As
origens do atual Município de Feira de Santana remontam ao século XVII,
período inicial do povoamento de sua região através, principalmente, da
criação de gado e instalação de currais. Esse povoamento foi surgindo com a
doação de terras pelos reis portugueses a alguns súditos. Em Feira, a
Família Peixoto Viegas foi detentora das terras às quais teve início o
Município, chamadas Jacuípe, Água Fria e Itapororocas.
Essa vocação para sediar núcleos de criação e engorda de gado resultou,
entre os séculos XVII e XVIII, numa crescente afluência de pessoas que
periodicamente vinham para essas terras, favorecendo a implantaçãoão de um
pequeno arraial e, com o passar do tempo, de uma feira semanal.
Como herança dos tempos de arraial, a feira semanal propiciou o surgimento
do comércio feirense que além de favorecer a economia local, configurou-se
como uma das características marcantes da sociedade que a fomentou. A
influência, à princípio comercial, ampliou-se devido a rota que ligava o
sertão ao litoral, dando à Feira uma importância crescente no cenário
regional daquela época. |
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Ainda no século
XVIII, há que se referendar a doação pelo casal Anna Brandão e Domingos
Barbosa de Araújo de cem braças de terras para a Cidade desenvolver-se.
A crescente importância que o arraial adquiriu, proporcionou, em 1832, a
elevação à Vila, denominada Santana dos Olhos d'Água, até então pertencente
à Cachoeira. E, em 1873, exatamente aos 16 de junho, viria a ter o status de
"Cidade Comercial de Feira de Santana", solidificando uma posição galgada
através dos tempos.
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Feira de
Santana, "a Princesa do Sertão", como foi apelidada por Ruy Barbosa, em
1919, traz, então, desde suas raízes, características que ainda hoje fazem
parte de seu cotidiano: a religiosidade de seu povo, a situação de
entroncamento de estradas, as intensas atividades econômicas.
A década de 20
foi marcada pela necessidade de aprimoramento cultural da sociedade feirense.
Nessa perspectiva, foram instalados a Escola Normal Rural de Feira de
Santana, a qual formava várias professoras com o objetivo de exercerem
magistério e o Ginásio Santanopolis, criado no início da década de 30, com o
curso secundarista. Esses, pois, são considerados fatos sintomáticos da
preocupação com a formação de profissionais habilitados no Município.
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Durante as décadas de 1931 e
1940, Feira de Santana passou por uma série de transformações que atuaram
sobre o Município, permitindo uma modernização de caráter, a princípio,
econômico, a qual repercutiu sobre as feições agrárias que possuía até
então.
Os primeiros ensaios desses novos tempos faziam-se notar com a construção
de estradas de rodagem possibilitando o aumento do afluxo de pessoas
que motivavam o crescimento populacional da Cidade revitalizando,
portanto, o comércio, como também, ensejando um princípio de
industrialização, a exemplo da fundação da Usina de Beneficiamento de
Algodão. Feira, ligada a um passado rural, começava a delinear, nesse
período, um processo de renovação que ano a ano a faria ter um lugar de
destaque no cenário regional.
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Esse
processo de desenvolvimento cultural e econômico foi ainda maior durante os
anos 40, 50 e 60.
Para exemplificar essa mudança em Feira de Santana, podemos citar a fundação
da Associação Comercial e do Feira Tênis Clube, a abertura de estradas
municipais, o início da construção e conclusão da nova Rodovia Feira-Salvador,
a inauguração da Radio Sociedade de Feira de Santana, pavimentação de varias
artérias da Cidade, a construção da Biblioteca Municipal e do Matadouro
Municipal, a inauguração do Fórum Felinto Bastos, a Estação Rodoviária e do
Parque Agropecuário João Martins da Silva, entre outros importantes
acontecimentos nessas duas áreas da vida feirense. |
A partir de meados
dos anos 60 e início de 70 continuou o processo de revitalização industrial.
Nessa fase, foram criados o Centro das Indústrias de Feira de Santana - CIFS -
e o Centro Industrial do Subaé - CIS, que mudaram a fisionomia ao Município,
colocando-o em posição de destaque entre as regiões mais industrializadas do
Estado.
Durante esse período, ocorreu também, uma mudança no setor habitacional com a
construção da "Cidade Nova", primeiro conjunto do gênero na Cidade.
Um outro marco na
história de Feira, foi a fundação da Universidade Estadual de Feira de Santana,
em 1976, representando um passo a mais na caminhada do desenvolvimento para o
Município e sua região. Em 1977, a feira semanal foi transferida para um moderno
Centro de Abastecimento, construído especialmente para abrigar, em espaçosos
pavilhões, os comerciantes que ocupavam até então o centro comercial da Cidade.
A década de 80 e a primeira metade de 90 confirmaram o franco desenvolvimento
do Município de Feira de Santana nas diversas áreas, enquanto pólo de atração de
investimentos, continuando a sua vocação original de centro comercial e criando
novas perspectivas no âmbito da indústria moderna.
Referencia:
www.goeb.com.br
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