ÍNDIOS:
os Índios precederam aos colonizadores. Apesar de não ser possível
comprovar que os colonizadores os encontraram, a presença destes primeiros
habitantes é marcada pela existência de sítios arqueológicos junto às
praias, inscrições rupestres, e, ainda, o nome " macucos ", da ilha
situada próximo ao Município, tem origem no Tupi e não deixa de ser uma
evidência.
COLONIZADORES: No ano de 1527, Sebastião Caboto, a serviço do rei
da Espanha, chegou à enseada de Zimbros, dando-lhe o nome de São
Sebastião. Nesta ocasião levou quatro nativos brasileiros para a Europa.
Entre 1748 e 1756 foram enviados, para cá, cerca de 6.071 pessoas,
oriundas das Ilhas dos Açores. Fixando-se em todo o litoral catarinense,
trazendo sua cultura popular da qual ainda subsistem as técnicas de pesca,
o boi na vara, o carro de boi, a olaria de cerâmica utilitária e
decorativa, a renda de bilro, etc. A chegada do colonizador acarretou a
mudança de costumes e, inclusive, do modo de ocupação das terras em
relação aos indígenas. Os sítios arqueológicos existentes situam-se junto
às praias,
denotando
que os índios preferiam morar mais próximos do mar e que, possivelmente,
viviam da mandioca e da pesca. Os colonizadores, ao contrário, preferiram
fixar-se nos morros e dedicaram-se sobretudo, à agricultura. Os Engenhos (
farinha, mandioca, açúcar ), provavelmente foram adaptados pelos
açorianos, pois os mesmos já utilizavam, em sua terra natal, engenhos de
farinha de trigo. O cultivo da mandioca, acredita-se, ser uma influência
indígena.
BOMBINHAS
ENTRE OS ANOS 1900 - 1960: A comunidade caracterizava-se pela
auto-suficiência quase total, pois plantava, pescava, fazia farinha,
açúcar, café em pó e escalava o peixe para conservar. Produzia suas roupas
e, também, cestos, louças de barro, sabão e óleo ( de peixe ) para a
iluminação.
MANUFATURAS: As mulheres trabalhavam com o barro, para fabricar
utensílios, e com algodão, para fazer tecidos e roupas. Com o barro eram
feitos os fornos de torrar café e farinha, panelas, frigideiras e louças
em geral. Para fazer os tecidos, possuíam teares e havia algumas que
faziam a renda e o crivo. Dentre as atividades especificamente masculinas,
destacavam-se a confecção de tipitins, balaios, samburás etc.
TRANSFORMAÇÕES
NA OCUPAÇÃO: Por volta de 1940, a população passa a descer o morro
para morar junto às praias. A agricultura entrou em declínio; muitos
jovens membros das famílias de lavradores, já não iam mais à roça
preparando-se, a partir dos dez anos, para a pesca. Dessa forma, para a
comunidade tradicional, a terra perdeu seu valor. Não lhes interessava ter
terras se não trabalhavam nelas; sendo assim começaram a vendê-las
possivelmente por quantias insignificantes.
EXTRAÇÃO DE
AREIA DAS PRAIAS: A comunidade de Bombinhas reagiu também as
retiradas indiscriminadas de areias das Praias de Bombas e Bombinhas (
centro ) por uma empresa de Blumenau. Segundo os relatos dos moradores
locais, as praias de Bombas e de Bombinhas eram de uma areia muito fina
composta de Cristal e Quartzo. Desde 1918, essa areia era retirada das
praias em grandes quantidades para uso na industria de vidro. As retiradas
de areia dessas praias causaram transformações
gráficas implicando em
sérios problemas nas comunidades de pescadores que encontravam cada vez
mais dificuldades de usar as embarcações nestas zonas por causa da criação
artificial de dunas e fossas. Na época o Vereador Sr. Manoel José dos
Santos junto com a comunidade, protestaram energicamente contra a extração
de areia que só após muitos anos cessou completamente.
PESCA:
A pesca de subsistência era feita semanalmente e a pescaria, com fins
comerciais, tinha períodos definidos durante o ano. O peixe era escalado e
vendido em arrobas, sendo transportado por embarcações.
EXTRAÇÃO DE
ORQUÍDEAS: Atividade que começou em 1928, mas teve seu auge entre
as décadas de 30 e 60. Os primeiros exploradores vinham de Blumenau. As
orquídeas eram levadas de lancha para Florianópolis, Blumenau e Joinville.
Esta atividade envolveu muitos homens da comunidade, na extração, como
diaristas, e, no transporte, fretando seus barcos. As orquídeas eram
achadas onde havia mata virgem, sobre as pedras e pelo perfume. As pessoas
da comunidade jamais exploravam as orquídeas para fins comerciais, o
negócio foi sempre das pessoas de fora.
A
COMUNIDADE APÓS 1960: Após 1960 as transformações no modo de vida
da população acentuaram-se ainda mais. A população desocupou o morro,
totalmente, passando ocupar a parte plana; a ela se adicionou uma
população flutuante, na temporada de verão. A população foi,
aparentemente, beneficiada pela melhoria das estradas de rodagem, pela
disponibilidade de transportes coletivos, rede de água e eletricidade. A
vinda dos primeiros veranistas prenunciava uma profunda transformação na
localidade e uma rápida ocupação, já na década de 70 cresceu
assustadoramente o número de casas de praia dos veranistas.
Esse afluxo de
pessoas fez com que as terras fossem valorizadas, chamando a atenção dos
especuladores, principalmente, porque havia muitas sem escritura ou
documentos de posse. Porém, nesta etapa, outras atividades vem
complementar a renda familiar. Os membros das antigas famílias de
agricultores ou velhos pescadores aposentados, passaram a ser empregados
pelos veranistas, durante o ano todo para cuidar de suas casas, fazendo
serviços como capinar, limpar e vigiar.
HISTÓRICO SOBRE A
EMANCIPAÇÃO: Em 1967 Bombinhas passou a ser
Distrito de Porto Belo, pela Lei nº 1062/67, e
foi então que surgiram as primeiras idéias sobre
a sua Emancipação. Estas idéias apareceram
sobretudo porque os cidadãos que moravam no
Distrito tinham uma unidade comunitária, isto é,
formavam uma comunidade; e também, pelo descaso
da administração de Porto Belo com os problemas
e necessidades locais. Mais tarde, realizaram-se
reuniões com os membros da comunidade que
criaram um Comitê de Emancipação.
Este Comitê
lançou a campanha para a realização de um
plebiscito sobre a Emancipação. Em 1991, a
Assembléia Legislativa do Estado de Santa
Catarina aprovou uma resolução que autorizava o
plebiscito, realizado no dia 15 de março de
1992. 1.454 cidadãos votaram a favor e 75,
contra a emancipação. Com o resultado do
plebiscito, o Distrito se desmembrou de Porto
Belo, sendo criado o Município de Bombinhas pela
Lei Estadual nº 8.558, de 30 de março de 1992. O
processo de emancipação de Bombinhas é um
exemplo de como os cidadãos unidos em torno de
um objetivo comum podem fazer valer a sua
vontade e alcançar seus objetivos.
Fizeram parte
da Comissão Emancipacionista: Claudir Carlos
Pinheiro, Manoel Marcílio dos Santos, Adauto
Saturnino Januário, Iraci Spader, Aldori José de
Melo, Leopoldo João Francisco Filho, Jonas da
Silveira, Jaime Pedro Estevão, Rafael Luiz
Pereira da Silva, Ademir José Gomes, Luiz
Eduardo Teixeira, Aristides Manoel Tobias,
Claudionor Carlos Pinheiro, Maurino José de
Maria, Gil Maffei e Dauri Francisco de Souza.
Mais historia,
A história de Bombinhas
começa muito tempo antes da colonização. Os
sítios arqueológicos, inscrições rupestres,
oficinas líticas e a própria denominação de
locais, como a Ilha do 'Macuco', atestam a
existência de tribos indígenas, na sua maioria
tupi, na península. A localização dos sambaquis
mostram que os índios preferiam morar perto do
mar e viviam da pesca e cultivo de mandioca.
No ano de 1527,
Sebastião Caboto, a serviço do rei da Espanha,
chegou a enseada de Zimbros , dando-lhe o nome
de são Sebastião, ocasião em que levou quatro
nativos brasileiros para a Europa. Entre 1748 e
1756 foram enviados para todo o litoral
catarinense, cerca de 6.071 pessoas, vindas das
Ilhas dos Açores, território português. Algumas
famílias fixaram-se nas imediações da Enseada
das Garoupas, hoje Porto Belo, dando o nome de
Nova Ericeira. Tempos depois, a península passou
a se chamar Porto Belo. Com eles, vieram sua
cultura popular, como as técnicas de pesca, o
boi na vara, o carro de boi, a olaria de
cerâmica utilitária e decorativa, a renda de
bilro, etc. A chegada do colonizador conduziu às
mudanças de costumes e, inclusive, do modo de
ocupação das terras em relação aos indígenas. Os
colonizadores preferiram fixar-se nos morro e
dedicaram-se sobretudo, à agricultura.
Com auto-suficiência, a comunidade plantava,
pescava, fazia farinha, açúcar, café em pó e
escalava o peixe para conservar. Produzia suas
roupas e, também, cestos, louças de barro, sabão
e óleo de peixe para a iluminação. A fabricação
da canoa de um pau só também é uma arte herdada
dos índios carijós. O nome se dá por ser
construída em um único tronco de madeira
entalhado, que ganha a forma de canoa. O
garapuvú, árvore abundantemente encontrada na
região é preferida em função de sua leveza e por
possuir o tronco reto em seus nós. A maioria dos
pescadores de Bombinhas, mantém com
extraordinário capricho as canoas herdadas dos
avós, muitas delas com cerca de 100 anos.
Após 1960 a população desocupou o morro,
passando ocupar a parte plana; a ela se
adicionou uma população flutuante, na temporada
de verão. A comunidade foi beneficiada pela
melhoria das estradas de rodagem, pela
disponibilidade de transportes coletivos, rede
de água e eletricidade. A vinda dos primeiros
turistas anunciava uma transformação na
localidade e uma rápida ocupação. Na década de
70 cresceu rapidamente o número de casas de
praia dos veranistas, sendo que nesta etapa,
outras atividades vieram complementar a renda
familiar. A Cidade que vivia da pesca passou a
incrementar a renda familiar através do turismo,
tanto pela locação de suas residências como com
estabelecimentos comerciais. A partir dos anos
90, o fluxo de turistas aumenta a cada ano, e em
1992 a população vota a favor da emancipação
política de Porto Belo. Atualmente, possui boa
infra-estrutura turística, com ótimos hotéis e
restaurantes, além de opções de lazer e
entretenimento, que fazem de Bombinhas a décima
quarta cidade mais visitada do país, em viagens
de lazer.
Referencias: IBGE
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