Francisco Dumont começou como um pequeno
povoado, chamado Vargem Mimosa, voltado para a economia
do garimpo de diamante e do boi. Pessoas que saíam do
Distrito Diamantino e do sul da Bahia, incluindo ciganos,
aventureiros, foragidos e escravos, se fixavam nessa
paragem rica em água para sobreviver. Ainda hoje se
encontram dois casarões no centro da pequena cidade, com
arquitetura colonial e materiais de época, como o adobe.
Mais tarde teve o seu nome mudado para Conceição do
Barreiro, surgindo daí o codinome da cidade
("Barreiro"). Só em 1963, ganhando o status de município,
mudou o nome para Francisco Dumont, em homenagem a um
grande e poderoso fazendeiro de gado de corte na região,
morador do antigo povoado e integrante de uma família
que lideraria por muito tempo a política local.
Como toda pequena cidade, distante dos grandes centros
de poder do país, sofreu com o famigerado coronelismo.
Grandes fazendeiros pecuaristas regiam a política do
município em seu próprio benefício, exercendo pressão
sobre a população pobre, que era obrigada a aceitar o
sistema, ameaçada por perseguições e mesmo a morte.
Apenas entre fins da década de 1960 e início da década
de 1970, com a criação do diretório do MDB (hoje partido
político PMDB), partido de oposição encabeçado por Pedro
Alcântara da Silva, popularmente conhecido por Pedro
Rosa, já falecido, mais parceiros importantes, houve
enfrentamento da situação então vigente ao governo que
antes regia a cidade com fortes doses de conservadorismo,
autoritarismo, coronelismo e violência. Como de costume,
o governo do município respondeu com perseguições,
humilhações e tentativas de assassinato. Após longa luta,
finalmente o partido de oposição conseguiu representação
na prefeitura e até ganha eleições atualmente, mas tem a
sua trajetória manchada pela série de corrupções que
marcam as últimas gestões.
Culturalmente o município conta com
festas mais recentes, como as vaquejadas, que mais
parecem manifestações de culturas exógenas à região do
que tipicamente sertanejas. Como todas as cidades
predominantemente católicas do país, possui a festa de
São Sebastião, que ocorre no mês de janeiro, e a já
citada festa do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora da
Conceição, que acontece todos os anos no terceiro fim de
semana do mês de julho, integrando a rede de comemoração
e adoração religiosa em toda a região dos gerais (incluindo
Bocaiúva, Jequitaí, Engenheiro Navarro, Claro dos Poções
e o povoado de Buriti Grande). São três dias de festa
religiosa, com procissões de alegorias que representam
santos e anjos, missas, quadro do Império com
personagens, leilões, barracas populares, tudo ao som da
banda de música da cidade, formada por volta de 1930.
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