O rio Igua�u � um afluente do rio Paran� e � o
maior rio do estado do Paran�, Brasil, formado pelo encontro dos rio Ira� e rio
Atuba na parte leste do munic�pio paranaense de Curitiba junto a divisa deste
com os munic�pios de Pinhais e S�o Jos� dos Pinhais.
O curso do rio segue o sentido geral leste/oeste com algumas partes servindo de
divisa natural entre o Paran� e Santa Catarina, bem como em certo trecho do seu
baixo curso faz a fronteira entre o Brasil e Argentina (prov�ncia de Misiones).
O seu percurso total � controverso. Alguns autores afirmam que tem
aproximadamente 910 km. (Ref.�: MAACK,R 1981, p�g. 355) Segundo a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente - Paran�, ter� 1.320 km. O rio desagua no Rio Paran�,
no munic�pio que recebeu o seu nome de Foz do Igua�u. Neste munic�pio, pr�ximo a
sua foz ele apresenta as Cataratas do Igua�u, que s�o as maiores quedas (ou
saltos) em volume de �gua do planeta.
O termo Igua�u na l�ngua Guarani, deriva de Y ("�gua", "rio") e guasu ou gua�u
("grande"), significa literalmente �gua grande, ou seja, rio de "grandes �guas".
Em espanhol, adoptou-se oficialmente a grafia Iguaz�. Por�m, etimologicamente �
err�nio escrever Iguaz� com a consoante "z". (Ref.: Padre Ant�nio Guash,
Dicion�rio de Castelhano-Guaran� e Guaran�-Castelhano, Assun��o, Paraguai, 1978,
p�g. 518)
O rio Igua�u surge da jun��o do rio Atuba com o rio Ira�, sendo este encontro
chamado de marco zero do rio. Este marco in�cial estava inicialmente localizado
na regi�o leste do munic�pio de Curitiba, no Bairro Cajuru, onde este munic�pio
faz divisa com o munic�pio de Pinhais.
Para minimizar o problema causado pelas in�meras cheias que afetavam as
popula��es moradoras das regi�es pr�ximas do marco natural zero do Rio Igua�u, a
Prefeitura Municipal de Curitiba, juntamente com a Companhia de Saneamento do
Paran� - Sanepar, retificaram os leitos dos rios Ira� e Atuba, construindo
canais extravasores e criando com isto um novo encontro [artificial] para dois
rios, ou seja, ap�s esta obra, o marco zero do Rio Igua�u passou a ser um marco
artificialmente criado pelo homem.
Desta forma o encontro dos dois rios Ira� e Atuba para formar o rio Igua�u
passou a ser algumas centenas de metros adiante do local original, mas ainda no
Bairro Cajuru, desta feita junto a ponte da BR-277, rodovia Curitiba �
Paranagu�, na divisa dos munic�pios de Curitiba, Pinhais e S�o Jos� dos Pinhais,
ap�s a esta��o de capta��o de �gua da Sanepar.
O rio Ira�, um dos formadores do rio Igua�u, nasce com o nome de rio Irazinho na
borda ocidental da Serra do Mar, no munic�pio de Piraquara, tamb�m na Regi�o
Metropolitana de Curitiba. Ao receber as �guas do rio Palmital no munic�pio de
Pinhais o Rio Irazinho passa a denominar-se rio Ira�. No munic�pio de Curitiba,
o Rio Ira� recebe as �guas do Rio Atuba, passando esta conflu�ncia a ser
conhecida como o marco zero do Rio Igua�u. O rio Ira� atravessa �reas bastante
povoadas nos munic�pios paranaenses de Piraquara e Pinhais, onde recebe uma
razo�vel carga de esgotos dom�sticos da Regi�o Metropolitana de Curitiba.
O rio Atuba � outro formador do rio Igua�u, possui grande parte de suas
nascentes localizadas no munic�pio de Colombo, na Regi�o Metropolitana de
Curitiba. A entrada deste rio no munic�pio de Curitiba ocorre na regi�o norte,
no Bairro Santa C�ndida, onde ele recebe as �guas do Arroio Cachoeira. A
extens�o do rio Atuba em Curitiba � de aproximadamente 23 km, sendo que grandes
partes de suas margens s�o habitadas e por este motivo recebe tamb�m uma grande
carga de polui��o proveniente de esgotos dom�sticos.
O rio Atuba apresenta uma correnteza mais forte que o rio Ira� em fun��o da
declividade e do seu pequeno percurso entre as suas nascentes at� o seu encontro
com o rio Ira�, sendo que essa caracter�stica o ajuda em parte a defender-se
mais da polui��o que � despejada em suas �guas do que o rio Ira�.(Ricobom, 2001,
p.107� 114 - "O Parque do Igua�u como Unidade de Conserva��o da Natureza...
Dpt�Geografia, UFPR, Curitiba, 2001)
Bacia Hidrogr�fica do Rio Igua�u
A Bacia do rio Igua�u abrange os estados do Paran� e de Santa Catarina, al�m de
�reas da prov�ncia de Misiones, na Argentina. No Estado do Paran�, cobre uma
superf�cie de 57.329 km�. No Estado de Santa Catarina cobre uma uma superf�cie
de 13.470 km�.
Assim sendo, em territ�rio brasileiro a �rea abrangida pela sua bacia (rio
principal e seus afluentes) perfaz um total de 70.800 km�. Em territ�rio
argentino, na Prov�ncia de Misiones a �rea abrangida pelos seus afluentes � de
mais ou menos 1.837,5 km�. Considerando a soma das �reas do Brasil e da
Argentina, a bacia hidrogr�fica do rio Igua�u deve chegar a cobrir uma
superf�cie de terra pr�xima a 72.637,5 km�.
A vaz�o de �gua
A vaz�o m�dia anual do rio Igua�u, no munic�pio de Foz do Igua�u, na �rea das
Cataratas do Igua�u � de 1.413,50 m3/s, por�m, apresenta no m�s de maior caudal,
em outubro, um volume d'�gua em torno de 2.506 m3/s e no m�s de menor caudal, em
abril,o volume d'�gua fica entorno de 1.326 m3/s.
Nas maiores cheias que foram registradas, em julho de 1983, ele apresentou uma
vaz�o de 35.600m3/s, e maio de 1995, com 27.544 m3/s. A vaz�o de estiagem mais
cr�tica foi registrada em 1978, com 89,92 m3/s d'�gua.
O curso
O curso a partir das nascentes, na borda ocidental da Serra do Mar, no (Planalto
de Curitiba) at� a garganta de superimposi��o na Serra Geral no (Planalto de
Ponta Grossa), apresenta um vale raso e amplo onde o seu curso � sinuoso e at�
me�ndrico, onde s�o extraidas areias usadas para a constru��o civil.
Ao atravessar a Regi�o Metropolitana de Curitiba, o rio Igua�u recebe o lixo
industrial e o esgoto dom�stico da metr�pole de praticamente 3 milh�es de
habitantes. Ao deixar Curitiba, o rio Igua�u apresenta-se quase que morto, n�o
h� sinal de peixes, sua cor � cinza-escuro, as �guas emitem cheiro de g�s
sulf�drico (similar ao de ovo podre), borras vermelhas se acumulam nas margens
(dejetos de ferro, merc�rio e mangan�s), nota-se a presen�a de lixo acumulado em
suas margens e no seu leito aparecem boiando, Colch�es de mola, carca�as de
televis�o, sof�s, pneus e garrafas pl�sticas que passam a fazer parte da
paisagem do mais importante rio do estado do Paran�.
Quil�metros adiante da Regi�o Metropolitana de Curitiba, o rio volta a se
regenerar e a apresentar vida, j� em Porto Amazonas, nota-se a presen�a de
peixes, bem como em munic�pios do m�dio curso do Rio Igua�u passam a fazer a
capta��o de �gua para distribui��o e para uso dom�stico.
Alguns trechos do rio Igua�u s�o naveg�veis, no primeiro planalto, na regi�o de
Curitiba e no segundo planalto entre Porto Amazonas e Uni�o da Vit�ria.
A oeste da Serra Geral, a partir do munic�pio de Uni�o da Vit�ria at� a sua foz,
o rio Igua�u n�o � naveg�vel. Nesta regi�o, chamada de terceiro planalto
paranaense, o (Planalto de Guarapuava), ele aprarece como um rio conseq�ente,
influenciado pela forma��o geol�gica, onde o mergulho dos derrames de basalto
fazem ele apresentar-se com trechos encaixados, como seus afluentes, com vales
estreitos e profundos, com corredeiras (r�pidos), ilhas rochosas e quedas de
�gua, onde s�o conhecidos pelos nomes de saltos: Grande, Santiago, Os�rio,
Caxias, Sampaio, Faraday e as Cataratas do Igua�u.
Os desn�veis que fizeram aparecer este grande n�mero de quedas d'�gua, fez este
rio ser um dos maiores rio brasileiros na contribui��o da gera��o de energia
el�trica. Existem no seu percurso cinco represas para aproveitamento
hidroel�trico, sendo elas: 1) Usina Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto, munic�pio
de Pinh�o, capacidade de gera��o de energia 1.676.000 KW; 2) Usina Gov. Ney
Aminthas de Barros Braga, munic�pio de Mangueirinha, capacidade de gera��o de
energia 1.260.000 KW; 3) Usina Hidrel�trica de Salto Caxias, munic�pio de
Capit�o Le�nidas Marques, capacidade de gera��o de energia 1.240.000 KW; 4)
Usina Hidrel�trica de Salto Santiago, munic�pio de Saudade do Igua�u, capacidade
de gera��o de energia de 1.332.000 KW; 5) Usina Hidrel�trica de Salto Os�rio,
munic�pio de Quedas do Igua�u, capacidade de gera��o de energia de 1.050.000 KW.
No chamado baixo curso do rio, ap�s o munic�pio de Capanema, no Paran�; o rio
faz a divisa internacional entre o Brasil e a Argentina, ou seja, entre o Estado
do Paran� e a Prov�ncia de Misiones.
As Cataratas do Igua�u
No quil�metro 889 contado a partir da nascente do rio Igua�u, na regi�o que ele
faz divisa do Brasil com a Argentina, ap�s uma curva e uma corredeira, ele
apresenta os Saltos de Santa Maria, nome original dado por Cabeza de Vaca a hoje
conhecida Cataratas do Igua�u, que se constitui nas maiores quedas em volume
d��gua do planeta, sendo as �guas precipitadas lateralmente em uma profunda
fenda de eros�o retrocedente, formando 272 saltos com um desn�vel m�dio de 72m,
e um volume m�dio de 1.413,50 m3/s. sendo que o maior volume e for�a d��gua
encontram-se na queda denominada de Garganta do Diabo (Ricobom, 2001, p.109 - "O
Parque do Igua�u como Unidade de Conserva��o da Natureza. Dpt�Geografia UFPR,
Curitiba, 2001).
Antes das cataratas, o rio Igua�u mede 1.200 m de largura, ap�s as suas quedas
este rio apresenta uma fenda tect�nica que forma o �canyon� de aproximadamente
65 m de largura.
A �rea das Cataratas do Igua�u apresentam uma forma semi-circular de saltos - em
forma de ferradura - com um comprimento total de 800 m em territ�rio brasileiro
e de 1.900 metros, no lado argentino, resultando um total de 2.700 metros.
Em torno das quedas de �gua do Rio Igua�u est�o �s �reas preservadas da Floresta
Estacional Semidicidual (selva sub-tropical), que formam um dos mais belos
parques naturais transfronteiri�os da Terra, conhecido no Brasil como Parque
Nacional do Igua�u, e na Argentina, com Parque Nacional do Iguaz�. Ambos parques
nacionais, foram declarados pela UNESCO como Patrim�nio Natural da Humanidade.
Ap�s as Cataratas o rio Igua�u percorre por mais 23 km de extens�o, fazendo a
divisa entre o Brasil e a Argentina, em um vale encaixado numa falha tect�nica,
com largura vari�vel entre 65 a 100 metros. Tem a sua foz no Rio Paran�, na
regi�o conhecida como a Tr�plice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai.
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