Em 1972 aconteceu
a posse oficial por Felipe Mendes do Prado, juntamente com Antônio Rabelo
de Carvalho, oriundos de Baependi. Os posseiros estavam à procuram de
pastagens na "Paragem do Pinhal". Cada um se fixou em um dos lados do
Córrego do Cipó. Felipe fora assassinado e sua viúva, Francisca Maria de
Jesus, doou metade das terras ao Alferes André de Pontes Pereira.
A comunidade teve o nome de Samambaia (1860), após a elevação a Distrito
de Paz e Freguesia, passou a ser chamado de São Sebastião do Jaguary. Em
1888 passou a vila, denomida Vila do Caracol. Em 1928 passou a denominação
de Andradas.
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ORIGEM DO NOME:
Em homenagem ao então Governador de Minas, Dr. Antônio Carlos Ribeiro
de Andrada. |
Ouro
Antes de todos os tempos esta região era habitada por índios Caiapós, do
grupo Jê (ou Tapuia). Os mineradores ou “faiscadores” desbravaram a região
em busca de ouro, a partir de 1740. Era a grande corrida do ouro rumo ao
oeste. Em cada ribeirão aurífero brotava um arraial: Santa Anna do
Sapucahy, São Francisco de Paula do Ouro Fino, Nossa Senhora da Assunção
do Cabo Verde. E assim a fronteira de Minas era empurrada cada vez mais
para o oeste. A briga com os índios só acabou com a expulsão “ou
extermínio” destes, por volta de 1780.
Estradas
A corrida do ouro rumo ao oeste fez abrir várias estradas pela região. Em
1765 Manoel Velho já andava por estas paragens. A principal estrada
estabelecida era a estrada “São Paulo – Goiases”, ligando São Paulo a
Goiás, passando por Mogi-Guassú, Ribeirão Preto, Uberaba, etc. Duas
estradas quase paralelas cortavam a região. Os mineiros investiam no
caminho Ouro-Fino a Cabo Verde, passando por Caldas, enquanto que os
Paulistas atravessavam o Jaguary-Mirim, provavelmente perto de São João da
Boa vista, passando pelo Ribeirão das Antas, rumo ao Registro de São
Mateus (Caconde). Andradas exatamente no meio ainda inexplorada.
Divisas
Enquanto os mineiros ocupavam o Planalto da Pedra Branca os paulistas
avançavam sobre o Maciço de Poços de Caldas. A divisa entre as duas
capitanias (São Paulo e Minas) ficou praticamente estabelecido no Planalto
da Pedra Branca. Os primeiros posseiros da região foram Veríssimo João de
Carvalho, na Pedra Branca, nas cabeceiras do Rio Pardo e Inácio Preto de
Morais, nos campos das Caldas. Um vindo de Minas e outro de São Paulo. Na
capitania de São Paulo era proibida a exploração de ouro por causa da
vizinhança da costa marítima. Como Andradas estava na capitania paulista,
esta era uma região proibida até então.
A Tranqueira
Dividindo as capitanias, foi feita em 1778 uma espécie de alfândega, a
“tranqueira” de Veríssimo João, localizada ao lado do Rio Verde, próximo a
Pocinhos. A tranqueira era uma espécie de fecho de paus derrubados,
dispostos de tal maneira que, caindo em linha, a copa de um cobria o pé do
seguinte. Sua função era demarcar as fronteiras, que os mineiros haviam
duramente conquistado e impedir que os paulistas tomassem as terras de
volta. Também servia como barreira para evitar o contrabando de ouro e
diamantes, uma vez que um homem a cavalo poderia facilmente atravessar das
estradas mineiras às estradas paulistas.
Economia
Com o esgotamento das minas o ciclo do ouro dava lugar ao ciclo pastoril e
com ele a fazenda de criar. A corrida do ouro dava lugar à corrida pelos
campos, onde se podia criar o boi, que podia ser exportado para a “Corte”.
A tranqueira foi atravessada pelos mineiros em 1787, que tomaram posse da
fazenda abandonada de Inácio Preto. Com eles vieram os fazendeiros que
aparecem nos primeiros registros de Andradas, Felipe Mendes e Antônio
Rabelo de Carvalho. E assim surgiram as Fazendas Tamanduá e Cipó, as duas
próximas ao atual Clube de Campo.
Andradas
Este era o quadro político e econômico da região, mesma época do
povoamento de Andradas. Do Clube de Campo para o local onde estamos a
cidade levou ainda meio século. Começou com as invernadas, quando o gado
era transferido dos campos altos mais frios para as baixadas do Jaguary
Mirim. Os mineiros sempre empurrando as fronteiras, que no final foi
fixada no Jaguari. Algumas pessoas foram se fixando nos arredores do
Jaguari, e então a cidade começou.
Lendas
Diz também que naquela época chega em Caldas um promotor de justiça, moço
e solteiro. Foi logo convidado para jantar em casa de gente boa, com moças
educadas e finas, e solteiras, prontas pra casar. Como recomendava a
educação da época, o jovem promotor não dirigia muitos olhares às lindas
moças. Porém reparou e elogiou os belos dentes de uma mucama que servia o
café. A dona da casa conteve-se altiva e guardou a falta de tato do jovem
promotor. No dia seguinte, a matrona vingativa enviou ao jovem um presente
e um bilhete: “Já que você os achou muito bonitos, aí estão os dentes da
negra”.
Fonte: Arquivos publico da
Prefeitura de Andradas
Mais historia,
Data de 1790 a ocupação do
território de Andradas. Felipe Mendes do Prado e o
Guarda-Mor Antonio Rabelo de Carvalho, explorando
outras regiões, atravessaram o rio das Antas,
cruzaram a cachoeira Grande Córrego do Tamanduá e
foram fixar-se às margens do Córrego do Cipó, um à
margem direita e outro à margem esquerda, com o gado
que traziam de Baependi, onde eram fazendeiros.
A serra, seu principal acidente geográfico, deu
origem ao nome Caracol.
O nome Andradas veio da homenagem que a cidade
prestou a Antonio Carlos Ribeiro de Andrada,
Governador do Estado.
Em 1848, foi feita a doação, por Candido José
Mendes, de um alqueire de terra ao patrimônio da
igreja .
Anos após, com a abolição da escravatura, Andradas
recebeu os primeiros colonos italianos, a maioria
dedicada à viticultura, ramo que mais tarde conferiu
ao município a posição de bom produtor de vinho do
país.
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de São Sebastião
de Jaguari, pela lei provincial nº 1098, de
07-10-1860, e pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891.
Elevado à categoria de vila com a denominação de
Caracol, pela lei estadual nº 3656, de 01-09-1888,
desmembrado de Caldas. Sede na povoação de São
Sebastião do Jaguari.
Constituído do distrito sede. Instalado em
22-02-1890.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911,
a vila de Caracol é constituído do distrito sede.
Elevado à condição de cidade com a denominação
Caracol, pela lei estadual nº 893, de 10-09-1925.
Pela lei estadual nº 1035, de 20-09-1928, o
município de Caracol passou a chamar-se Andradas.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933,
o município de Andradas (ex-Caracol) é constituído
do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas
de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto estadual nº 148, de 17-12-1938, é
criado o distrito de Grama e anexado ao município de
Andradas.
No quadro fixado para vigorar no período de
1939-1943, o município é constituído de 2 distritos:
Andradas e Grama.
Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o
distrito de Grama passou a denominar-se Gramínea.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o
município é constituído de 2 distritos: Andradas e
Gramínea (ex-Grama).
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
31-XII-1971.
Pela lei estadual nº 6769, de 13-05-1976, é criado o
distritos de Campestrinho e anexado ao município de
Andradas.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o
município é constituído de 3 distritos: Andradas,
Campestrinho e Gramínea
Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
Alteração
nímica distrital
São Sebastião do Jaguari para Caracol alterado, pela
lei provincial nº 3656, de 01-09-1988.
Alteração nímica municipal
Caracol para Andradas alterado, pela lei estadual nº
1035, de 20-09-1928.
Referencias:
IBGE
Ache Tudo e Região
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