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  PLANTAS NATIVAS DO PARANÁ  
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Espécies recomendadas para recuperação de áreas degradadas

 

Mapa das Regiões Bioclimáticas do Estado do Paraná


Espécies PIONEIRAS recomendadas para recuperação de ecossistemas florestais degradados,
segundo as regiões Bioclimáticas do Paraná.

 

Nome vulgar

Duração
de vida

Regiões bioclimáticas

Adaptação a:

Zoocoria
ou Zoofilia

1

2

3

4

5

6

7

Terrenos rasos
ou pedregosos

Terrenos úmidos

aleluia

L

I

I

I

I

N

I

N

 

a nas RBs 5 e 7

 

bracatinga

L

N

N

 

 

 

 

 

m

 

 

bracatinga-de-arapoti

M

N

N

I

I

 

N

 

a

a

 

bracatinga-de-campo-mourão

N

N

I

N

 

 

 

a

a

 

capixingui

M

 

N

 

N

 

N

 

 

 

 

corticeira-do-litoral

 

 

 

 

 

 

 

N

 

a

 

crindeúva

C ou M

 

 

N

N

N

N

N

m

 

O

embaúbas

 

 

 

N

N

N

N

N

 

a

Q

fumeiros

 

N

N

N

N

N

N

N

m

 

O

juqueri

M

N

N

 

 

 

 

 

a

a

 

maricá

L

N

N

I

I

N

I

N

a

a

 

mutambo

M ou L

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

pau-de-sangue

 

N

 

 

 

N

 

N

 

 

 

pau-de-gaiola

C ou M

N

N

N

N

N

N

N

 

 

O

quaresmeira

 

 

 

 

 

 

 

N

m

 

 

sangra-d'água

 

 

 

N

N

 

N

 

 

a

 

vassoura-vermelha

C

 

 

 

 

I

 

N

a

 

 

vassourão preto

 

N

N

 

 

 

 

 

 

 

 

Legenda
Duração de vida da maioria dos indivíduos: C = curta (até 8 anos); M = média (8 a 15 anos); L = longa (15 a 30 anos )
Adaptação a solos com características especiais: m = adaptação moderada; a = adaptação alta
Zoocoria e zoofilia por vertebrados: O = ornitocoria (pássaros); Q = quiroterocoria (morcegos)
M = zoocoria por mamíferos QF = polinização por morcegos
A = espécie espontânea na Região Bioclimática, provavelmente por asselvajamento recente
I = espécie introduzida na Região Bioclimática
N = espécie nativa na Região Bioclimática



Espécies SECUNDÁRIAS recomendadas para recuperação de ecossistemas florestais degradados, segundo as Regiões Bioclimáticas do Paraná. SI= secundária inicial, ST=secundária tardia, SI/ST ou ST/SI = transições com mais características da primeira guilda.

Nome vulgar

Regiões bioclimáticas

Adaptação a:

Zoocoria ou
Zoofilia 

SI
ou
ST

1

2

3

4

5

6

7

Terrenos rasos ou pedregosos

Terrenos úmidos

açoita-cavalo

N

N

N

N

N

N

N

Adaptação a:

m

OF

SI/ST

amendoim-bravo

 

 

N

N

 

N

 

 

 

 

SI

angico-vermelho (com acúleos)

 

 

X

X

 

N

 

 

 

 

SI

angico-branco

N

N

I

N

N

N

N

 

 

 

SI

angico-do-cerrado

 

N

 

N

 

N

 

 

 

 

SI

angico-vermelho, guarucaia

N

N

N

N

 

N

 

 

 

 

SI

araruva

 

 

 

N

 

N

 

 

 

 

SI

araribá-amarelo

 

 

 

 

N

 

N

 

 

 

SI/ST

araticum-cagão

 

 

 

N

N

N

N

 

 

M

SI

aroeira-preta

N

N

N

N

N

N

N

m

m

O

SI

cambará

N

N

N

N

N

N

N

 

 

 

SI

canafístula

 

N

N

N

 

N

 

 

 

 

SI

canela-branca

N

N

N

N

N

N

N

 

 

 

ST/SI

canela-guaicá

N

N

N

N

N

N

N

 

 

O

SI/ST

canjarana

N

N

N

N

N

N

N

 

 

 

ST

capororoca

N

N

N

N

N

N

N

m

 

O

SI

capororocão

N

N

N

N

N

N

N

 

 

O

ST/SI

cedro

N

N

N

N

N

N

N

 

 

 

ST/SI

corticeira-do-banhado

N

N

 

 

 

 

 

 

a

 

SI

farinha-seca

 

 

N

N

 

N

 

 

 

 

ST/SI

feijão-cru

 

 

N

N

 

N

 

 

 

 

SI

genipapo

 

 

 

 

 

N

 

 

a

O,M

SI/ST

guaiuvira

 

N

N

N

 

N

 

 

 

 

SI/ST

guapuruvu

 

 

 

 

N

 

N

 

 

 

SI

guaricica

 

 

 

 

 

 

N

 

 

 

SI

guaritá

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

ST/SI

ingazeiro, ingá-do-brejo

 

 

N

N

N

N

N

 

a

QF, M

SI

ingá-feijão

 

N

N

N

N

N

N

 

m

QF, M

SI/ST

ingá-macaco, ingá-ferradura

 

 

 

 

N

N

N

 

m

QF, M

SI

ingá-vermelho, ingá-cipó

 

 

 

 

 

 

N

 

m

QF, M

SI

ipê-tabaco

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

SI/ST

jacatirão-açu

 

 

 

 

N

 

N

 

 

O

SI/ST

jaracatiá

 

 

N

N

 

N

 

 

 

O

SI/ST

jequitibá-branco

 

 

 

 

N

N

N

 

 

 

ST

louro-branco

 

 

N

N

 

N

 

 

 

 

SI

louro-pardo

N

N

N

N

 

N

 

 

 

 

SI/ST

mandiocão

 

N

N

 

N

 

N

 

 

O,M

SI

paineira

 

N

N

N

 

N

 

 

 

OF,QF

SI/ST

pau-d'alho

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

SI/ST

pau-formiga

 

 

 

 

 

N

 

 

a

 

SI

pau-de-viola

 

 

 

 

N

N

N

 

a

O

SI

pau-jacaré

 

N

 

N

N

N

N

 

 

 

SI

pau-marfim

 

N

N

N

 

N

 

 

 

 

ST

peito-de-pomba

 

 

 

 

N

N

N

m

m

O,M

SI

pessegueiro-bravo

N

N

N

N

 

N

 

 

 

O

ST

peroba-rosa

 

 

N

N

 

N

 

 

 

 

ST

pinheiro-bravo

N

 

 

 

 

 

 

 

 

O

ST

pinheiro-do-paraná

N

N

N

 

 

 

 

 

 

O,M

SI/ST

salseiro

N

N

 

 

 

 

 

 

a

 

SI

sobrasil

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

SI

tapiá(Alchornea triplinervia)

N

N

N

N

N

N

N

 

m

O

SI/ST

tapiá (A. glandulosa e A . Sidifoli)

 

 

 

 

N

N

N

 

 

 

SI

timbaúva

 

 

N

N

N

N

N

 

 

 

ST/SI

timbó

N

N

 

 

 

 

 

 

 

 

SI

urucurana

 

 

 

 

N

 

N

 

 

 

SI/ST

vassorão-branco

N

N

 

 

 

 

 

 

 

 

SI

Legenda:
Adaptação a solos com características especiais: m = adaptação moderada, a= adaptação alta.
Zoocoria e zoofilia por vertebrados: O = ornitocoria (pássaros) Q= quiropterocoria (morcegos).
M = zoocoria por mamíferos OF = polinização por pássaros QF = polinização por morcegos.
I = espécie introduzida na Região Bioclimática.
N = espécie nativa na Região Bioclimática.
X = espécie brasileira indicada, não havendo ainda certeza se é nativa da Região Bioclimática.


 

Espécies do CLÍMAX recomendadas para recuperação de ecossistemas florestais degradados, segundo as regiões bioclimáticas do Paraná.

Nome vulgar

Regiões bioclimáticas

Adaptação a:

Zoocoria ou
Zoofilia 

1

2

3

4

5

6

7

Terrenos rasos ou pedregosos

Terrenos úmidos

baguaçu

 

 

 

N

N

N

N

 

a

O

cabelo-de-anjo

N

N

N

 

 

N

 

 

m

 

erva-mate

N

N

N

 

 

 

 

 

 

O

guarantã

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

guatambu-branco

 

 

 

 

 

N

 

 

 

 

leiteiro

 

 

N

N

 

N

 

 

 

O

guanandi,mangue

 

 

 

 

N

N

N

 

a

Q

palmito

 

 

 

 

N

N

N

 

m

O, M

pitanga

N

N

N

N

N

N

N

 

m

O, M

uvaia

N

 

 

 

 

 

 

 

 

O, M

Legenda:
Adaptação a solos com características especiais: m = adaptação moderada, a = adaptação alta.
Zoocoria e zoofilia por vertebrados: O = ornitocoria (pássaros), Q = quiroterapia (morcegos).
M = zoocoria por mamíferos, OF = polinização por pássaros QF = polinização por morcegos.
N = espécie nativa da Região Bioclimática.



Download da planilha com as informações acima

Conheça melhor algumas espécies florestais nativas do Paraná

Nome Vulgar

Nome Científico

Açoita Cavalo

Luehea divaricata

Aleluia

Senna multijuga

Amendoim-Bravo

Pterogyne nitens

Angico do Cerrado

Anadenanthera falcata

Angico -Vermelho

Anadenanthera macrocarpa

Angico-Branco

Anadenanthera colubrina

Araça

Psidium cattleianum

Araribá amarelo

Centrolobium microchaete

Araruva

Centrolobium tomentosum

Araticum Cagão

Annona cacans

Araucaria

Araucaria angustifolia

Aroeira Pimenteira/Vermelha

Schinus terebinthifolius

Baguaçu

Talauma ovata

Bracatinga Argentina

Mimosa scabrella var. aspericarpa

Bracatinga C. Mourão

Mimosa flocculosa

Bracatinga Comum

Mimosa scabrella

Cambará

Gochnatia polymorpha

Canafístula

Peltophorum dubium

Canela amarela

Nectandra lanceolata

Canela guaicá

Ocotea puberula

Canjarana

Cabralea canjerana

Capixingui

Croton floribundus

Capororoca

Rapanea sp.

Cedro/Cedro rosa

Cedrela fissilis

Corticeira

Erythrina spp

Crindeúva

Trema micrantha

Embaúbas

Cecropia spp

Erva mate

Ilex paraguariensis

Farinha seca

Albizia niopoides

Feijão Cru

Lonchocarpus muehlbergianus

Fumeiro Bravo

Solanum sp.

Guaiuvira

Patogonula americana

Guanandi

Calofillum sp

Guapuruvu

Schizolobium parahyba

Guarantã

Esenbeckia leiocarpa

Guaricica

Vochysia bifalcata

Guaritá

Astronium graveolens

Gurucaia

Parapiptadenia rigida

Ingá

Inga uruguensis

Jacatirão-açu

Miconia cinnamomifolia

Jaracatiá

Jacaratia spinosa

Jenipapo

Genipa americana

Jequetibá

Cariniana estrellensis

Juqueri

Mimosa regneli

Leiteiro

Peschiera fuchsiaefolia

Louro branco

Bastardiopsis densiflora

Louro Pardo

Cordia trichotoma

Mandiocão

Didimopanax morototoni

Maricá

Mimosa bimucronata

Mutambo

Guazuma ulmifolia

Paineira

Chorisia speciosa

Palmito

Euterpe edulis

Pata-de-Vaca/Bauhinia Branca

Bauhinia forficata

Pau d' alho

Gallesia gorarema

Pau ferro

Caesalpinia ferrea var. leyostachia

Pau Jacaré

Piptadenia gonoacantha

Pau-de-gaiola

Aegiphylla sellowiana

Pau-de-sangue

Croton celtidifolius

Pau-de-viola

Cytarexylum myrianthum

Pau-Marfim

Balfourodendron riedelianum

Peroba

Aspidosperma polyneuron

Pessegueiro Bravo

Prunus sellowii

Pinheiro bravo

Podocarpus lambertii

Pitanga

Eugenia uniflora

Quaresmeira Rosa

Tibouchina sellowiana

Salseiro

Salix humboldtiana

Sangra-d'água

Croton urucurana

Sarandi

Calliandra selloi

Sobrasil

Colubrina glandulosa

Timbaúva/Orelha de Negro

Enterolobium contortisiliquum

Uvaia

Eugenia pyriformis

Vassourão Branco

Piptocarpha angustifolia

Vassourão Preto

Vernonia discolor

 

AÇOITA-CAVALO  

Nome científico: Luehea divaricata
Família: Tiliaceae
Ocorrência natural
Latitude:
9º 15’ S (Alagoas) e 31º 30’ S (Rio Grande do Sul).
Altitude: de 30 m, no Rio Grande do Sul até 1.400 m de altitude, em Minas Gerais.
Distribuição geográfica: nordeste da Argentina, leste do Paraguai, Uruguai e no Brasil, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.
Filotaxia: simples, alternas, dísticas, com estípulas, irregularmente serreadas, com três nervuras longitudinais típicas, discolores, ásperas na face ventral e tomentosas na face dorsal, com lâmina foliar de 4,5 a 15cm de comprimento e 2 a 6,5cm de largura; pecíolo ferruginoso, com até 1cm de comprimento.
Características do fruto: cápsula lobada de valvas lenhosas, oblonga, pentalocular, de coloração castanha, com densa pilosidade ferrugínea cobrindo inteiramente o tegumento e o pedicelo do fruto, com 2 a 3cm de comprimento, abrindo-se em cinco fendas. Apresenta deiscência loculicida na sua extremidade, apresentando cinco a quinze sementes por fruto.
Características da semente: pequenas, providas de alas agudas, de coloração dourada-brilhante, com núcleo seminal pequeno na extremidade da asa, coloração marrom-clara.
Semeadura: em sementeiras e depois repicar as plântulas para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno grande. Recomenda-se efetuar a repicagem quatro a oito semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre 8 a 74 dias após a semeadura. O poder germinativo é variável e irregular, entre 20 a 85%. As mudas atingem porte adequado para plantio em cerca de seis meses após a semeadura. Contudo, mudas com mais de 50cm de altura, em sacos de polietileno, apresentam pegamento baixo no campo.

AMENDOIM-BRAVO

Nome científico: Pterogyne nitens
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae
Distribuição geográfica: Nordeste do Brasil até o oeste de Santa Catarina, principalmente na floresta latifoliada semidecídua.
Filotaxia: Altura de 10-15 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas compostas pinadas de 10-30 cm de comprimento, com 8-18 folíolos glabros, subcoriáceos, de 4-7 cm de comprimento.
Obtenção da semente: colher os frutos (vagens) diretamente da árvore quando adquirirem coloração paleácea. Pode-se semear as próprias vagens como se fossem sementes, entretanto, isso pode acarretar a formação de mudas tortas ou defeituosas. Portanto, sempre que possível, é recomendável retirar as sementes das vagens. Essa operação é facilitada deixando-as ao sol para secar e posteriormente esfregando-as manualmente ou mecanicamente. Um quilograma contém aproximadamente 5.700 unidades, cuja viabilidade é superior a 6 meses.
Germinação: colocar as sementes ou as vagens para germinação logo que colhidas, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato rico em matéria orgânica. A emergência ocorre em 10-35 dias e, a taxa de germinação é superior a 60%. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para plantio no local definitivo em há 5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é também rápido, alcançando 4 m aos 2 anos.

ANGICO BRANCO OU ANGICO LISO

Nome científico: Anadenanthera colubrina var. colubrina
Família: Mimosaceae
Latitude: 7º S (Piauí) a 25º 20’ S (Paraná).
Altitude: de 100m, no Rio de Janeiro a 1.100m de altitude, no Paraná e no Distrito Federal.
Distribuição geográfica: ocorre de forma natural na Bolívia, Peru e no Brasil, na Bahia Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Filotaxia: compostas bipinadas, paripinadas; raque da folha com 15 a 20cm de comprimento, com 15 a 35 pares de pinas multifoliadas; folíolo linear, assimétrico na base, obtuso, com costa média centralizada, margem ciliada e com um tufo de pêlos na inserção do período; pecíolo com 3 a 5cm de comprimento. Há presença de glândulas: uma glândula cônica séssil próxima ao pulvínulo (na base do pecíolo) e 1 a 4 glândulas verde-avermelhadas nos últimos pares de folíolos.
Características do fruto: folículo deiscente por meio de uma fenda única (Lima, 1985), coriáceo, com as margens constritas, marrom-escuro, estreito, com 11 a 30cm de comprimento e 10 a 15mm de largura, com uma ligeira constrição entre as lojas seminais, estipe de 10 a 20mm de comprimento, com 5 a 15 sementes.
Características da semente: escura, brilhante, orbicular, achatada, com ala estreita e sem pleurograma, com até 15mm de comprimento.
Semeadura: recomenda-se semear em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno. Se a repicagem for necessária, recomenda-se que seja feita de duas a três semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre três a 30 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto (até 100%), em média 70%. O tempo mínimo de permanência no viveiro é de quatro meses

ANGICO VERMELHO

Nome científico: Anadenanthera colubrina var. cebil
Família: Mimosaceae
Ocorrência natural
Latitude:
4º S (Ceará) a 24º 20’ S (Paraná), no Brasil, o limite Sul de sua área de distribuição é 27º S na Argentina.
Altitude: de 15m, no Rio Grande do Norte a 1.300m de altitude no Brasil, em Minas Gerais. A espécie atinge até 2.000m de altitude na Bolívia (Killean et al., 1993).
Distribuição geográfica: é encontrada de forma natural no norte e nordeste da Argentina, no sul da Bolívia, no leste do Paraguai e no Brasil. Na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal. Entre os angicos brasileiros, o angico-vermelho é o que tem a maior abrangência geográfica.
Filotaxia: bipinadas com até 30 pares de folíolos opostos e 60 a 80 pares de foliólulos; pecíolo com glândula preta elipsóide, localizada junto à inserção e mais algumas menores entre os últimos pares de folíolos.
Características do fruto: folículo achatado (Lima, 1985), deiscente, coriáceo, castanho-avermelhado, com superfície rugosa e dotada de pequenas excrescências, com 8 a 32cm de comprimento por 1,5 a 3cm de largura. Cada fruto contém oito a quinze sementes.
Características da semente: coloração marrom-escura tendendo para preto, orbicular chata, lisa lustrosa, sem asa, comprimida ou achatada, com pequena reentrância hilar, com 12 a 20mm e comprimento e 12 a 15mm de largura.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras, para posterior repicagem, ou em sacos de polietileno de dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem pode ser feita três a quatro semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com a emergência de plântulas ocorrendo entre dois a 33 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto, com média de 80%. As mudas ficam prontas no mínimo em cinco meses. Apresenta raiz pivotante acentuada em relação às laterais. A planta jovem forma tubérculo lenhoso pequeno, na raiz axial.

ARARUVA OU ARARIBÁ

Nome científico: Centrolobium tomentosum
Família: Leguminosae-Papilionoideae
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Norte do Paraná, na floresta semidecídua da bacia do Paraná e afluentes. Na mata atlântica ocorre a espécie Centrolobium robustum, com características muito semelhantes à essa espécie.
Filotaxia: Altura de 10-22 m, com tronco de 30-60 cm de diâmetro. Folhas compostas imparipinadas, com 13-17 folíolos ferrugíneo-tomentosos na página inferior e pubescentes na superior.
Obtenção de sementes: Recolher os frutos no chão após sua queda espontânea. Cada fruto contém 1-3 sementes, entretanto sua retirada do interior do fruto é praticamente impossível, devendo-se utilizá-lo diretamente para a semeadura como se fosse semente; é recomendável apenas cortar a asa para reduzir o volume e facilitar a cobertura no canteiro. Um quilograma de frutos sem as asas contém aproximadamente 110 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é inferior a 6 meses.
Germinação: Colocar os frutos para germinar logo que colhidos diretamente em recipientes individuais mantidos em ambiente semi-sombreado e contendo substrato organo-argiloso; cobri-los com 1 cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 15-25 dias e, a germinação é total para sementes novas. O desenvolvimento das mudas é rápido, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo que podem atingir facilmente 4-5 m aos 2 anos.

AROEIRA-PRETA (PIMENTEIRA)

Nome científico: Schinus terebinthifolius
Família: Anacardiaceae
Distribuição geográfica: Pernambuco até Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, em várias formações vegetais.
Filotaxia: Altura de 5-10 m, com tronco revestido de casca grossa de 30-60 cm de diâmetro. Folhas compostas imparipinadas, de 3-10 pares de folíolos de 10-15 cm de comprimento por 2-3 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando maduros. Em seguida submetê-los à secagem para facilitar a remoção manual do pericarpo e liberação das sementes através de esfregaço manual. Podem-se também utilizar os frutos diretamente para a semeadura como fossem sementes. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 44.000 unidades. A duração da viabilidade de suas sementes em armazenamento é superior a 8 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinar, sem nenhum tratamento e logo que colhidas, em canteiros à pleno sol com substrato argiloso. A emergência ocorre em 10-15 dias e a taxa de germinação é superior a 50%. As mudas desenvolvem-se rapidamente, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo, que podem ultrapassar 4,5 m aos 2 anos.

BRACATINGA  

Nome científico: Mimosa scabrella
Família: Mimosaceae
Ocorrência natural
Latitude:
21º30’S (Minas Gerais) a 29º50’S (Rio Grande do Sul).
Altitude: de 350 a 2.000 m de altitude em Santa Catarina.
Distribuição geográfica: em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em São Paulo.
Filotaxia: compostas, bipinadas, paripinadas, alternas, pequenas, com três a nove pares de pinas oblongo-lineares.
Características do fruto: craspédio, articulado deiscente, séssil, pubescente, com indumento estrelado, com até 48mm de comprimento por 9mm de largura, com duas a quatro sementes; na maturação, separa-se em dois a três artículos.
Características da semente: forma irregular, coloração escura, quase preta, lustrosa, com 6 mm de comprimento e 3mm de largura.
Semeadura: recomenda-se semear três a quatro sementes de bracatinga em sacos de polietileno de dimensões mínimas de 14cm de altura e 6cm de diâmetro ou em tubetes de polipropileno pequeno, ou por semeadura direta, utilizando-se três a cinco sementes por cova, no campo, selecionando-se a muda mais vigorosa seis meses depois. Essa espécie também pode ser semeada diretamente no campo, com a plantadeira “matraca” provida de um sistema de gavetas, usando sementes armazenadas em câmara fria (3 a 5ºC e 86% de umidade relativa) por nove meses, sem tratamento de quebra de dormência. A repicagem das mudas, quando necessária, deve ser feita uma a duas semanas após a germinação. O sistema radicial dessa espécie é superficial.
Germinação: epígea, com início entre cinco a 30 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto (até 90%). As mudas demoram cerca de três meses após a semeadura, para o plantio.

BRACATINGA CAMPO MOURÃO  

Nome científico: Mimosa flocculosa
Família: Mimosaceae
Latitude: 23ºS (Mato Grosso do Sul) a 25ºS (Paraná), no Brasil atingindo 26ºS no Paraguai.
Altitude: de 250m, no Mato Grosso do Sul, a 800m no Paraná.
Distribuição geográfica: no Paraguai e no Brasil, no rio Amambaí em Mato Grosso do Sul e em alguns pontos das regiões noroeste e centro-oeste do Paraná.
Filotaxia: compostas, bipinadas, paripinadas, saindo aos pares, com vários pares de folíolos opostos, verde-prateado e pilosos.
Características do fruto: craspédio segmentado formado de dois a três artículos, deiscente no septo superior, alaranjado ferrugíneo, pubescente, com indumento setoso, com até 2cm de comprimento e até cinco sementes.
Características da semente: forma irregular, lembrando uma concha bivalve, de cor marrom-escura com tonalidade ocre, lustrosa, pequena, com até 4mm de comprimento.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras e depois repica-la para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 14cm de altura por 6cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno pequeno. A semeadura direta no campo, utilizando cinco sementes por cova, é variável. A repicagem deverá ser efetuada uma a duas semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre três a 30 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto, em média 80%. As mudas atingem tamanho adequado para plantio cerca de três meses após a semeadura. O sistema radicial desta espécie é superficial.

BAGUAÇU  

Nome científico: Talauma ovata
Família: Magnoliaceae
Distribuição geográfica: Sul de Minas Gerais até o norte do Rio Grande do Sul, sendo particularmente freqüente na mata pluvial atlântica.
Filotaxia: Altura de 20-30 m, com tronco de 60-90 cm de diâmetro. Folhas de 25-30 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, o que é facilmente notado pela exposição do arilo vermelho das sementes. Em seguida deixá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Estas devem ser deixadas à sombra para uma rápida secagem do arilo aderente, o qual não deve ser removido. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 4.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é muito curta, não ultrapassando 30 dias.
Germinação: Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso, mantidos em ambiente sombreado (mudas sensíveis ao transplante); cobri-las com uma leve camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 40-100 dias, e a taxa de germinação é bastante alta; faz-se necessário estudos de quebra de dormência para aumentar sua germinação. O desenvolvimento das mudas é lento, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo.

CAMBARÁ  

Nome científico: Gochnatia polymorpha
Família: Compositae
Distribuição geográfica: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, até o Rio Grande do Sul, principalmente no cerrado.
Filotaxia: Altura de 6-8 m, com tronco toruoso de 40-50 cm de diâmetro. Folhas simples, branco-tomentosas na página inferior, de 14-18 cm de comprimento por 4-6 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Para facilitar a operação cortar as inflorescências e levá-las ao sol para secagem e liberação das sementes. Devido à facilidade com que são levadas pelo vento, cobri-las durante a secagem com tela. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 2.200.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é curta, não ultrapassando 3 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinação logo que colhidas em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso. Cobrir apenas levemente as sementes com o substrato peneirado e irrigar delicadamente duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 15-25 dias e, a germinação é baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 3-5 cm, as quais ficam prontas para o plantio no local definitivo em menos de 5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, podendo atingir facilmente 3-4 m aos 2 anos.

CANELA GUAICÁ

Nome científico: Ocotea puberula
Família: Lauraceae
Latitude: 14ºS (Bahia) a 31º30’S (Rio Grande do Sul).
Altitude: de 15m (Santa Catarina) a 1.200m de altitude no Paraná e Santa Catarina.
Distribuição geográfica: no norte e nordeste da Argentina, no sul da Bolívia, no leste do Paraguai e no Brasil. No Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.
Filotaxia: simples, alternas, subcoriáceas, lanceoladas, com margem ondulada, medindo 8 a 12 cm de comprimento e 3 a 6 cm de largura; pecíolo de até 3cm de comprimento. As folhas, quando maceradas, tornam-se pegajosas, apresentando odor característico.
Características do fruto: bacáceo sub-globoso, marrom-escuro, com 10 a 15mm de comprimento por 6 a 7 mm de diâmetro.
Características da semente: elíptica, marrom-escura e com estrias pretas, medindo 4 a 10mm de comprimento e 2 a 5mm de diâmetro.
Semeadura: após a superação de dormência, as sementes são colocadas em areia por 60 dias e semeadas em canteiros de pré-germinação. Em seguida, as plântulas são repicadas para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de 15cm de comprimento por 3cm de diâmetro. Recomenda-se a repicagem tão logo se dê a emergência da parte aérea ou com até 7cm de altura.
Germinação: hipógea, com início entre 20 a 50 dias após a semeadura, com sementes superadas a dormência, e entre 100 dias a doze meses após, para sementes sem superação de dormência. O poder germinativo é irregular, atingindo até 75%. As mudas alcançam altura adequada para plantio, cerca de nove meses após a semeadura.

CANAFÍSTULA

Nome científico: Peltophorum dubium
Família: Caesalpiniaceae
Ocorrência natural
Latitude:
7ºS (Paraíba) a 30ºS (Rio Grande do Sul), no Brasil, atingindo o limite Sul a 30º25’S em Artigas, no Uruguai.
Altitude: de 30m (Rio de Janeiro) a 1.300m (Minas Gerais) de altitude.
Distribuição geográfica: no nordeste da Argentina, nas províncias de Misiones, Corrientes, Formosa e Chaco, no leste do Paraguai, no norte do Uruguai e no Brasil, em Alagoas, na Bahia, no Espírito Santo, em Goiás, em Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, na Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo.
Filotaxia: compostas, bipinadas, alternas, de até 50cm de comprimento por 25cm de largura, com 16 a 21 pares de pinas, de cor verde-escura; cada pina com 24 a 30 pares de folíolos elípticos-oblongos, opostos, de 5mm a 10mm de comprimento e 2mm a 3mm de largura, ápice acuminado e base desigual.
Características do fruto: sâmara com 4 a 9,5cm de comprimento e 1 a 2,5cm de largura. Contorno longitudinal lanceolado ou elíptico, com ápice agudo e base estreitada. Superfície castanho-avermelhada a marrom, puberulenta, com nervuras predominantemente no sentido longitudinal; estas são mais fortes na região central, delimitando o núcleo seminífero que se estende até o ápice. Em cada fruto, com uma a quatro sementes no sentido longitudinal.
Características da semente: de contorno longitudinal ovado e transversal, elíptico; superfície lisa, brilhante, amarela-esverdeada. Testa membranácea. Na parte basal-lateral, encontra-se um hilo oval, micrópila visível e rafe curtas e finas, opostas à micrópila. Com cerca de 1cm de comprimento e 4mm de largura.
Semeadura: pode ser feita diretamente em recipientes, sendo recomendado semear duas sementes. Se o recipiente for saco de polietileno, recomenda-se que este tenha dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro. As mudas de canafístula, produzidas em tubetes de polipropileno de tamanho médio, apresentaram um custo total de produção três vezes menor em relação ao apresentado pelas mudas formadas em sacos de polietileno. A repicagem, quando necessária, deve ser feita entre três a cinco semanas após a germinação, ou quando a muda atingir 3 a 6cm de altura. A canafístula apresenta elevada tolerância à poda radicial, podendo-se podas as mudas a 20cm de profundidade. As mudas são formadas por uma raiz pivotante muito desenvolvida em comprimento e espessura, da qual saem umas poucas raízes laterais, curtas e bem mais finas.
Germinação: epígea, com início entre seis e 120 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto, até 95% em sementes com superação da dormência, e baixo, até 28% em sementes sem superação da dormência. As mudas atingem porte adequado para plantio, cerca de 4 meses após a semeadura. Mudas com 50cm de altura, de raiz nua e pseudo-estacas de canafístula também apresentam bom pegamento no plantio. As mudas desta espécie não necessitam de sombreamento na fase de viveiro, podendo ser produzidas sob pleno sol.

CANJERANA  

Nome científico: Cabralea canjerana subsp. Canjerana
Família: Meliaceae
Ocorrência natural
Latitude:
10ºN (Costa Rica) a 31º30’S (Brasil, no Rio Grande do Sul). O limite Norte no Brasil dá-se na Serra dos Surucucus (Roraima), a aproximadamente 2º30’N.
Altitude: de 10m, no litoral das Regiões Sul e Sudeste a 2.000m de altitude, em Campos do Jordão, SP (Robim & Pfeifer, 1989), no Brasil. A espécie atinge até 2.500m de altitude, no Bolívia (Killean et al. 1993).
Distribuição geográfica: Ocorre na Costa Rica, no nordeste da Argentina, na Bolívia, Guiana, no leste do Paraguai, no Peru e no Brasil, no Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, e no Distrito Federal.
Filotaxia: opostas, compostas, com 30 a 90cm de comprimento e dez a 20 pares de folíolos opostos com até 15cm de comprimento. Geralmente as folhas são paripinadas, mas, às vezes, possuem um folíolo terminal vestiginal. Os folíolos são providos de pontos e linhas translúcidas.
Características do fruto: cápsula globosa ou elipsóide, com ápice arredondado e base estreitada de cima para baixo, às vezes com um robusto suspensor, ficando enrugada quando seca e escuro-marrom, com ou sem lenticelas proeminentes; deiscência septífraga, inicialmente carnosa, espessa, provida de quatro a cinco valvas e grossa coluna central e angulosa após a abertura com cerca de 18 a 43mm de diâmetro se fechado, e 6cm se aberto. O epicarpo é glabro, inicialmente vermelho-claro e salpicado de verde, passando a vermelho-escuro na maturação. O fruto possui um látex branco e pegajoso. Os frutos contêm uma a dez sementes, reunidas em diásporos de uma ou duas sementes em cada lóculo. Cada fruto pesa em média 15, 54g.
Características da semente: ovóides, com 6 a 17mm de comprimento e 6mm de largura, as quais são verdes anteriormente à maturação. Quando maduras, acham-se envoltas por um tegumento arilóide, vermelho-alaranjado, de origem funicular, macio, carnoso, que libera uma secreção leitosa.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras e depois repicar as mudas para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem deverá ser efetuada duas a quatro semanas após a germinação. O sistema radicial da canjerana é fasciculado, superficial e muito ramificado.
Germinação: epígea, com hipocótilo muito curto, resultando na permanência dos cotilédones maciços e carnosos, ao nível do solo. Conforme a profundidade da semeadura, o tipo epígeo pode ser mascarado. Para Gartland at al. (1997), no estágio de plântulas, apresenta cotilédones hipógeos. A germinação ocorre, em geral, entre treze a 73 dias após a semeadura, em viveiro. Em laboratório, obteve 100% de germinação entre três a dez dias. A taxa germinativa é variável, de 40 até 93%; em média 60%. Sementes com remoção da polpa apresentam 78% de germinação contra 46% de germinação sem remoção da polpa. A mudas atingem porte adequado para plantio aos seis meses após a semeadura.

CAPIXINGUI  

Nome científico: Croton floribundus
Família: Euphorbiaceae
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, principalmente na floresta latifoliada semidecídua.
Filotaxia: Altura de 6-10 m, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas simples, pubescentes na face superior e prateadas na inferior, de 8-12 cm de comprimento por 5-6 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; isto é facilmente notado pelos estalos provocados pela deiscência explosiva em dias de sol quente. Em seguida levá-los ao sol para completarem a abertura e liberação das sementes. Devido à deiscência explosiva, cobri-los durante a secagem com telado ou peneira para evitar a perda das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 24.900 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é curta, não ultrapassando 4 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinar, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso; cobri-las levemente com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 20-40 dias e, a taxa de germinação é geralmente baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando alcançarem 4-5 cm, as quais ficam prontas para plantio no local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, alcançando facilmente 4 m de altura aos 2 anos.

CEDRO ROSA

Nome científico: Cedrela fissilis
Família: Meliaceae
Ocorrência natural
Latitude:
12ºN (Costa Rica) a 33ºS (Brasil, no Rio Grande do Sul). O limite Norte da espécie no Brasil dá-se a aproximadamente 1ºS (Pará).
Altitude: de 5m, no litoral das regiões Sul e Sudeste a 1.800m de altitude, em Campos do Jordão – SP.
Distribuição geográfica: ocorre de forma natural na Costa Rica, no Panamá; no nordeste da Argentina, na Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e no Brasil, em Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia, Sergipe, São Paulo, Tocantins e no Distrito Federal.
Filotaxia: compostas, paripinadas, geralmente com 25 a 45cm, até 140cm de comprimento, polimorfas, com 8 a 30 pares de folíolos de 6,5 a 24cm de comprimento por 2 a 6,5cm de largura, oblongo-lanceolados a ovado-lanceolados; base subaguda a cordada, simétrica ou levemente oblíqua. As folhas, principalmente quando desprendidas do galho, exalam um cheiro bastante desagradável, semelhante ao de cebola. Com relação à anatomia foliar, essa espécie apresenta características peculiares, principalmente em relação aos tipos de tricomas e estômatos, além da densidade estomática, que é a maior em comparação aos outros táxons da família Meliaceae.
Características do fruto: cápsula piriforme deiscente, septífraga, abrindo-se até mais da metade por cinco valvas longitudinais, lenhosas, espessas, rugosas, marrom-escuras, com lenticelas claras, com 3 a 10cm de comprimento e 3 a 3,5cm de largura, pesando cerca de 13g, com aproximadamente 30 a 100 sementes viáveis por fruto. Eibl et al. (1994) verificaram que existem em média de 45 sementes distribuídas em cinco lóculos.
Características da semente: alada numa das extremidades, comprida lateralmente, bege a castanho-avermelhada, com pequeno núcleo seminal, com até 35mm de comprimento por 15mm de largura.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras, para posterior repicagem, ou duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de 200cm3, contendo substrato formado pela mistura de composto orgânico (80%) e moinha de carvão moída (20%) (Santos et al., 2000). Por ocasião da semeadura, retirar as asas das sementes. A repicagem deve ser efetuada quatro a seis semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre cinco a 75 dias após a semeadura. O poder germinativo é bastante variável, entre 35 a 95%; em média 60%. As mudas atingem porte adequado para plantio cerca de quatro meses após a semeadura. Mudas maiores, com 40 cm
a 80cm de altura, apresenta m bom pagamento no campo.

CRINDIÚVA  

Nome científico: Trema micrantha
Família: Ulmaceae
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, em várias formações florestais.
Filotaxia: Altura de 5-12 m, com tronco de 20-40 cm de diâmetro. Folhas simples, face superior áspera e inferior pubescente, de 7-10 cm de comprimento por 3-4 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para a semeadura como se fossem sementes, não havendo a necessidade de despolpá-los. Entretanto, caso deseja-se armazená-los ou remetê-los para outros locais, é conveniente secá-los sem despolpá-los, deixando-os ao sol durante algumas horas. Um quilograma de frutos assim obtidos contém aproximadamente 135.000 unidades. A viabilidade das sementes em armazenamento pode durar vários anos.
Germinação: Colocar os frutos para germinação, sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso; cobri-los com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 4-6 meses e, a germinação é apenas moderada. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 3-5 cm, as quais ficarão em condições de serem levadas para o plantio no local definitivo em menos de 4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido.

EMBAÚBA  

Nome científico: Cecropia pachystachya
Família: Cecropiaceae
Distribuição geográfica: Ceará, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do sul até Santa Catarina, em várias formações vegetais.
Filotaxia: Planta dióica de 4-7 m de altura, com tronco de 15-25 cm de diâmetro. Folhas divididas em 9-10 lobos separados até o pecíolo por espaços de 2-3 cm, com a face superior um tanto ásperas e a inferior níveo-tomentosas, o maior mede 40-43 cm de comprimento e o menor 16-18 cm.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando estiverem maduros, o que é facilmente notado pela presença de frutos mordidos por pássaros. Em seguida deixa-los em repouso por alguns dias para iniciar a decomposição e facilitar a sua maceração em água. As sementes são separadas filtrando-se a suspensão de frutos e deixando-se o filtrado secar ao sol. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 800.000 unidades.
Germinação: Colocar as sêmenes para germinar logo que colhidas em canteiros à pleno sol contendo substrato argiloso. A emergência ocorre em 25-40 dias e a germinação é baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 3-5 cm; estas podem ser plantadas no local definitivo em menos de 3 meses.

ERVA – MATE

Nome científico: Ilex paraguariensis
Família: Aquifoliaceae
Distribuição geográfica: Mato Grosso do Sul, São Paulo até o Rio Grande do Sul nas matas de altitude (400-800 m). É particularmente freqüente na mata dos pinhais dos 3 estados sulinos.
Filotaxia: Altura de 4-8 m, com tronco curto de 30-40 cm de diâmetro. Folhas coriáceas, de 8-10 cm de comprimento por 3-4 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixa-los amontoados por alguns dias para iniciar a decomposição da polpa e facilitar a remoção das sementes. Isso é obtido manualmente lavando-se os frutos em água corrente dentro de uma peneira fina e, deixando-se as sementes secarem à sombra. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 90.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 1 ano.
Germinação: As sementes devem ser submetidas a um tratamento de estratificação antes da semeadura para aumentar a taxa de germinação; consiste em mantê-las durante 4-7 meses em meio úmido (areia ou terra), visando completar sua maturação fisiológica. Após esse período podem ser semeadas em canteiros sombreados contendo substrato organo-argiloso; a emergência ocorre em poucos dias. Pode-se também semear diretamente os frutos como se fossem sementes sem estratificação, com a emergência demorando 4-5 meses. Em ambos os casos, as mudas demoram 10-11 meses para ficarem prontas para o plantio no campo. O desenvolvimento das plantas no campo á bastante lento.

FARINHA-SECA  

Nome científico: Albizia hasslerii
Família: Leguminosae-Mimosoideae
Distribuição geográfica: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, na floresta semidecídua da bacia do Paraná.
Filotaxia: Altura de 10-20 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas compostas pinadas, com 5-7 pares de pinas, sustentadas por pecíolo comum de 10-15 cm; pinas de 5-8 cm de comprimento, com 20-25 pares de folíolos de 10-15 mm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhe-los no chão após a queda. Em seguida leva-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 36.000 sementes. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 8 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinar, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo - argiloso. Cobri-las com uma leve camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 10-40 dias e, a taxa de germinação geralmente é inferior a 30%. Transplantar as mudas para canteiros individuais quando atingirem 3-5 cm. O desenvolvimento das mudas é bastante rápido, ficando prontas para plantio no local definitivo em menos de 4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é também rápido, alcançando facilmente 4 m aos 2 anos.

FEIJÃO-CRU  

Nome científico: Lonchocarpus muehlbergianus
Família: Leguminosae-Papilionoideae
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, principalmente na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná.
Filotaxia: Altura de 15-25 m, com tronco de 40-50 cm de diâmetro. Folhas compostas imparipinadas, com 7-13 folíolos glabros na face superior e pubescentes e de cor mais clara na inferior, de 6-12 cm de largura por 3-5 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhe-los no chão após a queda. Em seguida deixa-los ao sol para secar e facilitar a abertura manual para a retirada das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 1.160 unidades, cuja viabilidade é curta.
Germinação: Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou direta, mente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e, mantidos em ambiente semi-sombreado; cobri-las com uma camada de 0,5 cm de substrato peneirado e irrigar diariamente. A emergência ocorre em 15-25 dias e, a taxa de germinação geralmente é alta. As mudas desenvolvem-se rapidamente, ficando prontas para plantio no local definitivo em menos de 5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é também rápido, alcançando 3,5 m aos 2 anos.

GOIABA  

Nome científico: Psidium guajava
Família: Myrtaceae
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul na floresta pluvial atlântica. Ocorre também de maneira espontânea em quase todo o país.
Filotaxia: Altura de 3-6 m, com tronco tortuoso, liso e descamante, de 20-30 cm de diâmetro. Folhas simples, de 8-12 cm de comprimento por 3-6 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhe-los no chão após a queda. Em seguida deixa-los amontoados durante alguns dias e despolpá-los manualmente em água corrente. Após a separação das sementes deixa-las secar à sombra. Um quilograma contém aproximadamente 71.400 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 1 ano.
Germinação: Colocar as sementes para germinar, logo que colhidas, em canteiros contendo substrato organo-argiloso. A emergência ocorre em 20-40 dias e a germinação geralmente é alta. Transplantar as mudas para canteiros individuais quando atingirem 4-5 cm, as quais ficarão prontas para plantio no local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.

GUANANDI  

Nome científico: Calophyllum brasiliensis
Família: Guttiferae
Distribuição geográfica: Região Amazônica até o norte de Santa Catarina, principalmente na floresta pluvial atlântica.
Filotaxia: Altura de 20-30 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas glabras, coriáceas, de 10-13 cm de comprimento por 5-6 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhe-los no chão após a queda. Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para semeadura como se fossem sementes, não havendo necessidade de despolpá-los. Um quilograma de frutos contém aproximadamente 160 unidades. A viabilidade de sua semente em armazenamento é curta, não ultrapassando 90 dias.
Germinação: Semear os frutos, sem nenhum tratamento e logo que colhidos, diretamente em recipientes individuais ou em canteiros contendo substrato organo-argiloso, cobrindo-os com mais ou menos 1 cm de substrato peneirado. A emergência ocorre em 40-60 dias e a germinação geralmente é superior a 50%. Manter as mudas em ambiente semi-sombreado até próximo de serem levadas para plantio no local definitivo (30-40 cm de altura). O desenvolvimento das plantas no campo é moderado.

GUAPURUVU  

Nome científico: Schizolobuim parahyba
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae
Distribuição geográfica: Bahia até Santa Catarina, na florestal pluvial da encosta atlântica.
Filotaxia: Altura de 20-30 m, com tronco de 60-80 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, de 80-100 cm de comprimento, com 30-50 pinas opostas. Folíolos em número de 40-60 por pina, de 2-3 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Recolher os frutos no chão após sua queda espontânea. Em seguida retirar manualmente a semente de seu interior. Um quilograma contém aproximadamente 500 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é longa, podendo durar vários anos.
Germinação: Escarificar as sementes antes da semeadura; isto pode ser obtido lixando-se um ponto da mesma ou fervendo-as durante 4-10 minutos e depois deixando-as na água por 1-2 dias. Semeá-las em seguida diretamente em recipientes individuais contendo substrato argiloso. A emergência demora 5-15 dias, e a germinação é superior a 85%. O desenvolvimento das plantas no campo é extremamente rápido, atingindo facilmente 8-10 m de altura em 2 anos.

GUARITÁ  

Nome científico: Astronium graveolens
Família: Anacardiaceae
Ocorrência natural
Latitude:
7ºS (Paraíba) a 24º20’S (Paraná).
Altitude: de 30m, no Espírito Santo a 900m de altitude, em São Paulo.
Distribuição geográfica: ocorre de forma natural no Brasil, na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e em São Paulo. Essa espécie não ocorre no Maranhão e no Rio Grande do Sul.
Filotaxia: compostas imparipinadas, sustentadas por pecíolo de 13 a 15cm, com quatro a sete pares de folíolos glabros, obliquamente ovados-oblongos, acuminados ou agudos, fino-denteados, de tamanhos desiguais, os maiores com 6 a 8cm de comprimento e os menores de 3 a 4cm, dotados de cheiro característico de manga (terebintina); folíolos com margem crenada ou serreada, com nervuras bem desenvolvidas, esbranquiçadas e alientes no lado inferior.
Características do fruto: baga fusiforme, endocarpo mais ou menos delicado, com superfície lisa.
Características da semente: alada e alongada.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras e depois repicar as plântulas para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem pode ser feita a partir de quatro semanas após a germinação. Após a repicagem, as mudas devem ser levadas para canteiros semi-sombreados.
Germinação: cripto-epígea (Santin, 1991), com início entre oito a 30 dias após a semeadura. O poder germinativo é geralmente alto, acima de 80%. As mudas atingem porte adequado para plantio cerca de seis meses após a semeadura.

GUARUCAIA  

Nome científico: Paraptadenia rígida
Família: Leguminosae-Mimosoideae
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo até o Rio Grande do Sul, porém muito mais freqüente nos três estados sulinos, na mata latifoliada semidecídua da bacia do Paraná.
Filotaxia: Altura de 20-30 m, com tronco de 60-110 cm de diâmetro. Folhas bipinadas com 3-6 pares de pinas. Folíolos de 1 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 38.600 sementes. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 3 meses.
Germinação: Colocara s sementes para a germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e mantidos em ambiente semi-sombreado. A emergência demora 5-10 dias e, a germinação é abundante. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, alcançando facilmente 3 m aos 2 anos.

INGÁ-DO-BREJO  

Nome científico: Ingá uruguensis
Família: Leguminosae-Mimosoideae
Distribuição geográfica: São Paulo até o Rio Grande do Sul, principalmente na floresta pluvial atlântica.
Filotaxia: Altura de 5-10 m, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas compostas paripinadas, de ráquis alada, com 4-5 jugas; folíolos herbáceos, pubescência restrita às nervuras, superfície inferior de cor mais clara, com 4-14 cm de comprimento por 1-4 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão logo após a queda. Em seguida abrir manualmente as vagens para a retirada das sementes; estas estão envoltas por um arilo mucilaginoso que não deve ser removido. Um quilograma de sementes assim preparadas contém aproximadamente 760 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é extremamente curta, não ultrapassando 15 dias.
Germinação: Colocar as sementes para germinar, imediatamente após a colheita e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato argiloso. A emergência ocorre em 3-5 dias e a germinação é total. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando atingirem 4-6 cm. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para plantio no local definitivo em 3-4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é também rápido, alcançando facilmente 3 m aos 2 anos.

IPÊ-FELPUDO

Nome científico: Zeyheria tuberculosa
Família: Bignoniaceae
Distribuição geográfica: Espírito Santo e Minas Gerais até o norte do Paraná, nas florestas pluvial atlântica e semidecídua da bacia do Paraná.
Filotaxia: Altura de 15-23 m, com tronco revestido por casca espessa (até 5 cm), de 40-60 cm de diâmetro. Folhas compostas, de 40-60 cm de comprimento, sustentadas por pecíolo de 20-25 cm; folíolos em número de 5, denso-pubescentes, o maior com 20-25 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea; em seguida deixá-los o sol para completarem a abertura e liberação das sementes. Devido à baixa densidade das sementes são facilmente levadas pelo vento, devendo ser protegidas durante a secagem dos frutos com a cobertura de uma tela. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 15.000 unidades.
Germinação: As sementes devem ser postas para germinação logo que colhidas, devido à perda rápida da viabilidade germinativa; semeá-las em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso, cobrindo-as apenas levemente com terra peneirada. A germinação é rápida (8-12 dias) e a germinação é abundante. Quando as mudas alcançarem 4-6 cm transplantá-las para embalagens individuais. Em mais 60-90 dias já podem ser levadas para plantio no local definitivo; o desenvolvimento das plantas no campo é rápido, atingindo facilmente 3 m aos 2 anos.

JARACATIÁ  

Nome científico: Jacaratia spinosa
Família: Caricaceae
Distribuição geográfica: sul da Bahia até o Rio Grande do Sul e, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, em Várias formações florestais.
Filotaxia: Planta lactescente, dióica e espinhenta, de 10-20 m de altura, com tronco de 70-90 cm de diâmetro. Folhas compostas palmatilobadas, com 8-12 folíolos glabros.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando maduros ou recolhe-los no chão após sua queda. Em seguida abri-los manualmente para a retirada das sementes, que devem ser lavadas em água corrente e deixadas secar à sombra. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 28.700 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é muito curta.
Germinação: Colocar as sementes para germinação logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. A emergência ocorre em 10-20 dias e, a taxa de germinação geralmente é elevada. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 4-5 cm, as quais estarão em condições de serem plantas no local definitivo em 3-4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido, alcançando facilmente 4-5 m de altura aos 2 anos.

JARACATIÃO  

Nome científico: Miconia cinnamomifolia
Família: Melastomaceae
Distribuição geográfica: Bahia até Santa Catarina, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica.
Filotaxia: Altura de 15-22 m, com tronco de 30-50 cm de diâmetro. Folhas simples, coriáceas, glabras, de 1,0-1,5 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Devido ao seu tamanho diminuto, proceder ao corte de todo o ramo que contém frutos. Após separá-los dos pedúnculos , deixá-los em repouso por alguns dias para iniciar a decomposição e facilitar seu maceramento em água para a liberação das sementes; em seguida filtrar e deixar toda a massa de sementes e restos de frutos para secar ao sol. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 1.900.00 unidades, as quais apresentam curta viabilidade germinativa.
Germinação: Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros sombreados contendo substrato organo-argiloso; preparar um leito de semeadura bem fino e uniforme com o substrato peneirado, cobrindo-se muito levemente as sementes com o mesmo material. Para evitar o arranquio das sementes durante a irrigação, cobrir o canteiro com saco de estopa, removendo-o logo que iniciar a emergência. A emergência ocorre em poucas semanas e, a taxa de germinação geralmente é baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 3-4 cm, as quais ficarão prontas para plantio no local definitivo em 6-7 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é moderado.

JEQUITIBÁ-BRANCO  

Nome científico: Cariniana estrellensis
Família: Lecythidaceae
Ocorrência natural
Latitude:
8ºS (Acre) a 27º30’S (Santa Catarina).
Altitude: de 30m, região costeira a 1.200m de altitude no Distrito Federal e em Goiás.
Distribuição geográfica: é encontrado de forma natural no sul da Bolívia, no leste do Paraguai, no Peru e no Brasil, no Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.
Filotaxia: simples, oblongo-elípticas lanceoladas, lâmina do limbo com 5 a 15cm de comprimento por 1,5 a 6cm de largura, com margem serreada; ápice acuminado com acúmen de 2 a 5mm de comprimento, levemente curvo e base cuneada que se une ao pecíolo com 5 a 13mm de comprimento, de cor avermelhada quando nova.
Características do fruto: pixídio fibroso (em forma de urna inviolável), cilíndrico-oblongo, lenhoso, de cor parda, com poucas lenticelas mais claras, com 5 a 11cm de comprimento e 3 a 4cm de diâmetro, com abertura circular denticulada, fechada com um opérculo cilíndrico em forma de prego de cabeça convexa. Cada fruto contém 20 a 35 sementes. O fruto é de decomposição lenta, uma vez caído no solo.
Características da semente: de cor castanha, com a testa expandida em asa membranácea, até 4cm de comprimento e núcleo seminal basal mais ou menos piriforme com 1,2cm de comprimento e 0,6cm de largura.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras para posterior repicagem, ou duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno grande. A repicagem deverá ser efetuada três a cinco semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre seis e 70 dias, após a semeadura. O poder germinativo varia de 46 a 95%; em média 70%. Cerca de seis meses após a semeadura, as mudas atingem porte adequado para plantio no campo. Mudas pequenas de raiz nua apresentam bom pegamento em campo.

LEITEIRO  

Nome científico: Peschiera fuchsiaefolia
Família: Apocynaceae
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro, São Paulo e norte do Paraná, na floresta semidecídua.
Filotaxia: Planta lactescente de 4-6 m de altura, com tronco revestido de casca lisa de 25-360 cm de diâmetro. Folhas simples,opostas, de 8-12 cm de comprimento por 2-3 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, o que pode s3er facilmente observado pela exposição do arilo de cor vermelho-viva das sementes. Em seguida deixa-los ao sol para completar a abertura; após a retirada das sementes deixa-las secar à sombra. Não há necessidade de retirar o arilo mucilaginoso que envolve as sementes. Um quilograma de sementes assim preparadas contém aproximadamente 13.500 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 10 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinar logo que colhidas e, sem nenhum tratamento, diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso; cobri-las levemente com substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 30-40 dias e, a taxa de germinação geralmente é superior a 80%. O desenvolvimento das mudas é rápido, o mesmo correndo com as plantas no campo atingem facilmente 3,5 m aos 2 anos.

LOURO-BRANCO  

Nome científico: Bastardiopsis densiflora
Família: Malvaceae
Ocorrência natural
Latitude:
19º30’S (Minas Gerais) a 29º15’S (Rio Grande do Sul).
Altitude: de 55m, no Rio Grande do Sul a 900m de altitude, em Minas Gerais.
Distribuição geográfica: ocorre de forma natural no nordeste da Argentina, no leste do Paraguai e no Brasil, no Espírito Santo, em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no estado de São Paulo.
Filotaxia: simples, estipuladas, de filotaxia alterna, ápice acuminado, base cordiforme, palminérvea, com cinco nervuras principais bem visíveis de ambos os lados, salientes na face dorsal, discolores, verde-grisácea em cima e esbranquiçada em baixo, pilosas na face dorsal, lâmina foliar com 5 a 15cm de comprimento no estágio adulto e 11 a 27cm de comprimento por 9 a 19cm de largura no estágio juvenil; margem denticulada a subéntegra; pecíolo piloso com até 15 cm de comprimento.
Características do fruto: cápsula deiscente, seca, piramidal pentagonal de 2 a 3cm de comprimento, irregular, densamente tomentosa, em cachos, com dez arestas estreitas e largas, conferido o aspecto de aranha pequena e arredondada, com até cinco sementes.
Características da semente: escura, pubescente, mais ou menos globosa, irregularmente comprimida, com dois apêndices como hilos de 5 a 10mm.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras e depois repicar as plântulas para saco de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem deverá ser efetuada três a cinco semanas após o início da germinação.
Germinação: epígea, com início entre cinco a 60 dias após a semeadura. O poder germinativo é bastante variável entre árvores, desde zero a mais de 50%. Em média, 3%. O poder de permanência em viveiro é no mínimo seis meses.

LOURO PARDO

Nome científico: Cordia trichotoma (Vellozo)
Família: Boraginaceae
Ocorrência natural.
Latitude: 3º45’S (Ceará) a 30º30’S (Rio Grande do Sul). Pelo oeste, o limite Norte situa-se a aproximadamente 16ºS, na Região de Cáceres – MT.
Altitude: de 30m, no Espírito Santo a 1.300m de altitude, em Minas Gerais.
Distribuição geográfica: é encontrada de forma natural no nordeste da Argentina, na Bolívia, Paraguai e no Brasil, em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal.
Filotaxia: simples, alternas, espiraladas, oblongo-agudas, sub-coriáceas, base aguda, ápice acuminado, lâmina de limbo com 7 a 17cm de comprimento e 3 a 8cm de largura, distintamente discolor, áspera e rica em pêlos estrelados difusos na face dorsal e tomentosa, com pêlos estrelados e entrelaçados na face ventral; margem fracamente sinuada, ondulada; pecíolo com 1 a 4,5cm de comprimento, delgado, cilíndrico, superiormente leve-sulcado, tomentoso e esbranquiçado. Apresenta folhas polimorfas e é extremamente variável na densidade do indumento, havendo formas quase glabras e fortemente pilosas; estas com tonalidade fulva.
Características do fruto: núcula de pericarpo pouco espessado e seco, com cálice e corola persistente e marcescente, de cor castanha (Barroso et al., 1999). O fruto apresenta-se cilíndrico, rômbico, com superfície lisa de cores bege a bege esverdeadas, provenientes de ovário ínfero, de 8 a 13mm de comprimento, por 3 a 4mm de largura.
Características da semente: elipsoidal, de 6mm de comprimento por 2mm de diâmetro. A unidade de dispersão é o perianto, com o fruto e a semente. A semente propriamente dita encontra-se presa à parede do fruto, pela base do estigma.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras e depois repicar as plântulas para sacos de polietileno, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem deve ser realizada de três a sete semanas após a germinação, quando aparecem as folhas definitivas ou quando as plântulas atingem de 5 a 10 cm de altura. O louro-pardo apresenta raiz pivotante pronunciada. Em virtude disso, é sensível à poda de raiz, ocasionando problemas em alguns plantios, devido ao transplante.
Germinação: epígea, ocorrendo em geral, entre quatorze a 60 dias após a semeadura no verão e entre 32 a 112 dias após a semeadura no inverno. Normalmente é irregular, geralmente baixa, variando entre 14 a 80%. Kuniyoshi (1983), coletando sementes de cinco árvores em Colombo – PR, encontrou uma germinação média de 11,6%, com as taxas variando de 0 a 17,5%. As mudas atingem porte adequado para plantio no campo em cerca de seis meses após a semeadura.

MANDIOCÃO  

Nome científico: Didymopanax morototonii
Família: Araliaceae
Distribuição geográfica: Região amazônica até o Rio Grande do Sul, em várias formações florestais.
Filotaxia: Altura de 20-30 m, com tronco retilíneo de 60-90cm de diâmetro. Folhas compostas palmatilobadas, concentradas no ápice dos ramos, com 7-10 folíolos de 20-40 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando adquirirem coloração roxo-escura e iniciarem a queda espontânea. Podem ser semeados dessa forma como se fossem sementes ou podem ser despolpados para a liberação das mesmas. Um quilograma contém aproximadamente 70.400 sementes. Sua viabilidade germinativa dura menos de 60 dias.
Germinação: Colocar as sementes ou frutos para germinar logo que colhidos em canteiros sombreados contendo substrato organo-argiloso. Cobri-los com uma leve camada de substrato peneirado e irrigar 2 vezes ao dia. A emergência demora 60-100 dias, e a taxa de germinação é bastante baixa. Faltam estudos de escarificação para aumentar sua germinação. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado rápido, podendo atingir facilmente 3-4 m aos 2 anos.

PAINEIRA

Nome científico: Chorisia speciosa Saint-Hilaire
Família: Bombacaceae
Ocorrência natural
Latitude:
7ºS (Paraíba) a 30ºS (Rio Grande do Sul).
Altitude: de 30m, no Espírito Santo a 1.200m de altitude, no Distrito Federal; podendo ser cultivada até 2.000m.
Distribuição geográfica: é encontrada de forma natural no nordeste da Argentina, na Bolívia, no Paraguai e no Brasil; na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul , Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal. A paineira é cultivada em regiões tropicais e subtropicais, no Hemisfério Norte, até as Antilhas e o sul dos Estados Unidos. Sua introdução no Ceará é relativamente recente.
Filotaxia: compostas, alternas, digitadas, com quatro a sete folíolos glabros, lanceolados com 10 a 15cm de comprimento e 4 a 5cm de largura, com margem serrilhada; pecíolo de 5 a 17cm de comprimento.
Características do fruto: cápsula loculicida, de forma bastante variável, redonda ou alongada, geralmente oblonga, lisa, coriácea, brilhante, com 12 a 22cm de comprimento e 4 a 8 cm de diâmetro, cinco lóculos deiscentes, de cor parda, com fibras brancas. O exocarpo consiste de sete a dez camadas curtas com paredes celulares muito espessas, com pontuações simples muito evidentes (Marzinek & Mourão, 1999). Cada fruto produz, em média, 120 sementes.
Características da semente: marrom-escuras a pretas, pequenas, achatadas, redondas, envoltas por pêlos branco-amarelados (paina), muito leves, elásticos e lustrosos, dispostas em cinco fileiras. As sementes contêm óleo.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras, para posterior repicagem, ou duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20cm de altura e 7cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem deverá ser efetuada duas a três semanas após a germinação. A espécie possui uma raiz pivotante forte. A semeadura direta no campo é viável.
Germinação: epígea. A germinação da paineira oferece aspecto bem interessante; o embrião é grande, geralmente tem os cotilédones dobrados ou enrolados, endosperma fraco ou nulo. As folhas cotiledonais são grandes e cordiformes, o hipocótilo é vermelho. A germinação inicia entre oito a 30 dias, após a semeadura, sendo variável e bastante irregular, de 30 até 100%. As mudas atingem porte adequado para plantio cerca de três meses após a semeadura.

PALMITO

Nome científico: Euterpe edulis Martius
Família: Arecaceae
Ocorrência natural.
Latitude: é comum de 14º45’S (Bahia) a 29º45’S (Rio Grande do Sul). Veloso et al. (1991) consideram o limite Norte do palmiteiro em 08ºS (Pernambuco).
Altitude: de 5m, no litoral das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste a 1.200m de altitude, no Distrito Federal.
Distribuição geográfica: é encontrado de forma natural no nordeste da Argentina, no leste do Paraguai e no Brasil, na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.
Filotaxia: alternas, pinadas, com até 3m de comprimento.
Características do fruto: drupa subglobosa composta por um epicarpo (casca) pouco espesso, liso, violáceo-escuro, com polpa escassa encerrando uma semente.
Características da semente: quase esférica, parda-grisácea, envolta por uma cobertura fibrosa, com até 10mm de diâmetro. As sementes desta espécie possuem endosperma muito abundante, com alto teor de reservas, as quais constituem-se de carboidratos (cerca de 88%), proteínas (10%) e lípides (2%).
Semeadura: recomenda-se semear duas a três sementes em recipiente ou semeadura direta no campo, em covas de 5cm de profundidade. Em sementeira, deve-se usar areia de rio como substrato e mantê-la sempre úmida. A repicagem, quando necessária, pode ser feita uma a três semanas após a germinação, ou após o aparecimento das folhas.
Germinação: hipógea, com início entre 30 a 170 dias após a semeadura (extremamente variável) em função do tratamento pré-germinativo adotado: até 95% (estratificação em areia úmida); até 75% em água fria e até 50% sem tratamento. Todavia, para Lopes et al. (1998b), o fator mais importante na germinação é a remoção da polpa que aumenta significativamente a taxa de germinação comparada com sementes com polpa. As mudas atingem tamanho adequado, cerca de nove meses após a semeadura.

PATA DE VACA

Nome científico: Bauhinia forficata
Família: Caesalpiniaceae
Ocorrência natural.
Latitude: 4ºS (Ceará) a 30º05’S (Rio Grande do Sul).
Altitude: de 30m, no litoral das Regiões Sul e Sudeste a 1.100m de altitude, em Minas Gerais.
Distribuição geográfica: ocorre de forma natural no Brasil, no Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, em Rondônia e no Estado de São Paulo.
Filotaxia: alternas, simples, ovadas, coriáceas, com até 10cm de comprimento por até 6cm de largura, bilobadas, com dois lóbulos em forma de pata-de-vaca, característica. Lâmina foliar lisa, brilhante na face superior, com glândula na base. Quando jovem, os ramos têm dois espinhos curvos como estípulas na base do pecíolo.
Características do fruto: legume aplainado, marrom-acizentado, de até 20cm de comprimento por 2,5cm de largura, com deiscidência elástica, de valvas lignificadas, abrindo-se em duas partes, com cinco a dez sementes.
Características da semente: castanho a pretas, achatadas, com poros, medindo 1cm de comprimento.
Semeadura: recomenda-se semear duas sementes em saco de polietileno com dimensões mínimas de 11cm de altura e 4,5cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem, se necessária, pode ser efetuada duas a quatro semanas após o início da germinação. As plântulas apresentam vigoroso sistema radicial.
Germinação: epígea, com início entre cinco a 35 dias após a semeadura. O poder germinativo é alto, até 91%. As mudas atingem porte adequado para plantio aos cinco meses, após a semeadura.

PAU – CIGARRA

Nome científico: Senna multijuga
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae
Distribuição geográfica: Quase todo o país, principalmente na mata pluvial da encosta atlântica.
Filotaxia: Altura de 6-10 m, com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Folhas compostas de 20-40 pares de folíolos membranáceos e glabros.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida deixa-los ao sol para completarem a abertura e facilitar a liberação das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 89.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 6 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinação logo que colhidas e sem nenhum tratamento em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso; cobri-las com um leve camada do substrato peneirado. A emergência ocorre em 10-30 dias e, a taxa de germinação geralmente é elevada. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 4-6 cm, as quais podem ser plantadas em local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, atingindo facilmente 3,5 m aos 2 anos.

PAU – D’ALHO

Nome científico: Gallesia integrifólia
Família: Phytolaccaceae
Distribuição geográfica: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais até o Paraná, na floresta pluvial atlântica e, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, na floresta semidecídua da bacia do Paraná.
Filotaxia: Altura de 15-30 m, com tronco de 70-140 cm de diâmetro. Folhas glabras, coriáceas, de 10-16 cm de comprimento. Todas as partes da planta exalam cheiro de alho, o qual é sentido à distância em dias com alta umidade relativa (tempo de chuva).
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para a semeadura, uma vez que a retirada da sementes de seu interior é praticamente impossível. Um quilograma de frutos contém aproximadamente 15.200 unidades; sua viabilidade e, armazenamento é superior a 8 meses.
Germinação: Colocar os frutos para germinação logo que colhidos, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso; cobri-los com uma leve camada de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 10-20 dias e, a taxa de germinação é superior a 80%. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando com 4-5 cm.

PAU – DE – GAIOLA.

Nome científico: Aegiphila sellowiana
Família: Verbenaceae
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, nas florestas semidecíduas e pluvial.
Filotaxia: Altura de 4-7 m, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas simples, opostas, tomentosas ou pubescentes, de 18-28 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher o frutos diretamente da árvore quando maduros (coloração alaranjada). Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para o plantio como se fossem sementes, não havendo necessidade de despolpá-los. Entretanto, caso deseja-se armazenar as sementes ou remete-las para outros locais, é conveniente despolpar os frutos ou seca-los parcialmente sem remover a polpa. Um quilograma de frutos frescos contém aproximadamente 19.700 unidades e, de sementes 32.000 unidades. A viabilidade das sementes em armazenamento é superior a 6 meses.
Germinação: Colocar as sementes ou os frutos para germinação logo que colhidos e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e mantidos a pleno sol; cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar diariamente. A emergência ocorre em 50-100 dias e, a taxa de germinação geralmente é baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando alcançarem 4-6 cm, as quais atingirão o tamanho adequado para o plantio no local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido.

PAU – JACARÉ

Nome científico: Piptadenia gonoacantha
Família: Leguminosae – Mimosoideae
Distribuição geográfica: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul até santa Catarina, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica.
Filotaxia: Planta levemente espinhenta, de 10-20m de altura, com tronco de 30-40 cm de diâmetro. Os ramos e o tronco quando jovem possuem asas lenhosas longitudinais. Folhas compostas bipinadas com 4-8 jugas, de 10-15 cm de comprimento; pinas de 5-7 cm de comprimento, com 30-40 pares de folíolos.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 18.000 sementes. Sua viabilidade em armazenamento é curta, não ultrapassando 60 dias.
Germinação: Colocar as sementes para germinar logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente e,m recipientes individuais contendo substrato areno-argiloso e, mantidos em ambiente semi-sombreado. A emergência ocorre em 5-10 dias e a germinação é abundante. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio no campo em 3-4 meses. As plantas no campo apresentam rápido desenvolvimento atingindo facilmente 5 m aos 2 anos.

PAU – MARFIM

Nome científico: Balfourodendron riedelianum
Família: Rutaceae
Ocorrência natural.
Latitude: 20º S(Minas Gerais) a 29º40’S (Rio Grande do Sul).
Altitude: 70m, em Santa Catarina/Rio Grande do Sul a 1.100m de altitude, em Santa Catarina.
Distribuição geográfica: Ocorre de forma natural no nordeste da Argentina, no Paraguai e no Brasil, no sul do Espírito Santo, em Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo.
Filotaxia: compostas trifoliadas, de filotaxia oposta e decussada; pecíolo de 3 a 12 cm de comprimento, as lâminas dos folíolos elípticas, subglabras, com 5 a 12 cm de comprimento por 2,5 a 4,5 cm e largura, chegando em regeneração natural a 20 cm de comprimento, sendo o central sempre maior que os laterais e com numerosos pontos pretos domácias nas axilas. Quando as folhas são expostas contra a luz, podem-se observar pontos translúcidos. Manchas fúngicas douradas, típicas, são freqüentes.
Características do fruto: nucáceo ou diclesium (tri-sâmara), indeiscente, lenhosos, coriáceo, seco, com quatro asas grandes, verticalmente radiadas, semicircular, verde quando imaturo e amarelo a acizentado quando maduro, de 25 a 5 mm por 20 a 25 mm, glabro, peso seco de 0,99g.
Características da semente: elipsóide, anátropa, bitegumentada, com testa negra, tégmen amarelado, hilo circular, homócromo em relação à testa, embrião espatulado e conteúdo de natureza lipídica acumulando-se nos cotilédones. Mede até 9 mm de comprimento, uma a quatro por fruto ou por aborto pode apresentar os lóculos vazios.
Semeadura: recomenda-se semear dois frutos em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno grande. Independentemente do método de semeadura adotado, a repicagem é sempre realizada, pois germinam até quatro plântulas por fruto. A repicagem deverá ser realizada duas a três semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre 27 a 150 dias após a semeadura. Dos frutos germinam 20 a 80%, em média 50%. O crescimento das mudas, em viveiro, é lento, estando prontas para plantio por volta de oito meses após a semeadura.

PAU – VIOLA

Nome científico: Cytharexyllum myrianthum
Família: Verbenaceae
Distribuição geográfica: Bahia ao Rio Grande do Sul, na floresta pluvial atlântica e matas de galeria.
Filotaxia: Altura de 8-20 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas subcoriáceas, face inferior de coloração mais clara e com nervuras pubescentes e de coloração marrom-clara, de 10-20 cm de comprimento por 3-7 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida deixa-los amontoados alguns dias para iniciar sua decomposição e despolpá-los manualmente em peneira sob água corrente, deixando as sementes ao sol para secagem. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 19.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 6 meses.
Produção de mudas: Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e mantidos em ambiente semi-sombreado; cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 20-40 dias e, a taxa de germinação geralmente é superior a 80%. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando alcançarem 4-6 cm, as quais atingirão o tamanho adequado para o plantio no local definitivo em menos de 4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é bastante rápido, podendo atingir 4 m de altura aos 2 anos.

PEROBA – ROSA

Nome científico: Aspidosperma polyneuron
Família: Apocynaceae
Ocorrência natural
Latitude:
10º N (Venezuela) a 25º50’ S (Brasil, no Paraná). No Brasil, o limite Norte da peroba-rosa possivelmente dá-se a 9º S (Mato Grosso) e pelo Leste a 11º30 “S (Chapada Diamantina – BA)”.
Altitude: de 25m, no litoral do Rio de Janeiro e 1.300m de altitude em Minas Gerais.
Distribuição geográfica: Ocorre de forma natural no extremo nordeste da Argentina, no norte da Colômbia, no norte e leste do Paraguai, no Peru, no noroeste e norte da Venezuela e no Brasil, na Bahia, no Espírito Santo, em Goiás, em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, no Rio de Janeiro, em Rondônia e no Estado de São Paulo.
Filotaxia: simples, alternas, variáveis quanto à forma, oblongas a obovado-elípticas, algumas vezes lustrosas na face superior; com ápice arredondado e margem inteira, com até 8 cm de comprimento e 3 cm de largura; firmemente membranáceas ou subcoriáceas, as nervuras secundárias muito apertadas e paralelas.
Características do fruto: folículos deiscentes, elipsóides, sésseis, geralmente achatados (às vezes atenuado na base), semilenhoso, com 2,5 a 6 cm de comprimento por 1 a 2 cm de largura, com uma crista mais ou menos proeminente, pardo-escuro, densamente coberto de lenticelas bem visíveis, com duas a cinco sementes por fruto.
Características da semente: elíptica, com 2 a 4 cm de comprimento por 8 a 10 mm de largura, provida de núcleo seminífero basal, do qual parte uma asa membranácea, parda. São albuminosas e apresentam alta taxa de poliembrionia em sementes mais jovens.
Semeadura: recomenda-se semear em recipientes, sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno grande. A repicagem, quando necessária, pode ser efetuada quatro a seis semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre quatorze a 60 dias após a semeadura. O poder germinativo varia entre 35 a 70%. A formação da muda é muito lenta, mínimo de nove meses após a semeadura.

PINHEIRO – DO – PARANÁ

Nome científico: Araucária angustifólia
Família: Araucariaceae
Distribuição geográfica: Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul em regiões de altitudes acima de 900 m (no sul acima de 500 m).
Filotaxia: Planta dióica de 20-50 m de altura, com tronco retilíneo, de 90-180 cm de diâmetro. Folhas coriáceas, glabras, agudíssimo-pungentes, de 3-6 cm de comprimento. A árvore jovem tem forma piramidal e bem diferente da adulta.
Obtenção de sementes: Recolher as sementes no chão após sua queda das árvores femininas. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 150 sementes. Sua viabilidade é gradualmente diminuída após sua colheita, reduzindo-se totalmente em 120 dias.
Germinação: Colocar as sementes para germinação logo que colhidas diretamente em recipientes individuais. A emergência ocorre em alguns dias e, a taxa de germinação é alta com sementes novas. O desenvolvimento das mudas e das plantas no campo é lento.


PINHEIRO – BRAVO

Nome científico: Podocarpus lambertii
Família: Podocarpaceae
Distribuição geográfica: Minas Gerais, Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua de altitude e mata de pinhais.
Filotaxia: Planta dióica de 8-14 m de altura, com tronco de 30-60 cm de diâmetro. Folhas coriáceas, de 2-4 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando os pedúnculos carnosos adquirirem coloração roxo-escura, sacudindo-se os ramo sobre lona plástica; em seguida separar manualmente as sementes do pedúnculo. As sementes assim obtidas podem ser diretamente utilizadas para a semeadura. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 30.000 unidades. Sua viabilidade em câmara fria é superior a 6 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinação logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e mantidos em ambiente semi-sombreado; cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar diariamente. A emergência ocorre em 20-30 dias e, a germinação geralmente é superior a 50%. Transplantar as mudas dos canteiros para embalagens individuais quando atingirem 4-6 cm, as quais ficarão prontas pata plantio no local definitivo em 9-10 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado moderado.

PITANGA

Nome científico: Eugenia uniflora
Família: Myrtaceae
Distribuição geográfica: Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua do planalto e da bacia do rio Paraná.
Filotaxia: Altura de 6-12 m, com tronco tortuoso de 30-50 cm de diâmetro. Folhas glabras, de 3-7 cm de comprimento por 1-3 cm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhe-los no chão após a queda espontânea, ou recolhe-los no chão após a queda. Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para a semeadura como se fossem sementes. Apenas no caso de armazenamento ou remessa para outros locais é que é conveniente despolpá-los. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 2.350 unidades, cuja viabilidade germinativa é bastante curta.
Germinação: Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas, diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-argiloso e, mantidos em ambiente semi-sombreado; cobri-las com uma camada de 0,5 cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 20-50 dias e, a germinação é superior a 80%. O desenvolvimento das mudas é moderado, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo.


SABIÁ OU SANSÃO – DO – CAMPO

Nome científico: Mimosa caesalpiniaefolia
Família: Leguminosae – Mimosoideae
Distribuição geográfica: Maranhão e região Nordeste do país até a Bahia, na caatinga.
Filotaxia: Planta espinhenta de 5-8 m de altura, com tronco de 20-30 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas, geralmente com 6 pinas opostas, cada uma provida de 4-8 folíolos, glabros, de 3-8 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos (pequenas vagens) diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida leva-los ao sol para secar e facilitar a abertura manual e retirada das sementes. Não há necessidade da retirada das sementes. Um quilograma de sementes puras contém aproximadamente 22.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é superior a 1 ano.
Germinação: Colocar as sementes ou as secções das vagens para germinar, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 5-20 das e a taxa de germinação geralmente é superior a 50%. Transplantar as mudas para canteiros individuais quando atingirem 3-5 cm. O desenvolvimento das mudas é bastante rápido, ficando prontas para plantio no local definitivo em menos de 4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é também rápido, alcançando facilmente 4 m aos 2 anos.

SALSEIRO

Nome científico: Salyx humboldtiana
Família: Salicaceae
Distribuição geográfica: Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, em matas ciliares. É particularmente freqüente na área de ocorrência da floresta semidecídua de altitude e, da mata pluvial atlântica dos três estados sulinos.
Filotaxia: Altura de 12-20 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Ramos pendentes. Folhas simples, glabras, de 8-12 cm de comprimento por 4-8 mm de largura.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura e liberação das sementes. Como estas são extremamente pequenas e envolvidas por uma pluma muito fina e de baixa densidade, depositar os ramos frutíferos sobre lona plástica e durante a secagem. Um quilograma de sementes sem as plumas contém aproximadamente 3.500.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é muito curta, não ultrapassando uma semana.
Germinação: Reproduz-se tanto por meios vegetativos (estaquia), como por sementes. A reprodução seminal é efetuada colocando-se as sementes para germinação logo que colhidas, em canteiros sombreados contendo substrato peneirado, não havendo necessidade de cobrir as sementes. A emergência ocorre em poucas semanas e, geralmente é bastante baixa. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando atingirem 3-5 cm. O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é considerado rápido. A melhor época para obtenção de estacas enraizadas dessa planta é durante o mês de julho-agosto.


SANGRA – D’ÁGUA

Nome científico: Croton urucurana
Família: Euphorbiaceae
Distribuição geográfica: Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul em matas ciliares de várias formações florestais.
Filotaxia: Altura de 7-14 m, com tronco de 25-35 cm de diâmetro. Folhas simples, pubescentes, prateadas na página inferior, de 9-18 cm de comprimento.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida leva-los ao sol para completarem a abertura e liberação das sementes. Devido à deiscência explosiva, cobri-los com telado ou peneira para evitar a perda das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 120.000 unidades. Sua viabilidade em armazenamento é curta, não ultrapassando 4 meses.
Germinação: Colocar as sementes para germinar logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso; cobri-las levemente com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 15-25 dias e, a taxa de germinação geralmente é alta. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando alcançarem 4-5 cm, as quais ficam prontas para plantio no local definitivo em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, alcançando facilmente 4 m de altura aos 2 anos.

SOBRASIL

Nome científico: Colubrina glandulosa Perkins var. Reitzii (M.C. Johnston)
Família: Rhamnaceae
Ocorrência natural
Latitude:
4º 15’S (Ceará) a 30º S (Rio Grande do Sul). O limite austral de sua distribuição dá-se no Morro do Osso, em Porto Alegre – (RS).
Altitude: desde próximo ao nível do mar, no litoral de Santa Catarina até 1.100 m de altitude, em Minas Gerais.
Distribuição geográfica: É encontrada de forma natural no leste da Bolívia, na Serra de Amambay, no Paraguai e no Brasil, no Ceará, no Espírito Santo, em Goiás, em Mato Grosso do Sul, Em Minas Gerais, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo.
Filotaxia: simples, alternas, oblongas, lâmina foliar com 6 a 16 cm de comprimento e 2 a 8,5 cm de largura, com face adaxial glabrescente e brilhante, a abaxial pubescente e pecíolo ferrugíneo-piloso com 10 mm a 15 mm de comprimento; glândulas conspícuas submarginais e basais; nervuras laterais poucas (cerca de cinco de cada lado da nervura principal) bem distanciadas, levemente impressas na face superior e bem saliente na inferior, curvadas e dirigidas em direção ao ápice.
Características do fruto: cápsula seca trilocular, globosa, glabra, de 8 a 12 mm de comprimento de coloração negra quando maduro, deiscente de maneira explosiva, discretamente tricostado, correspondendo às suturas das três cocas coriáceas, envolvido por um anel em relevo acima da base, com três sementes. Pedicelo do fruto com cerca de 6 mm de comprimento.
Características da semente: preta, testa brilhante e lisa, elipsóide, truncada na ponta hilar, com pequena carúncula e com 4 a 5 mm de comprimento por 3 a 4 mm de largura.
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras, e depois repicar as plântulas para sacos de polietileno, com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem pode ser efetuada duas a quatro semanas após a germinação.
Germinação: epígea, com início entre doze a 42 dias após a semeadura. Taxas muito baixas de germinação são obtidas utilizando-se sementes sem tratamento prévio; neste caso, a germinação se estende, irregularmente, por até seis meses. O poder germinativo é alto, até 90% em sementes com dormência superada e baixa, até 10% com sementes dormentes. As mudas atingem porte adequado para plantio, cerca de seis meses após a semeadura.

TAPIÁ

Nome científico: Alchomea triplinervia (Sprengel) Mueller Argoviensis
Família: Euphorbiaceae
Ocorrência natural
Latitude:
3º30’ N (Roraima) a 31º50’S (Rio Grande do Sul). No Leste do Brasil, o limite Norte de sua área de distribuição dá-se a aproximadamente 9º30’S, no Estado de Pernambuco.
Altitude: de 10m, no litoral das Regiões Sul e Sudeste, a 1.600 m de altitude, no Estado de São Paulo, no Brasil. A espécie atinge até 2.000 m de altitude, na Bolívia e 2.600 m na Colômbia.
Distribuição geográfica: É encontrada de forma natural em Trinidad Tobago, no Panamá, no nordeste da Argentina, na Bolívia, na Colômbia, no Equador, na Guiana, na Guiana Francesa, no leste do Paraguai, no Peru, no Suriname, na Venezuela e no Brasil, no Acre, no Amazonas, na Bahia, no Espírito Santo, em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em Rondônia, em Roraima, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo.
Filotaxia: simples, alternas, muito variáveis na forma, porém basicamente elípticas ou arredondadas, com estípulas verde-claras, discolores, de consistência coriáceas ou cartáceas, lâmina foliar com 2,5 a 15 cm de comprimento e 3 a 8 cm de largura, margem denteada, plaminérveas, com três nervuras principais características, saindo da base obtusa e duas a quatro glândulas avermelhadas na face inferior junto à base da lâmina e nos ângulos das nervuras secundárias; pecíolo de 2 a 4,5 cm de comprimento. As folhas de tapiá, no sub-bosque de florestas naturais alcançam até 20 cm de comprimento, 10 cm de largura e pecíolo com 9 cm de comprimento. Rocas et al. (1995), em exame anatômico, observaram a presença de laticíferos na nervura principal e pecíolo, assim como estrutura secretora no bordo foliar.
Características do fruto: separando-se em cocos bivalvados (cocarium), arredondado, de 5 a11 mm de diâmetro, geralmente com duas sementes ou eventualmente até três.
Características da semente: castanho-clara, de 4 a 5 mm de diâmetro, com endosperma carnoso e portadora de arilo de cor vemelha-coral. Após a deiscência, as sementes ariladas ficam expostas por algum tempo e presas à columela.
Semeadura: após a superação de dormência, as sementes são colocadas em areia por 60 dias e semeadas em canteiros de pré-germinação. Em seguida, as plântulas são repicadas para sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou tubetes de polipropileno de 15 cm de comprimento por 3 cm de diâmetro. Recomenda-se a repicagem tão logo se dê a emergência da parte aérea ou com até 7 cm de altura.
Germinação: hipógea, com início entre 20 a 50 dias após a semeadura, com sementes superadas a dormência, e entre 100 dias e doze meses após, para sementes sem superação de dormência. O poder germinativo é irregular, atingindo até 75%. As mudas alcançam altura adequada para plantio, cerca de nove meses após a semeadura.


TIMBAÚVA

Nome científico: Enterolobium contortisiliquum (Vellozo)
Família: Mimosaceae
Ocorrência natural
Latitude:
3ºS (Ceará) a 31º30’S (Rio Grande do Sul) no Brasil, atingindo 36ºS na Argentina.
Altitude: de 5 m, em Santa Catarina a 1.200 m de altitude no Distrito Federal.
Distribuição geográfica: Ocorre de forma natural no norte no norte e nordeste da Argentina, no sul da Bolívia, na Colômbia, no leste do Paraguai, no Peru, no nordeste do Uruguai e no Brasil, em Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.
Filotaxia: compostas, bipinadas, alternas, com até 30 cm de comprimento e três a sete pares de folíolos verde-claros em cima e verde-acizentados em baixo, com presença de glândulas entre os folíolos e no pecíolo comum (base e ápice).
Características do fruto: legume bacóide, indeiscente, preto quando maduro (persistindo durante o inverno sobre a árvore desnuda), recurvado, carnoso, semilenhoso, possuindo forma característica que faz lembrar uma orelha humana, superfície glabra, profundamente reentrante junto do pedicelo, com 3 a 9 cm de comprimento e 2 a 7 cm de largura, contendo duas a doze sementes no Brasil, e 16 a 22 sementes na Argentina. Cada fruto pesa 8 a 15g.
Características da semente: glabras, elipsóides a ovaladas, com tegumento liso e duro, marrom a castanha, brilhante, exalbuminosa, pleurograma marcado (aberto em direção à região hilar) e lóbulo radicular proeminente, sem endosperma. Medem 10 a 15 mm de comprimento por 6 mm de diâmetro.
Semeadura: recomenda-se semear em sacos de polietileno ou em tubetes de polipropileno ou, eventualmente, em sementeira, para posterior repicagem. A repicagem, quando necessária, deve ser feita uma a duas semanas após a germinação. É aconselhável a poda radicial.
Germinação: epígea, com início entre quatro a 60 dias após a semeadura. O poder germinativo depende da eficácia do tratamento pré-germinativo, podendo se aproximar de 100%. Sem o uso do tratamento para dormência, a germinação é baixa (até 22%). As mudas atingem porte adequado para plantio, cerca de quatro meses após a semeadura. Mudas maiores aceitam bem o transplante. A espécie apresenta um sistema radicial bem desenvolvido, requerendo uma cova grande no plantio.

URUCURANA

Nome científico: Hyeronima alchorneoides
Família: Euphorbiaceae
Distribuição geográfica: Vasta distribuição desde a Amazônia até o nordeste do Rio Grande do Sul, sendo, entretanto, mais freqüente na floresta ombrófila densa da encosta atlântica do sul do Brasil.
Filotaxia: Altura de 20-30 m, com tronco de 50-70 cm de diâmetro. Folhas simples, glabras, de 9-20 cm de comprimento.


Obtenção de sementes: Os frutos devem ser colhidos quando ainda na árvore, deixando-se em seguida ao sol para secar a polpa suculenta. Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para semeadura como se fossem sementes. Um quilograma de frutos secos contém aproximadamente 70.000 unidades.


Germinação: As sementes devem ser postas a germinar logo que colhidas em canteiros sombreados contendo substrato organo-argiloso. A emergência ocorre em 20-30 dias e, a taxa de germinação geralmente é abundante. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando alcançarem 4-6 cm, as quais podem ser plantadas no local definitivo em 5-7 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é considerado médio.

A orientação técnica é realizada pela Emater de seu município ou pelos técnicos das entidades conveniadas.

1. verifique se seu município é conveniado.

2. se positivo – procure o técnico e o viveiro municipal ou o escritório local da Emater para a obtenção das orientações técnicas e mudas.

3. se negativo procure o escritório local da Emater de seu município que indicará o viveiro regional do IAP mais próximo.

Principais métodos ou sistemas de recuperação de matas ciliares:

1. é fundamental o isolamento da área de animais de qualquer espécie pois as mudas são facilmente dizimadas pelo gado, porcos, galinhas etc.

2. se houver capim ou outra vegetação rasteira é recomendado o coroamento do local onde será plantada a muda, com a enxada. Se não houver controle do mato as mudas podem morrer ou não se desenvolver por faltada d’água, luz e nutrientes.

3. A orientação técnica para o plantio deve ser buscada junto a Emater Paraná. O plantio correto acarretará economia de tempo e dinheiro. A recomendação geral é o plantio de mudas de espécies pioneiras e secundárias tolerantes ao sol e de crescimento rápido e com um espaçamento de 2metros entre linhas por 2 metros entre covas. Existem outras alternativas de plantio em faixas, em ilhas e também quando houver bastante vegetação nativa nas imediações, pode ser feito o simples abandono da área. Procure um técnico para realizar o plantio tecnicamente correto.

Referencias:

mataciliar.pr.gov.br

Ache Tudo e Região

 


 


Não solte fogos, eles causam câncer e atacam o sistema neurológico e psicológico das crianças, matam, maltratam e adoece animais e humanos. Não frequente zoológico, não compre animais adote (1), você consumidor é o culpado pela sua extinção, sem animais e sem florestas não há como sobreviver, só restará deserto...


  Não estamos sozinhos, é vital dividimos espaço com outras criaturas ou seremos também eliminados do planeta. Proteger as árvores, os animais, rios e mares são dever cívico do cidadão. Todos serão responsabilizados, pelo mal que estamos fazendo a natureza.  


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