Tabaí é de origem portuguesa. Apresenta atividade
agrícola, com destaque na produção de cítricos, acácia negra, eucalipto,
milho, feijão, mandioca e verduras. Na pecuária, destaca-se a criação de
gado, suínos e ovinos. O município passou a chamar-se Tabaí a partir de
1940, até então era povoado de São Joaquim. Em 1969 chega a luz
elétrica, e em 1972 houve a implantação da primeira escola com 1º grau
completo. O município de Tabaí é desmembrado de Taquari.
Aniversário 22 de Outubro.
Fundação 28 de Dezembro de 1995.
Gentílico tabaiense
Unidade federativa Rio Grande do Sul
Mesorregião Centro Oriental Rio-grandense
Microrregião Lajeado-Estrela
Municípios limítrofes ao norte com o Município de Paverama e Montenegro,
ao sul e oeste com Taquari e a leste com Triunfo
Distância até a capital 80 km
Características geográficas
Área 94,755 km²
Densidade 43,6 hab./km²
Altitude 79 m
Clima frio-úmido
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,746
médio PNUD/2000
PIB R$ 30 894,692 mil IBGE/2008
PIB per capita R$ 7 236,99 IBGE/2008 |
Bandeira de Tabaí |
Brasão desconhecido |
ASPECTOS ECONÔMICOS DE TABAÍ
No início da colonização, a base econômica foi agricultura, a qual
continua sendo até hoje.
Em 1948, a safra sofre redução devido a invasão de gafanhotos.
Em 1950, início a plantação de acácia e eucalipto para suprir a lenha
queimada na serraria a vapor.
Até os anos sessenta, o principal produto era a mandioca. Além da
mandioca, produzia-se arroz, feijão, milho, criação de bovinos, suínos,
avicultura e início da venda de leite.
Neste período haviam muitas atafonas (indústria domésticas de produção
de farinha e polvilho de mandioca), onde trabalhavam a família e muitas
vezes auxiliando por amigos e vizinhos, as quais forma sendo
substituídas por novas fontes de renda, como a produção da soja,
principal atividades econômica.
Nos anos oitenta a soja foi dando lugar à produção de laranjas e acácia
negra a principal atividade econômica do Distrito.
COMÉRCIO
No início da colonização, o comércio era fraco, haviam poucas casas
comerciais e fazia-se muitas vezes a troca de produção coloniais como: a
farinha de mandioca, polvilho, aves, queijos, manteiga, ovos, leite,
arroz, poucos, banha, etc, por produtos como: açúcar, farinha de trigo,
querosene, etc.
Na década de sessenta, iniciou-se a produção e comercialização da soja,
cítricos, lenha, carvão, casca de cerâmica. Neste período também
surgiram o Restaurante Palhoça, o qual tinha lugar reservado para
viajantes que ali faziam pousadas, dois postos de gasolina, a extração
de pedra. Com a construção das rodovias Maurício Cardoso (RST 287) e
rodovia Presidente Kennerdy (BR 386), surgiram o desenvolvimento do
comércio ao longo das rodovias. A extração de pedra grês também foi
fonte de comércio.
INDÚSTRIA
Inicialmente, as primeiras indústrias eram ligadas a agricultura como:
as atafonas, descascador de arroz engenho de cana, moinhos de farinha de
milho alambiques, poluidor de laranja, tecelagem de lã e algodão manual.
Surgiram também outras indústrias de pequeno porte como: serraria,
inicialmente movida a vapor, mais tarde substituída por motores
elétricos, ferrarias, funilarias, fábricas de móveis (mais tarde
passando para esquadrias), indústria de cerâmicas, açougue e
marchanteria.
Em 1984, iniciou-se um grande movimento liderado por José Juarez
Cardoso, pleiteando a 1ª indústria, que veio beneficiar 150 empregos
diretos e com enormes perspectivas de desenvolvimento para a região. Foi
sem dúvidas uma esplêndida vitória da comunidade que não mediu esforços
fazendo abaixo- assinado e reunião de confraternização para conseguirem,
já que tinham o prédio da Cooperativa à disposição e trazerem a Musa
Calçados, atual COTRIL (Cooperativa do Trabalho Industrial de Tabaí Ltda),
hoje não mais cooperativa.
Saúde
O atendimento à saúde era através de curandeiros que tratavam seus
doentes com homeopatias e remédios caseiros. Destaca-se Antônio Batalha,
Tio Eduardo (como era chamado pelas pessoas).
Os partos eram feitos em casa, ajudados por parteiras, sem recursos.
Algumas parteiras de época foram: Crispina Gomes da Silva, Ana Alves
Blank, etc.
Como não havia quase automóveis para transporte os doentes a médicos ou
hospitais, estes eram levados a cavalo ou a carroça.
Por volta dos anos quarenta, surgiram os primeiros automóveis que
prestavam socorro aos doentes, levando-os ao médico, ou trazendo este
até a casa do enfermo.
Em 1970, surgiu o movimento para a construção de um hospital, denominado
Santo Antônio, a qual chegou a ser colocada a pedra fundamental, porém a
obra foi interrompida.
Em 1973, o distrito de Tabaí, recebeu seu primeiro ambulatório médico,
funcionando em uma das salas da Escola Estadual Cônego Cordeiro e o
médico que atendia era o Dr. João Carlos Dilli.
Em 1976, foi inaugurado o Posto de Saúde da Vila Tabaí, o qual contou
com a presença do Governador da época, o Sr. Jair Soares.
Também neste período, o Sindicato dos trabalhadores Rurais de Taquari
instala, nesta delegacia, um ambulatório dentário.
Em 1980, foi criado o Posto de Saúde na localidade do Morro do Pedro
Rosa.
ASPECTOS SOCIAIS E CULTURAIS
No ano de 1927, foi instalado em Tabaí o Cartório Distrital, sendo o
primeiro Escrivão o Sr. Leonel Duarte Pacheco, sucedendo Manoel Querino
Pereira, Adolfo Pedreira dos Reis e Valério Pereira dos Reis.
O transporte coletivo surgiu em 1938, com a Linha Morro azul, Tabaí e
Taquari, do proprietário Bruno Altaman. Na Linha era feita duas vezes
por semana quanto o tempo era bom. Na década de setenta, a empresa
Fátima passou a fazer a linha Paverama, Morro Azul, Tabaí e Taquari,
diariamente duas vezes o dia.
Em 1960, chega a energia elétrica CEEE (Companhia Estadual de Energia
Elétrica).
Em 1964, surgiu a Sociedade Recreativa de Tabaí, sob a liderança de
Serafim Pereira de Souza.
Em 1969, com a fundação da CERTAJA (cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural Taquari-Jacuí Ltda) e com isso houve impulso ao
desenvolvimento, dando condições ao homem do campo.
Inicialmente, as festas eram feitas em casa, como: casamentos,
aniversários e bailes.
Em 1976, foi construído um poço artesiano para a escola estadual Cônego
Cordeiro e para o Posto de saúde da Vila Tabaí, beneficiando também a
comunidade.
Na vila tabaí, a comunidade constrói um pavilhão de festas. Foram também
construídos alguns salões de bailes como: Salão Lampert, Salão Vargas e
Salão Aterrados.
Em 1979, foi reformada a praça da Vila Tabaí, que passou a chamar-se
Praça dos Queridos.
No final da década de setenta com a produção de casca, lenha, carvão e
outras culturas, grande número de proprietários adquiriram caminhões
para o transporte de carga, tornando esta atividade em forte de renda
pelo facial acesso rodoviário.
Em 1980, foi inaugurada a nova sede da Sub-Prefeitura da Vila Tabaí.
Em 1983, Tabaí foi beneficiada com a telefonia rural.
Contamos também com um posto de correios e telégrafos, dói centros
telefônicos com 42 ramais em propriedades diferentes e 10 telefones
rurais e, convênio com a CERTAJA, um Posto de Polícia Rodoviária Federal
e duas empresas de ônibus que circulam em nosso Município.
Toda esta infra-estrutura básica, feito pela Universidade do Alto
Taquari de Ensino Superior, demonstra claramente as perspectivas
otimistas de desenvolvimento desta nova comunidade, inclusive
salientando de que em sua área, supera-se a média de alguns municípios
já existentes nesta religião. Da mesma forma, temos 24 estabelecimentos
comercias e industriais e uma listagem de 100 prestadores de serviços.
Em 1991, foi construído o Pavilhão Comunitário, no Faxinal dos Pachecos.
Em 1992, a Vila tabaí recebe um trecho asfáltico, também neste ano foi
construído o Pavilhão Comunitário, no Morro do Pedro Rosa e do Pavilhão
Esporte Clube Real.
Haviam outras associações esportivas distribuídas pelo interior, e como
lazer o distrito de Tabaí oferece aos fins de semana o futebol. Temos
vários clubes como: Clube do Lar cavernas, Clube do Lar União da Vila
Tabaí e o Clube 4 S.
O distrito de Tabaí dispõe também de um CTG, denominado Sentinela de
Tabaí, o qual foi fundamentado em 1989, sendo patrão Pedro Caetano de
Azevedo. Ainda contamos com quedas d? água para explorar o turismo, o
Morro da Torre que está localizado na sede, também existem outros como:
Morro do Meio, Cerro dos Lopes, Morro do Pedro Rosa, Morro Aracuã entre
outros.
EDUCAÇÃO
Em Tabaí, 4º distrito de Taquari, estudar era muito difícil devido a
distancia, tendo como conseqüência as evasões escolares. Muitos
professores lecionavam em casas particulares e outras moravam nas
Escolas, devido ao difícil acesso. O ensino era somente de 1ª a 4ª
série.
Em 1944, foi criada a Escola Cônego Cordeiro, na Vila Tabaí.
Em 1949, surge a Escola Pedro Rosa, no Morro do Pedro Rosa.
Em 1950, iniciaram as atividades na Escola Municipal Margarida Ribeiro,
no Faxinal dos do Cemitério.
Em 1956, surge a Escola Municipal Dr. Franklin Praia Filho, no
Lajeadinho.
Em 1958, surge a Escola Anita Garibaldi, no Rincão Pedro Marques. Neste
mesmo ano foram criadas as Escolas: Escola Municipal Ana Voges em
Aterrados e a Escola Municipal José de Alencar, no Faxinal do Pachecos.
Em 1959, inicia suas atividades a escola Municipal Carlos Gomes, na
Linha Leonel Nascimento.
Em 1961, foi criada a escola Municipal Capitão José Rodrigues de Castro,
no Morro do Pedro Rosa.
Em 1962, forma criadas as Escolas: Escola Municipal David Canabarro, em
Cavernas e a Escola Municipal Albertinho Saraiva, na localidade de Pedra
grande.
Em 1963, surge a escola Municipal Azambuja Guimarães, no Passo dos
Corvos.
Em 1968, inicia a escola Municipal José Bonifácio, no Casfundó do
Ismael.
Em 1972, com a mudança da Lei nº 5692/71 da educação, implantou-se o 1º
Grau completo nas escolas Cônego Cordeiro e Pedro Rosa, o qual
oportunizou aos estudantes da zona rural uma melhor qualificação e um
maior número de estudantes a continuar seus estudos (2º Grau) em cidades
vizinhas.
Em 1975, foi criada a Escola Municipal Léo Alvim Faller, na localidade
de Cerro dos Lopes.
Em 1991, inicia suas atividades a Escola Municipal Rangel Brandão, no
Trevo Tabaí e em 1997, com a emancipação do Município, por ser mais
centralizada foi desativada, provisoriamente, para funcionar a
Prefeitura Municipal de Tabaí.
DADOS GERAIS
Em 1993, inicia o movimento emancipacionista em Tabaí.
Em 1994, a idéia se difunde na comunidade.
Em 1995, realizou-se o plebiscito no dia 22 de outubro de 1995, com um
total de 1893 eleitores, dando o seguinte resultado: 844 SIM e 659 NÃO,
13 BRANCOS E 19 NULOS.
O Município de Tabaí foi desmembrado do Município de Taquari, sendo
formado pelo distrito pelo de Tabaí mais as localidades de Morro do
Pedro Rosa, parte do Carapuça e aterrados, com a sede centralizada entre
a RST 287 e BR 386, e BR 386, no travo Tabaí.
Possui um área de 94,85 Km², uma população aproximada de 3.070
habitantes, 2.220 eleitores, com uma altitude média de 120 metros.
Em 1995, no dia 28 de dezembro, o Governador do Rio Grande do Sul,
sancionou a emancipação política de Tabaí de acordo com a Lei nº 10.660
publicada do Diário Oficial do Estado em 29 de dezembro de 1995.
O Município de Tabaí fica distante da capital do Estado (Porto Alegre)
80 km, 30 km do Pólo Petroquímico, 40 Km de Lajeado, 70 km da região
calçadista Vale dos Sinos e 25 km do município mãe, Taquari.
Em 1996, foi feita a 1ª eleição para Prefeito Municipal e Vereadores,
sendo que foi eleito pelo povo o 1º Prefeito, o Sr. Osvaldo Pereira
Machado e Vice-prefeito, o Sr. Arsenio Pereira Cardoso, na gestão de
1997 a 2000. A Câmara de Vereadores foi constituída de 9 membros que
são: Décio Rodrigues, Vilso Oliveira de Paula, Jaci Rosa da Silva,
Rozelena de Costa Vargas, Nei Lopes dos Reis, João Paula de Oliveira,
João Oduarto Claus, joão Carlos de Souza Lopes e Auri Rosa da Silva.
Fonte: Prefeitura Municipal de Tabaí
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