Os primeiros sinais de vida em terras que hoje
pertencem ao município de Rondonópolis são de pelo menos cinco mil anos atrás,
segundo os estudos realizados no sítio arqueológico Ferraz Igreja.
No período contemporâneo, já final do século passado, o local era povoado por
índios Bororo, pelo efetivo do destacamento militar em Ponte de Pedra e
aventureiros em busca de ouro e pedras preciosas.
Logo nos primeiros anos de 1900 começam expedições da Comissão Construtora de
Linhas Telegráficas Gomes Carneiro, sob o comando do primeiro tenente Cândido
Rondon. Eram essas expedições que determinavam o traçado da linha telegráfica
para interligar o Estado do Mato Grosso ao Amazonas. Em 1922 acontece a
inauguração do primeiro posto telegráfico às margens do Rio Poguba ( Rio
Vermelho ).
Mas pode-se dizer que a partir de 1902 começa a ser formado o Povoado do Rio
Vermelho com a fixação de famílias procedentes de Goiás, Cuiabá e outras regiões
do Estado, além de nordestinos.
Em 1915 já haviam cerca de setenta famílias na localidade que viviam com um
pouco de organização econômica, social e política. Neste mesmo ano é promulgado
um decreto lei que estabelecia uma reserva de 2.000 hectares para o patrimônio
do povoado. Três anos depois o major Otávio Pitaluga concluía o projeto de
medição, alinhamento e estética da localidade.
A mudança do nome de Povoado do Rio Vermelho para Rondonópolis acontece em 1918
e em 1920 o lugarejo passa a ser distrito de Santo Antônio do Leverger e comarca
de Cuiabá.
Na década de 20 Rondonópolis começa a ser despovoada. Problemas como epidemias,
enchentes e a descoberta de diamantes na região de Poxoréo fazem com que várias
famílias se mudem. Esses fatores levam Rondonópolis a ser distrito de Poxoréo no
final dos anos 30.
Em 1947 Rondonópolis é inserido no contexto capitalista de produção como
fronteira agrícola mato-grossense, resultado da política do sistema de colônias
implantado pelo governo do Estado. A emancipação política acontece em dezembro
de 1953. O desenvolvimento vem através do campo. Na década de 70 acontece uma
aceleração no processo de expansão capitalista. A cidade passa a ser um
representante do modelo agro-exportador, com destaque para a produção de soja e
da pecuária. Neste período Rondonópolis já é considerada pólo econômico da
região e classificada como segundo município do estado em importância econômica,
demográfica e urbana. É a década da migração de nordestinos, paulistas, mineiros
e sulistas que vêem nestas terras bons negócios.
Rondonópolis: Terra de oportunidades.
Hoje essa cidade que têm 50 anos conta com
quase 200 mil habitantes convivendo num dos mais agradáveis climas de Mato
Grosso, em média 30 graus.
Conhecida por suas terras férteis e localização privilegiada Rondonópolis tem
despertado cada vez mais, o interesse de empresários de outras regiões do país
que procuram lugares promissores para a expansão e diversificação dos seus
negócios.
Graças a alta qualidade do algodão desenvolvido em toda a região empresários do
setor têxtil começam a se instalar no município que começa a ter implantado um
Pólo Têxtil e já conseguiu mudar o traçado da Ferronorte fazendo com que os
trilhos do desenvolvimento passam por aqui, barateando o frete e diminuindo o
percurso até os portos.
Assim é Rondonópolis. Uma cidade que cresce a passos largos. Não é apenas uma
promessa para o novo milênio, já é uma realidade.
Fonte: Drª. Luci Léa Lopes Martins
Tesoro/professora da UFMT
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