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Em 1941, o então Presidente Getúlio
Vargas, geria um estado muito dependente de importações. A II Guerra
Mundial alvoroçava o mundo e a compra de produtos estrangeiros estava
tornando-se escassa e cara. Notou-se então que o país deveria ser
auto-suficiente na produção de diversos itens, dentre eles, o papel.
A fabricação de papel ficou ao encargo de industriais que instituiriam
as Indústrias Klabin do Paraná Papel e Celulose S/A. O risco de
implantação era grande visto que o projeto de construção era para o
sertão do Paraná, onde não haviam casas, e nenhum quilômetro de estradas
de rodagem, entretanto, havia uma vantagem, a existência de grande
volume de matéria-prima para a fabricação de papel.
O primeiro núcleo operacional, com a função de criar a infra-estrutura
da fábrica de papel, fixou local na região central da Fazenda Monte
Alegre e recebeu a denominação de Lagoa. As primeiras atividades
realizadas foram obras macadamizadas, que possibilitaram, entre outros
objetivos, a construção de uma usina hidrelétrica que forneceria energia
às vilas e à fábrica. Essa hidrelétrica recebeu o nome de "Mauá".
Além
da construção da usina houve a necessidade também da construção de um
aeroporto, com pista de 950m, na época um dos maiores do Paraná, contava
com um serviço aéreo regular entre São Paulo, Monte Alegre, Curitiba e
vice-versa, pelos serviços aéreos Cruzeiro do Sul.
A construção da unidade de fabricação de papel situava-se a 13 km da
Lagoa, as margens do Rio Tibagi e Harmonia. Logo em seguida foi
construída uma barragem no rio Harmonia com capacidade de 5.000.000 m³
de água limpa, garantindo o abastecimento de água na indústria.
Como conseqüência de todo este empreendimento, houve uma verdadeira
expedição ao interior do Paraná.
Em 1947, chegou a Monte Alegre como diretor administrativo das IKPC,
Horácio Klabin, que determinou a alteração do mapa do Estado do Paraná,
na região Sul do Brasil, construindo uma nova cidade, pois já existiam
vários núcleos habitacionais na fazenda de Monte Alegre e para a
Indústria era muito oneroso manter todo este pessoal dentro da fazenda
que também já não atendia a demanda por mais habitações.
Observou-se
ainda, que começaram surgir moradias clandestinas do outro lado do rio.
Iniciou-se então, do lado oposto à fábrica com relação ao rio Tibagi o
loteamento de 300 alqueires de terra, esse loteamento chamou-se "Mandaçaia"
e mais tarde foi batizado com "Cidade Nova".
Foi obra também de Horácio Klabin a construção do Bonde Aéreo que daria
meio de transporte fácil e barato aqueles que trabalhavam na fábrica.
Entre os anos de 1960 até 1964, ocorreram discussões a favor da
emancipação da Cidade Nova de seu município de origem, Tibagi. Mas,
somente em 21 de março de 1964 o procedimento foi sancionado pelo então
governador Ney Aminthas de Barros Braga. E essa lei deu origem então ao
município de Telêmaco Borba, tendo como prefeito Péricles Pacheco da
Silva.
A denominação Telêmaco Borba é uma homenagem feita ao coronel Telêmaco
Enéias Augusto Moracines Borba, que atuou como desbravador, colonizador,
colecionador e escritor na região do Vale do Tibagi.
Fonte: Prefeitura Municipal de Telêmaco Borba
Autor do Histórico: LUIZ CARLOS LUBCZYK
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