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Boxe |
Medalhas do Brasil |
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C. Clay
foi ouro em 1960 |
O boxe é um dos esportes mais antigos, com
registros que chegam ao ano 4.000 a.C., tanto no
Egito como no Oriente. Nos Jogos da Grécia
Antiga já existia como esporte, a partir do ano
688 a.C., na 23ª Olimpíada. Na antiga Roma, os
lutadores utilizavam os "cestus" (protetores
metálicos para as mãos) com pregos espetados que
chegavam até mesmo a provocar a morte do
adversário.
O primeiro campeão dos pesos pesados (categoria
única na época) foi o inglês James Figg, em
1719, que adaptou para o boxe as táticas da
esgrima. Figg também fundou em Londres a
primeira escola de boxe, embora na época as
regras existentes fossem confusas e o ringue não
tivesse formato definido. O primeiro regulamento
foi codificado em 1743 pelo campeão John
Broughton. O último campeão a lutar sem luvas
foi o norte-americano John L. Sullivan, que
ganhou o último combate deste tipo autorizado em
1889, contra Jake Kilrain.
Em 1865 começaram a ser aplicadas as regras
criadas pelo Marquês de Queensberry. A intenção
era diminuir a brutalidade. As novas regras
obrigavam o uso de luvas, limitavam a luta a
assaltos de três minutos cada com intervalos de
60 segundos, e também regulamentaram o tamanho
do ringue e a contagem de 10 segundos cada vez
que um dos lutadores caía na lona. O experimento
deu resultado, e as novas normas, com leves
alterações, são utilizadas até hoje. Com as
regras de Queensberry, quando teve que usar
luvas, Sullivan perdeu o campeonato ao ser
derrotado por James Corbett, na cidade de Nova
Orleans, no dia 7 de setembro de 1892.
Olimpíadas da Era Moderna
Na primeira Olimpíada da Era Moderna,
Atenas-1896, o boxe foi deixado de fora, por ser
considerado muito perigoso. O esporte foi
incluído como disciplina olímpica nos Jogos de
Saint Louis, em 1904, graças à grande
popularidade que tinha nos Estados Unidos, tendo
passado então a ser qualificado como amador,
possuindo regras substancialmente diferentes
daquelas do boxe profissional. Em
Estocolmo-1912, porém, a modalidade voltou a ser
excluído, uma vez que a prática do boxe não era
permitida por lei no país-sede.
Após a Primeira Guerra Mundial, o boxe voltou ao
programa olímpico para ficar de vez. Retomou nos
jogos de Antuérpia, na Bélgica, em 1920, com o
respaldo de 25 países, e se converteu no esporte
mais popular da década de 40. Dessa forma, Hence,
Muhammad Ali (Cassius Clay na época) e Teófilo
Stevenson (medalhista de ouro em três
oportunidades) puderam se juntar a Theagenes de
Thassos e Cleitomachus de Thebes entre as
lendas.
Esta popularidade obrigou a profissionalização,
que trouxe novas regras. Foram incluídas as
categorias por peso e os limites de assaltos,
que levaram a disputas nacionais e
internacionais. Nos Jogos Olímpicos, continuou
prevalecendo o boxe amador, com regras
controladas pela Associação Internacional do
Boxe Amador, criada em 1946. E foi o boxe amador
que entrou na lista de esportes da primeira
edição dos Jogos Pan-Americanos, em 1951, em
Buenos Aires.
A mais recente mudança no regulamento ocorreu
nos Jogos Olímpicos-1984, em Los Angeles,
Unidos, quando o protetor de cabeça, o
‘capacete’, foi introduzido. Um contador de
pontos eletrônicos para os juízes, com o
objetivo de melhorar a apuração, foi incluído
pouco depois, em Barcelona-1992.
1ª aparição nos Jogos: 1904
Local: Ginásio dos Trabalhadores
Federação Internacional: Fédération
Internationale de Boxe Amateur (FIBA)
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