteja acontecendo com você,
procure imediatamente um cirurgião dentista.
P - O que é
língua presa ? R - Língua presa é um problema de
nascença que se caracteriza por um freio lingual hiperdesenvolvido. Este
freio dificulta os movimentos da língua e como conseqüência, torna difícil
a pronuncia correta das palavras.
P - Como
podemos curar esta doença ? R - Ela pode ser curada com um
cirurgia simples, feita no próprio consultório do cirurgião dentista.
P - Basta
fazer está cirurgia para solucionar o problema ? R - Em alguns casos, é necessário o
acompanhamento de um profissional em sessões de fonoaudiologia para se
restabelecer pronúncia correta de certas palavras. Vale investir neste
tratamento pois sendo simples, o livra de importunos no futuro tais como
ser prejudicado em sua profissão pela má pronúncia de palavras.
P - A má
nutrição é só um problema de falta de alimentos? R - Não, a má nutrição hoje tende
muito ao uso incorreto de alimentos altamente energéticos (açúcares),
causando obesidade e cárie dental.
P - O dente do
siso sempre deve ser extraído? R - Não, ele só deve ser extraído
se não houver condições dele nascer perfeitamente, pois ele também
participa da mastigação.
P - Quando a
dentição de leite está completa? R - Ela estará completa entre os
dois anos e dois anos e meio.
P - O que é
placa bacteriana ? Qual a sua importância na formação da cárie? R - Em nossa boca existem
milhares de seres vivos microscópicos chamados bactérias. Algumas delas coexistem
conosco sem causar problemas. Contudo existem certas cepas bacterianas
(famílias de bactérias) que quando aumentam a sua população, passam a
causar doenças.
P - O que
é tártaro ? R - O tártaro é formado
quando a placa bacteriana fica muito tempo sem ser removida,
principalmente nos locais de difícil higienização, sendo que os minerais
existentes na saliva, começam a depositar-se sobre esta placa bacteriana
antiga, petrificando-a uma vez petrificada, esta placa passa a chamar-se
tártaro. O tártaro, agrava
ainda mais a cárie e as doenças periodontais (gengivite e periodontite),
pois quando os minerais depositam-se sobre a placa bacteriana, a
superfície torna-se rugosa, o que colabora para que uma nova deposição de
placa ocorra devido à aspereza da superfície petrificada.
Está nova
deposição de placa irá petrificar-se com o tempo e desta forma o tártaro
irá crescer em espessura, extensão e em gravidade. P - O que é doença periodontal ? R -
Até os 30 anos a
pessoa perde dentes principalmente pela cárie. A partir dos 30 anos a
agressividade da cárie diminui; não quer dizer que a pessoa não poderá ter
mais cárie a partir desta idade. Poderá sim. Contudo ela diminui a sua
agressividade.
P - Minha gengiva
sangra, isto é normal ? R -
Sempre fique
atento a sangramentos gengivais. Caso eles ocorram, mesmo em que
pequeníssimas quantidades, procure o cirurgião dentista, pois se não
tratada a origem, pode-se levar ao desenvolvimento da doença periodontal,
a qual causa o amolecimento dos dentes por volta da 4ª década de vida.
Esta é uma doença que muitas vezes
instala-se na juventude mas mostra suas seqüelas por volta dos 30 a 40
anos e quando a pessoa percebe geralmente já é tarde.
O pior de tudo é
que esta doença não dói ou dói somente na fase terminal.
P -
Calma! Não precisa interromper o aleitamento, ele é de fundamental
importância ao
desenvolvimento da criança. Contudo tome os seguintes cuidados: R -
a) Após a
amamentação seja no peito ou na mamadeira, sempre procure desde já escovar
os dentinhos da criança com água morna e escovas infantis, colocando a
criança na poltrona com a cabeça em seu colo.
b) Jamais amamente
ou dê leite na mamadeira e deixe a criança dormir em seguida. Isto acaba
com a dentição dela.
c) Caso a criança
só durma após a amamentação no seio ou na mamadeira, não havendo
possibilidade de escovar os dentinhos e para não acordá-la, misture O1
colher do sopa de água morna com 01 colher de sopa de água oxigenada 10
vol. Molhe uma gaze ou fralda na mistura e limpe os dentinhos da criança.
P -
Gravidez x Cárie. Muitas mulheres queixam-se: "Depois que eu engravidei os
meus dentes começaram a estragar, a criança "puxa" muito cálcio" R -
Isto não é
verdade! O que acontece é
que durante a gravidez a mulher altera a sua dieta e passa alimentar-se
com mais freqüência, com o objetivo de fornecer mais nutrientes ao feto.
O problema, é que a causa da cárie não
está na quantidade de carboidratos que a pessoa ingere, mas sim no número
de vezes que a pessoa faz o uso dos carboidratos durante o dia.
Sabe-se que após a ingestão de carboidratos
há produção de ácidos, caso a pessoa possua placa bacteriana e estes
ácidos fazem com que o cálcio e fosfato do dente migrem para a saliva
causando a cárie.
Logo os problemas dentais e os sangramentos
gengivais na gestação, ocorrem devido à alteração na dieta.
Toda a gestante deve receber atenção
especial no campo da preven������������������������������ão em consultórios odontológicos, para
compensar a variação em sua dieta.
P - Como você viu, o que causa cárie é o número de vezes que você
ingere carboidratos e não a quantidade. R -
Então é preferível
dar uma caixa de bombons para uma criança comer de uma só vez, do que dar
um bombom a todo o momento.
Para tanto:
a) Alimente-se em intervalos superiores
a 02 horas para que dê tempo suficiente aos minerais que saíram da
superfície dental, voltem totalmente.
b) Cafezinhos e
chás: também deve ser suspensa a alta freqüência de ingestão, exceção
feita caso elas sejam adoçados com sacarina, xilitol, sorbitol ou
aspartame.
P - O que fazer em caso de acidentes onde houve a fratura do
dente? R -a)
quando apenas parte do dente quebrou: coloque o fragmento imediatamente
dentro de soro fisiológico, leite ou mesmo em água e leve-o junto para o
dentista, pois muitas vezes é possível colar.
O fragmento também pode ser mantido
dentro da boca o que é o mais indicado, porém com crianças isto é
inviável.
b) quando o dente
é extraído totalmente (sai completo) isto geralmente causa muito pânico,
contudo mantenha a calma:
- Nunca segure ele
pela raiz, segure pela coroa.
- Se ele não
estiver sujo recoloque-o imediatamente dentro do alvéolo (perfuração de
onde ele saiu).
- Caso não seja
possível recolocá-lo, coloque-o dentro da boca ou dentro de um copo
com água gelada, soro fisiológico gelado ou leite e procure imediatamente
um cirurgião dentista.
- Caso seja dente
decíduo (de leite) nunca o recoloque no lugar.
- Qualquer que
seja a gravidade do trauma, jamais ponha o dedo para verificar se o dente
está mole. Tal conduta pode lesionar o feixe vascular e levar o dente
mais tarde ao tratamento de canal.
P - O Que fazer com pessoas que sofrem de problemas cardíacos. R -
Pacientes
cardíacos devem ter especial atenção com sua saúde bucal e devem evitar a
todo custo a formação de focos infecciosos dentários.
O por quê desta preocupação?
Tal preocupação é
devido ao fato de que tais pacientes são de alto risco e nos casos de
infecções dentárias, as bactérias podem ganhar a circulação sistêmica e
alojar-se nas válvulas do coração, desenvolvendo a endocardite bacteriana,
a qual pode ser fatal, na medida em que leva a um aumento progressivo da
insuficiência cardíaca.
Tamanha é a
importância deste assunto que no INCOR, Instituto do Coração em São Paulo,
um dos centros de maior excelência na área cardíaca e de transplantes
cardíacos do Brasil e talvez do mundo, qualquer cirurgia cardíaca eletiva;
somente é realizada após um perfeito tratamento odontológico, onde devem
ser eliminados todos e quaisquer focos de infecção dental.
Portanto todo
paciente cardíaco deve atentar para este fato.
P - Todas as pessoas tem mau hálito?
R -
Se considerássemos o hálito desagradável ao acordar, praticamente 100% da
população seria portadora de halitose. Por isso, o hálito da manhã é
considerado fisiológico. Ele acontece devido à leve hipoglicemia, à
redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao
aumento da flora bacteriana anaeróbica proteolítica. Quando esses
microrganismos atuam sobre restos epiteliais descamados da mucosa bucal e
sobre as proteínas da própria saliva, geram componentes de cheiro
desagradável (metilmercaptana, dimetilsulfeto e principalmente sulfidreto,
que tem cheiro de ovo podre). São os compostos sulfurados voláteis,
conhecidos abreviadamente por CSV. Após a higiene dos dentes (com fio
dental e escova), da língua (com limpador lingual) e após a primeira
refeição (café da manhã), a halitose matinal deve desaparecer. Caso isto
não aconteça, podemos considerar que o indivíduo tem mau hálito e que este
precisa ser investigado e tratado.
P - É possível
que eu tenha mau hálito e não saiba?
R -
Sim. As pessoas que tem um mau hálito constante, por fadiga olfatória, não
percebem seu próprio hálito. Somente as pessoas que tem períodos de
halitose e períodos de normalidade conseguem percebê-lo.
P - Como eu
posso saber se tenho ou não mau hálito?
R -
A maneira mais simples de identificá-lo, é pedir a um familiar ou a um
amigo de confiança que faça essa avaliação para você. Caso você
identifique o problema ou caso você se sinta constrangido a pedir a alguém
que o avalie, pode procurar um dentista para que este possa ajudá-lo no
diagnóstico e no tratamento da halitose. Atualmente, e cada vez mais,
existem dentistas interessados no assunto, e muitos deles até já dispõem
de um aparelho para medir e avaliar seu potencial de halitose.
P - Então, dá
para se medir o hálito?
R -
Sim, atualmente existe à disposição dos profissionais interessados, um
aparelho chamado Halimeter®, que é capaz de medir compostos sulfurados
voláteis e que serve para orientar quanto à gravidade da halitose, e
quanto à melhora e à cura durante o tratamento. Também é útil para
demonstrar claramente para certos pacientes, que eles não possuem nenhum
cheiro desagradável na boca, quando este é o caso. Certos pacientes
halitofóbicos ficam muitos apreensivos, com medo de terem halitose e
desconhecerem o fato.
P - Qual a
causa do mau hálito?
R -
É muito bom que se diga que os casos de halitose não podem ser explicados
por um único mecanismo. Existem casos de halitose tanto por razões
fisiológicas (que requerem apenas orientação) como por razões patológicas
(que requerem tratamento); por razões locais (feridas cirúrgicas, cárie,
doença periodontal, etc.) ou sistêmicas (diabetes, uremia, prisão de
ventre, etc.). Por isso, pode-se concluir que todas as possíveis causas
devem ser investigadas e que o tratamento será direcionado de acordo com a
causa identificada. No entanto, 96% ou mais dos casos de halitose se devem
à presença de saburra lingual e, assim, devem ser tratados.
P -
O que é saburra?
R -
Saburra é um material viscoso e
esbranquiçado ou amarelado, que adere ao dorso da língua em maior
proporção na região do terço posterior. A saburra equivale a uma placa
bacteriana lingual, em que os principais microrganismos presentes são do
tipo anaeróbios proteolíticos, os quais, conforme foi explicado para a
halitose da manhã, produzem componentes de cheiro desagradável no final de
seu metabolismo.
P -
Se a saburra é formada por microrganismos, o mau hálito é contagioso?
R -
Não. A saburra somente se forma em
pessoas com predisposição à sua formação. Por isso, é muito comum
observarmos casais em que apenas um dos parceiros apresenta hálito muito
desagradável, a ponto de incomodar o outro.
P -
O que predispõe à formação de saburra?
R -
A causa primária da formação de saburra
é a leve redução do fluxo salivar, com a presença de uma saliva muito mais
rica em mucina ("gosmenta") e que facilita a aderência de microrganismos e
de restos epiteliais e alimentares sobre o dorso da língua. É bom que se
diga que existem vários graus de redução do fluxo salivar; quando a
redução é severa (de 0 a 0,3 ml/minuto, sob estímulo mecânico), já não
encontramos saburra, mas sim, outros tipos de desconforto. A medida do
fluxo salivar (sialometria) deve ser feita por um profissional habilitado
para isso. Também é importante a avaliação das causas da redução do fluxo
salivar para que se possa decidir sobre o tratamento. Uma causa bastante
comum é o "stress" constante.
P -
Como se livrar da saburra e do mau hálito?
R -
Existem pelo menos 3 abordagens:
1.
Remoção mecânica da saburra por
meio de limpadores linguais. Existem vários modelos de limpadores linguais
disponíveis no mercado americano; no Brasil, encontramos um limpador
lingual muito eficiente (modelo em forma de "V").
2. Manutenção
da superfície lingual o mais oxigenada possível, com o uso de oxidantes.
Existem vários oxidantes no mercado que podem ser úteis para este fim;
desde a água oxigenada (usada diluída), o Amosan, até os de última geração
(geralmente formulações com um componente antimicrobiano e um oxidante
potente). Provavelmente, em pouco tempo, encontraremos no mercado, à
disposição apenas dos profissionais, um desses produtos, com o nome de
"Saud Bucal".
3. Identificação
da causa da redução do fluxo salivar para que se possa estabelecer o
tratamento adequado.
As duas primeiras
abordagens garantem um hálito agradável; porém, exigem a manutenção desses
cuidados. A terceira abordagem, uma vez realizada com sucesso, garante
resultados mais duradouros, sem a necessidade de manutenção de produtos
para o controle de saburra, porque esse procedimento corresponde à
eliminação da causa primária.
P -
Como posso melhorar meu mau hálito que acontece só de vez em quando?
R -
Quando o mau hálito não é crônico, mas
apenas esporádico, devemos realizar uma higiene bucal e lingual adequadas,
estimular a salivação de maneira fisiológica (isto é, sem o uso de
medicamentos) com balas sem açúcar, gomas de mascar sem açúcar, gotas de
suco de limão com um pouco de sal, ou, mais eficientemente, com uma ameixa
japonesa condimentada, conhecida como "umebochi". Devemos ainda cuidar da
alimentação (evitar o excesso de proteína, gordura, condimentos e
alimentos de cheiro carregado) e manter uma freqüência de ingestão de água
e de alimento (que contenha algum carboidrato) a cada 3 ou 4 horas.
P -
Então, o uso de gomas de mascar melhora o hálito?
R -
Sim. Em primeiro lugar, age como um
mascarador do hálito e, em segundo, o que é mais importante, aumenta a
salivação.
P -
Tenho gastrite. Acho que é por isso que tenho mau hálito. O mau hálito
pode vir do estômago?
R -
Não. É muito comum os Pacientes
pensarem dessa forma incorreta. Também é muito comum pacientes com
gastrite terem mau hálito. Vamos explicar melhor esse mecanismo: à medida
que a saburra se forma, ela passa a ser um meio propício à instalação e à
proliferação de microrganismos patogênicos cuja porta de entrada é a boca.
São exemplos os microrganismos causadores de doenças pulmonares,
gastrintestinais e até mesmo de amidalites e de doenças periodontais. No
caso da relação halitose versus gastrite, a redução do fluxo salivar
propicia a formação de saburra, a qual permite que o Helicobacter pilory
se instale no dorso lingual, prolifere e aumente em número, podendo chegar
ao estômago e desencadear a gastrite. Na verdade, a manutenção do fluxo
salivar em condições normais não evita apenas a formação de saburra e mau
hálito, mas também previne a possibilidade de o Paciente ter gastrite,
pneumonia, amidalite, periodontite, etc.
P -
Já consultei vários profissionais sem Ter a solução para o meu problema.
Halitose tem cura?
R -
Claro que tem cura. Às vezes, atingir a
cura demanda um pouco mais de tempo, mas sempre existe a possibilidade de
controle. A maior parte das pessoas crê que qualquer dentista está
amplamente informado a respeito do mau hálito, o que nem sempre é verdade.
O mesmo pode-se dizer em relação aos médicos. O atendimento nessa área é
diferente do atendimento odontológico de rotina.
Atualmente,
muitos estão bastantes interessados e estão investindo em conhecimento
sobre o assunto.
Assim, se o seu
dentista não se achar em condições de lhe oferecer um excelente
atendimento, com certeza saberá encaminhá-lo para um colega que tenha
feito esse tipo de treinamento.
P -
O que é preciso saber sobre hábitos bucais?
R -
O hábito é a repetição de um ato (por
exemplo, sucção de chupeta), com uma determinada finalidade (por exemplo,
carência efetiva). Alguns hábitos, com o decorrer do tempo, podem-se
tornar indesejáveis; dentre eles, podemos citar o uso da mamadeira e da
chupeta e a sucção do dedo.
P -
Por que é preciso se preocupar com eles?
R -
A sucção de dedo, chupeta ou mamadeira
é um fator que pode interferir no desenvolvimento da criança, podendo
levar a alterações bucais, tais como: mordida aberta, mordida cruzada,
inclinação dos dentes, diastemas, alterações no padrão de deglutição, etc.
P -
Essas alterações sempre ocorrem?
R -
Não. O hábito precisa de certa
intensidade e freqüência ao longo do tempo para promover alterações.
P-
O que se pode fazer para prevenir essas alterações?
R-
A criança com até 2 anos de idade
encontra-se na fase oral, em que a satisfação é centrada na cavidade
bucal. Portanto, a sucção é muito importante. Em algumas crianças essa
necessidade é maior.
O importante é
não deixar o hábito se tornar um vício.
Esses hábitos
devem ser removidos o quanto antes, e de forma gradativa, para que não se
altere o equilíbrio psicológico e físico da criança.
P -
Caso existam alterações, o que pode ser feito?
R-
O odontopediatra orientará o que for
melhor para cada caso, podendo encaminhar para outros profissionais, como
o fonoaudiólogo e o psicólogo.
P -
Sempre é necessário o uso de
aparelhos?
R -
Não. Quando o hábito é removido aos 3
ou 4 anos de idade, alterações como a mordida aberta podem-se
autocorrigir.
P -
É necessário o uso da chupeta?
R -
Algumas crianças não fazem a sucção
devida na amamentação, sentindo necessidade de complementação com a sucção
da chupeta ou do dedo.
P -
Como remover o hábito?
R -
Sempre que possível, devemos conversar
com a criança, explicando o porquê da remoção, fazendo reforços positivos,
motivando com muito amor e compreensão.
Deve-se usar
muita criatividade, procurando distrair a criança.
P -
Como remover a mamadeira?
R -
Podemos ir diluindo, com água, o leite
da mamadeira, deixando-a menos saborosa, até que fique só água. Motivar a
criança a usar copo com bico especial, com desenhos etc. A criança pode
estar utilizando o bico da mamadeira só para succionar, sem ter a
necessidade de ingerir o leite.
P -
Como remover a chupeta?
R -
Desde
o nascimento, a criança não deve ser acostumada a ficar o tempo todo com a
chupeta na boca – ela deve ser dada apenas em momentos de tensão; dessa
forma, ela não ficará viciada no seu curso. Nunca oferecer mais de uma
chupeta por vez e não a deixar pendurada na roupa da criança, evitando que
fique sempre à sua disposição. Quando o bebê adormecer, remover a chupeta
da boca.
Com esses
cuidados, naturalmente a criança deixará de necessitar da chupeta.
Caso já existam
alterações bucais, deve-se procurar o profissional, e o hábito deve ser
removido o quanto antes, sempre se rejeitando a individualidade da
criança, procurando mostrar-lhe o problema causado e incentivando-a a
largar a chupeta.
P -
Como remover o hábito de sucção do dedo?
R -
Devemos evitar a instalação do hábito
de sucção de dedo, pois a sua remoção é mais difícil, já que o dedo está
sempre à disposição. Muitas vezes, é necessário o auxílio do psicólogo,
pois o componente emocional é maior.
P -
É preciso procurar ajuda
profissional?
R -
O profissional tem um papel importante
na orientação e remoção desses hábitos. Ele ajuda os pais, orientando
sobre qual a melhor conduta e maneira de conversar com a criança, evitando
a chantagem, a punição e a repressão. O profissional motivará a criança
com modelos, fotos, pastas de motivação, histórias, etc.
P -
Meus dentes podem ser clareados?
R -
Sim. Qualquer pessoa pode ter seus
dentes clareados, desde que eles estejam íntegros, sem muitas
restaurações.
P -
Como funciona o clareamento dental?
R -
As moléculas dos géis oxidantes
(liberadores de oxigênio) penetram na intimidade do esmalte e da dentina,
liberando oxigênio que, por sua vez, "quebra" as moléculas dos pigmentos
causadores das manchas.
P -
Como posso clarear meus dentes?
R -
Os dentes podem ser clareados através
de géis ou pastas oxidantes (liberadores de oxigênio) de duas maneiras:
1. No
consultório: o dentista isola os dentes (com um lençol de borracha) para
proteger a gengiva e aplica um agente oxidante forte.
2. Em
casa (doméstico): o paciente, sob a orientação do dentista, leva um gel
oxidante fraco, para usar diariamente em casa.
3. O
clareamento doméstico é mais seguro e eficaz, pode resolver todos os casos
e é mais utilizado.
P -
Posso fazer sozinho ou preciso ir ao dentista?
R -
Não se recomenda clarear os
dentes sem orientação profissional. Seja no consultório seja em casa,
sempre deve haver monitoramento do dentista.
P -
Os produtos usados no clareamento são seguros à saúde geral?
R -
Sim. Como outros produtos e
medicamentos usados na Medicina e Odontologia, se usados corretamente
conforme orientação, os produtos usados no clareamento não promovem nenhum
prejuízo à saúde geral.
P -
A mídia divulgou que o clareamento doméstico poderia potencializar o
aparecimento do câncer. É verdade?
R -
Essa informação não tem fundamento.
Tanto que a FDA (Food and Drug Administration) e a ADA (American Dental
Association) aprovam o uso de peróxidos em cremes dentais, que são usados
indiscriminadamente pela população. Essas entidades também não desaprovam
o uso de clareadores dentais, desde que supervisionado por dentistas.
P -
Eles provocam danos à gengiva?
R -
Não, desde que o paciente faça
tratamento supervisionado e não use produtos vendidos pela TV ou em
supermercados. O dentista confecciona uma moldeira individualizada que
cobrirá somente a superfície dental, evitando, assim, que o agente
clareador tenha contato direto e contínuo com a gengiva. Qualquer lesão e
sensibilidade devem ser imediatamente comunicadas ao dentista.
P -
O dente clareado fica enfraquecido?
R -
Não. A estrutura dental não é afetada.
P -
O clareamento altera as restaurações já existentes?
R -
Não. Mas o paciente precisa saber que
talvez tenha de trocar ou retocar as restaurações antigas: uma vez que as
restaurações não sofrem ação dos clareadores, parecerão mais escuras
frente aos dentes clareados, causando desarmonia estética.
P -
Posso fazer clareamento em qualquer idade?
R -
Sim. Não há contra-indicação específica
quanto à idade. A partir dos 10 anos, é aceitável.
P -
Durante o clareamento, o que devo e não devo fazer?
R - Deve fazer:
1. Seguir as orientações do dentista.
2. Retirar o dispositivo de clareamento 1 hora antes das refeições e
reiniciar 1 hora após.
3. Observar os dentes diariamente no espelho, monitorando o progresso do
clareamento.
4. Guardar o dispositivo, para o caso de necessitar de manutenção.
Não deve fazer:
1. Fumar
durante o tratamento.
2. Tomar
café, chá, Coca-Cola em excesso.
3. Escovar os dentes logo após retirar o dispositivo.
4. Emprestar o produto para outras pessoas.
P - Quanto tempo dura o tratamento
doméstico ?
R -
Dura de 7 a 10 dias, usando-se durante
todas a noites. Pode haver variações a depender do grau de escurecimento e
de quanto se deseja clarear.
P -
O dente clareado pode escurecer novamente?
R -
Sim. Mas nunca como era antes. Após 1 a
2 anos, pode haver a necessidade de uma manutenção, que é feita em 2 ou 3
noites.
P -
Quais as contra-indicações do clareamento doméstico?
R -
Por precaução, deve-se evitar o
tratamento em gestantes e lactantes.
P -
Qual a função da pasta dental?
R -
A efetividade da remoção da placa
bacteriana é 70% maior quando se usa dentifrício. Além disso, a formação
de uma nova placa é reduzida em 45% com o uso de creme dental. Embora o
dentifrício não seja indispensável para a remoção de placas, tem-se
comprovado a sua importância para garantir a limpeza e o polimento dental.
P -
Qual a quantidade de pasta ideal?
R -
A quantidade de pasta só tem relevância
quando se trata de crianças com menos de 6 anos, que podem ingerir
dentifrício involuntariamente ao escovar os dentes. Uma quantidade bem
pequena deve ser usada, para reduzir a ingestão de flúor. Recomendamos a
técnica transversal: ao invés de se colocar pasta em toda a extensão da
escova, cruza-se esta com dentifrício. Isso é particularmente importante
quando as crianças também bebem água fluoretada. Assim, serão reduzidos os
riscos de se adquirir fluorose dental.
P -
Qual a diferença entre pasta dental anticárie, antitártaro e antiplaca?
R -
A anticárie contém flúor, e a
antitártaro contém em, acréscimo, substâncias que reduzem a formação de
tártaro. Deve-se esclarecer que os dentifrícios antitártaro não removem
cálculo dental mecanicamente, o que deve ser feito pelo dentista ou
pessoal auxiliar; o dentifrício interfere apenas em sua formação. As
pastas antiplaca contêm substâncias antimicrobianas.
P -
Quais os tipos de flúor e sua concentração na pasta?
R -
A adição de uma ou outra forma de
flúor na pasta (as mais comuns são o NaF e o MFP) varia de acordo com o
tipo de abrasivo que esta contém. Não se recomenda o uso de cremes dentais
com concentração de flúor abaixo de 1000 ppm, pois a sua eficiência ainda
não está comprovada (1000 – 1100 ppm são o ideal). Já os que apresentam
mais de 1100 ppm de flúor garantem que, mesmo havendo uma certa inativação
do flúor (em casos de produtos cuja validade está vencida), uma quantidade
significativa para o controle da cárie será mantida.
P -
Qual a função do bicarbonato de sódio?
R -
Por ser o bicarbonato de sódio uma
substância alcalinizante e tamponante, hipoteticamente ele poderia
neutralizar os ácidos produzidos na placa dental quando da exposição ao
açúcar.
P -
Existe diferença na abrasividade das pastas?
R -
Existem dentifrícios de abrasividade
baixa, média e alta. Deve-se enfatizar que um abrasivo no dentifrício é
fundamental para garantir a limpeza e o polimento dental. Desgaste e
abrasão dental estão mais relacionados com o modo de escovar, o tipo de
escova, as substâncias ácidas (refrigerantes, enxaguatórios, frutas)
consumidas ou usadas antes da escovação do que com o poder intrínseco do
abrasivo.
P -
Qual a idade ideal para introduzir a pasta dental na higiene da criança?
R -
O ideal é que haja pais comprometidos
com a saúde bucal dos filhos, e não que estipule uma idade. Ao mesmo tempo
em que o flúor dos dentifrícios é indispensável para o controle da cárie,
sua ingestão deve ser controlada, devido ao risco de fluorose dental.
P -
As pastas para sensibilidade são efetivas? Qual a duração do seu efeito?
R -
Estudos com dentifrícios contendo
nitrato de potássio têm mostrado média de 30% de redução de sensibilidade
a jato de ar frio. Essa redu�o vai depender do limiar de sensibilidade do
indiv��duo, do uso de substâncias erosivas e do modo de escovar os dentes.
P -
Como funcionam e quais os tipos de pastas clareadoras? Existem
contra-indicações?
R -
O princípio básico está no poder
oxidante do peróxido, que descora os dentes ao oxidar pigmentos dentais,
promovendo assim uma "remoção" química. A princípio não há contra
indicação, mas, à semelhança de outros tipos de dentifrícios, deve haver
racionalidade na indicação.
P -
Qual a pasta ideal?
R -
De modo geral, a indicação é a pasta
fluoretada, sendo as demais recomendadas só em casos particulares.
P -
Qual a diferença entre pasta, gel ou creme na efetividade das pastas
dentais?
R -
Nenhuma, e é impossível fazer qualquer
inferência quanto a flúor, abrasividade, efeito antiplaca, antitártaro
etc. pela simples aparência de um dentifrício.
P -
O que é ATM?
R -
ATM é a abreviatura de "Articulação
têmporo-mandibular". Essa articulação situa-se logo à frente do ouvido e é
responsável pelos movimentos executados pela mandíbula.
P -
Qual é a principal característica de um paciente que tem problemas de ATM?
R -
O principal indicativo de uma alteração
na ATM é o estalido (clique), normalmente acompanhado de dor que se
manifesta na cabeça, face, pescoço, olhos e dentes. A ausência de dor não
é sinal de normalidade. O estalido (clique), por si só, já traduz
problemas nas ATMs.
P -
Quais as principais causas dos problemas de ATMs?
R -
Toda e qualquer doença necessita de
mais de um fator para a sua ocorrência. O fator principal deve ser
acompanhado dos fatores que contribuem, modificam ou perpetuam a doença.
No caso da disfunção das ATMs, acredita-se que o fator principal seja a
mal oclusão (relacionamento inadequado entre os dentes da maxila e
mandíbula), sendo o "stress", os hábitos parafuncionais e algumas doenças
sistêmicas ou hormonais capazes de contribuir, modificar ou perpetuar o
seu aparecimento. Contudo, sabe-se que a ordem dos fatores principais e
secundários pode alterar-se, havendo diferentes pesos nos julgamento de
quem é o agente iniciador da disfunção.
P -
Por que acontece o estalido (clique) nas ATMs?
R -
Entre as faces articulares dos ossos
que compõem as ATMs (osso temporal e côndilo da mandíbula), existe uma
estrutura fibrocartilaginosa chamada disco articular, cujas principais
funções são amortecer e amoldar as superfícies ósseas incongruentes da
articulação, evitando traumas e desgastes prematuros.
Quando o disco articular se desloca de sua
posição fisiológica, acontece o estalido (clique), notado nos movimentos
mandibulares, tais como: falar, mastigar, cantar, bocejar etc.
P -
Por que o problema de ATM pode causar dor de cabeça?
R -
As dores de cabeça provenientes das
disfunções de ATM, em geral, não são propriamente de cabeça: são dores nos
músculos que envolvem a cabeça. Posições posturais viciosas,
relacionamento dental inadequado, apertamento e/ou ranger de dentes,
associados ao "stress", normalmente culminam em quadros crônicos de dores
nos músculos da face, da cabeça e do pescoço.
P -
Por que o problema de ATM pode causar dor de ouvido?
R -
A proximidade entre a ATM e o ouvido
pode ocasionalmente confundir o paciente sobre o local de origem da dor.
Na realidade, a dor de ouvido é diferente da dor de ATM. Como diagnósticos
diferencial, as disfunções das ATMs não manifestam febre, não eliminam
secreção pelos ouvidos e não são acompanhadas por quadros infecciosos das
vias aéreas superiores.
P -
Existe relação entre dentes e ATM?
R -
Sim. O "encaixe dental" (oclusão) é
responsável pela posição do côndilo (cabeça da mandíbula) dentro da
articulação. Ocluir os dentes mais para frente, para trás ou para os lados
traz conseqüências para as ATMs. O ideal é que a oclusão tenha um
relacionamento adequado, para manter côndilo e disco articular harmônico e
bem posicionados entre si, a fim de que a articulação seja saudável.
P -
Qual é o tratamento indicado?
R -
Promover uma oclusão dentária que
permita um bom relacionamento entre as estruturas da ATM e remover os
fatores que possam estar associados ao problema.
P -
Quais são as conseqüências do não-tratamento?
R -
A disfunção têmporo-mandibular é uma
doença que, depois de instalada, é quase sempre progressiva. O que não se
consegue determinar com exatidão é a sua velocidade de progressão e as
suas conseqüências. Portanto, o ideal é o tratamento precoce, que
certamente proporciona melhores soluções e resultados.
Fonte: Revista da APCD
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