A origem histórica da cidade de Catalão passa atualmente por estudos
visando descobrir realmente suas origens, pois existe uma corrente
tradicional e outra que traz nova configuração sobre este ponto.
Assim, tradicionalmente, Catalão originou-se da penetração das
entradas e bandeiras, organizadas em comitivas compostas por homens
de armas, cavaleiros e padres, que adentravam pelos sertões para a
captura de mão-de-obra indígena a ser escravizada e em busca de
riquezas minerais. A penetração pelos sertões Goianos efetivou-se
nas primeiras décadas do século XVIII, de onde se tinha notícia da
existência dos índios GUAYAZ e de terras ricas em minérios,
principalmente o ouro.
E é assim que se inicia, em território Goiano, o extermínio físico e
cultural do grande povo indígena. A bandeira comandada por
Bartolomeu Bueno da Silva, filho de bandeirante cognominado pelos
índios de "Anhanguera", atravessou o Rio Paranaíba, onde abriu o
Porto Velho (atual Porto do Lalau ), deixando um barco na margem
direita do Ribeirão Ouvidor, assinalando sua passagem e continuando
sua viagem pelos sertões goianos. Nas imediações de Catalão,
permaneceu um dos capelões da comitiva, Frei Antônio, espanhol
natural da Catalunha apelidado de O CATALÃO que, juntamente com três
companheiros, resolveu criar um ponto de pouso nas proximidades do
Córrego do Almoço, tendo em vista a qualidade do solo e a amenidade
do clima e, principalmente, a necessidade de reabastecer a bandeira
quando do retorno.
Dados históricos demonstram a probabilidade da existência do povoado
de Catalão a partir de 1728, tendo figurado como ponto de passagem
de todas as bandeiras que penetravam pelo sertão Goiano.
Em 1736, para cumprimento de ordens reais, veio ao território goiano
D. Antônio Luiz da Távora, Conde Sarzedas e Governador da Capitania
de São Paulo, a qual o atual estado de GOIÁS pertencia. Assim por
meio de registros da época, fica comprovada a existência do povoado
de Catalão.
A outra corrente de pesquisas recentes de investigações tece
comentários a respeito da criação ou a origem do sítio urbano à
partir da expansão das atividades agropecuárias dos mineiros a
partir de 1800.
Em 1828, este povoado contava com 5 ( cinco) casas de telhas e 20 (
vinte ) ranchos de capim, já em 1833, o arraial é elevado à
categoria de Vila, separando-se da Comarca de Santa Cruz. No período
compreendido entre 1736 a 1835, pouco se sabe a respeito de Catalão,
a não ser a existência de um pouso de Bandeirantes e da Fazenda do
espanhol O CATALÃO, presumindo assim que a atividade humana era
quase inexistente.
Em 1850, abrangendo Ipameri e Corumbaíba, tornou-se Comarca com a
denominação de Comarca do Rio Paranaíba, e em 19 de Julho de 1859,
pela resolução nº 7 em seu artigo 1º, a Vila de Catalão, pertencente
a Comarca do Rio Paranaíba, elevou-se à categoria de Cidade,
conservando a mesma denominação. A Comarca do Rio Paranaíba passou a
denominar-se Comarca de Catalão em 1938.
Em 20 de Agosto de 1859, Catalão tornou-se cidade legalmente
constituída. Porém isolada dos grandes centros de decisões da época
em função da inexistência de meios de transportes e comunicação, fez
com que permanecesse por longo tempo num moroso processo de
desenvolvimento.
Catalã era constituída pelos distritos de Santo Antônio do Rio
Verde, Ipameri, Corumbaíba, Goiandira, Ouvidor, Três Ranchos e
Davinópolis.
Atualmente, apenas Santo Antônio do Rio Verde, que se encontra numa
zona agrícola altamente mecanizada, com boas vias de transportes,
permanece como distrito deste município. Porém, cumpre ressaltar
que, além do distrito acima referido, o município possui três
povoados denominados Pires Belo, ao Norte junto a BR-050, Olhos
D'água e Pedra Branca ao Sul do município próximos ao Rio Paranaíba.
A analise atual do modelo urbano existente nos trás uma leitura da
cidade permitiu compreender os diversos problemas e potencialidade
de Catalão em relação à inserção regional, estrutura demográfica
social e urbana, processo de expansão física, transformação do uso e
ocupação do solo, mobilidade e acessibilidade de veículos e pessoas,
impactos ao meio ambiente, qualidade do espaço publico,
disponibilidade da infra-estrutura e aspectos da imagem urbana, ou
seja, a forma como as pessoas percebem a sua cidade e os lugares
mais significativos.
Fontes Orais, Anuário de Catalão 200 e Plano Diretor.
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