"Estávamos a 11 de outubro (1909) a 18º e
7' ao Ocidente do Rio de Janeiro, no paralelo de 11º 49'
e 15", distantes 354 quilometros de Juruena. Descobrimos
aí um rio que denominei Pimenta Bueno - reconhecemos
mais tarde que suas cabeceiras..." ("Rondon Conta sua
Vida", de 1969, Pág. 294, de Esther de Viveiros).
Segundo E. Roquete Pinto, em seu livro "Rondônia", 4ª
edição, de 1938, pag. 58, "o nome foi dado em homenagem
a quem a corografia de Mato Grosso deve linas
magistrais".
O ria descoberto por Rondon era conhecido pelos índios
como Apidiá ou Apediá e segundo Emanuel Pontes Pinto, em
seu livro "Caiari", de 1986, pag. 183, Rondon batizou
esse rio em homenagem ao Dr. José Antônio Pimenta Bueno,
Marquês de São Vicente, Presidente da Província de Mato
Grosso (1835 a 1836), nomeado pelo Imperador D. Pedro I
em 05 de novembro de 1835.
Em 1912 quando Rondon retornou construindo a linha
telegráfica que ligaria o Mato Grosso ao Amazonas,
implantou uma estação telegráfica na confluência do Rio
Apidiá, denominado por ele de Pimenta Bueno, com o Rio
Barão de Melgaço ou Comemoração de Floriano, nomeando
como telegrafista e guarda-fios Durval Lebre. A estação
telegráfica recebeu o nome de Pimenta Bueno, núcleo
embrionário da futura cidade.
Esron Penha de Menezes em seu livro II "Retalhos para a
História de Rondônia", págs. 135 e 136, afirma que Nilo
Póvoas em seu livro "Galeria dos Varões Ilustres de Mato
Grosso", Volume I, Edição de 1977, escreveu que o Cel.
Rondon batizou por "Pimenta Bueno" uma das estações
telegráficas por ele implantada na região de "Rondônia",
em homenagem a Francisco Antônio Pimenta Bueno, filho do
Dr. José Antônio Pimenta Bueno, Marquês de São Vicente,
que foi Presidente da Província do Amazonas e elaborou a
Carta da Província de Mato Grosso, palmilhando o vasto
sertão matogrossense.
Com as duas versões postas fica a dúvida se realmente o
Cel. Rondon quis homenagear o pai, Marquês de São
Vicente, dando o seu nome ao rio ou se homenageou o
filho dando o seu nome a estação telegráfica.
A localidade de Pimenta Bueno que sofreu exuberante
crescimento populacional, a partir do final da década de
sessenta e início da de setenta, por causa da
implantação dos projetos de colonização em Rondônia, foi
elevada à categoria de subdistrito do Distrito de
Rondônia (hoje Ji-paraná) do Município de Porto Velho,
através do decreto nº 565, de 01 de abril de 1969.
O município com o mesmo nome, foi criado através do
artigo 47 da lei nº 6.448, de 11 de outubro de 1977,
assinada pelo Presidente da República Ernesto Geisel,
com área desmembrada do Município de Porto Velho.
Gentílico: pimenta-buenense.
Fonte:
NÍMIA DE RONDONIA(REVISTA BRASILEIRA DE
GEOGRAFIA/VOLUME/57).
Autor do Histórico: VALTER NICHIO BERTONI
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