Talvez a origem
do nome seja de "Yssá" = haste + "piranga" =
vermelho ou "Sá" = olho + "piranga" = vermelho.
O município faz parte da região do Vale dos
Sinos, que se destaca pela produção de calçados;
foi fundado por imigrntes alemães, que
colonizaram a região após a chegada em São
Leopoldo, em 1824.
Da sua histOria, faz
parte da epopéia dos "muckers", que eram
fanáticos religiosos, liderados por uma mulher
chamada "Jacobina", que tinham se instalado
junto ao morro Ferrabrás. Na década de 80, no
auge da produção de calçados, a cidade recebeu
expressivos contingentes de imigrantes, que
vieram principalmente da região noroeste do Rio
Grande do Sul, em busca de emprego na então
florescente indústria de calçados.
O
município é conhecido como "cidade das rosas" e
"capital do vôo livre", praticado junto ao morro
Ferrabrás. No ano de 1830, em homenagem ao
Sagrado Coração de Jesus, foi erguida uma
Capela, sendo este o Padroeiro que deu oigem ao
povoamento da sede. Sapiranga, que já foi
chamada anteriormente de Padre Eterno, Fazenda
Padre Etern o e Fazenda Leão, teve como
primeiros habitantes elementos de origem
germânica.
Este nome se deve a
abundância de uma fruta chamada "araçá- pyranga"
(termo indígena que significa araçá vermelho).
Um fato importante de sua historia, que merece
ser destacado, foi o episódio dos Muckers, em
que perdeu a vida o Cel. Genuínio Sampaio
Mais historias,
A área que
atualmente correspondente ao município de
Sapiranga era, inicialmente, ocupada por índios
Kaingangues e Guaranis, que viviam pela encosta
e juntos aos rios e arroios. A ocupação
portuguesa ocorreu no século 18, mas o primeiro
proprietário, segundo o registro de sesmarias
(1816-1820), foi Innocencio Alves Pedroso, que
vendeu suas terras a João Ferreira da Silva,
que, por sua vez, negociou elas com Manoel José
Leão. Nesta época a região chamava-se Padre
Eterno e pertencia à freguesia da Aldeia dos
Anjos, onde Manoel José Leão instalou sua
propriedade conhecida como Fazenda Leão
(Leonerhof).
No período de 1824 a
1826, os primeiros alemães estabeleceram-se no
Rio Grande do Sul. Estes imigrantes germânicos
desembarcaram em São Leopoldo no dia 25 de julho
de 1824 (data hoje festiva em nossa região),
iniciando a história dos municípios que formam a
região conhecida como Vale dos Sinos. Esses
imigrantes receberam lotes de terras, onde deram
início à sua habitação.
Segundo a
historiadora e professora Dóris Fernandes
Magalhães, a Fazenda Padre Eterno, após
discussões jurídicas, foi levada à leilão pela
Justiça e arrematada em praça pública por João
Pedro Schmidt, comerciante do Hamburgerberg, em
julho de 1842. Essa venda marca o início, de
fato, da colonização alemã nas terras que hoje
formam o município de Sapiranga.
O
comerciante cria a sociedade com seu vizinho
João Kraemer, e, através da Sociedade Schmidt &
Kraemer, são loteadas as áreas da Fazenda Padre
Eterno para colonos, que se organizam em
pequenas propriedades policultoras, usando
mão-de-obra familiar.
Os primeiros
colonos a comprarem terras (chamadas de prazos
coloniais) foram João Hofmeister e Henrique
Pedro Müller, em 1845, em lotes vendidos
próximos da encosta do Morro Ferrabraz.
Os colonos vindos do
Hunsrück instalados vão se dedicar à atividade
agrícola de subsistência, bem como ao
artesanato, ferraria, marcenaria, carpintaria,
selaria e tamancaria, trabalhos que haviam
trazido da Europa e graças a qual puderam suprir
suas necessidades nas novas colônias.
Nos primeiros anos era comum encontrar os
colonos dedicando-se, simultaneamente, a alguma
atividade artesanal e outra agrícola. Aos
poucos, o artesanato se amplia para pequenas
manufaturas onde, como na lavoura, a mão-de-obra
básica era a familiar. Mas o advento da
manufatura não iria eliminar o artesanato, de
modo que, por muito tempo, ambas as atividades
iriam coexistir.
Em 1850, começou o
povoamento efetivo do solo sapiranguense, com o
estabelecimento dos primeiros colonos.
O desenvolvimento da
colônia alemã teve um episódio violento na
segunda metade do século 19, a chamada batalha
(ou revolta) dos Mucker, um conflito social
entre os colonos no Morro Ferrabraz, que se
arrastou de 1868 a 1874.
Os protagonistas
desta saga foram Jacobina Mentz e João Jorge
Maurer, que se conheceram em Hamburgo Velho, na
metade do século 19, casaram-se em 1866 e se
estabeleceram nas terras da encosta do Morro
Ferrabraz (teriam tido seis filhos). Jacobina
sofria de ataques epiléticos, desde criança, o
que fazia com que ela fosse vista como uma
pessoa de natureza transtornada.
Quando
ela adoeceu, o curandeiro Ludwig Buchorn a
tratou e ensinou seu marido sobre as ervas e
como elas podiam ser usadas para a cura de
enfermidades. Como naquela época os médicos eram
escassos, as pessoas comumente apelavam para os
curandeiros. Enquanto Maurer utilizava seus
conhecimentos com chás e ervas, Jacobina usava a
religião no atendimento aos doentes, citando
passagens bíblicas com interpretações livres.
Tornou-se famosa por suas pregações e os
tratamentos de cura passaram a ser vistos como
miraculosos.
Assim, criou-se uma
legião de seguidores (muitos até fanáticos) de
Jacobina, e isso atraiu a ira de muitos outros
habitantes que a viam como uma inimiga da igreja
e acusavam de falsa curandeira. Surgiu então na
colônia a definição Mucker para os seguidores de
Jacobina, uma palavra alemã que pode ser
traduzida como falso, desonesto. Vieram
abaixo-assinado, acusações, pressões na Justiça
e no governo estadual. Os Mucker eram acusados
de vários ataques na região pelas comunidades
contrárias a eles. Com as acusações, ataques e a
opressão, eclodiu o ódio no Morro Ferrabraz.
Iniciou-se então uma
guerra violenta, sangrenta, que ficou conhecida
como A Batalha dos Mucker. Casas comerciais
foram incendiadas, resultando em mortes de
crianças e adultos. A chegada das tropas de
infantaria comandadas pelo coronel Genuíno
Sampaio acentuam o prenúncio da ofensiva
derradeira.
Com a morte do coronel, após
um ataque a seu acampamento, arma-se o combate
final de tropas do Exército e da Guarda Nacional
contra os Mucker, que ocorreu em 2 de agosto de
1874, resultando na morte de Jacobina e de seus
últimos seguidores. Os poucos que sobreviveram
foram presos e condenados. E, segundo relatos,
mesmo depois de soltos os seguidores de Jacobina
foram rechaçados por colonos que combateram a
seita Mucker na região. Encerrava-se, assim, um
página sangrenta da colônia ao pé do Ferrabraz.
A partir de 1890,
Sapiranga deixa de ser parte do 4.º Distrito de
São Leopoldo para ser vila e sede do 5.º
distrito, pelo Ato Intendencial n.º 154. Em
1899, iniciou-se a construção da Ferrovia Novo
Hamburgo-Taquara, inaugurada em 1903, ampliando
o transporte que até então era feito por
lanchões, barcos, cavalos, mulas e carretas.
Com a ferrovia,
Sapiranga recebeu um novo impulso e, ao longo da
estrada de ferro, se formaram os povoados, como
Araricá e Campo Vicente.
Nesta época também
surgiria o nome que daria origem à atual
denominação do município. Havia abundância na
região de uma fruta chamada araçá pyranga (termo
indígena que significa a fruta araçá vermelha),
denominação que originaria o nome do município
de Sapiranga (Sapyranga, no início), em uma
corruptela dos moradores que acabariam
pronunciandoa fruta como 'a-ça-piranga'. Esta
fruta ainda existe em quantidade significativa
nos capões do Kraemer-Eck. A denominação de
Sapyranga, inclusive, segundo historiadores,
teria surgido pela primeira vez nessa região.
O desenvolvimento
recebe impulso com a eletrificação da vila em
1935. A economia se diversifica: 76 casas
comerciais, 148 estabelecimentos industriais,
destacando-se indústrias de calçados, de
sombrinhas, massas, sabão, atafonas , carimbos,
metalúrgicas, móveis, aguardentes, vinhos,
alfaiataria. Na década de 1940, ocorre um
desenvolvimento maior na indústria de madeira e
de calçados. No ano de 1946, começa a funcionar
a primeira linha de ônibus pertencente a Braum e
Cia, em um novo impulso nos transportes da
região e a migração das estradas férreas para
estradas de veículos automotores.
Em 1933, a partir do
surgimento de novas fábricas, houve a ampliação
do mercado de trabalho sapiranguense. Com isso,
a população triplicou. Esses e vários outros
motivos contribuíram para o crescimento da idéia
de emancipação. As lideranças partiram para
passos concretos, através da criação de uma
Comissão de Emancipação. Também foi criado um
Conselho Deliberativo composto de todos os
presidentes de partidos políticos da região.
Em 1948 se tem efetivamente início o
movimento emancipacionista, buscando a
independência política e econômica de Sapiranga
através do desmembramento de São Leopoldo. O
número de habitantes ainda era insuficiente
(inferior a 12 mil) para se emancipar. Então, a
organização apelou aos habitantes dos distritos
de Picada Hartz e Campo Vicente (pertencentes a
Taquara). Assim, com essa união, Sapiranga
cumpria com todas as exigências previstas em lei
para se emancipar.
Em 1953, após intensa
campanha, na qual foram visitados todos os
quadrantes da região formaria o novo município,
com festas populares, discursos, panfletos
bilingües em português e alemão lançados por
todos os lugares, tem lugar um plebiscito, no
qual se impõe a soberana vontade popular ,
almejando efetivamente a emancipação. O
plebiscito ocorreu em 20 de Dezembro de 1953,
sendo a proporção de votos de quase 5 por 1 a
favor da emancipação. Pela Lei estadual n.
2.529, de 15 de dezembro de 1954, então, foi
criado o município de Sapiranga, ocorrendo a
instalação a 28 de fevereiro de 1955, data na
qual é oficialmente festejado o aniversário da
cidade.
Formação
Administrativa
Distrito criado com a
denominação de Sapiranga por Ato Municipal nº
154, de 28-03-1890, no município de São
Leopoldo.
Em divisão
administrativa referente ao ano de 1911 o
distrito figura no município de São Leopoldo.
Assim permanecendo em divisões territoriais
datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
No quadro fixado para
vigorar no período de 1939 a 1943, o distrito
permanece no município de São Leopoldo.
Em divisão
territorial datada de 1-VII-1950 o distrito
permanece no município de São Leopoldo.
Elevado à categoria
de município com a denominação de Sapiranga pela
Lei Estadual n.º 2.529, de 15-12-1954, sendo
desmembrado de São Leopoldo. Sede no antigo
distrito de Sapiranga. Constituído de 2
distritos: Sapiranga e Araricá, ambos
desmembrados do município de São Leopoldo.
Instalado em 28-02-1955.
Pela Lei Municipal
n.º 34, de 29-07-1955, foram criados os
distritos de Campo Vicente e Picada Hartz e
anexados ao município de Sapiranga.
Em divisão
territorial datada de 1-VII-1960, o município é
constituído de 4 distritos: Sapiranga, Araricá,
Campo Vicente e Picada Hartz. Assim permanecendo
em divisão territorial datada de 1-I-1979.
A Lei Estadual n.º
8.429, de 02-12-1987, desmembra do município de
Sapiranga os distritos de Picada Hartz e Campo
Vicente, para constituírem o novo município de
Nova Hartz.
Em divisão
territorial datada de 1-VI-1995 o município é
constituído de 2 distritos: Sapiranga e Araricá.
A Lei Estadual n.º
10.667, de 28-12-1995, desmembra de Sapiranga o
distrito de Araricá, elevado à categoria de
município.
Em divisão
territorial datada de 2001 o município é
constituído do distrito sede.
Em divisão
territorial datada de 2014 o município é
constituído de 2 distritos: Sapiranga e Picada
São Jacó.
Referencias:
Prefeitura
IBGE
Ache Tudo e Região |
Não
solte fogos,
eles causam câncer e atacam o
sistema neurológico e psicológico
das crianças, matam, maltratam e
adoece animais e humanos.
Não frequente zoológico, não compre
animais adote (1). |
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Não estamos sozinhos,
é vital dividirmos espaço com outras criaturas ou
seremos também eliminados do planeta. Proteger
as árvores, os animais, rios e mares são dever
cívico de cada cidadão. Seremos
todos responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo
a natureza. |
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Copyright © 1999 [Ache Tudo e Região] Todos os direitos reservado. Revisado em: 22 janeiro, 2020. Melhor visualizado em 1280x800 pixel |
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