O presente trabalho visa um estudo
Etnofarmacobotânico de Alpinia zerumbet (Pers.)
B.L.Burtt. & R.M.Sm., geralmente citada na literatura
científica com o binômio Alpinia speciosa K.Schum.,
espécie conhecida no Brasil por colônia, empregada na
medicina popular e em rituais religiosos
afro-brasileiros. Tem em vista, ainda, analisar as
relações existentes entre os princípios ativos, as
atividades biológicas apontados na literatura científica
e os usos nas práticas médicas populares nos ambientes
propostos pela pesquisa.
A espécie Alpinia zerumbet
(Pers.) B. L. Burtt. & R. M. Sm., desperta no pesquisador
voltado à Etnofarmacobotânica, um interesse especial devido
ao seu frequente uso em rituais afro-brasileiros e na
medicina popular, cujos papéis ai desempenhados se aproximam
daqueles representados por outras espécies de Alpinia usadas
na Europa e na Ásia.
Em virtude dos poucos
estudos existentes sobre a Alpinia zerumbet , optou-se pela
inclusão de outras espécies já estudadas que permitiram uma
análise comparativa, a partir da ideia de que haja
semelhança quanto as atividades biológicas decorrentes dos
princípios ativos e os usos da colônia na medicina popular e
em rituais afro-brasileiros.
Para efeito comparativo foram incluídas as seguintes
espécies: A. nutans, A. galanga, A. officinarum, A.oxyphylum
e A.katsumadai, a espécie usada na China.
A colônia foi trazida para
o Brasil no século XIX para o Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, onde recebeu o nome de flor-da-redenção e
bastão-do-imperador, o qual, segundo se admite, deve-se ao
fato de terem sido usadas as flores dessa planta para
presentear a princesa Isabel, logo após ter assinado a Lei
Áurea, em 13 de maio de 1888 (Corrêa, 1965 v.3:239)
O gênero Alpinia é originária do Oriente, introduzida na
Europa onde foi utilizada na preparação de remédios,
conforme relata a literatura ao referir-se à galanga,
nome pela qual era e ainda conhecida a espécie Alpinia
galanga Will., que, segundo Chernoviz (1890: 6. 1908:
655) em seu Dicionário de Medicina Popular e Formulário
Médico, entrava na composição de preparações
estimulantes e tônicas.
Em uma edição portuguesa de 1817, Diccionario Portuguez
das plantas, arbustos, etc., que a Divina Omnipotencia
creou no globo terráqueo para utilidade dos viventes,
assim se refere ao verbete galanga: Raiz cheirosa, e
medicinal, que vem da China, ou da Ilha Java, da qual há
duas espécies, maior e menor. A maior he grossa, sólida,
pezada, e alvadia por dentro, e cuberto de huma casca,
que tira a vermelho, tem o gosto picante, e algum tanto
amargoso, e produz huma espécie de cana, cujas folhas
são como Lírio, e a flor he branca, e sem cheiro.
A menor tem a raiz da grossura de hum dedo, corta-se em
pedaços do tamanho de avelan para depois de seca
mandarem para várias partes, por dentro , e por fora
declina a vermelho, e he produzida de hum arbusto, que
tem as folhas semelhantes à Murta, e muito mais
aromática que a maior: fortifica o estomago, e cérebro,
expele os ventos, resiste ao veneno, e he muito mais
estimada na medicina. Os vinagreiros a lanção no vinagre
para dar mais força.
Schauenber & Paris (1980:345) dizem que galanga menor
refere-se à Alpiniaofficinarum Hance.
Dentre as bebidas fermentadas usadas em Formosa e em
estados malaios está o arrak javanês cujo fermento
urtilizado para sua preparação emprega rizomas
fragmentados de Alpinia galanga Will. Tal femento
denomina-se ragi, segundo Lima (1975:285).
Conforme Botsaris (s/d:264), Alpinia katsumadai Hasyata,
é a espécie usada na China.
O presente trabalho, após fazer uma breve análise sobre
o uso da Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt. & R.M.Sm.,
na medicina popular e nos sistemas de crenças
afro-brasileiros, se detém para indagações, diante de
informações relacionadas a um preparado usado em ritual
de Umbanda, em São Paulo, onde a colônia se junta à
malva-branca, cipó-cabeludo e jurema, visando indução ao
transe.
Material e método
O presente trabalho orientou-se pelo seguinte critério
metodológico:
pesquisa de campo e bibliográfica relacionada à medicina
popular e a rituais afro-brasileiros em São Paulo e
outros Estados;
coleta de material botânico para herborização,
identificação e conservação em herbário de referência;
pesquisa bibliográfica de caráter científico para
verificação de princípios ativos e atividades
biológicas;
discussão quanto ás atividades farmacológicas e sua
relação com os papéis desempenhados pela espécie em
estudo nos ambientes pesquisados.
Resultados
Alpinia zerumbet (pers.) B.L. Burtt. & R. M. Sm. (Alpinia
speciosa K. Schum., Catimbium speciosum J.C.Wendel,
Languas speciosa Merril) (Spoerke & Smolinske ,1990:72).
Família: Zingiberacea.
Origem: Ilhas da Ásia Oriental (Almeida, 1993:148).
Nomes vulgares: paco-seroca, cuité-açu, pacova, colônia,
vindicá, bastão-do-imperador, flor-da-redenção.
Colônia (Cuba)
Flor Del paraíso, paraíso, ilusion (Venezuela)
Boca de dragon (Rep. Dominicana)
Shell ginger,shell flower, giger lily, pink porcelain
lily,
Pphilippine wax-plant (em países de língua inglesa)
Descrição
Alpinia zerumbet (Pers.) B.L. Burtt. & R.M.Sm. é planta
herbácea, robusta, perene, com colunas de 2 a 3 metros
de altura, lisas, verde-claras, agrupadas em touceiras.
Folhas lanceoladas oblongas, pontudas, invaginantes,
verde-luzidias, de margens ciliadas de 50 a 70 cm de
comprimento sobre 10 a 12 de largura. Flores
ligeiramente aromáticas, dispostas em cachos grandes,
amarelo-róseas com três lobos e um grande lábio. Cápsula
subglosa, de 2 cm de diâmetro, polispémica (Almeida,
1993:148)
Princípios ativos:
Alcalóides e fenóis livres em Alpinia nutans (Di Stasi &
alii, 1989:148, citando Mendonça & alii (1988).
Óleo essencial contendo cineol, eugenol, pineno, éter
metílico, ácido cinâmico, cadineno; galangina; éter
metílico de galangina; canferina; bassorina; amido;
matérias mucilaginosas e resinosas em Alpinia
officinarum Hance (Coimbra & Diniz, 1943:121).
Alpinetina, cardamonina, cânfora (Botsaris , s/d:264).
Esterosídeos flavonóides (Schauenberg & Paris,
1980:345).
Sesquiterpenos, fenilalquicetonas, compostos flavônicos,
resina, taninos (Fitoterapia, 1998:224).
Atividades biológicas
A Alpinia galanga Will. é usada na Índia como
afrodisíaco e estimulante respiratório, principalmente
em crianças (Lewis & Elvin-Lewis, 1977:300).
Pesquisa para a seleção das plantas mais usadas na
medicina popular do Ceará, visando a recuperação de
informações para o Banco de Dados de Plantas Mdicinais
da CEME, destaca a Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt. &
R.M.Sm., dentre as classificadas como calmantes Matos &
alii (1984:24).
O extrato de Apinia zerumbet (A speciosa) se revelou
tóxico. Assim, além de produzir alteração hepática,
doses de 100 a 200 mg mataram animais em 24 a 48 horas.
Os animais ficavam imóveis e catatônicos; a
administração de 25mg/kg já apresentava efeitos na
movimentação (diminuição). Apresentou, ainda, efeitos no
íleo de cobaio e no duodeno do coelho que apresentou
bloqueio parcial da ação da Noradrenalina, citando
Carlini (1972:265-74) e, ainda, citando Fonteles
(1984:43). Nos estudos clínicos com o chá das folhas de
colônia, os resultados apresentaram-se significativos
quanto ao seu efeito diurético. No ensaio sobre a ação
anti-inflamatória, a essência e o extrato etanólico
apresentaram uma inibição do processo edematoso de 66%,
citando Santana (1966). E, conforme Vanderlinde (1986),
foi identificada uma ação anticolinérgica competitiva
que inibe a contração muscular. Segundo este autor,
flores, folhas e rizomas são depurativas e diuréticas,
anti-histérica, estomáquica e vermífuga.
O princípio tóxico dessas plantas é desconhecido, embora
encontrado nas folhas, hastes e principalmente nos
rizomas, assim como pouco se conhece sobre o mecanismo
de ação.
Quanto à toxicidade da Alpinia zerumbet (Pers.)
B.L.Burtt. & R.M.Sm., sabe-se ser desconhecida, embora
espécies de Alpinia provoquem sintomas como irritação
dos olhos após exposição à Alpinia galanga Will. e A.
officinarum Hance, além de dermatites provocadas pelas
espécies, que imagina-se tratar de alergia. A Alpinia
oxyphylla conhecida no Japão por yakuchi, onde é usada
no tratamento de problemas gastrintestinais (Spoerke &
Smolinske, 199:72).
Com relação à A. zerumbet, esta produziu depressão do
sistema nervoso central e, em experimentações em
animais, revelou-se tóxica. Assim, além de produzir
alteração hepática, doses de 100 a 200 mg mataram
animais em 24 e 48 horas. Os animais ficavam imóveis e
catatônicos; a administração de 25mg já apresentava
efeitos na diminuição dos movimentos.
Na seleção de plantas para o Banco de Dados da CEME, a
A. zerumbet está relacionada entre as calmantes.
Medicina Popular
Quanto aos usos na medicina popular do gênero Alpinia, a
literatura que trata desse assunto diz ser usada para
vários fins, tais como: diurética, carminativa,
estomáquica, anti-emética, espasmolítica,
antiiflamatória, antiofídica, anti-histérica, vermífuga,
no combate ao reumatismo e como tônico geral (Cruz,
1965: 662; Almeida, 1993:148)
Porém, pesquisa de campo realizada em Ibiúna SP, revelou
o uso de colônia em afecções do aparelho respiratório,
além do uso do rizoma triturado que é dado a cheirar ao
asmático em crise.
Foi registrado, também o uso das flores conservadas em
álcool e passadas na testa e nuca para combater dor de
cabeça.
Usada como sedativa no Pará, conforme pesquisa de Berg
(1984:148). Ainda no mesmo Estado, a colônia, também
conhecida por vindicá, é bastante utilizada entre a
população de Marapanim, segundo Furtado (1978:12,17,18),
na forma de chá da flor para dor no coração e na forma
de banho para acalmar criança e tirar dor de cabeça.
Considerada planta de poderes mágicos, visto que é usada
junto com canela e alecrim para tirar maus fluidos,
mau-olhado e inveja.
Na China Meridional usa-se o rizoma da Alpinia
officinarum Hance, como amuleto para proteger crianças e
animais domésticos dos maus espíritos, causadores das
enfermidades (Schauenberg & Paris, 1980:345).
Botsaris (1995), diz que a espécie usada na medicina
chineza é a Alpinia katsumadai Hayata, cujas partes
utilizadas são o fruto e a semente. Segundo o autor, no
Brasil esta espécie é substituída pela Alpinia zerumbet
(A. speciosa), conhecida por colônia devido à fragrância
de suas folhas e flores e morfologicamente muito
semelhantes à espécie chinesa, usada na medicina popular
como diurético e anti-hipertensivo, assim como os
rizomas são empregados como antídoto do veneno de cobra,
como digestivo, como antiespasmódico nas cólicas
intestinais, como vermífugo, como anti-reumático,
artrites e nas histerias.
Em Cuba, conforme Fuentes & Granda (1997:39), Alpinia
zerumbet (A. speciosa), é empregada em afecções da pele,
na forma de decóctos das folhas e flores, aplicadas
externamente. Internamente, preparadas da mesma forma se
usam para combater catarros, acrescentando que as flores
e rizomas têm a virtude de “dar força”.
Na República Dominicana Alpinia zerumbet (A. speciosa),
é usada na forma de chá para combater a gripe, sem,
contudo, ser mencionada a parte utilizada, segundo Lopez
et alii (1992:146).
Na Espanha, são usados os rizomas em dismenorréia, na
prevenção de vômitos e em mastigatórios nas odontalgias,
conforme a Fitoterapia (1998:224).
Usos nos rituais afro-brasileiros
Albuquerque & Chiappeta (1994:199), citando Pires &
Andrade (1986), dizem que Alpinia zerumbet (A. speciosa),
está relacionada entre as dez plantas mais usadas nos
rituais afro-brasileiros do Recife.
Em Belém do Pará, segundo Figueiredo (1983:16, 23),
Alpinia zerumbet (A. speciosa), está presente no banho
de lavagem e de descarga, usado pelos filhos(as)-de-santo,
os membros da Família do Rei Salomão, conforme é assim
conhecido no sistema de crenças do Nagô, da Jurema e
variantes.
Quando de minha visita em 2000 ao pai-de-santo Afonso
Gomes Aguiar, do Ilê São João Batista, Terreiro africano
São João Batista, no Recife, fui informada pelo
pai-de-santo que a flor e folha de colônia colocada em
álcool é dado a cheirar a quem tem dor de cabeça.
Conforme o informante Antônio Feliciano, da mesma casa
de culto, era recomendado o banho feito com as folhas da
colônia e folhas de eucalipto, para curar doenças do
aparelho respiratório.
Pesquisa realizada no terreiro de umbanda Templo Mãe
Guacira, em São Paulo, em 2001, com a mãe-de-santo
conhecida por tia Dag, o chá das folhas de colônia
altera os estágios da consciência.
Segundo a mãe-de-santo, usa-se oferecer a infusão das
folhas ao médium quando este se encontra com a
irradiação alterada. Neste caso, irradiação é quando a
entidade está próxima, mas não incorpora e o médium
apresenta taquicardia e suor nas mãos. Quando é grande a
resistência à incorporação da entidade, usa-se dar um
preparado que se faz com folhas de colônia misturadas
com folhas de jurema-preta (Mimosa hostilis Benth.),
cipó-cabeludo (Mikania hursutissima DC.) e malva-branca
(Sida cordifolia L.).
Discussão
A pesquisa permitiu verificar que a espécie Alpinia
zerumbet (Pers.) B.L.Burtt. & R.M.Sm. parece ser a única
do gênero usada no Brasil, visto que nem em pesquisa de
campo e nem na bibliografia pesquisada, há referência às
outras espécies.
Através da pesquisa de campo realizada em São Paulo e em
outros Estados e da bibliografia consultada, observou-se
que a maior freqüência quanto ao uso da colônia estava
relacionada a problemas do aparelho respiratório, dores
de cabeça e como calmante.
Informantes do Pernambuco, de Sergipe, do Pará e de São
Paulo, apontaram o emprego da colônia como sedativo e,
ainda, o uso da flor conservada em álcool, passado na
nuca e testa para curar dor de cabeça, além do costume
de triturar o rizoma e dar a cheirar a asmáticos em
crise.
Estudos científicos sobre a Alpinia galanga Will.,
indicam sua ação como estimulante respiratório, conforme
citado anteriormente, o que vem a concordar com a
indicação na medicina popular no Brasil, com relação à
Alpinia zerumbet (Pers.) B.L.Burtt. & R.M.Sm.
Embora a bibliografia consultada faça pouca referência
aos constituintes químicos da espécie usada no Brasil,
ou seja, a colônia, imagina-se serem os mesmos
semelhantes àqueles presentes nas outras espécies
referidas neste trabalho, assim como as atividades
biológicas serem também semelhantes.
Em rituais de cura em ambientes religiosos
afro-brasileiros, as folhas de colônia, assim como o
rizoma triturado, são empregados para curar doenças do
aparelho respiratório, tal como já foi mencionado.
As referências que fazem alguns autores à ação
anti-histérica, parece concordar com o uso da colônia em
certas situações ritualísticas dos sistemas de crenças
afro-brasileiros, em que a agitação dos médiuns impede a
ocorrência do transe, o qual seria o estado alterado de
consciência exigido para o desenvolvimento dos trabalhos
religiosos, os quais visam a incorporação de entidades e
que, para tal, o estado de tranqüilidade é necessário.
São nestas situações que se emprega a colônia, planta
entendida nestes ambientes como calmante.
Quando é grande a resistência ao estado de transe,
usa-se incluir outras plantas que se somam à colônia,
tais como a jurema, cipó-cabeludo e mal-branca,
mencionados anteriormente, admitindo-se obter um
preparado mais forte.
A princípio seria possível imaginar que o efeito de tal
preparado com as plantas acima mencionadas, pudesse ser
atribuído à jurema(Mimosa hostilis Benth.), visto que
esta planta apresenta o potente alcalóide
N.N-dimetiltriptamina, de ação alucinógena, embora se
saiba que os derivados triptamínicos são inativos por
via oral.
Neste caso, pode-se admitir o efeito moral, uma vez que
os adeptos das religiões afro-brasileiras vêm nessa
planta poderes mágicos irrefutáveis. Ou, então, a
possibilidade da presença de alcalóide na colônia, tal
como ocorre com a Alpinia nutans, não identificado,
segundo a bibliografia consultada, que possa ativar por
via oral, o alcalóide presente na jurema. Neste caso, há
precedente relacionado às beberragens indígenas com a
presença de plantas alcaloídicas juntamente com espécies
que contêm derivados triptaminicos.
Este fato já foi mencionado por Elizabetsli (1987:136),
quando tratou de preparados onde entravam plantas que
contém alcalóides beta-carbolinas (harmalina, harmina e
tetrahidroharmina) e plantas com derivados triptamínicos,
acrescentado que esses alcalóides são inibidores de
enzimas, tornando os derivados triptamínicos ativos por
via oral. Neste sentido, podemos considerar que o
preparado a base de Alpinia zerumbet (Pers. B.L.Burtt. &
R.M.Sm.), apontado na umbanda de São Paulo, à qual são
adicionadas as espécies Sida cordifolia L.,
Mikaniahirsudissima DC. e Mimosa hostilis Benth., possa
ter seu efeito potencializado em virtude do alcalóide
efedrina presente em Sida cordifolia L., registrado por
Gibbs (1974 v.III:1448), em sua Chemiotaxonomy of plants.
Embora a bibliografia consultada não tenha apontado a
presença de alcalóides na espécie Alpinia zerumbet, não
seria impossível essa ocorrência, visto ter sido
registrado na espécie Alpinia nutans, apontado por
Mendonça (1988).
Fica, então, a questão: tais alcalóides não poderiam
estar agindo da mesma forma que aqueles apontados por
Elisabetsky, fazendo com que o preparado fique mais
atuante, com a presença da Mimosa hostilis Benth.?
Certamente, estudos complementares à partir do que já se
conhece sobre a espécie botânica proposta para o
presente estudo, devem ser encetados, de forma a ser
possível compreender e explicar melhor os procedimentos
das práticas médicas populares que a envolvem.
Publicado originalmente em
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