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Geografia de São Bento

 
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São Bento é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localiza-se a uma latitude 02º41'45" sul e a uma longitude 44º49'17" oeste, estando a uma altitude de 2 metros. Sua contagem da população em 2007 é de 37.449 habitantes. Possui uma área de 585,394 km².
 

Aniversário 30 de março
Fundação 1905
Gentílico sambentuense
Unidade federativa Maranhão
Mesorregião Norte Maranhense
Microrregião Baixada Maranhense
Região metropolitana
Municípios limítrofes Palmeirândia, Pinheiro, Bacurituba e São Vicente Ferrer
Distância até a capital 299 (estrada) km
Características geográficas
Área 459,452 km²
Densidade 75,3 hab./km²
Altitude 2 m
Clima Tropical úmido TROPICAL
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,592 médio PNUD/2000
PIB R$ 64.521 mil IBGE/2005
PIB per capita R$ 1.887,00 IBGE/2005
Brasão desconhecido Bandeira desconhecida

 


História
Origem do nome da cidade
No início do povoamento, sob a invocação de São Bento, frei Manoel Justino Ayres de Carvalho, pregador régio e mestre em filosofia, foi o primeiro da freguesia nomeado vigário designado para servir a comunidade enquanto os paroquianos não construíssem uma igreja.

Localização
Foi num pedaço dessa área de Tapuitapea, também chamada de aldeia dos Americanos, à latitude S-2°, 40’00”, logitudeW Gr 44° 43’30”, rumo OWO, altitude 70m, que o português natural Traz-os-Monte, João Alves Pinheiro, vindo de Alcântara calculável pelos idos entre o terceiro e último quartel do século XVIII, descobriu as terras boas que procurava para instalar-se. Fascinado pela beleza e fartura do lugar, escolheu, para montar sua fazenda, um terreno entre a atual praça Cônego Barros e a Rua Deputado José Araújo, local já sem vestígio desde o inicio do século XX, conforme afirmação do doutor Elisabetho Barbosa de Carvalho. Entre os são-bentuenses mais antigos, um deles, o provisionado Joaquim Silvestre Trinta, escreveu que João Alves Pinheiro montou fazendola na Enseada da Bertúlia, asseverando ainda que, já havendo ai outros habitantes, Pinheiro apenas tomou posse da terra, notícia, esta última, que desencontra com a dor dr. João Clímaco Lobato, em Ministérios da Vila de São Bento.

Com o decorrer dos anos, depois de 1798, naturalizou-se brasileiro e passou a chamar-se João Alves Pinheiro Cauaçu, acrescentando o próprio nome a palavra que designa essa arvore nativa.

O capitão e advogado Walter Reis Pinheiro, um dos muitos descendentes de João Alves, confirma que o fundador possuiu uma outra fazenda no Cauaçu, povoado pertence a Palmeirândia. Resta-nos saber se a denominação desse lugarejo originou-se de João Alves Pinheiro Cauaçu, ou se é anterior a chegada desse pioneiro àquele lugar, onde provavelmente, predominou essa frutinha, até poucas décadas existentes nos matagais e terrenos baldios, sobretudo no mato de Cotinha de Benício.

Sobre João Alves Pinheiro(Cauaçu) podemos afirmar que realmente era natural da Província de Trás-os-Monte, da freguesia de Manfort, Bispado de Miranda e que nasceu pela anos de 1737. Casou-se com Ana Maria da Encarnação, natural de São Bento. Dos seus filhos são comprovados Elias Antônio Pinheiro, pai de Manoel Avelino Pinheiro e de Marcos Antônio Pinheiro; João Pinheiro e Brás Alves Pinheiro, pai do padre Raimundo Pedro Alves Pinheiro e de Francisco Martino, Ana Maria do Rosário Alves Pinheiro. Joaquim Trinta ensina, ainda, que, em companhia do colonizador, vieram dois irmãos. Um se chamava João Aleixo Pinheiro, deslocou-se para as bandas do Pericumã. Segundo a mesma fonte, o dito João Alves Pinheiro Cauaçu mandou vir do Reino outro seu amigo, o cidadão Manoel Luis Bittencourt, de origem francesa, descentes direto da Casa dos Drumont. Trazendo consigo escravos de Angola , Lourenço Marques e outros da África, Bittencourt localizou-se no Oratório de Palmeira, assim denominado em razão de frei Gabriel Malagrida, hospedado em São Roque, haver aí encontrado a imagem de Santo Antônio numa folha de palmeira. Instalado com grande criação de gado, o mesmo Bittencourt atraiu muitos habitantes de Alcântara.

O imperial, jornal de São Bento, edição de 19 de fevereiro de 1922, incluiu, também, os fazenderios José Alexandre Soares e Clara Costa Leite Viegas, esta, possuidora de fazenda no Tubarão, manter desse clã. Ela deve ter mandado cavar o tanque da Viega, próximo á antiga Matança, existente nos anos cinqüenta. São seus descentes os das Belas Águas, da famosa farinha desse nome, dona Zuila Viegas Vale mãe dr. Arquimedes,Nei,Manoel Carlos Viegas Vale, Raimundo, Junior, Lúcia e Mary Vale; José Viegas (pai dos médicos Manoel e Cybele e do decorador Jeová Brito Viegas), dos irmãos José Raimundo Dias, Zilair e Neide; Jarson e Sebastiana Viegas Matos, Clemente (Clé) Viegas, José Fernando Soares Dias e Weligton.

Fonte: Livro São Bento dos Peris: água e vida volume I; escrito por Álvaro Urubatan Melo (Vavá Melo), Editora: Academia Sambentuense.

Geografia
Distante 300 quilômetros de São Luis, há acesso via terrestre para São Bento e por meio da travessia de Ferry-boat até o povoado de Cujupe (Alcântara), depois o de Três Marias, seguindo na MA 014, sentido oposto da Cidade de Pinheiro.

São Bento se localiza na Microrregião da Baixada Maranhense, dentro da Macrorregião Norte do Estado. Sua população é estimada em 37.449 mil habitantes, de acordo com o último censo. Possui uma área territorial de 459 quilômetros quadrados, com os limites: ao Norte, o município de Palmerândia; Leste, Cajapió; ao Sul, São Vicente de Férrer; e, a Oeste, o município de Pinheiro.

São Bento tem território pouco acidentado, com apenas pequenos morros, entre os quais o de São Carlos, divisa entre os municípios de Pinheiro e Peri-Mirim.

Artesanato
Com uma criatividade aguçada, o artesanato do município é destaque em todo o Estado, com qualidade incomparável. Todo material usado na pesca no dia-a-dia é feito artesanalmente, assim como uma infinidade de utensílios. Mas, o que se destaca são as redes feitas a fio ou linha, material produzido pelas próprias mãos das mulheres rendeiras, com cores e um charme não encontrado em outros lugares.

Curiosidade
Em São Bento estão as raízes da família do ex-presidente da República, José Sarney. A casa onde moraram seus antepassados, construída por seu avô, será transformada em museu, casa de cultura do município, onde são encontradas algumas peças bem antigas e um pouco da história da família Araújo Costa.

Lendas e Mitos São Bento é envolta em muitas lendas, histórias/estórias que muitas vezes têm sido motivo de gozação, devido a um episódio do passado envolvendo uma personalidade da cidade. Hoje os homens que por ali passaram são questionados se visitaram ou passaram no “Poção”. Pois contam que quem lá banha ou passa perto tem sua personalidade modificada, transformando-se em um indivíduo afeminado. Outros dizem que até avião que sobrevoa a área muda o barulho do motor, passando a ruir mais fino. Gozação à parte, sabe-se que o conjunto de poços em questão serviu para abastecimento de água potável da cidade por muito tempo.

Cultura
A cultura local, é mostrada principalmente na época junina, com as danças folclóricas e bumba-meu-boi;

Dentre os Bumba-meu-boi existentes na cidade, os principais são:

Bumba-Meu-Boi Mimoso Sonho da Terra. Bumba-Meu-Boi Tradição de São Bento.

Economia
A economia do município é, basicamente, de subsistência, com produção de arroz, milho, feijão, mandioca e extração da amêndoa de babaçu. Sua pecuária é constituída da criação de gado bovino, bubalino, suíno, caprino, entre outras atividades e, por ser referência na região, São Bento detém um comércio variado, servindo as cidades mais próximas. Outra atividade bastante expressiva é a pesca artesanal praticada nos campos alagados que cercam a cidade.


Atrativos culturais
São Bento, desde os primórdios, participou ativamente nas artes e literatura do Estado. Em 1854, o francês Antonio Alexandre Bucello constituiu um pequeno teatro que teve vida curta. Mas, em 1865, o Dr. Benedito de Barros, João Novais, João Miguel e o major Antonio Raimundo fizeram uma sociedade teatral com o nome de Recreio Dramático.

Os amantes das letras tiveram a idéia de escrever, a mão, um pequeno jornal, O São Bento, que durou 9 edições. Destas, somente três foram datilografadas. Depois do São Bento, surgiram outros jornais, entre eles, O Luz, também escrito manualmente. Em seguida, veio O Laço, jornalzinho humorístico redigido pelos jovens Sarney Costa, Antonio Carvalho e Ivan Araújo. O município se tornou um celeiro cultural, surgindo inúmeros outros jornais, teatros e manifestações culturais.

Festejos religiosos/festas
Atraindo fiéis de toda a baixada maranhense, os festejos religiosos de São Bento são espetáculos de fé aos católicos e devotos, que todos os anos ali chegam para reverenciar a Nossa Senhora dos Remédios no tradicional festejo do Remedinho, que acontece sempre no último final de semana de outubro. Há todo um ritual e pompa do largo montado na Praça da Igreja que é construída em estilo barroco, com seu altar original do tempo de capela.Já o festejo de São Bento, padroeiro da cidade, acontece sempre na segunda quinzena de dezembro.

Não podemos esquecer também do grande festejo de São Roque, uma festa de grande manifestação religiosa(acontece nas duas primeiras semanas de agosto) que é realizado num bairro(que recebe o mesmo nome do santo) distante da cidade,o Festejo de São Benedito, que e realizado no bairro que leva o nome do santo, com sua igreja de estilo Barroco, pois essa grande festa acontece no largo da igreja de São Benedito e se constitui ao longo de emediações com festas e brincadeira e suas ladainha ao longo de três dias. Há também as festas juninas com grandes manifestações culturais promovidas através de grupos como: tambor de criola, bumba-meu-boi, boi de matraca dentre outras.

O carnaval de São Bento atrai brincantes de todo Estado, por ser alegre e criativo, onde o folião tem opção de brincar em praça pública ou clube. Outro ponto alto das manifestações culturais do município são as festas juninas, com bumba-meu-boi, quadrilhas, cacuriá, tambor de crioula, entre outras manifestações.

Infra-estrutura/culinária
O município é considerado um dos mais importantes da baixada maranhense. Na cidade há pequenas pousadas e hotéis, com um atendimento razoável aos padrões da região. Existe também rede bancária, agência dos correios, lanchonetes, bares e restaurantes que servem as iguarias próprias do local.

A culinária tem sabor bem característico à base de peixes da água doce, como acará, piranha, jeju, traíra, bagrinho, entre outras espécies. Mas, uma das iguarias prediletas do Sambentoense é o mussum, semelhante ao enguia que, dependendo da época do ano, pode-se encontrar em abundância nos campos alagados.

Outros pratos que compõem a mesa são arroz de toucinho, galinha caipira, entre outras opções. Mais uma iguaria bastante apreciada pelos Sambentoense, não importando o lugar que esteja, é a Jaçanã, servida na mistura ao arroz branco e temperado. Por ser uma ave de arribação, que migra do Canadá para esta região do País, hoje a comunidade está orientada, pelo IBAMA e outras entidades que cuidam do meio ambiente, a não comprá-la, ou consumi-la devido ao crescente perigo de extinção da espécie.

Pontos altos
Os Campos alagados de São Bento têm uma beleza ímpar, além da receptividade do Sambentoense, com seu jeito singelo de receber, faz da cidade um lugar afável, ainda mais se o visitante provar as comidas da região.

Bairros
Outra Banda, Porto Grande, Matriz, Tupy, Centro, São Judas, São Cristovão, Multirão, Vila Isaaclândia, Alegre, Aeroporto, São Benedito, Fomento, São Manuel, São Lourenço, Rosendão, Monte Sinae,Módulo, Grajaú, São Roque, Estrada Real e Codozinho.

Povoados
Dentre os Principais Povoados do Município, estão, Sororoca, Olho D'água dos Moraes, Olho D'água dos Gomes, Belas Águas, Conceição, Outeiro de Maria Justina, Campinho, São Jerônimo, Poleiro, Tucum, Outeiro de Paulo Macaco, Olho D'água dos Martins, Centrinho, Iguarapiranga I, II e III, Santa Maria, Belém, Santa Rita etc.



Referências
1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
2. Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
3. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
4. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

 

 

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