Rio de
Janeiro, nome próprio Cidade Maravilhosa ! "
Coelho
Neto, cognominado "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", criou este
sinônimo para o Rio de Janeiro em 1908, nas páginas do jornal "A Notícia"
e, 20 anos depois, em 1928, festejou sua centésima publicação, lançando o
livro "Cidade Maravilhosa". Assim, o maranhense Henrique Maximiano Coelho
Neto, escritor, jornalista, professor e membro fundador da Academia
Brasileira de Letras ficou para sempre ligado a nossa cidade.
Já em 1934,
o compositor baiano André Filho lança, para o carnaval daquele ano, uma
das músicas brasileiras mais famosas de todos os tempos, transformada em
Hino do Rio de Janeiro : "Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil,
cidade maravilhosa, coração do meu Brasil . . . "
Só mesmo
poetas e prosadores podem colocar em palavras todos os encantos com que a
natureza presenteou o Rio, mas cabe aos seus moradores, os cariocas, o
dever de repartir com seus visitantes toda esta beleza. O que fazem com
muita alegria e orgulho.
O Rio de
Janeiro é uma cidade para ser ouvida, admirada, percorrida, descoberta.
Esta é a única maneira de entender porque o Rio é incomparável.
O Rio de
Janeiro é uma cidade de fama mundial, consolidada como destino
turístico para os diferentes fluxos turísticos que se dirigem ao cone sul.
Cartão postal do país, a cidade
destaca-se por sua exuberante beleza natural, formada pela perfeita
harmonia entre o mar e a montanha. Junte-se a esta grafia monumentos
históricos, variada oferta de meios de hospedagem, bares, restaurantes, o
sol, a praia, o verde das encostas e chega-se à receita do que faz com que
o carioca seja um povo alegre e hospitaleiro. Nele se identifica o estilo
de viver, produzir, comportar-se, estar atento a todos os acontecimentos,
lançar moda e expressões. Esse jeito de ser é resultado da vida ao ar
livre que o Rio propicia, dando abertura para que o povo desta cidade
absorva, com muita peculiaridade tudo e todos que aqui chegam.
Por isso o Rio de Janeiro tem, como principal vocação, o turismo.
A Prefeitura consciente dessa vocação da
cidade, vem priorizando as atenções para as atividades direta e
indiretamente ligadas ao atendimento do visitante e à divulgação do portão
de entrada do Brasil e centro cultural do país.
As ações nesse sentido resultam da
comunhão governo e iniciativa privada, consolidadas pela Riotur, empresa
responsável pela promoção turística da cidade, a serviço dos
empreendimentos que movimentam essa área da economia municipal.
Em janeiro de 1997, a Prefeitura da
Cidade do Rio de Janeiro, por intermédio da Secretaria Especial de Turismo
e em conjunto com diversos segmentos da sociedade, iniciou a elaboração do
Plano de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro - Plano Maravilha. Justamente
idealizado em função da importância do turismo no desenvolvimento
sócio-econômico da cidade e da ausência de uma política adequada para o
setor, alicerçada num planejamento a longo prazo.
Com o apoio da iniciativa privada, da
Embratur, e com a plena participação de representantes das variadas áreas
de atuação ligadas direta e indiretamente ao tratamento com o visitante, o
Plano Maravilha ganhou forma, indicando ações efetivas e capazes de
contribuir para a transformação da cidade, tornando-a mais atraente como
pólo turístico e melhor para o seu cidadão.
A elaboração do Plano Maravilha
estruturou-se em duas etapas sucessivas:
1ª Fase - Diagnóstico e Estratégia de
Desenvolvimento, 1º semestre de 1997;
2ª Fase - Plano Operacional, 2º semestre de 1997.
Após a Fase de Diagnóstico, na Segunda
Fase, a de definição do Plano Operacional, foram elaborados os projetos
para melhor viabilizar o turismo na cidade, com o objetivo de se obter um
aumento significativo na demanda turística.
Já, em janeiro de 1998 foi iniciada a
fase de implantação do Plano Maravilha.
Pode-se afirmar que o Plano Maravilha, ao
longo de três anos de atuação, mudou o panorama do turismo carioca,
alcançando ótimos resultados na incrementação do produto turístico Rio no
Brasil e no mundo, além de apresentar resultados no desenvolvimento
sócio-econônico da cidade.
A meta do Plano Maravilha, de dois
milhões de turistas internacionais, ainda no ano 2000, deverá ser
superada. Posto que em 1999 visitaram a cidade um milhão 724 mil turistas
estrangeiros.
Para uma cidade de privilegiada beleza
natural, a RIOTUR - Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro soma
esforços com empresas particulares na sistemática divulgação de suas
potencialidades, sobretudo com publicações turísticas que tratam dos
aspectos estruturais, culturais e de lazer do Rio de Janeiro e em ações de
promoção e venda através da participação nos principais eventos turísticos
dos calendários nacional e internacional. Na geração de eventos dirigidos
à comercialização dos produtos turísticos brasileiros, como é o caso da
parceria Riotur, Varig e ABIH-Rio para a promoção da maior bolsa
internacional de negócios de turismo do país, BRITE - Brazilian
International Tourism Exchange, que em sua segunda edição propiciou um
percentual de 97,2% de negócios para os operadores participantes do
evento.
Para incrementar o produto turístico Rio,
a Riotur incentiva e apoia o Rio Convention & Visitors Bureau em seus
esforços de captação de congressos para a cidade. O Rio Convention Bureau
anunciou que o Rio subiu 18 posições no ranking internacional das
cidades-sede de congressos, passando do 30º para o 12º lugar, estando à
frente de Paris, Roma, Londres e Hong Kong. Alavancado pelo Rio, o Brasil
subiu do 19º para o 14º do mundo.
Esses eventos que têm a cidade como
destino, são, em sua maioria, realizados no Riocentro, complexo de bela e
contemporânea arquitetura, formado por cinco grandes pavilhões
interligados, somando uma área disponível de 100.209m² para exposições. O
Pavilhão 5, destinado a congresso, tem uma área construída de 28.400m² .
Em seus dois pavimentos, oferece todo o conforto e versatilidade para a
realização simultânea de congressos, convenções e exposições. A
infra-estrutura é complementada com salas de apoio, central telefônica,
depósitos, restaurante, serviço médico, telecomunicações, estacionamento
para cinco mil automóveis e 60 ônibus.
O fato do Riocentro ter abrigado com
sucesso, dentre outros importantes eventos, a ECO'92, que reuniu 122
chefes de Governo e de Estado e mais de 170 mil delegados oficiais,
qualifica-o para eventos de qualquer dimensão ou natureza.
A promoção do Rio é possível porque a
cidade oferece um sem número de atrativos naturais, somados aos produzidos
pelo homem, que podem ser admirados num simples passeio de carro ou ônibus
turístico. Mas tudo deve ser visto de perto, entrando no mar, na mata, nos
parques, nos prédios históricos, nos centros culturais, subindo até os
mirantes, deixando-se arrebatar pelo som da música dos bares, das
discotecas, das salas de espetáculos. O paladar também precisa de atenção
e não faltam restaurantes, cantinas, lanchonetes, casas de chá para
agradar ao mais exigente dos gourmets.
A infra-estrutura turística faz jus à oferta da cidade. A capacidade
diária da rede hoteleira com 188 hotéis, pode ser estimada em 23 mil
pessoas. Das aproximadamente 350 agências de viagens, 60 são
especializadas em turismo receptivo para atender ao visitante da cidade.
Além disso, o turista e o próprio carioca
têm à disposição um serviço de ônibus, o City Rio com três itinerários
básicos, interligados. Os veículos são dotados de ar condicionado e rede
de áudio com fones de ouvido para fornecer informações em quatro idiomas e
circulam diariamente com freqüência de 30 minutos, ligando os principais
pontos turísticos à rede hoteleira.
A cidade pode ser vista do alto, em vôos
panorâmicos dos helicópteros da Helisight com saídas da Lagoa Rodrigo de
Freitas, do Morro da Urca, do Mirante Dona Marta ou do Píer Mauá do Cais
do Porto.
Manifestação tão perfeita da natureza, a Baía de Guanabara e seus pontos
históricos adquirem um sabor todo especial em passeios de barco da
Saveiros Tour, saindo do cais nobre da Marina da Glória.
O que é que a Lagoa de Marapendi tem pode ser constatado em passeios
diários de catamarã, da Lagunar, saindo do Clube Marapendi, na Barra da
Tijuca.
Apenas para citar alguns, aqui estão os
pontos mais marcantes da cidade e que não podem deixar de ser visitados: O
Corcovado, com 710 metros de altura, em cujo está localizada a
estátua do Cristo Redentor; o Pão de Açúcar, eterno guardião da entrada da
Baía de Guanabara, pode ser alcançado por teleférico; a Enseada de
Botafogo, emoldurada pelo conjunto dos morros da Urca e Pão de Açúcar e
enfeitada pelos barcos do Iate Clube; a praia de Copacabana, com sua
belíssima curva atlântica de 4,15 km de extensão; o Copacabana Palace
Hotel, um dos primeiros à beira-mar, inaugurado em 1923, reflete fielmente
a influência cultural européia de sua época; o Forte de Copacabana, onde
funciona o Museu Histórico do Exército; o rico e variado comércio de rua
de Copacabana e Ipanema: a praia de Ipanema, famoso ponto de encontro do
Rio de Janeiro; a Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de bairros e
montanhas, centro de lazer e entretenimento, em suas margens localizam-se
parques, ciclovias, quadras esportivas e o centro gastronômico formado
pelos quiosques que oferecem uma variada cozinha; o Jockey Club
Brasileiro, construído em estilo Luís XV, resumo multifacetado de esporte,
lazer, moda, gastronomia, eventos e, é claro palco das mais importantes
provas do turfe nacional; o Jardim Botânico que abriga alguns dos
principais exemplares da flora brasileira e mundial; a Floresta da Tijuca,
com suas trilhas e seus pontos pitorescos, é a maior floresta urbana do
mundo e o pulmão da cidade; Arcos da Lapa e o bondinho de Santa Teresa,
trata-se de um aqueduto construído nos tempos coloniais, que hoje serve de
viaduto para os bondinhos que ligam o Centro ao bairro de Santa Teresa; o
Theatro Municipal do Rio de Janeiro pela imponência arquitetônica de sua
fachada é sucesso turístico tão grande quanto os espetáculos que nele são
encenados; a Confeitaria Colombo, um exemplo de estilo Art Nouveau, marco
vivo da Belle Époque carioca; o Museu de Arte Moderna, localizado em meio
a jardins às margens da Baía de Guanabara, possui uma importante coleção
de obras de artistas brasileiros e estrangeiros; o Largo do Boticário com
suas sete casas, reproduzindo o estilo colonial, tem o supremo privilégio
de ouvir o murmúrio do vizinho do Rio Carioca; o Museu Internacional de
Arte Naïf, possui um acervo de 8.000 obras de pintores do Brasil e de
outros 130 países; o Museu Chácara do Céu que reúne pinturas, cerâmicas,
mobiliário, objetos e livros; o Parque das Ruínas, embora não se tratem de
ruínas históricas é um interessante centro cultural, com uma bela vista da
cidade; o Centro Cultural Banco do Brasil, além de se destacar pela
arquitetura, tem uma intensa agenda de programações; a Igreja de Nossa
Senhora da Candelária, uma das maiores igrejas do Rio se localiza bem no
burburinho do centro financeiro da cidade; o Museu Histórico Nacional,
possui um acervo de valor histórico inestimável; a Igreja de Nossa Senhora
de Bonsucesso, uma das mais antigas igrejas constituídas da cidade; a
Praça Quinze de Novembro, considerado o centro histórico da cidade, nela
está instalado o Paço Imperial; a Ilha de Paquetá, localizada na Baía de
Guanabara, é conhecida pela proibição de tráfego de veículos, o que a
torna mais tranqüila e encantadora; a Ilha Fiscal, mais uma das ilhas da
Baía de Guanabara, possuiu um prédio neo-gótico que se notabilizou por
sediar o último baile do Império; o mosteiro de São Bento, considerado
monumento mundial pela Unesco, impressiona pelo contraste do estilo
austero de sua fachada com o intrincado trabalho da talha dourada do
interior da igreja; o Maracanã, maior estádio de futebol do mundo,
completando 50 anos, mantém ao longo do tempo, todo o glamour que o
transformou em cartão-postal e ponto obrigatório de visita para quem vem a
nossa cidade; o Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, no aterro do Flamengo, é
uma imensa área verde à beira-mar, onde estão localizados museus,
monumentos, quadras de esportes, jardins de Burle Marx e uma marina, a
Marina da Glória; igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, verdadeira
jóia arquitetônica, foi a igreja preferida da família imperial brasileira;
o Palácio do Catete e Museu da República, foi sede do poder republicano de
1897 a 1960, hoje é um centro com intensa agenda cultural; a praia da
Barra da Tijuca é a maior do Rio e uma das mais procuradas pelos
praticantes de surfe, windsurfe, bodyboarding e pesca de beira; a Casa do
Pontal, museu de arte popular, no Recreio dos Bandeirantes; o Sítio
Roberto Burle Marx, reúne mais de 3.500 espécies de plantas, somadas a um
fabuloso acervo de obras de arte e biblioteca.
A partir da cidade do Rio de Janeiro
ainda podem ser alcançados, em poucas horas, outros pontos de interesse
cultural e turístico do estado tais como: Niterói, indo pela ponte ou, em
poucos minutos de travessia da Baía de Guanabara; Petrópolis, Itaipava e
Teresópolis, a menos de uma hora de subida da serra; Itacuruça, Angra dos
Reis e Parati, em direção ao sul do Estado, são uma mostra exuberante de
ilhas ao longo do Oceano Atlântico; de Cabo Frio a Búzios, a chamada Costa
do Sol, é famosa por abrigar balneários de areias muito brancas e mar
verde.
CULTURA
A cidade do Rio
de Janeiro destaca-se como aglutinadora e avalizadora da cultura
brasileira. Foi, durante longo tempo, a capital do país, desenvolvendo um
perfil de cidade cosmopolita. Nela reúne-se um grande número de artistas
dos mais diferentes campos de atividade: escritores, cientistas,
pesquisadores, artistas plásticos, músicos, arquitetos, urbanistas,
botânicos, ambientalistas.
É um centro de publicação dos mais
importantes órgãos da imprensa política e literária. O primeiro jornal
impresso no Brasil foi a Gazeta do Rio de Janeiro, cujo número inicial
data de 1 de junho de 1808. A partir de 1999 essa data foi adotada para
comemorar o Dia da Imprensa.
Atualmente, no Rio, são editados quatro
grandes jornais diários de circulação nacional: Jornal do Brasil, O Dia,
Extra e O Globo.
Na cidade desenvolveu-se uma linguagem
televisiva e radiofônica, de padrão internacional, que serve de modelo
para todo o Brasil. Em 1923, foi fundada por Roquete Pinto a Rádio
Sociedade do Brasil, hoje Rádio MEC, a partir daí várias emissoras de
rádio de freqüência AM e FM, levam a notícia, a música e a propaganda para
outras cidades brasileiras. A TV Globo, maior rede de televisão nacional,
também tem sede no Rio de Janeiro. Com isso a cidade transformou-se num
importante pólo da indústria de comunicação. Forma e propaga opinião.
Os museus, teatros, bibliotecas e centros
culturais, uma combinação de acervo com arquitetura, invadem as ruas do
Rio com arte.
Os 92 espaços, entre museus e centros
culturais, tanto em âmbito municipal, quanto estadual e federal e que
constam no guia oficial da cidade, a revista Programa RIOTUR, são abertos
à visitação pública. Pode-se começar conhecendo o registro de mais de
quatro séculos de história do Rio, protegidos por uma grande área verde,
com jardins, rios, trilhas onde funciona o Museu Histórico da Cidade que
congrega cerca de 17 mil peças entre documentos e iconografia desde a
fundação da cidade, em 1565.
Nas artes plásticas, o Museu Nacional de
Belas Artes abriga obras brasileiras do século XVII ao século XX e
pinturas, desenhos e esculturas de autores estrangeiros. Algumas de suas
salas recebem sempre importantes exposições temporárias que levam um sem
número de visitantes àquela instituição. O Museu Histórico Nacional, cujo
núcleo mais antigo remonta à Fortaleza de Santiago, de 1603, possui um
acervo que vai de carruagens e ambientação do Império a uma farmácia
homeopática do século XIX; de pinturas históricas como o "Combate Naval do
Riachuelo", monumental obra de Vitor Meireles, ao pitoresco Pátio dos
Canhões. São 5.000 metros quadrados de área para exposições permanentes e
temporárias. O Museu Nacional, instalado no antigo Palácio Imperial da
Quinta da Boa Vista, exibe desde esqueletos de animais pré-históricos a
múmias egípcias, objetos indígenas de todo o mundo e cerâmicas etruscas. O
Museu da Vida, do Instituto Oswaldo Cruz, trata de ciências. O Museu da
República, que funciona no Palácio do Catete, foi sede da Presidência da
República, de 1897 a 1960. O Museu do Índio que abriga objetos, documentos
e obras em geral sobre etnologia indígena. O Museu Aeroespacial, com
réplicas do 14 Bis e do Demoiselle de Santos Dumont. A Academia Brasileira
de Letras onde se pode visitar o Salão Nobre e a sala onde se reúnem os
imortais. O Museu de Astronomia, local em que os visitantes têm a
oportunidade de ver os planetas através de telescópios. O Planetário da
cidade com o Espaço Museu do Universo. O prédio em estilo neo-gótico da
Ilha Fiscal para o qual o visitante é levado por um antigo rebocador. O
recém criado Instituto Moreira Salles, com o acervo de fotografias de Marc
Ferrez. O Parque das Ruínas e sua vista maravilhosa da cidade.
Enfim, grande parte dos espaços culturais
e museus do Centro da cidade podem ser percorridos a bordo do micro-ônibus
Tour Cultural, de Quarta-feira a Domingo, num percurso que vai do Museu de
Arte Moderna até o Centro de Arte Hélio Oiticica.
O artesão tem espaços reservados no Rio
para apresentar seus produtos em feiras ao ar livre ou em lojas, onde
podem ser encontradas verdadeiras coleções de arte popular brasileira como
peças em madeira, cerâmica, barro, palha, tecelagem manual, couro, peças
indígenas e outros materiais procedentes de diversas regiões do país.
A cidade que é sede da Academia
Brasileira de Letras, cCasa fundada por Machado de Assis em 1896, possui
aproximadamente 80 bibliotecas, destacando-se a Biblioteca Nacional, o
Real Gabinete Português de Leitura, e as bibliotecas do Arquivo Nacional,
do Arquivo Geral da Cidade, do Instituto Histórico e Geográfico, da Casa
de Rui Barbosa, do Centro Cultural Banco do Brasil, da ABI-Associação
Brasileira de Imprensa, do Museu Histórico e Diplomático entre as coleções
mais importantes.
Os teatros, com uma rede de cerca 90
casas, espalhadas em diversos pontos da cidade, têm como destaque o
Theatro Municipal do Rio de Janeiro, termômetro do desenvolvimento
cultural brasileiro e um dos mais belos templos de cultura do mundo, que
recebe em seu palco a música em suas múltiplas manifestações camerística,
de balé, sinfônica e operística. Também a representação teatral e a
literatura ali oferecem verdadeiros momentos de sagração.
A cidade ainda é sede da Orquestra
Sinfônica Brasileira e aqui acontecem bons festivais de dança, não fosse o
Rio o depositário da mais importante companhia de dança do país, a
Companhia de Dança do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
O jazz, a música popular brasileira, o
rock, a música de todas as nacionalidades, estão sempre presentes em
festivais ou em apresentações individuais de artistas famosos ou de novos
talentos, nas casas noturnas e nos teatros do Rio.
No entanto é nas manifestações populares
que o Rio se destaca. O povo é o show de uma festa sem hora de acabar. O
Carnaval e o Réveillon são, cada um a sua maneira, a tradução perfeita do
espírito de seu povo. Um espírito que contagia a todos os cariocas e os
que visitam a cidade, de onde quer que venham. De um lado foliões dançando
horas seguidas em uma manifestação pura de alegria e liberdade. De outro
luzes, fogos de artifício e confraternização para brindar com um
espetáculo de beleza e união a chegada do ano novo.
O Carnaval, explosão geral da alegria
carioca, a nossa maior festa popular, reúne emoções, criatividade,
plasticidade, cores sons e muita fantasia.
Na Passarela, um arrojado projeto
arquitetônico de Oscar Niemeyer, o espetáculo é promovido pelas Escolas de
Samba que passam embaladas por uma mistura rítmica contagiante, criada a
partir de influências africanas. É a hora em que todos os foliões são
personagens de sua própria peça, sua fantasia, seu enredo, seu samba.
Participar de uma Escola de Samba é viver o próprio carnaval. Nas ruas as
bandas, os blocos, os bailes populares enchem o coração de empolgação e
paixão, é o rito da alegria. São os foliões que brincam livremente,
acompanhados por bandas de música e muito cerveja gelada. Nos clubes e
casas de espetáculos, os bailes à fantasia levam homens, mulheres e grupos
a lançar mão de sua criatividade para viver as mais insólitas figuras com
originalidade ou suntuosas vestimentas recobertas de pedrarias e adornadas
com muitas plumas.
O Carnaval do Rio, por sua abrangência é
arte, música, literatura, magia e, sobretudo, vida.
O Réveillon é um espetáculo a parte, que
emociona mais de dois milhões de pessoas reunidas nos quatro quilômetros
de extensão de asfalto e areia, tendo como cenário a praia de Copacabana.
As pessoas, quase todas vestidas de branco, vindas dos quatro cantos do
mundo, numa mistura de magia e devoção, aguardam o show de fogos de
artifício, espocando no céu ou caindo em cascatas das fachadas dos hotéis,
que iluminam, por 30 minutos toda a praia. A confraternização, uma
demonstração de paz e harmonia, não faz diferenças de classes sociais,
raças ou credos. Todos celebram a chegado do novo ano, com a certeza de
que o importante é sentir e viver esse momento único.
LAZER
É fácil descobrir por que o carioca
sempre se apresenta com um sorriso. Ele vive em uma cidade onde a beleza é
a perfeita harmonia das montanhas com o mar e o céu. Por isso para viver,
brincar, admirar, sentir, a cidade oferece tantas opções, que podem ser
aproveitadas desde o amanhecer até o dia seguinte.
Conhecer a música, o teatro, a cultura e
a história de um povo que vive na melodia do mar, na criação de novas
modas e na alegria da natureza é a mais completa forma de lazer.
O Rio tem roteiros quase obrigatórios,
mirantes com vistas deslumbrantes, mata onde a vida se manifesta ao redor:
canto dos pássaros, vento nas árvores, água nos córregos, trilhas pelas
quais vale a pena se aventurar entre nesgas de sol, rios e cachoeiras.
Quilômetros de praias que recebem muito mais que apenas freqüentadores, um
sem fim de sentimentos, congraçamentos, programas, os mais ousados
biquínis, os adeptos do vôlei, futebol, surfe ou windsurfe e bodyboarding.
Praia é, acima de tudo, um doce e merecido não-fazer-nada.
Nos parques, em muitos, o lazer é
gratuito para a prática do jogging, andar de bicicleta ou simplesmente
caminhar. Se o próposito é diversão orientada ao ar livre ou não,
complementada pela utilização de equipamentos sofisticados, a boa opção
são os parques temáticos, os clubes e as casas de jogos eletrônicos.
Lazer ao ar livre é o que propõem a
Quinta da Boa Vista com seu grande lago, áreas gramadas e o Jardim
Zoológico; a Fazenda Alegria, com piscinas, play de água, quadras de
esportes, floresta, bares e restaurante; o Bwana Park, uma mini-cidade
cenográfica, zoo e piscinas; no Parque da Mônica, que recria o divertido
local onde se passam as histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, estão
à disposição o parque aquático, a cidade do trânsito, o trem Penadinho, o
carrossel, cinema, teatro e praça de alimentação; o Rio Rural que ocupa
uma área de dois milhões de metros quadrados de ar puro, oferece passeios
a cavalo, charretes, mini-zoo, rodeios, vaquejadas, restaurante de comida
caseira e passeios de helicóptero; o Parque Terra Encantada com todos os
seus brinquedos e serviços de infra-estrutura como lojas, lanchonetes e
restaurante; o Rio Water Planet , localizado aos pés do Maciço da Pedra
Branca, possui praia artificial, toboágua, corredeiras, totalizando 25
atrações, além de pista de kart e área para mega shows; as atrações do
Wet'n Wild Rio se espalham por uma área de 110 mil metros quadrados e suas
piscinas movimentam 10 milhões de litros d'água, o parque oferece também
pavilhão de jogos eletrônicos, restaurante, pizzaria, snack bar e quadras
para esportes; no Haras Pégasus o visitante pode fazer passeios e
cavalgadas diurnas ou noturnas por trilhas e caminhos com cachoeiras e
outras curiosidades típicas da mata tropical.
O lazer mais radical é sugerido pela
própria grafia da cidade que, através de suas montanhas, propicia
escaladas com níveis de dificuldade que variam de 20 a 90 , ou o vôo
livre, que no decorrer dos anos acabou se integrando ao turismo, desde
quando os vôos duplos passaram a proporcionar passeios para que qualquer
pessoa flutue entre o azul do céu e a transparência do mar. Aí a natureza
carioca se transforma em nova emoção.
A cidade, ainda, oferece os mais variados
cenários, nos fins de semana, para a patinação sobre rodas alinhadas
(in-line) ou em dois pares, deslizando pelo asfalto das avenidas
litorâneas, na área de lazer do aterro do Flamengo ou na orla da Lagoa
Rodrigo de Freitas. Falando em patinação, também tem pista de gelo, no
Shopping Barra Garden.
Jogos e simuladores eletrônicos, onde o
lazer ocupa horas em frente a uma tela, têm seu point no Gameworks do New
York City Center. O US Play Barra Bowling está no circuito do lazer
carioca para as partidas de boliche assim como o Clube do Taco, em
Copacabana, para os aficionados da sinuca.
Ainda o lazer somado ao esporte ao ar livre tem um calendário de
campeonatos que ocupa todo o período de janeiro a dezembro de cada ano. É
composto das mais variadas atividades: maratonas, corridas rústicas, jogos
de futebol, vôlei, futevôlei, handeball, estes últimos realizados,
principalmente, na areia das praias, em todas elas, a partir das três da
tarde.
Há também atividades desportivas e
campeonatos internacionais que vêm dando ao longo dos anos um colorido
todo especial à cidade. No Autódromo Nelson Piquet são realizados: a
Fórmula Mundial de automobilismo, quando corre o GP Brasil-Rio 200; a
etapa brasileira do Mundial de Motovelocidade, o GP Rio, hoje o maior
espetáculo do mundo sobre duas rodas. A Maratona do Rio, símbolo dos Jogos
Olímpicos, recebe um grande número de atletas brasileiros e estrangeiros
para correr os 42.195 metros da competição em um dos percursos mais
apreciados, pelo cenário que a cidade oferece.
Na zona norte, o Estádio do Maracanã,
recebe os torcedores para as grandes partidas de futebol, onde a emoção
explode nos gritos de gol, nas bandeiras agitadas, no compasso das jogadas
espetaculares de nossos atletas.
O lazer de vento em popa é sempre a bordo
de uma barca, uma lancha ou um saveiro. Proporciona, manhãs, tardes ou
dias inteiros de puro prazer na abrigada Baía de Guanabara, em visitas às
ilhas atlânticas ou, bem próximo daqui, na Baía de Sepetiba, conhecendo as
Ilhas Tropicais.
Cinema , falar nessa modalidade de lazer
é falar, também, do cinema brasileiro que teve o seu berço no Rio de
Janeiro. A cidade foi objeto da primeira filmagem e palco da primeira
projeção realizada no país, ainda no século XIX. O Rio investiu em grandes
estúdios, nos anos de 1930 e, em 1950 e 60, deu partida para o Cinema
Novo. Hoje organiza, com sucesso, anualmente o Festival do Rio, um dos
grandes acontecimentos nacionais da chamada Sétima Arte. Mas aqui o
enfoque é o cinema transformado em lazer para a cidade. Suas mais de 100
salas levam à tela, filmes quase ao mesmo tempo em que são lançados no
resto do mundo.
A moda agora é assistir às sessões, no
escurinho das salas do novo Cinemark, curtir o Espaço Unibanco de Cinema,
as salas alternativas dos centros culturais e o Circuito Estação.
Prolongando o fascínio do dia, a noite é
sempre nascente, provocadora, poética, misteriosa, no som do samba, do
chorinho, da bossa nova que preenche os bares, os botecos, as esquinas, as
praias, inspiração de poetas, cantores, compositores populares, artistas e
intelectuais. Contrastando com os ambientes grandiosos das casas de
espetáculo e seus luxuosos shows como o ATL Hall, Canecão, Garden Hall,
The Ball Room ou Olimpo, estão os bares de ambiente aconchegante, com
música ao vivo e pocket shows. O ritmo frenético das discotecas está
diametralmente oposto às danças de salão, nos mais variados estilos das
gafieiras. Ponto de encontro de boêmios, cantores e compositores sua fama
já atravessou fronteiras, divulgadas em guias e manuais de turismo.
A cidade é palco tradicional de
espetáculos ao ar livre, com apresentação de cantores, dança clássica,
músicos pop, orquestras sinfônicas nacionais ou internacionais que
acontecem, quase sempre, nas areias das praias de Ipanema, Copacabana,
Leme ou Botafogo. Em contrapartida, do outro lado da cidade, no Campo de
São Cristóvão, a cada final de semana, a farra começa na noite de
Sexta-feira para terminar no Domingo. Lá, é o centro do forró, quando
sanfonas, zabumbas e triângulos acompanham cantadores e repentistas que se
apresentam na Feira Nordestina.
Para falar de todas as vantagens do
turismo, da cultura e do lazer de uma cidade, basta uma palavra: Rio!
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