A colonização da atual cidade de Alfredo Chaves, teve início quando Dom Pedro II doou 500 ha de terra ao guarda de honra da corte, o português Augusto José Álvares e Silva (Augustão).
Outros colonos subiram um pouco mais,
temendo prováveis enchentes do pequeno rio, mudando-se para um local
mais elevado, era 1º de novembro e batizaram o local de Vila de Todos os
Santos. Todos os Santos, hoje distrito de Guarapari, pertencia ao Quinto
Território da Imperial Colônia de Rio Novo.
Uma segunda leva de imigrantes, constituída exclusivamente de italianos tem-se verificado em 1978. E em 1895, veio completar o círculo imigratório, um novo grupo de imigrantes, também constituído exclusivamente de italianos e, em maior quantidade que das duas vezes anteriores. Os imigrantes que foram levados para a colonização deste Território desembarcaram em Vitória, Benevente e Itapemirim. Muitos navios, por interesse de seus comandantes que tinham por destino os portos do sul do Brasil, arbitrariamente obrigavam seus passageiros a saltar em Benevente ou Itapemirim por puro interesse econômico. Isso acontecia por causa das chamadas quarentenas nos portos de destino, motivadas por epidemias. O comandante reduzia o percurso, economizando despesas que naturalmente embolsava. As muitas reminiscências de italianos que se fixaram no Espírito Santo contra a vontade, e que foram desembarcados desta forma, contribuíram para a popularização das sesmarias e do atual município de Alfredo Chaves.
Devido a constantes ataques de índios e as
pequenas enchentes, os imigrantes continuavam a subir o rio e se fixavam
pelos vales acima do Benevente e Batatais. A colonização foi marchando
progressivamente para Araguaia, Santo André, São Marcos, Matilde,
Carolina, Deserto, Urânia, Maravilha e Engano.
Em 1878, Dom Pedro II enviou o ministro da colonização, o engenheiro Alfredo Rodrigues Fernandes chaves, com 21 soldados, para expulsar os índios instalados nas fazendas Togneri e Gururu. Apoiados pelo ministro, Drº Joaquim Adolpho Pinto Pacca, da Imperial Colônia de Rio Novo, e pelo intermédio do coronel José Togneri, os imigrantes que chegavam ao povoado eram abrigados na antiga cadeia conhecida como "Barracão dos Imigrantes" ou "Hospedaria dos Imigrantes". Mais tarde, novos grupos receberam alqueires de terra e foram morar no interior de batatal, Carolina, Sagrada Família, São Marcos e Ribeirão do Cristo. Em 1895, o recenseamento das colônias do município acusava uma população de 5.843 habitantes, e o número de residências em 1.013 casas. No ano de 1917, o italiano, Coronel José Togneri construiu o casarão na sede da fazenda Quatinga, que permanece preservado nos dias de hoje. A parte superior abrigava a residência, e o térreo a casa comercial Irmãos Togneri, e no subsolo as senzalas de escravos não alforriados. Além da exportação de café, a atividade da loja incluía a importação de produtos finos da Europa, principalmente França e Itália. |